AGOSTO DE 2013

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PIADA PRONTA

GENTE

BOA

POVO NA RUA

Gostei bastante das abordagens do Opa! a respeito das manifestações de rua. Realmente estamos vivendo uma grande revolução! MARIA INÊS – POA

DIEGO FELIPE WEILER

diegofelipeweiler@facebook.com

BELA CAPA

O NOSSO LUGAR AO SOL

O deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP) apresentou em abril, na Câmara, um projeto de lei que adiciona à legislação trabalhista o banho de sol a trabalhadores. A lei quer fazer com que ao menos três vezes por semana todo funcionário de ambientes fechados, escritórios por exemplo, ganhe 15 minutos da jornada para usufruir da iluminação natural. Segundo o deputado, isso não tem nada a ver com o “banho de sol” das prisões – quando a meta é dar certa liberdade ao detento, e não assegurar a produção de vitaminas com a exposição ao sol. Como se todo o trabalhador não ficasse a mercê das temperes do tempo. Alguém aí já esperou ônibus num dia de chuvas nas “paradas” da Borges de Medeiros?

A capa do Jornal Opa está incrível, a melhor que eu já quando o assunto é manifestações. ERIK MARTINS – POA

MATHEUS FREITAS

freitasmatheus33@gmail.com

HOMOFOBIA

A entrevista com o psicanalista sobre homofobia ficou bem interessantes, mas poderia conter dados sobre essa triste realidade do nosso país. DANIELE - CANOAS

GISELE GONÇALVES giselipoa@gmail.com

ALICE FORTES

fortesalice@yahoo.com.br

VIDA URGENTE

Fundação Thiago de Moraes Gonzaga

VIDA URGENTE NA ESTRADA

A harmonia entre pedestres, motociclistas, motoristas de carros de passeio e de caminhões é essencial para um trânsito mais seguro. Especialmente nas estradas, onde as velocidades máximas permitidas geralmente são mais altas do que em nossas ruas e avenidas, é importante que todos tenham conhecimento de que atitudes simples podem salvar vidas e tornar o trânsito brasileiro mais humano. Algumas dicas e cuidados importantes fazem a diferença para que todos que compartilham as estradas circulem em segurança. Na hora de viajar, leve o Vida Urgente com você: ///Tenha muita atenção e cuidado ao trafegar próximo aos caminhões, os “gigantes da estrada”. Lembre-se que um caminhão leva três vezes mais

tempo na frenagem do que um carro de passeio. ///Durante as ultrapassagens é que acontece o maior número de acidentes. Para evitar que esse número aumente, faça com que seu veículo seja visto. Todos os caminhões tem um “ponto cego”, por isso, antes de ultrapassar, dê sinal de luz, buzine e tenha certeza que o motorista do caminhão notou a sua presença. ///Ao ultrapassar um caminhão é como se você passasse por 4 a 6 carros enfileirados, então tenha atenção e cautela, preservando a vida. Não esqueça que durante a ultrapassagem existe o fenômeno de deslocamento do ar em movimento, que pode jogar o veículo ou motocicleta para fora da estrada.

///Mantenha sempre os faróis regulados. Lembre-se que ao receber luz direta nos olhos o motorista pode não enxergar por três ou quatro segundos, tempo suficiente para acontecer um acidente. ///Motociclistas, motoristas de carros de passeio e de caminhões, fiquem atentos aos limites de velocidade. Os automóveis podem ter sido projetados para altas velocidades, mas a VIDA, não. ///Use sempre o cinto de segurança. Em casos de acidentes, ele evita lesões e salva vidas. Lembre sempre que a VIDA é a melhor lembrança de qualquer dia de trabalho, passeio ou viagem, preserva-a acima de tudo.

MATHEUS MAIA BECK matheusbeck@uol.com.br

Fotos do Fábio Porchat: Espetáculo Fora do Nornal

OPA COMUNICAÇÃO LTDA CNPJ: 12040043/0001-80 Publicação mensal dirigida ao público universitário de Porto Alegre e Região Metropolitana

Correspondências: Rua Arabutan 724/302 Bairro Navegantes, Porto Alegre-RS CEP: 90240-470

E-mail: contato@jornalopa.com.br Twitter: @jornalopa Facebook.com/jornalopa Edição: Tuio Moraes > tuiomoraes@jornalopa.com.br Revisão: Leci e Luiz Erni Moraes

ANUNCIE: João Arthur Moraes comercial@jornalopa.com.br (51) 9282.0994


A CAÍDA DA COCA

CLASSICOS DO VINIL PODEM VOLTAR

Pensando em relançar alguns vinis clássicos, a gravadora Universal pensa em fazer através de crowdfunding - Se um número suficiente de pessoas se cadastrar na pré-encomenda de um título ele será reprensado. Entre os primeiros que podem fazer parte do projeto estão: do Jackson 5 o disco “Goo”, Elton John, His N Hers e MTV Unplugged do Nirvana.

Realmente, não está fácil para ninguém – nem para a Coca-Cola nos EUA. O jornal Los Angeles Times publicou uma matéria que relaciona a diminuição dos ganhos da maior fabricante de refrigerantes do mundo à queda no consumo de refrigerantes nos Estados Unidos – 60% do mercado da empresa. Em 2012, em média, cada americano bebeu 42,4 litros de refrigerante. Em 2005, esse volume era de 50 litros por cabeça. Isso representa, em apenas 7 anos, queda superior a 15% no consumo. Vai um DelValle aí?

+ www.uvinyl.co.uk

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O Facebook reverteu a perda do segundo trimestre e lucrou R$ 333 milhões. #ChupaEikeBatista

CARICATURA NA FOTO DO PERFIL

Para aqueles que não querem mostrar muito a “lata” no perfil do Facebook, aí vai uma dica. Um site chamado ““Selfless Portraits”, que envia uma releitura de sua foto do perfil na rede social feita por um desconhecido de qualquer parte do mundo. Para participar, basta fazer o upload de sua foto e em seguida, enviar o seu desenho de outra pessoa. O sorteio de imagens é aleatório.

+ www.selflessportraits.com

METODOLOGIA COM ABORDAGEM COMUNICATIVA - TEMAS EXPOSTOS ATRAVÉS DE SITUAÇÕES PRÁTICAS DO DIA A DIA.

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FRIENDS E SEU CENTRAL PERK Para os fãs da série Friends é impossível não lembrar do Central Perk. Não parece, mas faz quase uma década que os seis amigos tomaram café juntos no local pela última vez, quando foi exibido o último episódio da série, em 2004. Para comemorar os 20 anos de um dos melhores seriados americanos, a Warner Bros abriu dois Central Perks, em Liverpool e Chester, na Inglaterra. Engana-se quem pensa que é apenas um cenário ou museu. No café, os clientes podem pedir café para viagem e até assistir shows acústicos ao vivo no mesmo espaço onde Phoebe costumava cantar “Smelly Cat”. Troca-se três cafés do Largo Glênio Peres por um Central Perk.

TROCANDO IDEIAS No mês de Agosto o Trocando Ideias traz Gabriel Carneiro Costa, que abordará os dilemas contemporâneos que contribuem ou prejudicam a possibilidade de uma vida mais satisfatória. De forma bem humorada e provocadora, suas palestras levam o público a questionarem suas atitudes e seus conceitos sobre aquilo que lhes traz felicidade. Além da palestra, haverá um estande para a venda do livro “O Encantador de pessoas, que Gabriel autografará no final do evento. O Trocando Ideias traz também uma dinâmica de Speed Networking, que consiste em rodadas de negócios, que permitem o desenvolvimento de conversas em grupos num tempo pré-determinado e orientado por um sinal sonoro indicando a troca de pessoas nos grupos, possibilitando que mais pessoas possam interagir. + www.nossaidea.com

ONDE E COM QUEM MORAR? Bicho e agora? Dicas para escolher onde morar depois de passar no vestibular. Existem muitos e muitos artigos de como estudar para o vestibular e como se preparar para o dia da prova. O site de busca Tá Tri imóveis preparou algumas dicas para você considerar ao procurar onde morar depois do vestibular. Confira!

O que avaliar antes de tomar a decisão

1 - Quanto você pode e quer gastar: Escolha um lugar que caiba no seu orçamento. 2 - Habilidades de relacionamento: Se você não gosta de conviver com muitas pessoas, evite morar em uma república. 3 – Seu perfil: Se você gosta de silêncio para estudar evite morar com alguém que tenha uma banda. 4 - Localização: Busque morar perto da universidade ou de paradas de ônibus. Facilitará muito sua vida.

Quais as opções de moradia?

República de estudantes ou casa de estudantes: Para quem adora estar sempre rodeado de pessoas é uma ótima opção. Comprar apartamento: É uma opção para o segundo ano da faculdade, depois que você tiver certeza de que é ali mesmo que quer morar por vários anos. Morar com um parente: É uma opção econômica e ajuda bastante. Seu parente poderá dar várias dicas sobre a cidade. É tudo de bom ter uma tutoria no primeiro ano! Morar sozinho: É confortável e é perfeito para quem gosta de ser seu canto, mas é mais caro. Dividir apartamento: Escolha amigos próximos ou pessoas que combinem com você. Opte por apartamentos maiores, de preferência que cada um tenha um quarto, a convivência será mais fácil se cada um tiver seu espaço.

Conclusão

Quer mais algumas dicas? Então veja o post do Tá Tri Imóveis de dicas para alugar apartamento. http://blog.tatri.com.br/2013/03/onde-morar. html Já pensou bem e decidiu a solução perfeita para você? Então corre lá para o www.tatri.com.br e encontre o apartamento perfeito para você.

TRANSPORTE PÚBLICO

24H

DA-LHE BRASIL NA TELA GRANDE

No primeiro semestre deste ano os filmes brasileiros foram responsáveis pela venda de 13,6 milhões de ingressos. Um crescimento de 280% em relação ao mesmo período do ano passado. As cinco produções nacionais que ultrapassaram a marca de um milhão de espectadores no período foram: “De Pernas Pro Ar -2”, “Vai Que Dá Certo”, “Minha Mãe É Uma Peça”, “Somos Tão Jovens” e “Faroeste Caboclo”. Estamos nos recuperando da época da pornochanchada.

A Câmara dos Deputados analisa um projeto de lei que prevê o funcionamento 24 horas do transporte público em cidades com mais de 300 mil habitantes. O projeto de lei (PL 5122/13), de autoria do deputado Ricardo Izar (PSDSP), também prevê o funcionamento de trens e metrôs durante os finais de semana, com intervalos não superiores a 30 minutos entre uma partida e outra, da meianoite até 4 da manhã. Um dos argumentos utilizados pelo deputado para justificar o projeto é que com a Lei Seca, há uma demanda maior da população por transporte público durante a madrugada.

Senac-RS realiza seletivas regionais para a Olimpíada do Conhecimento 2014 Participar de uma competição educacional é o reconhecimento que todo o profissional busca. Durante o mês de julho, alunos do Senac-RS participaram de provas seletivas da etapa regional da Olimpíada do Conhecimento 2014. As ocupações de Técnico em Enfermagem, Cozinheiro e Cabeleireiro já estão com competidores pré-selecionados. A partir de agosto eles estarão em treinamento para uma nova prova em nível estadual onde serão escolhidos os representantes no Rio Grande do Sul para participar da etapa nacional do evento. Leonardo Luiz Paz Venâncio e Bruna Pires Silveira, Rita de Cassia Rocha Agliardi e Tanize Leticia Ramires Franco são as duplas pré-selecionadas na ocupação Técnico em Enfermagem. Já na ocupação de cozinheiro, os escolhidos foram Ricardo Dornelles e Luisa Almeida, da Faculdade Senac Porto Alegre, e Igor Lamas de Oliveira Freitas do Senac Pelotas. A etapa regional teve um resultado inédito na ocupação de cabeleireiro. Pela primeira vez, cinco competidores conquistam o primeiro lugar. Os pré-selecionados foram Ben-Hur Armendaris (Senac Canoas), Mariana Vargas (Senac Canoas), Dieison Demetrius (Senac Canoas), Jofter de Oliveira Araújo (Senac Centro Histórico) e Igor Vessozi Fagundes (Senac Ca-

maquã). Com este cenário, o Senac irá realizar uma nova competição, para dentre os cinco vencedores e o segundo colocado escolher dois competidores para um novo treinamento. As provas da etapa regional foram realizadas em dois dias envolvendo teoria e prática de cada ocupação. Quesitos como o domínio de habilidades técnicas da profissão, conhecimento de novas tecnologias, além de qualidades comportamentais exigidas pelo mercado de trabalho foram essenciais durante a avaliação. Para Ricardo Dornelles, que ficou em primeiro lugar representando a Faculdade Senac Porto Alegre na ocupação Cozinheiro, o foco agora é a preparação para as próximas etapas: “É emocionante, estou realizado. Acho que estou psicologicamente preparado para a próxima etapa. Agora é praticar, praticar e praticar”, destaca. Nos próximos meses os competidores passarão por treinamentos para escolher qual representará o Estado na etapa nacional do evento, que acontecerá no segundo semestre de 2014, em Minas Gerais.


E

las cresceram. Deixaram de lado o personagem infantil e foram em busca do amadurecimento profissional. Ao mesmo tempo, legiões de fãs acompanharam esse processo. Porém, alguns papeis que escolheram fazer, surpreenderam alguns, espantaram outros, assustaram crianças que as idolatravam e geraram diferentes reações nas pessoas. Mas o fato é: elas, definitivamente, não pertencem mais ao mundo de contos de fadas da Walt Disney. Em março deste ano foi lançado o filme Springs Breakers. O longa conta a história de um grupo de quatro meninas que querem sair de suas rotinas e ir até a praia para curtirem as férias de primavera norte-americana. Para isso, elas precisam do principal: dinheiro. Então, três das quatro jovens decidem assaltar um restaurante. Com a grana em mãos, partem para as tão sonhadas férias. Até ai, o enredo não mostra nada de muito diferente de outros títulos. Se não fosse a escolha do elenco principal: Ashley Benson, Rachel Korine, Vanessa Hudgens e Selena Gomez. Sendo essas duas últimas atrizes mundialmente conhecidas por seus trabalhos em High School Music (Gabriella Montez) e no seriado Os Feiticeiros de Warvely Place (Alex Russo), respectivamente. Esqueça a jovem e inocente cantora apaixonada que luta para ficar com o popular Troy Bolton (Zac Efron) e, ao mesmo tempo, tem que lidar com a inveja da patricinha da escola, Sharpay Evans (Ashely Tisdale); ou a feiticeira esperta que vive se metendo em confusão e aprontando com seus irmãos, Justin e Max. Agora, imagine as duas em fes-

tas, bebendo, usando drogas, ficando com homens e mulheres, sendo presas e salvas por um traficante de drogas que após o resgate passa a andar junto com as meninas durante a “curtição”. Além de tudo isso, ainda sobra tempo para elas entrarem em alguns tiroteios. A ex-feiticeira gostou tanto de trocar a varinha por armas que, em breve, se meterá em outra “furada”. No próximo dia 30 de agosto, nos EUA, estreia Getaway. O filme de ação conta a história de Brent Magna (Ethan Hawke), um homem que teve a sua esposa sequestrada. Para poder vê-la novamente, precisará seguir as instruções dadas a ele através de seu celular pelo misterioso sequestrador e realizar as “tarefas” em seu carro. No entanto, ao esperar por novas ordens, acaba sendo assaltado por Selena Gomez, ou melhor, pela sua personagem (ainda sem nome, creditada apenas como “a garota”). Mas o roubo não sai como o planejado e ela acaba envolvida na perseguição junto a Brent.

Miley Cyrus, Selena Gomez e Vanessa Hudgens


Armas, tiros, espadas, combate, ação e aventura. Isso não é novidade para Vanessa Hudgens. Antes de mostrar toda a sua desenvoltura como assaltante e menina má em Spring Breakers, a atriz interpretou Blondie, uma das protagonistas de Sucker Punch – Mundo Surreal, lançado em 2011. A trama mostra um grupo de garotas que estão internadas em um sanatório. Tudo ocorre normalmente até a chegada de mais uma integrante: Babydoll (Emily Browning). Para se “refugiar” no local, a nova componente da equipe acaba criando um mundo paralelo em sua mente. É nesse lugar que se passa a maior parte do longa-metragem e onde acontece a “viagem psicodélica” da estória. Armadas até os dentes com metralhadoras e todos os apetrechos necessários para uma guerra, Blondie e Babydoll, acompanhadas de Rocket (Jena Malone), Amber (Jamie Chung) e Sweet Pea (Abbie Cornish), enfrentam samurais gigantes, dragões, robôs, nazistas mutantes e partem em busca de um plano de fuga para saírem de lá. E, ainda este mês, com estreia prevista para o dia 23, também nos EUA, Vanessa estará em The Frozen Ground, onde interpretará a prostituta Cindy Paulson. O filme, baseado em fatos reais, conta a história do maníaco Robert Hansen, que raptou cerca de 20 mulheres durante 12 anos e somente Cindy conseguiu escapar com vida. Sendo assim, ela é a única que poderá ajudar o detetive Jack Halcombe (Nicolas Cage) a encontrar o assassino. Miley Cyrus é outra atriz que pode se incluir no seleto grupo de “ex-princesinhas” da Disney. Mas não por conta de seus filmes (A Última Música e Lola) que não fugiram muito do gênero do seriado em que ficou famosa (Hannah Montana). Entretanto, a vida real da atriz é um “prato cheio” para os tabloides de fofocas. Muito por conta de fotos e vídeos polêmicos que vazaram na internet (em um deles ela aparece fumando sálvia no seu aniversário de 18 anos) e de suas “performances sensuais” que vem realizando em clipes e shows.

Ela não é uma “ex-princesinha” e tampouco trabalhou para a Disney mas, assim como suas colegas de profissão, Emma Watson também ficou famosa por ter feito um papel “inocente”. Entre 2001 e 2011, ela interpretou a bruxa Hermione Granger, melhor amiga de Harry e Rony, em todos os oito filmes de Harry Potter. Contudo, apesar de os fãs acompanharem o crescimento, tanto da personagem quanto da própria atriz, durante esse período de 10 anos, não imaginariam que ela pudesse interpretar alguém tão diferente do papel que lhe rendeu fama mundial. Em Bling Ring – A Gangue de Hollywood, longa que estreou em 2 de agosto, Emma deixa de lado a bruxa inteligente e dá vida a ladra Nick. A história, baseada em fatos reais, conta como a adolescente de classe média liderou, entre 2008 e 2009, um grupo de assaltantes que roubavam casas de celebridades em Los Angeles. O filme é dirigido por Sofia Coppola, filha de Francis Coppola.


Centros urbanos viram cenário de apresentações culturais e reúnem artistas de diferentes estilos. POR GISELE GONÇALVES

ntre os ruídos corriqueiros do Centro da Capital, um som chama a atenção de quem circula pela movimentada Esquina Democrática. Logo, os olhares procuram encontrar de onde vêm aqueles miados desesperados, de um suposto felino em apuros. Em seguida, ouvem-se batidas, precedidas de gritos de um homem, que aparentemente surra seu bichano. Os curiosos aproximam-se, alguns desconfiados, outros já sorridentes, em um movimento harmônico, se reúnem em círculo, para assistirem ao desfecho da história. O que inicialmente parecia uma cena de crueldade contra o gatinho, logo se transforma num espetáculo de rua, protagonizados por Feliciano Falcão, vulgo homem do gato, e o próprio felino, ou pelo menos o que se supunha ser um. Adiante, uma melodia disputa a atenção dos andantes do Centro. Não existe letra, somente os sons do violão, pandeiro e de um terceiro instrumento ainda indefinido. A sonoridade desconhecida nada mais é que o som do atrito dos lábios de um cantor, com a folha de uma árvore. É isso mesmo, José da Costa, ou Zé da Folha, como é artisticamente conhecido, produz músicas a partir da folha da árvore de João Bolão, mas garante que alcança a sonoridade com qualquer folha. Artistas como Feliciano Falcão e José da Costa, pertencem ao movimento cultural dos artistas de rua. Dois artistas, em meio a uma multidão de tantos outros nomes. Para comprovar tal teoria, basta circular pelos pontos de grande concentração de pessoas, para encontrálos em plena atividade. Entretanto não existem dados que revelem quantos artistas de rua atuam em Porto Alegre. A Secretaria de Cultura da capital, segundo o gestor executivo do Pró Cultura RS,

Rafael Balle, não dispõe desse levantamento. “Isso dependeria da sensibilidade do produtor cultural, responsável pelo cadastro do projeto, pois na inclusão não há o que defina o artista como de rua ou não, o que aparece no cadastro é a descrição da atividade ou da peça”, argumenta Rafael. “É uma coisa implícita, pouco objetiva e o sistema não teria como mapear isso, não tem como ter indicadores”.

Feliciano Falcão é natural de Recife, tem 56 anos e atua em Porto Alegre, como o homem do gato desde 1987. Formado em artes cênicas pela Escola de Teatro Dirceu de Mattos, no Rio de Janeiro, começa a vida artística na capital fluminense, apresentando-se no Largo da Carioca, reduto de artistas no Rio. “Eu trabalhava na Festa de Nossa Senhora da Penha, fazendo mágicas, quando de repente eu vi um cara metendo o pau num gato dentro de uma caixa, eu fiquei fascinado”, relata Feliciano. “Olhei para o cara e ri com ele”. O artista era Idenílson de São Paulo, que contou com a ajuda de Feliciano para vender seus apitos. “Na terceira apresentação, ele me disse que estava cansado e iria parar. Então perguntei: “E se eu fizer um pouquinho?”. Ali começou o homem do gato. Isso ocorreu entre os anos de 1975 e 1976. Aproximadamente dez anos após o início do homem do gato, por volta do ano de 1986, que Feliciano chega ao Rio Grande do Sul, onde vive até hoje.


O artista mantém-se exclusivamente de sua arte, além dos espetáculos de rua, cada vez mais raros, Feliciano faz shows fechados, para empresas, em feiras, eventos e outros, e chega a fazer dez apresentações por mês. A venda dos apitos, que reproduzem o miado do gato é parte importante de sua renda. Quando questionado sobre a possibilidade de trocar de profissão, Feliciano explica: “Já fui convidado diversas vezes, mas nenhuma proposta foi tentadora e financeiramente à altura do que ganho com meus shows e palestras motivacionais”. Diferente da posição conquistada por Feliciano, Zé da folha, com 70 anos, vive das colaborações daqueles que assistem as suas apresentações na rua. “Há pouco tempo eu morava nas ruas, hoje moro sozinho em uma pensão no Centro”, relata Zé. O músico profissional começou a tirar o som das folhas com nove anos, em São Valentim, sua cidade de origem. Zé da folha interage com o público a partir de suas canções, entre clássicos gaúchos, sertanejos e hinos de times de futebol, este último motivo de simultâneas vaias e aplausos. Porém, a alegria demonstrada através da música se transforma num olhar triste, quando o assunto é sua vida. Zé desabafa: “Poucas pessoas consideram o que faço uma arte, elas não sabem o que é cultura, poucas valorizam”. Contudo, encara a facilidade de tirar som das folhas como um dom divino e, mesmo com todas as dificuldades, afirma que não troca o que faz por nada.

A arte de rua, assim como qualquer outra manifestação cultural, é incentivada na capital gaúcha por órgãos ligados à Secretaria Municipal de Cultura ou do Estado. Segundo Rafael Balle, o programa estadual Pró Cultura abrange toda a forma de expressão artística, porém os projetos para serem aprovados precisam ter méritos, relevância cultural e, o principal, público. “Não adianta ter 1% de demanda e querer 50% do bolo”, compara Rafael. Além de financiar os projetos culturais aprovados, o Pró Cultura RS também oferece aos artistas capacitações gratuitas e oficinas de qualificação. Na capital as apresentações de artistas de rua ocorrem em diferentes espaços públicos, sendo que cada local, segundo a sua natureza, é fiscalizado por um órgão do município. “Se a apresentação for numa Praça ou Parque, o agente fiscalizador será a Secretaria do Meio Ambiente do Município (Smam), porém, se o evento não tiver uma grande estrutura, com cenário e sonorização, não é necessária autorização prévia”, exemplifica o coordenador de Manifestações Públicas da Secretaria de Cultura do Município, Silvio Leal.

Existem duas frentes que se encontram num centro de polêmica que envolve o movimento do grafite e a manifestação através da pichação. O grafite é conceituado como arte de rua e tem como objetivo enaltecer espaços públicos, tornando-os verdadeiras galerias de arte a céu aberto. Por outro lado, a pichação não passa de poluição visual e vandalismo contra esses mesmos espaços públicos. O tema é controverso, e identificar aspectos que diferenciem um grafiteiro de um pichador não é o objetivo do artista que pertence a esse movimento. Para Lucas Vernieri ou Lucas Anão, como é conhecido no grafite, é complicado dizer a diferença entre um e outro. “Muitas vezes, o que pensam que é pichação é apenas o início do artista. É a forma dele começar a riscar, buscar sua identidade. Acho que não tem como criminalizar, condenar é muito mais fácil do que trabalhar o problema”, diz Lucas. O começo de Lucas foi pela pichação, em sua adolescência numa época de gangues e torcidas organizadas. Tempos depois, conheceu o grafite, através do movimento Hip Hop, onde começou a grafitar com o objetivo de se tornar um artista. Para Lucas não há distinção entre o grafite e a pichação. “Eu nunca entendo por que separar as duas coisas. Aprendi a mexer com o spray fazendo pichação, então não gosto de separar e sim de explicar isso tudo”, desabafa Lucas. Segundo a professora Luiza, o grafite sempre se mostrou à margem da sociedade e também do sistema da arte, mesmo quando o americano Jean-Michel Basquiat, primeiro artista do grafite a expor em uma galeria de arte, adentrou e ganhou seu espaço nesse cenário. “Estar à margem não é só não se subordinar às regras do todo, mas também criar as suas próprias regras. Isto fica claro principalmente quando falamos da pichação, que além de ter suas regras, não é destinada ao público, por isso nem sempre compreendemos os escritos”. Para a pesquisadora, a ideia do artista de rua é de fato parecer um transgressor, e afirma: “a marginalização não me parece um ponto negativo”. Para Lucas, a questão do vandalismo precisa ser estudada e compreendida, pois, segundo ele, “vivemos num mundo onde nos impõem coisas através dos meios de comunicação, e o que levamos ao público nas ruas é livre e isso não tem preço”, acrescenta Lucas. O tema é polêmico, e a lei independente das opiniões é o que prevalece, e no Brasil, a pichação é considerada vandalismo e crime ambiental nos termos do art. 65 da Lei nº 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais). Entretanto, a lei em 2011 sofre alterações, descriminaliza o ato de grafitar, desde que a manifestação artística tenha como objetivo valorizar o patrimônio público ou privado e, que tenha o consentimento do proprietário no caso de bens privados, e a autorização do órgão competente quando referir-se ao bem público.

O nascimento do grafite na idade contemporânea ocorre em Nova Iorque nos anos 70, em áreas como o Bronx e Brooklyn. Adolescentes residentes destas áreas passam a escrever seus apelidos (tags) e o nome da rua onde moravam nas paredes. “Era puramente demarcação de território”, comenta a professora de artes visuais e pesquisadora do grafite, Luiza Abrantes. O grafite surge de forma paralela ao hip-hop (cultura de periferia), originária dos guetos americanos, que une o RAP (música muito mais falada do que cantada), o break (dança robotizada) e o grafite (arte plástica do movimento cultural) “A street art está sem dúvida ligada à cultura do hip-hop, ligada à cultura suburbana”, diz Luiza. No Brasil, segundo a pesquisadora, os indícios de pichação, vêm desde a época da ditadura militar, quando cidadãos descontentes escreviam palavras de ordem e também letras de músicas para protestarem. Assim como no país, a pichação em Porto Alegre começa no transcorrer da ditadura militar. No auge da ditadura militar, em 1972, o então policial civil Sérgio José Toniolo, começa a escrever nos jornais, na coluna do leitor, cartas dirigidas à segurança pública, contendo duras críticas contra o sistema, ao qual ele próprio pertencia. O conteúdo de suas cartas repercutiu de forma negativa ante seus superiores, que num primeiro momento aplicam-lhe uma repreensão, seguida por uma detenção no Hospital Espírita psiquiátrico. Após sucessivas intempéries vividas por Toniolo, que culminam no ano de 1982 com sua candidatura a deputado estadual “barrada arbitrariamente”, segundo ele próprio, inicia na capital o que chamou de “pichação agressiva”. O precursor da pichação em Porto Alegre passa a pichar frases ofensivas contra a justiça e a espalhar sua assinatura por toda a cidade. A história é contada no documentário, Quem é Toniolo? Para Luiza Abrantes, “Toniolo é sem dúvida um grande marco no grafite da capital”.


Descoberto no “Programa do Jô”, após parodiar um trecho do programa “Os Normais” no palco, esse jovem universitário da ESMP-SP largou tudo, foi para o Rio, estudou artes cênicas e hoje é um dos principais roteirista, redator, escritor e ator da comédia brasileira. POR JORNAL MUNDO UNIVERSITÁRIO

cliente exigente e acabei me especializando nisso. (veja no youtube a sátira que ele fez com o atendimento da TIM)

JORNAL OPA! - Você é Paulista de Criação, mas, nasceu de fato aonde? FÁBIO - Eu nasci no Rio de Janeiro, Capital. Sou Carioca messsmo. Moro no Flamengo e torço pro Vasco. Mas Carioca que isso impossível, (riso). JORNAL OPA! - Que faculdade você fez e quando se formou? FÁBIO - Eu me formei como Ator, aqui no Rio, pela CAL, Casa das Artes de Laranjeira, a principal escola de teatro aqui do Rio, mas, cheguei a fazer, em São Paulo, a ESPM durante 1 ano e meio, até que eu resolvi desistir de tudo, virar Ator e vir pro Rio aos 19 anos. JORNAL OPA! - Você, na época de faculdade, tinha o perfil palhaço, despojado, desses que fazia muita piada para os amigos? FÁBIO - Eu sempre fui o cara que ficava no intervalo brincando, fazendo piada, sacaneando, rindo... Eu ia de grupo em grupo fazendo piadinha... Sim, sempre tive o perfil piadista! JORNAL OPA! - Na época em que você ainda era universitário você foi ao Programa do Jô, com direito à galera da ESPM tocando a bagunça na plateia. Como você conseguiu essa façanha? Teve que rolar um testezinho do Sofá? FÁBIO - Hehehehe! Na verdade fui na cara de pau messsmo. Eu tava lá pra assistir a gravação do programa do Jô, aí eu levei uns textos pra mostrar pro Jô o tipo que eu escrevia “de onda”, de diversão, e aí eu pensei “pô, vou entregar esses textos pro Jô? O Jô tem mais o que fazer do que ficar lendo texto de moleque”. Aí eu falei “Vou pedir pro Jô pra ir lá na frente...”. E aí uma menina que tava do meu lado me deu força, falou “então vai! Vai!” Então eu escrevi, ali, pra ele, um bilhetinho na hora, entreguei no intervalo da gravação e... ele comprou a briga!!! JORNAL OPA! - Da pra pegar mulher com algum tipo de cantada engraçada? FÁBIO - Eu só pegava mulher assim! Agora eu sou casado, rapaz direito, to há 7 anos com a minha Senhora, então não tenho utilizado esses meus dotes,(riso). A mulher vai me conhecendo, vai dando risada de mim, aí quando vê...foi! E aí “crau” né? Isso!(riso) JORNAL OPA! - Você, como ator, roteirista e redator, diria que as ferramentas do Marketing lhe ajudaram em suas criações artísticas? FÁBIO - Com certeza! Eu tive um professor de Marketing chamado Wellington Coelho, que sempre falava em excelência no atendimento, cliente em primeiro lugar, e eu levei isso pra minha vida. Sou um

JORNAL OPA! - Em 2006 você iniciou Stand Up, mas, quando realmente o Stand Up entrou em sua Vida? FÁBIO - Na verdade o Stand Up entrou na minha vida em 2007 quando eu entrei pro grupo Comédia em Pé, num convite do Claudio Torres Gonzaga, onde fiquei até 2011. Foram 5 anos com o grupo e há 2 anos saí pra fazer meu show solo, que eu faço aqui no Rio de Janeiro e viajo pelo Brasil. JORNAL OPA! - Nós somos fãs de Seinfeld. E você? Acha que ele é tudo isso? FÁBIO - Ele é! Ele popularizou o Stand Up. Levou o Stand Up pra televisão. Foi um grande feito que ele fez. Mas hoje em dia a gente tem grandes nomes como Louis C.K., Ellen DeGeneres e Chris Rock que também gosto muito. São potenciais. JORNAL OPA! - Muitos pensam que Stand Up é um formato novo de se fazer comédia, mas, se pararmos para pensar, Ari Toledo e Costinha, por exemplo, também subiam ao palco, sozinhos, e faziam plateias rirem por horas. Qual comediante brasileiro inspirou sua carreira? FÁBIO - Sempre Chico Anysio, né... Chico Anysio é sempre “o Cara”. É até redundante, como “chover no molhado”. Eu sou muito fã do Golias também, do Lucio Mauro, Rogério Cardoso, do Francisco Milani... Eu sempre assisti muito a Escolinha do Professor Raimundo. Acho que foi um marco pra televisão. Sempre fui fã de Chaves também. Esse foi o pessoal que me inspirou desde lá trás. JORNAL OPA! - E Hoje? Qual programa de comédia você curte? FÁBIO - Hoje em dia eu curto muito o Steve Carell, assisto The Office, gosto muito de Family Guy e South Park. São referências bem grandes. JORNAL OPA! - Você já passou alguma saia justa durante uma apresentação de Stand Up, tipo, peidar em volume alto? FÁBIO - Cara, uma vez numa apresentação, o microfone tinha um grande fio, e o fio começou a cair no chão em cima da plateia, daí eu fui levantar o fio “com tudo” (riso), e o fio deu uma chicotada na primeira fila, (riso)... Machucou umas 3 pessoas graças à minha “agilidade” com o microfone. Daí eu desci até lá abracei, pedi perdão e ficou tudo bem.

JORNAL OPA! - E eles pensaram que fazia parte do espetáculo? FÁBIO - Acho que não, senão eles pediriam o dinheiro de volta! JORNAL OPA! - Em 2007 você ficou em 2º lugar no Festival de Curtas do canal AXN. Recomenda que os jovens participem de Festivais como janela para o sucesso? FÁBIO - Acho que Festivais são sempre importantes pra se conhecer gente. Pra você ganhar experiência, ganhar traquejo, experimentar coisas novas, e é legal estar em contato com todo mundo, sabe? Ainda mais quando você é jovem, é bom isso. JORNAL OPA! - Em 2009 você apresentou a peça “Palavras na Brisa Noturna”, drama inspirado no livro “As Boas Mulheres Da China” da Jornalista Chinesa Xinran Xue. Como foi fazer algo que não termina em gargalhadas? FÁBIO - Pois é... Eu sou a favor da boa história. Não importa se é um drama, uma comédia, o que é. Se é boa, eu gosto. Eu dirigi e escrevi essa peça, que minha mulher fazia como atriz, e foi muito bacana ter participado disso porque eu também gosto de me exercitar em várias formas, não só no humor. Eu tenho facilidade com a comédia, mas, eu gosto de Teatrão, do bom Teatro, pra assistir e me inspirar. Enfim, foi uma ótima oportunidade pra exercitar esse outro lado.


JORNAL OPA! - A internet está bombando e eis que surge um burburin de vídeos muito engraçados de um tal de “Porta dos Fundos”. O “Minuto da Marmota” e o “Batman” já se tornaram clássicos. Em meio a tanta comédia chata na TV aberta, já pensou em transformar os mais de 50 quadros em um programa de TV? FÁBIO - Não! Pra que? Tá me desejando mal? (riso). Eu não quero televisão não. Eu quero é ficar na internet. Internet não é o futuro, Internet é o Presente! A gente já recebeu proposta de várias emissoras, mas, a gente quer ficar na net. A TV é muito careta, muito limitadora, castradora. Já na internet a gente tem liberdade pra falar de qualquer assunto, da maneira que a gente quiser. Além do que, na internet, eu sou meu próprio Patrão né? Eu sou o Roberto Marinho da Porta dos Fundos, (riso). JORNAL OPA! - E por que “Porta dos Fundos”? FÁBIO - Olha, eu hoje vendo, acho que o nome faz muito sentido, para que as pessoas vejam que a Internet é a “porta de entrada dos fundos”. E a gente entrou chutando a porta dos fundos e a tornando muito mais atraente do que a porta da frente. “As pessoas vejam que a Internet é a “porta de entrada dos fundos”. E a gente entrou chutando a porta dos fundos e a tornando muito mais atraente do que a porta da frente” JORNAL OPA! - Esse tipo de comédia ácida, não tem tanto espaço junto ao telespectador brasileiro desde TV Pirata. Você acha que as grandes Redes de Televisão tentam impor o que deve ser engraçado, ou o humor está mudando no Brasil? FÁBIO - Não é que eles imponham, é que existem certas limitações mesmo. Cada mídia tem sua limitação. Eu acho que a TV poderia ser um pouco mais ousada. Acho que ela subestima um pouco o público. Ela acha que “o humor muito fino, segmentado, não é popular”. Eu acho que a Porta dos Fundos vem pra “quebra” com tudo isso. Um humor que agradou público e crítica, ganhou prêmios, um sucesso entre pessoas de diferentes idades e classes sociais, e acabou sendo um bom exemplo para as televisões então dá pra fazer esse tipo de comédia sendo popular ao mesmo tempo. JORNAL OPA! - Se brochar na hora do vamo-vê, contar uma piadinha passa um pano??? FÁBIO - Ahh...tem que assumir o negócio. Se não assumir rapaz fica pior pro teu lado. O negócio é dar risada disso e daqui uma horinha a coisa funciona de volta, (riso). JORNAL OPA! - Você prefere criar seus personagens ou personificar a criação de outra pessoa? FÁBIO - Varia. Também é muito libertador não ter que escrever nada. Dá uma tranquilidade não ter o peso do roteiro nas costas, entendeu? Você chega lá e tem só que interpretar. Mas, ao mesmo tempo, criar o personagem pra mim, do meu jeito também é muito legal, porque ninguém me conhece melhor do que eu mesmo, e sei até onde eu posso ir, até onde eu posso me desafiar. As 2 opções são muito boas.

JORNAL OPA! - Do que você sente falta da época de Faculdade? (não vá me responder “cheiro de maconha”, hein!?) FÁBIO - Nãããão não, eu sou puro! O pior é que eu sou puro. Eu sinto falta das festas, das cervejadas. As cervejadas eram maravilhosas. Isso que era legal. Ir pro Juca, pro Economíadas... JORNAL OPA! - E você jogava? FÁBIO - Há Naaada... Eu ficava na plateia bebendo e pegando “mulhé”. JORNAL OPA! - Não dá pra deixar de fazer um trocadilho com o “Fim do Mundo”. Já que ainda estamos aqui, que conselho você dá pra essa moçada? FÁBIO - Corre atrás das suas coisas. Faz o que você acredita porque ninguém vai acreditar mais em você do que você messsmo. Se você tem uma ideia, vai lá e faz, porque as pessoas só dão valor àquilo, depois que virar um sucesso. Eu larguei tudo em São Paulo, faculdade, amigos, família, pra vir pro Rio, num lugar que eu não conhecia ninguém, e acho que as coisas deram certo. Em sete anos, eu diria que saí do zero absoluto pra um lugar ao sol. JORNAL OPA! - Por fim, se pudesse criar um Curso, que Curso criaria? E quem seria o principal Professor? FÁBIO - Eu criaria um curso de Roteiro. Acho que os brasileiros ainda estão engatinhando quando a questão é roteiro, e chamaria, com certeza, os roteiristas das séries de televisão americana, que estão dominando a área e estão dando um show à parte lá fora. *Matéria produzida pelo jornal Paulista “Mundo Universitário” + www.facebook.com/jornalmundu


Desinteresse dos jovens por carros preocupa montadora U

m recente artigo do The New York Times, da jornalista Amy Chozick, é mais uma prova de que os jovens mudaram. A geração entre 18 e 24 anos está se importando mais com os outros e com o mundo em que vivem, superando antigos valores e necessidades de consumo que já não os convencem e, muito menos, os satisfazem. Uma dessas mudanças importantes está no modo com que os jovens se relacionam com a mobilidade. Há poucas décadas, o carro representava o ideal de liberdade para muitas gerações. Hoje, com ruas congestionadas, doenças respiratórias e falta de espaço para as pessoas nas cidades, os jovens se deram conta de que isso não tem nada a ver com ser livre, e passaram a valorizar meios de transporte mais limpos e acessíveis, como bicicleta, ônibus e trajetos a pé. Além do mais, “hoje Facebook, Twitter e mensagens de texto permitem que os adolescentes e jovens de 20 e poucos anos se conectem sem rodas. O preço alto da gasolina e as preocupações ambientais não ajudam em nada”, diz o artigo. Para entender esse movimento, o texto conta que a GM, uma das principais montadoras de automóvel do mundo, pediu ajuda à MTV Scratch, braço de pesquisa e relacionamento com jovens da emissora norte-americana. A ideia é desenvolver estratégias adaptadas à realidade dos carros e focadas no público jovem para reconquistar prestígio com o pessoal de 20 e poucos anos – público que tem poder de compra calculado em 170 bilhões de dólares, segundo a empresa de pesquisa de mercado comScore. Porém, a situação não parece ser reversível. “Em uma pesquisa realizada com 3 mil consumidores nascidos entre 1981 e 2000 – geração chamada de ‘millennials’ – a Scratch perguntou quais eram as suas 31 marcas preferidas. Nenhuma marca de carro ficou entre as top 10, ficando bem abaixo de empresas como Google e Nike”, diz o artigo. Além disso, 46% dos motoristas de 18 a 24 anos declararam que preferem acesso a Internet a ter um carro, segundo dados da agência Gartner, também citados no texto do NY Times. O que parece é que os interesses e as preocupações mudaram e as agência de publicidade estão correndo para entendê-los e moldá-los, mais uma vez. Só que, agora, com o poder da informação na ponta dos dedos e o movimento da mudança nos próprios pés fica bem mais difícil acreditar

que a nossa liberdade dependa de uma caixa metálica que desagrega e polui a nossa cidade.

Jovens brasileiros preferem transporte público de qualidade Essa tendência de não-valorização do carro já foi apontada também pelos nossos jovens aqui no Brasil. A pesquisa O Sonho Brasileiro, produzida pela agência de pesquisa Box1824, questionou milhares de ‘millenials’ sobre sua relação com o país e o que esperavam para o futuro. As respostas, que podem ser acessadas na íntegra no site, mostram entusiasmo e vontade de transformação, especialmente, frente aos desafios sociais e urbanos como falta de educação e integração. A problemática do transporte público se repete nos comentários dos internautas no site da pesquisa, que mantém o espaço virtual aberto para todos que quiserem deixar sua contribuição de desejo de mudança para o local em que vivem. A maioria das pessoas que opina enxerga o carro como um vilão que polui e tira espaço da cidade e acredita que a solução está em investimento em transporte público de qualidade. Esse é o desejo dos jovens brasileiros que também já mudaram e agora estão sonhando, mas de olhos bem abertos para cuidar do mundo em que vivem. + www.osonhobrasileiro.com.br

POR Maria Fernanda Cavalcanti Estudante de jornalismo na UFRGS, escreve para o TheCityFixBrasil.com

A graxa do sapato OPA! Tudo certo por aí? Sabemos que é o mês do cachorro louco e que é ainda mais especial para os pais, mas diremos coisas que nem seus coroas sabem! Lembras a primeira vez que ganhou um tênis, sapato, sandália ou chinelo novo? Pois bem, foi justamente quando você perdeu a naturalidade genuína de uma criança e criada pela natureza. Não estamos sendo dramáticos, mas o calçado limpo é o sinônimo da desonestidade. Sai na rua com esse artigo intacto, desviará das imperfeições da calçada, provavelmente não terá a mesma atenção nos diálogos e aprenderá a se defender das armadilhas da vida com os subterfúgios mais diversos e traiçoeiros. Pode parecer bobagem, mas tu serás outra pessoa. A simbologia só é confirmada ao analisarmos os maiores corruptos do país. Observem a roupa, ou melhor, observe o sapato dos indivíduos. Intactos tais quais suas contas que extrapolam trocados do povo. Vai além da semiótica, podes ter certeza! Eu poderia citar Drummond, Quintana, Fernando Abreu, Medeiros ou Nietzsche, pois o Google proporciona a todos a sensação de ser culto ou a formulação de uma imagem assim, no entanto, não os leio e acho injusto contigo, amigo leitor. Recorro então, a Alexandre Magno Abrão, conhecido como Chorão, que até pode não ter sido o melhor exemplo à humanidade, mas proferiu o seguinte: “eu odeio gente chique e não uso sapatos”. Não faço apologia ao ódio, mas permitome fazer a psicanálise do verso. Ele quis dizer que a formalidade retira a sinceridade e a bonita e incomum ingenuidade. Não é um estereótipo padrão ou um tipo de discriminação, mas sim uma real concepção. Cuide dos seus calçados, logicamente, mas cuidado com quem exala graxa no sapato. POR Matheus Maia Beck

Estudante de jornalismo Unisinos


> ARTISTA EDUARDO MARINHO PLÁSTICO Eduardo estudou em ótimas escolas, mas sempre lhe chamava atenção a desigualdade social. Começou a frequentar a favela e, para tentar se adequar à família, fez um concurso do Banco do Brasil, passou, mas ficou apenas dez meses. Pediu demissão porque achava aquilo o cúmulo da falta de sentido – foi a primeira vez que o chamaram de louco. Tentou a faculdade, mas largou pouco tempo depois. Saiu da universidade e para sentir o que é não ter nada, pegou sua mochila e caiu no mundo, dormiu na rua, pediu comida para viver da sua arte. Segundo ele, quem manda no Brasil é o poder econômico, os políticos são apenas fantoches. Isso é um pouco da vida de Eduardo Marinho, artista plástico carioca, conhecido no meio acadêmico pelas palestras que dá e pela repercussão de seu blog – Observar e absorver. Na entrevista, Eduardo falou sobre o levante da juventude, política, sociedade, corrupção... será que a solução é alugar o Brasil? JORNAL OPA! - Como você vê esse levante da juventude indo protestar nas ruas? EDUARDO MARINHO - Há muito tempo me pergunto como é que as pessoas não se levantam contra a vida que lhes é imposta, conflituosa, competitiva, frustrante, infernal – pelo transporte público, pelo serviço de saúde, pela educação mentirosa que sacrifica professores, profissionais da educação em geral e, principalmente, estudantes, pelo atendimento em qualquer serviço público, pela exploração cada vez pior pelas empresas que dominam a política. A sociedade nos é apresentada como uma arena de combate, onde todos são inimigos de todos, e que vença o melhor. Tremenda mentira que visa a destruir a solidariedade que nos é natural, que nos uniria e nos faria fortes. Mas a dominação, por um punhado de privilegiados, financiando campanhas eleitorais e determinando políticas públicas que fodem o povo pra uma pequena elite gozar, faz do aparato público um instrumento de tortura pra toda a população em sua maioria esmagadora. A democracia é uma farsa, não existe e nunca existiu, não conhecemos e não sabemos o que é uma democracia. A repressão desproporcional praticamente convocou a população, em estado de insatisfação permanente, descrente dos políticos pelas mentiras repetidas a cada campanha, pela cara de pau do descaramento em enganar da mesma forma, pelo descrédito em alguma solução “política”. E os movimentos ganharam peso e massa. Não vi trabalho de conscientização, mas os políticos se apavoraram, pois a única coisa que apavora os políticos profissionais é a população em manifestação, nas ruas. Aí eles desobedecem até aos seus patrões financiadores de campanhas. Essas movimentações são um passo dentro do processo – que, na minha opinião, deveria conscientizar e chamar a massa da população, os que põem o asfalto no chão, fazem calçadas, constroem tudo o que vemos, limpam e carregam o lixo, plantam e colhem o que comemos, abrem as portas, preparam tudo pra que funcione, enfim, a base de toda a sociedade. Mas esses falam uma língua própria que não vi nenhum desses “revolucionários” falar. No geral eles falam a língua acadêmica, uma barreira pra maioria permanecer na ignorância. JORNAL OPA! - Na sua opinião, a classe política até que ponto se sente ameaçada com isso tudo? EDUARDO MARINHO - A “classe política” não merece esse nome. Na verdade, são negociantes, tratam com os poderes econômicos e se submetem a eles. Mas dependem de votos, conduzidos, induzidos por mentiras e artimanhas publicitárias, no geral, e se apavoram quando veem mobilizações como essas nas ruas. Essa política é meramente cenográfica, mantém o

MANDA NO “QUEM BRASIL É O PODER

ECONÔMICO. É ILUSÃO A GENTE ACHAR QUE POLÍTICOS MANDAM ALGUMA COISA, SÃO APENAS MARIONETES.

povo ignorante de tudo o que acontece, manipula informações, joga no escuro, sob a influência irresistível do mercado financeiro, dos poderes econômicos e apenas finge que faz política. Não é a toa que a palavra política está desmoralizada. O que se apresenta como política tá longe de ser política mesmo. Mas quando o povo se levanta, quando há manifestações da dimensão que vimos, eles se apavoram, ficam sem saber o que fazer e temem a vingança popular. Eles sabem o que fariam com quem fizesse com eles o que eles fazem com o povo. Daí o pesadelo que têm com o levante popular. JORNAL OPA! - Os manifestantes podem ter sucesso com suas pautas? Mesmo sendo elas incontáveis e as manifestações não tendo, na maioria das vezes, um líder? EDUARDO MARINHO - Não sei. Algumas concessões, com certeza. Mas a estrutura social, a causa de todos os problemas graves da sociedade, essa não se toca. A falta de um líder, ou de lideranças, foi o que mais confundiu essa “classe política”, que precisava de cabeças, pra cooptar ou cortar. Esse foi um fator de apavoramento dessas marionetes fajutas que se fazem passar por políticos. Mas são profissionais, concedem pra desmobilizar, o cerne dos problemas continua o mesmo, o predomínio empresarial sobre os poderes que deveriam ser públicos. JORNAL OPA! - A sociedade tem os políticos que merece? EDUARDO MARINHO - Não vejo como mérito, mas como construção. Destruído o ensino

fundamental e médio (públicos), cooptadas as escolas particulares em função do “mercado”, e não da coletividade humana, controladas as comunicações pelas empresas de mídia traidoras da nação, temos um quadro desolador em termos de instrução, informação e consciência. Um trabalho minucioso e profundo, com o uso da psicologia do inconsciente, antropologia, estatística, sociologia, etc., aplicado pelo massacre midiático-publicitário e pelo controle dos poderes ditos públicos, sabotando gerações de brasileiros, impedindo seu desenvolvimento pessoal e coletivo para a dominação dos poucos de sempre. Dizer que o povo tem o governo que merece é de uma superficialidade constrangedora, pra ser benevolente. Porque pode ser também hipocrisia. Ou a crueldade dos traidores. Ou burrice condicionada pelas campanhas midiáticas. Ou coisa pior. JORNAL OPA! - A solução é alugar o Brasil? EDUARDO MARINHO - Não vejo “solução”, vejo caminhos. E, sem poder decidir pela coletividade, decido por mim. E escolho participar da coletividade humana do jeito que eu quiser, não como me mandam. Não pretendo impor a ninguém minhas decisões ou visão de mundo, estou pronto a reconhecer meus erros e corrigir, procuro agir de acordo com minha consciência, visando a provocar reflexões, questionamentos, sensibilizar, esclarecer, conscientizar através do meu trabalho, que se misturou com minha vida. Impossível se conformar com a sociedade do jeito que ela se apresenta. Não me importa não ter poder pra mudar, se me conformar a vida perde o sentido e sem sentido eu não posso viver.


FOTO: GABRIELA M.O

Em um papo sobre a trajetória da banda Os Replicantes, os integrantes Heron Heinz e Júlia Barth analisam as mudanças e o sucesso em três décadas de muito punk rock. POR ALICE FORTES A vontade de tocar pra gurizada sempre está presente nos shows dos Replicantes. A mudança no som existe, mas a essência do velho e bom punk rock é sempre a mesma. O público constantemente se renova. Quem nunca viu as antigas formações tem oportunidade de acompanhar a nova formação que, há sete anos, conta com Júlia Barth no elenco. “Curtir um som com tempo de estrada e lembrar situações muito antigas de suas vidas, que rolaram ao som dos Replis” confessa Júlia que é emocionante. O resultado do trabalho desses rockeiros acabou se tornando referência para bandas que surgiram depois. Júlia participava da banda Os Alcalóides e concorda que sempre foi influenciada por eles. “A parte boa de ser referência é ver que um som pode mudar vidas e originar novos sons...” define Júlia. Heron admite que ter o trabalho reconhecido é sempre bom, mas ser integrante de uma banda considerada uma das maiores bandas de punk rock do cenário

musical gaúcho não é a maior preocupação da banda, pois essa referência depende de quem escuta e não de quem faz o som. Pra fazer esse tipo de estilo musical é necessário muita persistência e gostar do que se faz é essencial, pois o mercado, para esse tipo de gênero, sempre existirá, porém tem adeptos muito exigentes. Praticamente todas as músicas são compostas pelos próprios integrantes Heron, Claúdio e Gerbase e a inspiração e parceria surge do convívio entre eles e de situações do cotidiano. Segundo Júlia, a inspiração em conjunto,

resultado da convivência dos colegas, é consequência pra finalização das músicas. Afinidades com outros estilos e ídolos de grandes gerações existem. “Eu particularmente curto música em geral, clássica, rock and roll e ídolos como Leonard Cohen, The Clash, Paganini, Lou Reed, fazem parte do meu gosto pessoal. Júlia já curte de Neil Young a Queens of The Stone Age”. Todos os gêneros nos influenciam. “Ouvir sempre a mesma coisa, por melhor que seja, reduz as possibilidades de qualquer um, então nos mantemos abertos e atentos”. Resume Heron.

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Nos meios de comunicação, redes sociais ou até na estampa de roupas, as siglas UFC e MMA vêm cada vez mais fazendo parte da vida dos brasileiros. POR DIEGO WEILER em mesmo o nocaute sofrido pelo mito Anderson Spider Silva, no mês passado, foi capaz de barrar o crescimento de popularidade do MMA em nosso país. Na verdade, o que se observou após a derrota do brasileiro foi um aumento de repercussão na mídia tradicional e redes sociais a respeito desse esporte. Propositadamente ou não - e ainda depois de toda a novela feita sobre Spider desistir ou voltar a lutar por cinturão -, o fato é que a revanche contra o novo campeão dos pesos médios, Chris Weidman, tornou-se o evento mais aguardado da história do UFC. - que no Brasil seria AMM (Artes Marciais Mistas) - é um esporte que, como já diz o próprio nome, reúne lutadores especializados em diversas modalidades de lutas: karatê, jiu-jitsu, boxe e wrestling são algumas delas. Os melhores lutadores de MMA (ou os mais conhecidos) estão vinculados à organização UFC - Ultimate Fighting Championship, presidida pelo norte-americano Dana White. O UFC surgiu ainda na década de 1990, porém possuía poucas regras e era conhecido como “luta de ringue sem restrições”. Dana White foi o cara que mudou essa realidade, e, acrescentando novas regras, transformou o antigo Vale-Tudo em MMA. Com isso, recebeu aprovação de comissões atléticas internacionais e valorização por parte da mídia. No Brasil, um fator que colabora para a consolidação do MMA é a grande gama de lutadores canarinhos subindo ao octógono a cada edição do UFC, e, na maioria das vezes, lutando ou defendendo cinturões em suas categorias. Desde os precursores da modalidade no nosso país - a renomada família Gracie - temos diversos lutadores crescendo junto com a história desse esporte: como os irmãos

Minotouro e Minotauro, o “Cachorro Louco” Wanderlei Silva, “O Fenômeno” Vitor Belfort , José Aldo - atual campeão dos pesos penas, o ex-campeão dos pesos pesados Junior dos Santos - o “Cigano”, e o já lembrado Anderson Silva ou “Spider”. Este último que no dia 29 de dezembro se reencontrará com o estadunidense Chris Weidman para uma luta revanche valendo o cinturão dos pesos médios - perdido por Silva na luta ocorrida no UFC 162, em Las Vegas, no dia 6 de julho. Spider estava invicto no UFC até essa luta, tendo alcançado a marca de 16 vitórias consecutivas, entre elas 11 vitórias de título e 10 defesas do cinturão. Weidman, ao vencer Anderson Silva, tornou-se o homem a ser batido: desde sua entrada no UFC, em 2009, o norte-americano acumula 9 vitórias e nenhuma derrota. Outra revanche muito esperada no mundo do MMA é a que ocorrerá no dia 19 de outubro, entre os pesos pesados Junior Cigano e Cain Velasquez. Luta que na verdade é um desempate entre o brasileiro e o norte-americano (de ascendência mexicana), pois eles já estiveram cara a cara no octógono outras duas vezes no passado, tendo Cigano vencido a primeira delas - luta que deu a ele o cinturão da categoria - e Velasquez vencido a última - recuperando o cinturão que o pertencia antes. 157, no dia 23 de fevereiro de 2013, ficou marcado pela primeira luta feminina da organização, valendo o cinturão do peso galo feminino. A luta ocorreu em Anaheim, Califórnia, entre as estadunidenses Ronda Rousey (detentora do cinturão) e Liz Carmouche, tendo Rousey vencido com uma chave de braço no final do primeiro round. A próxima defesa de cinturão de Rousey está marcada para o UFC 168, em 29 de dezembro, contra a também norte-americana Miesha Tate, na mesma noite da revanche entre Spider e Weidman. O aumento de popularidade do UFC também deu origem a um reality show da organização, chamado de The Ultimate Fighter - TUF. No Brasil o programa é transmitido pela Rede Globo e já teve duas temporadas. A primeira foi vencida por Rony Jason (peso pena) e Cézar Mutante (peso médio), e teve como treinadores os lutadores Vitor Belfort e Wanderlei Silva. A segunda temporada, exibida no início deste ano, teve como vencedor Leonardo Santos (peso meio-médio), e os treinadores foram os pesos pesados Rodrigo Minotauro e Fabrício Werdum. Nos Estados Unidos a série já passou por 17 temporadas, tendo na sua primeira edição, em 2005, a luta final na categoria meio pesado entre Forrest Griffin e Stephan Bonnar. Esta luta é considerada até hoje uma das melhores do UFC. Conquistando espaço nos programas esportivos de rádio e televisão ao lado de esportes clássicos do nosso país, o MMA vem aumentando seu público e já é motivo para reunir a galera na frente da TV em pleno sábado à noite. Novos ídolos nacionais e internacionais estão aparecendo e com a inserção de modalidades femininas no UFC, reality shows e muita publicidade, tudo indica que o MMA será - se já não podemos dizer que é - a nova febre do esporte mundial.

No UFC as lutas acontecem dentro de um octógono e possuem 3 assaltos de 5 minutos cada, ou 5 assaltos de 5 minutos - em caso de disputa de cinturão. Mas as lutas só concluem esse tempo quando não ocorrem nocautes ou finalizações, e a decisão do vencedor acaba ficando por conta do júri.



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