Jornal Espírita de Uberaba nº 106

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Ano 8 – nº 106 – Julho /2015 – “Fundado em outubro de 2006” Responsável: Luiz Carlos de Souza (Trabalhador na seara espírita em Uberaba-MG / Brasil) TWITTER: @jornalespirita FACEBOOK: Jornal Espírita de Uberaba I e II SITES: www.jornalespiritadeuberaba.com.br e www.issuu.com/jornalespiritadeuberaba E-MAIL: contato@jornalespiritadeuberaba.com.br / CELULAR: (34) 9969-7191

O materialismo, com sua insensibilidade, havia esterilizado a arte. Esta arrastava-se na estreiteza do realismo sem poder elevar-se ao máximo da beleza ideal. O espiritismo vem dar-lhe novo curso, um impulso mais vivo em direção às alturas, onde ela encontra a fonte fecunda das inspirações e a sublimidade do gênio. (Léon Denis – O Espiritismo na Arte) EDITORIAL SER ESPÍRITA HOJE No mundo moderno, são inúmeras as teorias criadas com o fim de resolver de vez os problemas da humanidade. Estudiosos debruçam-se sobre textos antigos, e com frequência anunciam conclusões de impacto. Já outros, mais afeitos aos estudos científicos, publicam, a cada momento, brilhantes descobertas nos diversos campos das ciências físicas e sociais. A cada anúncio espalhafatoso, tem-se a impressão de que a humanidade está, finalmente, às vésperas de resolver seus problemas e de que uma nova era de ouro irá abrir-se à nossa frente. No entanto, as pessoas continuam matando-se em guerras e lutas sem sentido, pelos motivos mais torpes e razões as mais inconfessáveis. Exemplares da Bíblia são distribuídos aos milhões, em todos os idiomas, em todos os cantos do mundo. Apesar disso, o homem ainda é o grande predador de si mesmo, indiferente à mensagem sublime contida no livro sagrado que lhe enfeita a mesa de cabeceira. A ciência médica atinge níveis impensáveis ainda há poucos anos. Aparelhos sofisticados permitem explorar em detalhes o organismo humano, para investigar as doenças mais diversas. Todavia, o Espírito, fonte solitária da saúde e da enfermidade, continua mergulhado em trevas e é, para ele, em vão que se busca a cura nos antibióticos, nos hormônios ou na engenharia genética. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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Os meios de comunicação alcançam progresso inimaginável. As redes de dados permitem acesso imediato aos lugares mais remotos da Terra e mesmo do espaço interplanetário. Mas o diálogo entre pais e filhos e entre marido e mulher nunca atingiu níveis tão baixos. A quantidade de informações sobre todos os temas aumenta de forma exponencial, disponibilizada para grande parte da população a um simples teclar de botões. Apesar disso, a ignorância, flagelo maior da humanidade, campeia como nunca, mesmo entre aqueles que têm acesso aos terminais mais avançados, porque a avalanche de informações não significa aquisição de conhecimento e muito menos de sabedoria. “Onde errei?” – pergunta-se o ser humano de hoje, confuso sobre os caminhos percorridos ou a percorrer, sem saber de onde veio, como chegou até esse ponto, e muito mais confuso ainda sobre o destino a seguir. As respostas possíveis são inúmeras, e a debater-se entre elas gasta o homem boa parte de seus dias na Terra. Como a mariposa atraída a um só tempo para dezenas de chamas de velas à sua volta, erra de uma para outra, sem tomar uma decisão. No fim, muitas vezes desiludido, abandona-se ao niilismo e trata de aproveitar o que lhe resta da vida da forma que melhor lhe fala aos sentidos. Outros enveredam pela trilha atraente do dogmatismo doentio, que adultera as almas, negando-lhes a sublime faculdade do livre-arbítrio. Para aquele, porém, que percebe as existências terrestres como etapas necessárias no caminho sinuoso de contínua ascese evolutiva, os tropeços nos seixos e as pisadas nos espinhos nada mais são do que aceleradas valiosas no rumo do supremo bem. Consciente do muito que lhe falta ainda progredir em nosso planeta, esforça-se por melhorá-lo e conservá-lo o mais perfeito possível para as futuras gerações, ciente de que ele próprio provavelmente estará ali incluído. Tendo percebido já que os fogos-fátuosà beira da estrada nada mais são que ilusões traiçoeiras, apega-se à única luz verdadeira, aquela que vem no interior do próprio ser e que a todo momento lhe sussurra aos ouvidos espirituais: “Eu Sou – o Caminho, a Verdade, a Vida”. A luz que acende em seu sacrário íntimo é também, qual chama de vela, incerta a princípio, ao enfrentar as trevas, mas cada vez mais afirmativa e ousada à medida que percebe não ser a escuridão, por mais assombrosa que pareça, capaz de eliminar seu esplendor. Para esse homem renovado, cuja transformação moral processa-se a passos seguros, à custa de incessante reforma íntima, a existência terrena adquire novos significados. Consciente de que retornará outras vezes, não procurará desfrutar de todos os prazeres da Terra na presente encarnação. Será, acima de tudo, moderado em seus anseios de posse, pois sabe que nada na verdade lhe pertence, mas de tudo é depositário por prazo limitado, devendo, ao final de cada ciclo palingenético, prestar contas do bom ou mau uso que tiver feito dos bens que lhe foram dados por empréstimo. Procura ver em todos os semelhantes a centelha divina que habita, em última análise, o íntimo de cada ser. Sabe que o mal é apenas a ausência momentânea do bem, e que não há seres intrinsecamente maus, mas apenas criaturas desorientadas, à procura de um significado para suas vidas. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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Humilde diante de Deus e de si mesmo, melhor que ninguém é capaz de reconhecer a enormidade da tarefa a realizar. Todavia, sensatamente, não se arvora em reformador do mundo, preferindo, ao contrário, o trabalho anônimo ao próximo, entendendo por próximo aquele que mais perto está e que mais diretamente se lhe relaciona na vida diária. Sabedor da condição ainda retardatária do planeta e de seus habitantes, entende perfeitamente ser este um estágio de provas e expiações. Nos momentos de felicidade, que advinha passageiros, dará graças pela misericórdia divina, que lhe possibilita a recuperação no intervalo entre dois infortúnios. Já na hora da provação, sereno em sua fé, buscará por todos os meios superá-la com galhardia, sem queixa nem lamúria, esforçando-se por não incorrer em novas dívidas cármicas, cujo saldo é obrigatório, nesta ou em outras existências. Como os velhos pioneiros da fé, empunha com a mão direita a enxada do trabalho diário nas lides provacionais, símbolo de sua ligação ao planeta abençoado em que faz parada. Já na mão esquerda, junto ao coração, traz o Evangelho, padrão sinalizador de transcendência, bússola do viajante sideral em sua jornada rumo ao Infinito Bem. Por Décio Luís Schons Transcrito do informativo: SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES – Edição 2.249 – Junho 2015 EVENTOS ESPÍRITAS DE UBERABA REUNIÃO LÍTERO MUSICAL DOUTRINÁRIA E AS SUAS

Palestra: JESUS PARÁBOLAS Expositor: Dr. Jorge Bichuetti (Uberaba-MG) Programação: Palestra, Apresentação Musical de “JOSÉ HUMBERTO”, Sorteio de Livros e Confraternização. Data: 25 de juLho de 2015 (sábado) Horário: 19h30min Local: Centro Espírita Uberabense (Rua Barão de Ituberaba nº 449 – Estados Unidos – Uberaba-MG) Organização: UMEU – União da Mocidade Espírita de Uberaba

REUNIÃO DO CONSELHO ESPÍRITA MUNICIPAL (CEM) DA AME/UBERABA O Conselho Espírita Municipal – CEM da AME/Uberaba, sob a presidência de Sônia Barsante Santos, estará reunido na Casa Espírita Adelino De Carvalho (Rua Minas Gerais nº 366 – Santa Marta, no dia 26 de julho, às 14h. A reunião contará com a seguinte pauta: 1ª parte: Tabela demonstrativa das atividades da AME e seus departamentos e do CRE-SUL; 2ª parte: Levantamento das necessidades e dificuldades dos Centros Espíritas de Uberaba. A presença dos estimados irmãos diretores das Casas Espíritas e seus colaboradores é de grande importância para o êxito da reunião.

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2ª PRÉVIA DA 52ª COMMETRIM Vem aí a segunda prévia da 52ª Confraternização de Mocidades e Madureza Espíritas do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba – COMMETRIM – na cidade de UBERLÂNDIA, dia 02 de agosto! Participe! PEÇA TEATRAL UM AMOR DE RENÚNCIA O espetáculo se baseia na obra “Renúncia” de Emmanuel, psicografada por Chico Xavier, encenando o enredo principal do livro: a história de Carlos (Polux) e Alcíone. Narrado e conduzido pelo personagem de Emmanuel, “Um Amor de Renúncia” conta a história de Pólux e Alcíone, dois espíritos ligados pelo amor, mas separados por graus diferentes na evolução espirital. Alcíone renuncia à elevada morada espiritual onde se encontra para reencarnar na Terra, a fim de auxiliar Polux (Carlos) em sua evolução. Entretanto, as limitações morais de Polux para alcançar sua transformação, desencadeiam acontecimentos que fazem desse encontro de almas afins, um marco inesquecível para todos. O Espetáculo “Um Amor de Renúncia” já está a mais de cinco anos em cartaz por todo o Brasil e é da produtora Ramma Kriya de São Paulo, que atua a mais de 21 anos na produção de espetáculos com temática espírita. Data: 29 de julho (quarta-feira) Local: Teatro Vera Cruz Ingressos disponíveis a partir de quarta feira dia 08/07 na: - Alternativa Cultural, Rua Major Eustáquio 500 - Armazém Pet, Rua João Alfredo 611 Abadia. Ingressos: R$ 50,00 Inteira; R$ 25,00 Meia e R$ 20,00 antecipado, preço para meia e inteira. ABERTA A VOTAÇÃO DO XIV FEMEU A votação das músicas do XIV FEMEU – Festival de Música Espírita de Uberaba (nacional) está aberta de 06 de julho até 09 de agosto. Inscreveram-se 34 músicas dos estados de Alagoas, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, Bahia, São Paulo e Minas Gerais. Destaca-se São Paulo com 15 músicas e Minas Gerais com outras 13 músicas. As duas cidades que mais inscreveram músicas foram Franca-SP com 07 músicas e Uberaba-MG com 05 músicas, seguido de Uberlândia-MG com 03 músicas. Abaixo a relação de Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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músicas inscritas e que foram aprovadas pela comissão e que estarão disponíveis para a escolha do público:  A Alegria é Uma Prece – São Paulo-SP  A Mesma Estrada – Santo André-SP  As Três Trindades – Uberaba-MG  Buscando Amor – Uberaba-MG  Chico é Luz – Conceição das Alagoas-MG  Chico Xavier, Exemplo de Amor e Fé! – Maceió-AL  Como um Presente – Franca-SP  Consagração – Franca-SP  Da Escuridão à Luz – Itararé-SP  Despertar – Uberaba-MG  Deus – Franca-SP  Disciplina, Disciplina – Viamão-RS  É Tempo de Amar – Franca-SP  Escolha o Amor – Caldas Novas-GO  Especial – Belo Horizonte-MG  Essência – Alagoinhas-Ba  Estrela de Sirius – Franca-SP  Existe a Luz – Pereira Barreto-SP  Filho Perdido – Uberlândia-MG  Irmão de Uberaba – Franca-SP  Jesus Rei dos Reis – Uberlândia-MG  Mensageiro da Paz – Curitiba-PR  Mensageiro do Amor (André Luiz) – Sete Lagoas-MG  O Amor – Uberlândia-MG  O Semeador – Jaguariuna-SP  Plástica Espiritual – São Bernardo do Campo-SP  Pois a Alma é Imortal – Monte Carmelo-MG  Quero Aprender – Aparecida de Goiânia-GO  Recreando a Luz do Sol – Uberaba-MG  Renascer – Uberaba-MG  Sentimentos Nocivos – Bebedouro-SP  Tempo – Franca-SP  Verdadeiro Amor – Varginha-MG  Voar Bem Alto – Vargem Grande Paulista-SP Todos podem participar da votação. Para isso basta acessar o site www.jornalespiritadeuberaba.com.br/femeu no menu VOTAÇÃO, ouvir as músicas e votar. O público pode escolher e votar em quantas músicas desejar. OBSERVAÇÃO: Após esse processo você receberá um aviso em sua caixa de email informando que é necessário validar o voto clicando na mensagem para que o voto seja computado. Participe deste importante evento em favor da arte espírita e da música espírita. Ajude-nos a divulgar o site: www.jornalespiritadeuberaba.com.br/femeu e também a votação. Apoio O XIV FEMEU é uma iniciativa da UMEU – União da Mocidade Espírita de Uberaba, realizado com o apoio da AME – Aliança Municipal Espírita de Uberaba, da UEM – União Espírita Mineira; da ABRARTE – Associação Brasileira de Artistas Espíritas; da FEB – Federação Espírita Brasileira; das empresas: Top Som e River Auto Peças; do Web Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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Design Bruno Carneiro Fernandes da Silva.; do Artista Plástico Rhaavi Dionísio; das livrarias espíritas de Uberaba: Academia do Pensamento, Emmanuel, e Ponto de Luz; das editoras espíritas: CEC – Uberaba, GEEM, LEEPP, CANDEIA, CEU; de Eduardo Saad (sonorização); de Vision DVD (filmagem); da Fundação Cultural de Uberaba; dos jornais: Jornal Espírita de Uberaba, e A Flama Espírita; das rádios espíritas: Fraternidade; Tv espírita A Caminho da Luz. GRANDE FINAL DO XIV FEMEU Data: 29 de agosto de 2015 Horário: 19h Local: Cine Teatro Vera Cruz (Rua São Benedito nº 290 – Uberaba-MG) Entrada Franca. Participe! EM DIA COM O ESPIRITISMO 12º FÓRUM NACIONAL DE ARTE ESPÍRITA Natal reúne artistas espíritas de todo o país A capital do Rio Grande do Norte, Natal, recebeu nesse feriado de Corpus Christi, cerca de 140 artistas espíritas de 17 unidades da Federação, por ocasião do 12º Fórum Nacional de Arte Espírita, promovido pela Abrarte. Trabalhadores espíritas ligados a dança, música, literatura, teatro, audiovisual, evangelização, entre outros, provenientes do Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Piauí, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Pará e Amapá, encontraram-se no Colégio Estadual do Atheneu Norte Rio-grandense, numa jornada de integração, vivências, debates, oficinas, palestras e apresentações artísticas. “Foram dias de muito trabalho no bem, dias de muita luz e aprendizado”, afirmou o associado Marcelo de Aquino, membro do conselho doutrinário da Abrarte e da comissão organizadora local do evento. A primeira atividade do Fórum foi uma dinâmica de integração, através de uma divertida dança de quadrilha, na tarde de quinta-feira (4 de junho). À noite, todos os participantes foram levados até o Teatro Alberto Maranhão, no bairro da Ribeira, para assistirem à abertura oficial do evento, em solenidade que contou com a presença do presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Norte (FERN), Eden Lemos. Nessa oportunidade, Cláudio Marins fez o lançamento do livro Círculo de Estudos - Arte e Espiritismo, de Edmundo Cézar, selecionado pelo convite público lançado pela Abrarte no Fórum de Franca, no ano passado. O público presente também pôde assistir, nesta noite, às apresentações dos grupos Canto de Paz (RN), Passos de Luz e Vitta (AP), e do Grupo Persona de Teatro Espírita (RN).

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Palestra, centros de interesse e grupos de trabalho Na sexta-feira (5), pela manhã, a programação do Fórum começou com palestra de Sandra Borba (RN), que falou sobre o tema geral do evento: Jesus, médium das belezas eternas. Sandra destacou os elementos que fundamentam as belezas eternas, quais sejam, a existência do Criador e a imortalidade da alma. Segundo a palestrante, o artista espírita deve considerar-se como um carteiro, o portador da mensagem da boa nova que deve ser entregue ao grande público. “A estrela deve ser a mensagem; o artista é somente o veículo”, ressaltou. Em seguida, os participantes se dividiram em quatro salas de centros de interesse, cada uma das quais abrigando dois painéis sobre experiências específicas desenvolvidas no campo da arte espírita. As exposições foram seguidas de debates. Na primeira sala, Daniela Tonidandel (MG) compartilhou a experiência da Cia. Laboro no Processo coletivo de construção; e Maíra Magalhães (AP) discorreu sobre as ações que fizeram eclodir oMovimento de Arte Espírita no Estado do Amapá. Na segunda sala, Gláucio Cardoso (RJ) trouxe reflexões sobre Verdades em diálogo: a Relação entre poesia e Espiritismo,enquanto Paulo Cézar Silva (MG) abordou sobre Dança e Arte Espírita - Múltiplas possibilidades. Na terceira sala, Rosália Castro (DF) apresentou o trabalho desenvolvido no Distrito Federal com o projeto Estudando a arte através da Doutrina Espírita; e Fátima Ricardi (SP) contou sobre a experiência em eventos do Grupo Paluarte, com o tradicional Mês de Teatro Espírita de Indaiatuba. Por fim, na quarta sala, Aristides Barros (CE) mostrou O trabalho popular de mamulengos como ferramenta de divulgação da Doutrina Espírita e Edna Daniela (SP) apresentou a associação entre Arte e Espiritismo: o exemplo do Instituto Arte e Vida. À tarde, nova divisão dos forenses, dessa vez em quatro grupos de trabalho que discutiram os seguintes projetos da Abrarte: propostas de reforma do Estatuto, com Rogério Silva (SC) e Fábio Fidelis (RN); Núcleos Abrarte regionais, com Cláudio Marins (MG); 2º Encontro Nacional de Arte Espírita, com Edmundo Cezar (PR); e dinamização da produção e distribuição de produtos da Abrarte, com Gláucio Cardoso (RJ) e Rick Debiazze (ES). Após banho e jantar, a programação prosseguiu novamente no Teatro Alberto Maranhão, desta vez com apresentação da Banda RN, do grupo Sintonia (PI), com o show Ao que lhe dará, e da Cia. Laboro (MG) com o espetáculo Brasil, coração do mundo. Nesta mesma noite, aconteceu homenagem especial, com entrega de placa de Moção, ao Instituto Arte e Vida, de Franca (SP). Assembleia, oficinas e movimento federativo O sábado pela manhã reservou várias atividades simultâneas. Enquanto os associados da Abrarte reuniram-se na assembleia geral, oportunidade em que elegeram a nova diretoria e conselhos doutrinário e fiscal, os não associados tiveram à disposição três oficinas voltadas à capacitação e à aplicação da arte na casa espírita. Depois do almoço, um debate, com a presença do presidente da FERN, Eden Lopes, do presidente da Abrarte, Cláudio Marins, e de representantes de entidades federativas estaduais – Márcia Albuquerque Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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(RS); Maíra Magalhães (AP); João Mendonça (DF); Lirálcio Ricci (SP); e Émerson Borgo e Rogério Silva (SC) – discutiu a Arte no movimento federativo: diversidade na unidade. A programação continuou com palestra de Edmundo Cezar (PR), utilizando-se do conteúdo do livro Círculo de Estudos – Arte e Espiritismo, de sua autoria, lançado na noite anterior, seguido de atividade de sensibilização com performances artísticas de Perciliano Gomes (AP) e Gláucio Cardoso (RJ). O Fórum encerrou no sábado à noite, com as apresentações do show Vitrine Paraense, reunindo diversos artistas espíritas do Estado do Pará, do grupo Voz e Caridade (PE), e uma espontânea e emocionante homenagem de todos os forenses a Cláudio Marins, atual presidente da Abrarte, pelo importante trabalho realizado à frente da instituição por dois mandatos consecutivos. O cerimonial contemplou também dois momentos formais de transmissão de responsabilidades: a atual diretoria deu posse à nova equipe de trabalho, e a cidade de Natal passou o estandarte para São Paulo, sede do Fórum de 2016. O Coral Paco Horo entrou em seguida, executando excelente repertório acústico e envolvendo todos os participantes do encontro em atividade vivencial, inspirada no Evangelho, marcando, assim, o encerramento efetivo do 12º Fórum Nacional de Arte Espírita. Atividades paralelas A exemplo do que ocorreu nos dois últimos fóruns (Florianópolis e Franca), a edição deste ano do evento também teve atividades paralelas à programação geral. Os não associados, que não participaram da assembleia geral, puderam escolher uma entre as três oficinas oferecidas: Arte e juventude, ministrada por Élidon Oliveira e a juventude Hauare; Dança Espírita, por Lídia Borba; e Teatro Espírita, por Gisele Carvalho; o Forunzinho reuniu crianças filhas de participantes e trabalhadores da comissão organizadora; a equipe de atendimento médico-espiritual ficou de plantão durante todo o evento; e após o encerramento do Fórum, no domingo pela manhã, para os participantes que ainda permaneceram na cidade, a comissão organizadora local proporcionou um roteiro cultural-doutrinário pela cidade de Natal, visitando locais relacionados ao Espiritismo. Foi feito o trajeto da Caravana da Fraternidade até Macaíba, onde se visitou a Escola Auta de Sousa, a igreja onde estão seus despojos e o Centro Espírita Caminho da Redenção, e ainda o Engenho Ferreiro Torto, local conhecido pela ocorrência de vários fenômenos de manifestações mediúnicas. Apresentações – Emoção, diversão e reflexão O 12º Fórum Nacional de Arte Espírita foi marcado por belíssimas manifestações artísticas, que encantaram os participantes e o público externo. Na abertura oficial do evento, quinta-feira à noite, antes mesmo das apresentações no palco do belo Teatro Maranhão, Aristides Barros (CE) divertiu os expectadores que aguardavam no saguão da casa de espetáculos, com sua arte de teatro de bonecos. Depois, já no auditório, o grupo Canto de Paz (RN), fez show líteromusical em homenagem à grande poetisa potiguar Auta de Souza, numa bela conjugação entre música e poesia. Os grupos Passos de Luz e Vitta (AP) também surpreenderam o público com o belíssimo espetáculo “Caminhando com Jesus”, em performances que reuniram teatro, dança e música; e o Grupo Persona (RN), trouxe profundas reflexões sobre a conduta do trabalhador da arte espírita com a peça Vida de Artista. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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Na sexta-feira à noite, a Banda RN, formada por músicos de vários grupos potiguares, executou a música Abra a Arte, em arranjo nordestino. Esta música, de autoria dos associados Maurício Keller e Paulo Rowlands, foi composta durante o Fórum de fundação da Abrarte, em Salvador, em 2007, e, por isso mesmo, é considerada o hino da Associação. O grupo Sintonia contagiou o público com o show Ao que lhe dará, com temática evangélica e forte presença de elementos regionais. E a Cia. Laboro (MG) trouxe sua característica marcante de fazer de seus espetáculos uma riquíssima experiência lírica, lúdica e envolvente, desta vez com o espetáculo Brasil, coração do mundo. No sábado à noite, Gabriel Diogo (MS), ao violino, juntou-se a diversos artistas espíritas do Estado do Pará na apresentação do show Vitrine Paraense; o grupo Voz e Caridade (PE) trouxe várias canções de seu repertório profundamente cristão; e o Coral Paco Horo (RN) envolveu a todos numa sonoridade profunda e tocante. E durante todo o Fórum, em meio à programação, Grupo ArtPaz (RN), Cris Andrade (RJ), Aldo Motelevics (PR) e Márcia Albuquerque (RS) fizeram pequenas mostras de seus trabalhos, intercalando-se entre os momentos de estudo e debate com instantes de leveza, encantamento, vibração e energia. Transcrito do informativo – NOTÍCIAS DA ABRARTE, 12 de junho de 2015 – nº 490 – ano 10 ELEITA A NOVA ADMINISTRAÇÃO DA ABRARTE Durante a assembleia geral de associados realizada no último sábado, dia 6 de junho, dentro da programação do Fórum, foram eleitos a nova Diretoria e os novos membros dos Conselhos Doutrinário e Fiscal da Abrarte. Com relação à Diretoria, que teve a inscrição de apenas uma chapa, foram eleitos os seguintes associados: Presidente: Edmundo Cézar Barbosa Santos (Curitiba/PR); Vice-presidente: Rick’Ardo Debiazze Nunes Vieira (Vitória/ES); 1ª Secretária: Evelissa Mendes de Melo (Natal/RN); 2º Secretário: Humberto Borges da Costa (Vitória/ES); 1º Tesoureiro: Júlio Cesar dos Santos Nunes (São Paulo/SP); 2ª Tesoureira: Edna Daniela de Paula (Franca/SP). Já o Conselho Doutrinário é composto agora por: Rogério Felisbino da Silva (Florianópolis/SC), Gláucio Varella Cardoso (Mesquita/RJ), João Batista de Mendonça (Brasília/DF), Denize Moura Dias de Lucena (Curitiba/PR) e Maíra Uchôa Magalhães (Macapá/AP), tendo como suplentes Cláudio Roberto Marquetto Maurício (Foz do Iguaçu/PR) e Guana Veras Quelemes (PI). Por fim, o Conselho Fiscal ficou com a seguinte composição: Bianca Zucchi Hermes (Florianópolis/SC); Francisco Pereira Leite Neto (Aracaju/SE) e Fátima do Carmo Fonseca Ricardi (Indaiatuba/SP), além dos suplentes Wender Veloso da Silva (Goiânia) e Valdemagno Silva Torres (Recife/PE). Transcrito do informativo – NOTÍCIAS DA ABRARTE, 12 de junho de 2015 – nº 490 – ano 10 Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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INSTITUTO ARTE E VIDA É HOMENAGEADO O Instituto Arte e Vida, da cidade de Franca, recebeu, no dia 5 de junho, dentro da programação do 12º Fórum Nacional de Arte Espírita, em Natal, uma Moção de Reconhecimento da Abrarte pelo relevantes serviços prestados à arte espírita, em seus 30 anos de atuação. A instituição iniciou seus trabalhos em 1985, com o objetivo de montar espetáculos teatrais com temática espírita para serem apresentados em eventos do movimento espírita e federativo na região de Franca. Sua institucionalização ocorreu em 2001. A partir de 1990, começou a organizar o Festival da Canção e Encontro de Arte Espírita de Franca (FECEF). Desde então, já realizou 14 edições do evento que reúne compositores, músicos e artistas espíritas de todo o país, tornando-se uma referência no movimento artístico espírita nacional. A partir de 1996 começou a trabalhar com crianças e adolescentes, oferecendo oficinas das mais variadas modalidades artísticas. Atualmente, o trabalho abrange aproximadamente 180 crianças e jovens e é aberto a toda comunidade francana. Pelos trabalhos culturais e sociais desenvolvidos, recebeu o reconhecimento de utilidade pública municipal e federal. Atualmente o Instituto possui um quadro de 45 trabalhadores voluntários, divididos em quatro núcleos: Arte e Cultura, responsável pelas montagens teatrais; Arte e Educação, responsável pelos projetos educacionais; Eventos, responsável pela produção do FECEF, e o Núcleo de Estudos da Doutrina Espírita. Transcrito do informativo – NOTÍCIAS DA ABRARTE, 12 de junho de 2015 – nº 490 – ano 10 CANAL NO YOUTUBE FALA SOBRE A ARTE ESPÍRITA Foi criado um canal no youtube para falar e divulgar a arte espírita, o canal tem o objetivo de falar sempre de forma didática, buscando responder a perguntas: como, quando, onde e por que fazer e divulgar e estudar a arte com Espiritismo, como manifestação do sentimento humano e veículo de educação do espírito. o site que contem os episódios é: www.ArtEspirita.com.br/ com T mudo e apenas um E. ESPÍRITISMO E ARTE A FEBTV tem um programa muito interessante voltado para a arte espírita. São inúmeros programas com entrevistas, apresentações – tudo voltado para a arte espírita. Vale a pena acessar: http://www.febtv.com.br/browseespiritismo-e-arte-videos-1-date.html NOVO VÍDEO DE HÉLIO MENANDRO Foi lançado novo vídeo de Hélio Menandro com a sua nova musica "maravilhosa", cujo link é: https://www.youtube.com/watch?v=47-KUmzPgPk&hd=1 Esta musica faz parte do meu terceiro CD chamado "Vem Comigo Enquanto é tempo". Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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VÍDEOS PARA O ESTUDO ESPÍRITA Estes vídeos tem material muito bom para discutirmos em grupos de estudo, na evangelização das crianças, na evangelização infanto juvenil, em palestras e abrilhantar aulas do curso básico da doutrina espírita, pois é uma linguagem leve e clara, bem humorada e ao mesmo tempo toca nos assuntos mais importantes da Doutrina! Vale a pena assistir, baixar e utilizar. https://www.youtube.com/watch?v=IQFcTmgtx2Y https://www.youtube.com/watch?v=qX2EMHXOHVU https://www.youtube.com/watch?v=cD0wGMHh4Pc https://www.youtube.com/watch?v=uRpHE4zscZU https://www.youtube.com/watch?v=WjZ0_gxJK2g https://www.youtube.com/watch?v=k3dWXuvt__E https://www.youtube.com/watch?v=0tKyzVF3Szs https://www.youtube.com/watch?v=Lb6_W5mwkg4 https://www.youtube.com/watch?v=EnN5EWn-kE8 https://www.youtube.com/watch?v=V8dWUB-71ng https://www.youtube.com/watch?v=EnN5EWnkE8&list=PLaWJN9ikdpvpHmQEHSeBDR_seCep_xwYX&index=9 https://www.youtube.com/watch?v=CDHEewph07w&list=PLaWJN9ikdpvpHmQEHSeBDR _seCep_xwYX&index=7 https://www.youtube.com/watch?v=DJ10OVjiMJM&list=PLaWJN9ikdpvpHmQEHSeBDR_s eCep_xwYX&index=14 https://www.youtube.com/watch?v=4EZ7Y5wDkV0&list=PLaWJN9ikdpvpHmQEHSeBDR _seCep_xwYX&index=15 PROMOÇÃO DOS LIVROS ESPÍRITA NOVOS E USADOS A Livraria Espírita Academia do Pensamento está com uma mega promoção. São mais de 1.000 títulos em promoção. A livraria também troca livros espíritas (sob avaliação, não aceitando livros com chancela e/ou carimbo de Biblioteca). Livraria Espírita Academia do Pensamento (Praça Dr. Thomáz Ulhôa nº 416, ao lado do UTC – Bairro Abadia – Uberaba. Informações pelo telefone: (34) 3333-9497 ou pelo site: www.academiadopensamento.com. 11º ENLIHPE - ENCONTRO NACIONAL DA LIGA DE PESQUISADORES DO ESPIRITISMO A liga de pesquisadores do espiritismo – LIHPE, criada por Eduardo Carvalho Monteiro, convida a todos os interessados do movimento espírita brasileiro para o seu 11º Encontro Nacional (ENLIHPE). O evento se fará em parceria com o Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo – CCDPE-ECM e a União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo. O evento terá como convidado o Prof. Cosme Massi, do Paraná, além de membros da LIHPE que submeteram Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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trabalhos principalmente para o tema central: “Panorama atual das pesquisas científicas sobre a reencarnação”. O evento inicia-se com uma confraternização dos participantes em um café da manhã no dia 29 de agosto, sábado, e termina em torno das 13h do domingo, 30 de agosto, facilitando o deslocamento de retorno dos que necessitam sair de suas cidades para participar. As vagas são limitadas, inscreva-se o quanto antes para evitar transtornos. Informações: telefone: (11) 2950-6554, e-mail: 11enlihpe2015@ccdpe.org.br CONFRATERNIZAÇÃO BRASILEIRA DE JUVENTUDES ESPÍRITAS A Confraternização Brasileira de Juventudes Espíritas, promovida pelo CFN da FEB, será realizada em duas regiões: a Conbraje-Sul, em Guarulhos-SP, nos dias 4 a 7 de setembro, e, a Conbraje-Nordeste, nos dias 9 a 12 de outubro, em Recife-PE. Os eventos contam com o apoio das Federativas das regiões e do CFN. Programe-se para mais esta confraternização. Informações cfn@febnet.org.br. Transcrito da revista Reformador nº 2.233 / Abril 2015 BÍBLIA DO CAMINHO A Bíblia do Caminho é uma compilação das obras completas de Allan Kardec e Francisco Cândido Xavier, além de uma versão do Antigo e Novo Testamentos no formato hipertexto. Este livro eletrônico é uma verdadeira biblioteca espírita digital on-line, constituído de uma coleção de livros virtuais inter-relacionados e um Índice Temático Principal — poderosa ferramenta de busca por assuntos, nos mais de mil temas disponíveis para pesquisa. Esta é uma versão de avaliação que trava após seis meses de uso; mas novas versões continuarão sendo distribuídas até o início da comercialização. Com muita satisfação anunciamos que todo o conteúdo da Bíblia do Caminho (exceto os índices principais) pode agora ser traduzido instantaneamente para 72 idiomas, ela também foi otimizada para o uso com telas sensíveis ao toque. Confiram! Acesse agora o site: www.bibliadocaminho.com.br e instale já em seu micro. Você pode acessar também os sites: www.bibliaespirita.com; www.espiritismocristao.com.br; www.doutrinaespirita.com; www.ocaminho.com. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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ESTUDO – DIVERSOS TEMAS ARTE ESPÍRITA 1. Definição de Arte e Arte Espírita O que é Arte? A arte pura é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda exteriorização do ideal, a divina manifestação desse “mais além” que polariza as esperanças das almas. “O artista verdadeiro é sempre o “médium” das belezas eternas e o seu trabalho, em todos os tempos, foi tanger as cordas vibráteis do sentimento humano, alçando-o da Terra para o infinito e abrindo, em todos os caminhos, a ânsia dos corações para Deus, nas suas manifestações supremas de beleza, sabedoria, paz e amor”. Emmanuel – Livro: “O Consolador” – pag. 100 – perg. 161 – Edit.: FEB A beleza é um dos atributos divinos. Deus colocou nos seres e nas coisas esse misterioso encanto que nos atrai, nos seduz, nos cativa e enche a alma de admiração. A arte é a busca, o estudo, a manifestação dessa beleza eterna, da qual aqui na Terra não percebemos senão um reflexo. Para contemplá-la em todo o seu esplendor, em todo o seu poder, é preciso subir de grau em grau em direção à fonte da qual ela emana, e esta é uma tarefa difícil para a maioria de nós. Ao menos podemos conhecê-la através do espetáculo que o universo oferece aos nossos sentidos, e também através das obras que ela inspira aos homens de talento. O espiritismo vem abrir para a arte novas perspectivas, horizontes sem limites. A comunicação que ele estabelece entre os mundos visível e invisível, as informações fornecidas sobre as condições da vida no Além, a revelação que ele nos traz das leis superiores da harmonia e de beleza que regem o universo, vem oferecer a nossos pensadores, a nossos artistas, inesgotáveis temas de inspiração. A observação dos fenômenos de aparição proporciona a nossos pintores imagens da vida fluídica, das quais James Tissot já pôde tirar proveito nas ilustrações de sua Vie de Jésus (Vida de Jesus). Oradores, escritores, poetas, encontrarão nesses fenômenos uma fonte fecunda de idéias e de sentimentos. O conhecimento das vidas sucessivas do ser, sua ascensão dolorosa através dos séculos, o ensinamento dos espíritos a respeito dessa grandiosa questão do destino, lançarão, em toda a história, uma inesperada luz, e fornecerão ainda aos romancistas, aos poetas, temas de drama, móbeis de elevação, todo um conjunto de recursos intelectuais que ultrapassarão em riqueza tudo o que o pensamento já pôde conhecer até o momento. Quando refletimos a respeito de tudo o que o espiritismo traz à humanidade, quando meditamos nos tesouros de consolação e de esperança, na mina inesgotável de arte e de beleza que ele lhe vem oferecer, sentimo-nos cheios de piedade pelos homens ignorantes e pérfidos cujas malévolas críticas não tem outra finalidade senão tirar o Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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crédito, ridicularizar e até mesmo sufocar a idéia nascente cujos benefícios já são tão sensíveis. Evidentemente essa idéia, em sua aplicação, necessita de um exame, de um controle rigoroso, mas a beleza que dela se desprende revela-se deslumbrante a todo pesquisador imparcial, a todo observador atento. “O materialismo, com sua insensibilidade, havia esterilizado a arte. Esta arrastava-se na estreiteza do realismo sem poder elevar-se ao máximo da beleza ideal. O espiritismo vem dar-lhe novo curso, um impulso mais vivo em direção às alturas, onde ela encontra a fonte fecunda das inspirações e a sublimidade do gênio”. (Léon Denis – O Espiritismo na Arte) 2. A Evolução do Pensamento “A estética religiosa criou obras primas em todos os domínios; teve parte ativa na revelação de Arte e de beleza que prossegue pelos séculos além. A Arte grega criara maravilhas; a Arte cristã atingiu o sublime nas catedrais góticas, que se erguem, bíblias de pedra, sob o céu, com as sua altaneiras torres esculpidas, as suas naves imponentes, cheias de vibrações dos órgãos e dos cantos sagrados, as suas altas ogivas, de onde a luz desce em ondas e se derrama pelos afrescos e pelas estátuas; mas o seu papel está a terminar, visto que, atualmente, ou se copia a si mesma ou, exausta, entra em descanso”. Léon Denis – Livro: “O Problema do Ser, do Destino e Da Dor” 3. Mediunidade nas Artes Pintura – Música – Escultura Allan Kardec assinala as características das fase de transição no campo das Artes: “As artes só sairão de seu torpor, quando houver uma reação, visando às idéias espiritualistas.” Desta forma, antecipa-se o que se pode constatar na atualidade, no terreno da Arte Espírita, em suas várias modalidades, frente à violência humana, refletida nos meios de comunicação e através das expressões artísticas mais destacadas, como a música, a pintura, o teatro, o cinema e a televisão. Ainda afirma Kardec: “A decadência das Artes no século atual é o resultado inevitável da concentração das ideias nas coisas materiais, e esta concentração por sua vez, é o resultado da ausência de qualquer crença na espiritualidade do Ser.” “É matematicamente exato dizer que, sem crenças as Artes não tem vitalidade possível, e toda a transformação filosófica traz, necessariamente, uma transformação artística paralela.” Kardec apresenta três momentos filosóficos e correspondentes a transformações artísticas, a saber: Época primitiva: Arte Pagã, em que se divinizava a perfeição da Natureza. Só conheciam a vida material. Época da Idade Média: Arte Cristã, sucedeu à Arte Pagã e representava os sentimentos atormentados entre o Céu e o Inferno, tanto como na Pintura, como na Escultura. Reconhecimento de um poder criador, acima da matéria. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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Época Atual: Arte Espírita, em que deverão expressar-se as novas ideias da imortalidade da alma, da pluralidade das existências ou dos mundos ou, ainda, da comunicação com os Espíritos, irá complementar e transformar a Arte Cristã. Léon Denis, diz que “o papel essencial da Arte é expressar a vida com todo seu poder, sua graça e sua beleza”, e é nesse sentido que comenta o Espírito de Lavater, dizendo: “Não é belo, realmente belo, senão aquilo que o é sempre e para todos. E essa beleza eterna, infinita, é a manifestação divina sob seus aspectos incessantemente variados; é Deus em suas obras, em suas leis! Eis a única beleza absoluta.” Acrescenta ainda: “Nós que progredimos, não possuímos senão uma beleza relativa, diminuída e combatida pelos elementos inarmônicos de nossa natureza.” Complementa Léon Denis, que “o objetivo sublime da criação é a fusão do bem e do belo. Esses dois princípios são inseparáveis, inspiram toda a obra divina e constituem a base essencial das harmonias do cosmo”. Emmanuel ensina, perg. 161, que “a Arte é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda exteriorização de um ideal, a divina manifestação desse ‘mais além’ que polariza as esperanças da alma. “O artista verdadeiro é sempre o ‘médium’ das belezas eternas, e o seu trabalho, em todos os tempos, foi tanger as cordas mais vibráteis do sentimento humana, alçando-o da Terra para o infinito e abrindo, em todos os caminhos, a ânsia do coração para Deus, nas suas manifestações supremas de beleza, de sabedoria, de paz e de amor”. Complementa que “a Arte será sempre uma só, na sua riqueza de motivos, dentro da espiritualidade infinita, porque será sempre a manifestação da beleza eterna, condicionada ao tempo e ao meio de seus expositores”. Há todo um processo de formação do artista ao longo de sua caminhada evolutiva, que exterioriza na obra seu sentimento inferior, seu equilíbrio mental, sua paz, sua bondade, sua crença. Por isso, diz Denis, que “quando o Espírito humano encarna na Terra e leva consigo – seja de suas vidas terrestre, sua bagagem artística exterioriza-se sob a forma de inspirações reunidas a uma qualidade mestra que chamaremos de gosto reunido ao sentido do belo.” A mesma ideia transmite Emmanuel, perg. 163: “A perfeição técnica de um artista bem como as suas mais notáveis características não constituem a resultante das atividades de uma vida, mas de experiências seculares em Terra e na esfera espiritual.” Esse gosto pela Arte, numa de suas características quaisquer, leva o homem à busca da inspiração, que é uma forma de mediunidade intuitiva, pela qual o artista entra em contato com os Espíritos para a realização de seu trabalho. Nem sempre é possível distinguir quando o trabalho é do homem ou quando é sugerido pelo Espírito, nos casos de inspiração, mas, se houver no homem a disposição orgânica para o exercício da mediunidade, em seu sentido específico, ter-se-á, então, a aplicação da mediunidade nas Artes. Nessas condições, o papel do médium não é o de um criador da Arte, mas de um instrumento, para que o Espírito produza o seu trabalho, que será tanto mais belo quanto mais evangelizado estiver o médium. A mediunidade nas Artes revela-se através da escultura, da pintura, da literatura (oratória, poesia, etc.), do teatro ou da música. Diferentes núcleos de estudos têm-se formado, atualmente, em decorrência da divulgação da doutrina dos Espíritos, objetivando mostrar os valores da vida espiritual e sua relação com a vida física. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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O teatro, levado ao público, pelos meios de comunicação eletrônicos, poderia ser um poderoso meio de educação intelectual e moral, pela elevação do pensamento, pelos nobres exemplos que a vida real mostra, se para lá fossem levados. As novelas de televisão e os vídeo cassete poderiam levar ao público um trabalho mais nobre, digno e educativo, de exemplificação, do bem, do trabalho e da busca de uma vida melhor. A pintura mediúnica, psicopictografia ou psicopictoriografia, tem-se desenvolvido, ultimamente, com intensidade, talvez devida à apresentação pública de alguns médiuns, mostrando ao mundo dos homens a intervenção dois Espíritos pintores, através da mediunidade, e revelando que a vida continua, além dos horizontes da morte. A Arte não é um atributo do homem, mas do Espírito imortal. É por isso que, na vida espiritual, as artes continuam com toda a sua beleza harmoniosa. Os Espíritos narram passagens maravilhosas. Alguns livros de André Luiz estão repletos de informações. Em “Chama Eterna”, Luiz Sérgio fala no Departamento da Arte, dos problemas de relação Espírito-Médium. Allan Kardec em diversas passagens da “Revista Espírita” alude à Arte Espírita, mas no n.º 5, maio-1858, entrevista Mozart que falando de música, diz: “No planeta onde estou, Júpiter, a melodia está por toda a parte, no murmúrio da água, no ruído das folhas, no canto do vento; as flores murmuram e cantam; tudo emite sons melodiosos… A Natureza é tão admirável! Tudo nos inspira o desejo de estar com Deus. Não temos instrumentos; são as plantas, os pássaros, que são os coristas; o pensamento compõe, e os ouvintes desfrutam sem audição material, sem o recurso da palavra, e isso a uma distância incomensurável. Nos mundos superiores isso é ainda mais sublime”. Em todo o trabalho mediúnico, no campo da Arte, deve o médium compreender que o trabalho não é seu, mas do Espírito. Importante, por isso, é não envaidecer-se de “sua arte” nem de sua mediunidade, porquanto, se o trabalho é dos Espíritos, a mediunidade tantas vezes decorre da misericórdia divina. O importante, também, é o médium compreender que não deve comercializar a obra, tirando proveito para si mesmo. Mas conduzir todo o resultado obtido para obras assistenciais. Mais importante, ainda, é o médium manter-se humilde em relação aos elogios; manso, em relação às críticas, e perseverante, em relação aos princípios basilares do ensino dos Espíritos, que deve ser divulgado como um corpo doutrinário, sem a interferência da opinião dos homens. Em última análise, deve o médium exemplificar por sua conduta, como homem, e por sua atividade, como médium, sendo um verdadeiro representante dos ensinamentos de Jesus e dos Espíritos. Escreveu Meimei (Sentinela da Alma) a “Oração do Pintor”, em que conclui: “Ensina-me o equilíbrio e o respeito aos outros, para que eu apenas crie forma do bem e para o bem, a fim de que eu possa cooperar na segurança e na ordem, na serenidade e na alegria permanentes de tua obra, hoje e sempre”. Educação Mediúnica, FEESP 4. Arte no Campo da Evangelização É bastante válida, no meio espírita, a preocupação com atividades artísticas. Cada um de nós tem um potencial criativo (somos centelhas divinas) e cada espécie de atividade oferece possibilidades criativas. A criação existe em qualquer setor Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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da vida humana e supõe uma capacidade constante de renovação. Na arte, entretanto, a criatividade humana se expressa mais espontaneamente. Todos somos seres em evolução e a cada novo dia, observamos, percebemos captamos imagens e experiências, o que leva à necessidade de senti-las, e avaliá-las, incorporá-las e expressá-las. Nem sempre porém as palavras ( na linguagem verbal ou gráfica) exprimem em toda a plenitude a intensidade de uma vivência. Certas realidades subjetivas exigem que sua expressão e comunicação se façam através da Arte. Caswel e Foshay sugerem que a criança pode usar suas faculdades criativas e artísticas, decorando a sala de aula, arrumando seu próprio quarto, cuidando do jardim da escola ou tirando uma fotografia. Estas e outras experiências criativas favorecem o desenvolvimento e o enriquecimento total da personalidade, reunindo em harmonia a atividade intelectual, a sensibilidade, a habilidade manual e integrando-as num processo criador. Toda experiência que conduz à criação é também educativa. Se assim não fora, Emmanuel (considerando o planeta terrestre uma escola de provação e burilamento) não nos teria esclarecido, na resposta à pergunta 171, do livro “O Consolador”: “Através de suas vidas numerosas a alma humana buscará a aquisição desses patrimônios” (os valores artísticos). As várias modalidades de expressão artística devem e podem ser estimuladas ou desenvolvidas nos núcleos espíritas juvenis e infantis. Promovendo a desinibição pessoal, permitem maior entrosamento de nossas crianças e de nossos jovens, que se confraternizam cooperando mutuamente. Contribuem também para o ajustamento social do moço e da criança espíritas, ao valorizar recursos individuais no campo da sensibilidade. Concorrem, ainda, para a participação mais efetiva, desenvolvendo a capacidade de trabalho em grupo, e também para a incrementação do espírita de serviço e do potencial construtivo. E, naturalmente possibilitam o interesse pelo estudo do Espiritismo, em decorrência do contato com produções doutrinárias, quer no campo da Música, da Prosa ou da Poesia, etc. Mas em se tratando de Arte aplicada ao campo da evangelização, é preciso todo o cuidado quanto às apresentações. É imprescindível sejam elas realizadas sob planejamento antecipado e orientação equilibrada. Lembremos que as atividades artísticas são consideradas integrantes do processo globalizado da educação, isto é, conjugam-se às outras atividades, como as do estudo doutrinário ou do trabalho prático (assistencial, etc.). Torna-se, pois, indispensável manter o cunho espírita dos números artísticos. Quanto a estes, convém sejam examinados e selecionado, porque, em seu conteúdo, não devem ferir a integridade da Doutrina Espírita; adequados, tendo em vista os objetivos da reuniões, a ocasião e o local em que serão apresentados. Se é uma reunião comemorativa, por exemplo, organizar o programa de modo a que as apresentações estejam relacionadas com a data comemorada. Acrescentemos aqui: bom senso e critério, na determinação de tais datas, nunca são demais… Seja qual for a finalidade da reunião espírita (comemorativa, confraternativa, etc.) ou da atividade realizada fora do ambiente físico da instituição onde criança e moço se evangelizam (por exemplo: visitas a hospitais, asilos, etc., onde eventualmente, possam ocorrer apresentações artísticas), mister se faz a previsão do tempo, evitando uma extensão demasiada do programa e consequente sobrecarga e enfado para os assistentes. E, quanto possível, observar os horários de início e término. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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Como dissemos, realmente se justifica o cuidado quanto à utilização das Artes no meio espírita, em vista dos seus aspectos positivos. Mas a preocupação procede, sobretudo, porque as atividades a que nos referimos são como sementes lançadas ao santificado campo da evangelização. Orientação doutrinário-evangélica à infância e juventude corpóreas é significativo ensejo para a renovação espiritual. Se, transmitindo os ensinamentos da moral cristã, pretende-se a sublimação de criaturas, recordemos André Luiz: “A Arte deve ser o Belo criando o Bom”. Aglaée de Carvalho – “O Reformador” abril, 1971 5. A Utilização das Artes no Centro Espírita Nas casas espíritas vêm crescendo a necessidade dos trabalhos Artísticos. Em cada área de trabalho, seja nas palestras, na evangelização infantil, estudos sistematizados e nos trabalhos assistenciais, conforme discorreremos logo em seguida. 5.1. Exposição Oral A Arte da explanação oral, hoje é um dos maiores desafios, já que se estereotipou a posição de orador espírita, como sendo uma pessoa séria, sem muitas delongas e restritamente ligado ao material doutrinário, se destacando àqueles que sem deixar a doutrina utilizavam outros métodos que prendessem a atenção do ouvinte, tornando as palestras de fácil entendimento. 5.2. Evangelização Infanto Juvenil No mundo em que vivemos, onde as informações chegam e se processam de forma muita rápida, onde as crianças/jovens estão acostumados à TV, à informática, à Internet e aos gêneros musicais de todos os tipos; se tornou muito mais difícil para o evangelizador. Pois, além do evangelizador espírita infanto/juvenil ser um espírita dedicado deve ser um verdadeiro artista, para atrair à atenção da criança, não se fazendo de rogado quando for preciso cantar, dançar, representar, enfim, investir em todas as expressões artísticas possíveis para cativar os evangelizandos, e transmitir a eles a mensagem evangélica. 5.3. Cursos Sistematizado e Doutrinários É onde os instrutores têm que está sempre criando meios para que os cursos fiquem mais interessantes. Neste caso é preciso cautela ao escolher dinâmicas, pois geralmente há idade mínima estabelecida aos participantes e quase nunca a máxima, oscilando assim de jovens à idosos. O instrutor sente então a necessidade de tornar o estudo apreciável a todos e aí entra a Arte Espírita para satisfazer tanto os jovens quanto aos adultos, através de exposições dinâmicas, promovendo assim a participação de todos. 5.4. Práticas Assistenciais Nas práticas assistenciais a utilização da Arte é muito bem vida, já que os assistidos não tem condições de estar em contato com movimentos culturais que possibilitem o seu desenvolvimento. Nesse caso, até a própria arte, é uma assistência. Através da Arte pode se passar o conforto, e devolver a alegria. É preciso alegria para assim levar não só o pão material, mas o espiritual. É preciso ter a arte de sorrir, de fazer com o coração de estender nossas mãos com afeto e prazer. Se é na caridade que Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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devemos procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida é na arte espírita que devemos buscar os sorrisos e satisfações perdidas. Bibliografia: Arte e Espiritismo: textos de Allan Kardec, André Luiz e outros autores, [coordenação] Renato Zanola; Capa e ilustrações J. Luciano Morais, Rio de Janeiro: CVELD, 1996. Enviada por Giowany, de Unaí-MG, com elaboração de Renato Zanola; Capa e ilustrações J. Luciano Morais, Rio de Janeiro: CVELD.1996. Todo o texto possui a respectiva referência bibliográfica, vale a pena conferir. http://www.grupoespiritagenesis.hpg.ig.com.br/2/Apostila_Arte_Espirita.htm Por Renato Zanola Transcrito do site: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/arte/arte-espirita.html ESTUDO SOBRE MEDIUNIDADE REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA MEDIÚNICA

Leila do Amaral “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil” – Paulo (1ª Epístola aos Coríntios,12:7)

A faculdade mediúnica é orgânica e intrínseca à condição humana, tanto é assim que há incontáveis registros na história de diferentes culturas que atestam a comunicação entre vivos e mortos. Apesar de ser uma condição universal, isto é, todos são mais ou menos médiuns, esta prerrogativa deve ser analisada a partir da fé raciocinada, balizada pela Doutrina Espírita, em que a prudência destaca alguns infortúnios que podem decorrer da prática mediúnica. No cap. XVIII de O Livro dos Médiuns, Allan Kardec aborda magistralmente essa questão, afirmando inicialmente que a mediunidade não se trata de uma doença, mas que pode se assemelhar a um estado patológico. É interessante notar que a Classificação Internacional de Doenças (CID 10) da Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que alguns quadros comportamentais devem considerar as crenças, hábitos culturais e religiosos das pessoas. Sobre as diretrizes diagnósticas, a OMS1 afirma que: “para um diagnóstico definitivo [...] deve-se conhecer o suficiente sobre a estrutura psicológica e social e relações pessoais do paciente para permitir uma formulação convincente das raízes para o aparecimento do transtorno”. Assim, fenômenos como a vidência e a psicofonia, comuns na prática mediúnica, não devem ser diagnosticados, por exemplo, como alucinação visual ou transtorno de personalidade múltipla. Kardec menciona que o exercício mediúnico deve ser moderado, ou mesmo suspenso a depender do estado físico e moral do médium. No que tange ao quadro orgânico, pode-se citar as doenças infecciosas, cardiopatias, alterações neurológicas, deficiência respiratória grave, dentre outras, como condições impróprias para o exercício mediúnico, como aborda André Luiz2: “temos ainda a considerar o impedimento por enfermidades epidêmicas, qual a gripe, e, em nossas irmãs, é razoável aceitar como motivos justos de ausência os cuidados decorrentes da gravidez e os embaraços Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015 19


periódicos característicos da organização feminil”. Sobre este último ponto, cabe destacar que, apesar da proteção espiritual presente nas reuniões de desobsessão, a gestante – inclusive o reencarnante – não devem ser expostos às correntes mentais inferiores comuns em reuniões de desobsessão. Outro grupo que deve evitar ou se abster de reuniões de desobsessão são pessoas com predisposição a transtornos psiquiátricos, pois as emanações fluídicas inferiores alteram, momentaneamente, o funcionamento mental do médium e, quando se trata de um médium com fragilidade psíquica, o intercâmbio mediúnico pode impulsionar surtos psiquiátricos graves que podem desencadear repercussões dolorosas. A esse respeito, Kardec3 assevera: “[...] a mediunidade não produzirá a loucura, quando esta já não exista em gérmen; porém, existindo este, o bom-senso está a dizer que se deve usar de cautelas, sob todos os pontos de vista, porquanto qualquer abalo pode ser prejudicial”. Sobre o quesito moral, ao assumir a responsabilidade pelo mediunato, o médium deve, inicialmente, adotar o comportamento cristão exemplificado nos evangelhos. Caso contrário, sua mente, tal como poderoso imã, atrairá falanges afeitas ao desequilíbrio e que poderão promover inúmeros sofrimentos – físicos, morais e espirituais – ao próprio médium. Léon Denis4 esclarece que: “as vias da comunicação que o Espiritismo facilita entre o nosso e o mundo oculto podem servir de veículos de invasão às almas perversas que flutuam em nossa atmosfera, se lhes não soubermos opor a resistência vigilante e firme”. Assim, é imprescindível que o médium dedicado à tarefa de intercâmbio espiritual tenha o firme propósito pela reforma íntima, como assinala Yvonne Pereira 5: “De acordo com os ensinamentos cristãos deverá ele [refere-se ao médium] procurar corrigir em si mesmo os pendores inferiores que ainda possua, renovando-se moral, mental e espiritualmente, a fim de conseguir o equilíbrio necessário para se mostrar ao mundo como espírita cônscio das próprias responsabilidades e, acima de tudo, para atrair e merecer a proteção dos bons Espíritos e fortificar-se contra as investidas dos Espíritos pertubadores”. Sem dúvida, a mediunidade é a porta para os céus que Deus nos oportuniza para o beneplácito contato com nossos Guias e entes queridos que vivem na erraticidade. Contudo, a prática mediúnica é também permeada de perigos. Por isso é imprescindível aos dirigentes de trabalhos mediúnicos o bom senso, sintonia com os Guias Espirituais e sólidos conhecimentos doutrinários para realizarem uma triagem meticulosa dos pretendentes ao mandato mediúnico. Neste quesito, o apóstolo do espiritismo, Léon Denis6, aconselha: “Tem, pois, o homem, que se submeter a uma complexa preparação e observar uma regra de conduta, para em si desenvolver o precioso dom da mediunidade. É necessária para isso a cultura simultânea da inteligência, a meditação, o recolhimento, o desprendimento das humanas coisas”. O estudo meditativo e reflexivo dos postulados espíritas são condições perenes para um bom exercício mediúnico. Cabe destacar que esse estudo não se restringe à assimilação cognitiva do conteúdo espírita, mas à introjeção da verdade consoladora que possibilitará a vivência autêntica do comportamento cristão. Emmanuel7 afirma que: “o médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalhar em todos os instantes pela sua própria iluminação. Somente desse modo poderá habilitar-se para o desempenho da tarefa que lhe foi confiada, cooperando eficazmente com os Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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Espíritos sinceros e devotados ao bem e à verdade”. É somente com a modificação do tônus mental a partir do estudo sincero e recolhido que o médium terá meios de purificar o próprio ser e estabelecer uma melhor sintonia com os Guias Espirituais, que possibilitarão ao médium a vivência de nobres e edificantes experiências com a espiritualidade. Outra importante condição para um bom exercício mediúnico é a prática da caridade, que facilitará ao médium o alcance das faixas vibratórias dos bons espíritos. A caridade, conforme nos diz Irmã Rosália8, não se limita a oferta do pão material, mas especialmente na vivência da verdadeira fraternidade que ela denomina por caridade moral: “A caridade moral consiste em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, deixando fale outro mais tolo do que ele. É um gênero de caridade isso. Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mau proceder de outrem é caridade moral”. Yvonne Pereira nos explica que essa caridade pode ser vivenciada pelo médium quando este se dispõe a consolar desolados, ao enxugar as lágrimas de sofredores, pela orientação segura e amorosa aos caminhos do equilíbrio. Todas essas ações possibilitarão ao médium um fortalecimento de sua estrutura moral e espiritual para as atividades mediúnicas. O cultivo da oração diária é primordial para a prática mediúnica e possibilitará alcançar seus principais objetivos: a renovação íntima do médium e o benefício a encarnados e desencarnados sobre as verdades do Além Túmulo. Será pela prece sincera e renovação íntima que o médium terá um contato mais próximo da espiritualidade amiga, inclusive de Jesus, que deve ser para todos nós o exemplo máximo para todas as nossas condutas, especialmente no intercâmbio mediúnico com almas de escol e sofredoras. __________________ 1

CLASSIFICAÇÃO DE TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO DA CID-10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas – Coord. OMS. Trad. Dorgival Caetano. Porto Alegre: ARTMED, 1993. p. 155. 2 XAVIER, Francisco C., VIEIRA, W. Desobsessão. Pelo Espírito André Luiz. 18. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1999. Cap. 8, p. 45. 3 KARDEC, Allan. Livro dos Médiuns. Trad. Guillon Ribeiro. 66. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2000. Cap. XVIII – Dos inconvenientes e perigos da mediunidade, p. 265, it. 5. 4 DENIS, Léon. No Invisível. 1ª ed. especial. Brasília: FEB, 2008. Cap. XXII – Prática e perigos da mediunidade, p. 478, 9. 5 PEREIRA, Yvonne A. À Luz do Consolador. 3ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1998. Necessidade de Sublimação, p. 137. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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DENIS, Léon. No Invisível. 1ª ed. especial. Brasília: FEB, 2008. Cap. XXII – Prática e perigos da mediunidade, p. 493 7 XAVIER, Francisco C. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 18 ed. Rio de Janeiro: FEB, 1997. Preparação (o médium e a necessidade do estudo), p. 218. 8 KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 131 ed. 2ª impressão (edição histórica). Brasília: 2013. Cap. XIII – Não saiba a vossa mão esquerda o que dê a mão direita. Pelo espírito Irma Rosália, p. 184.

Transcrito da revista Reformador, Ano 133, nº 2.233, Abril 2015 JUVENTUDE

O JOVEM ESPÍRITA E A ASSISTÊNCIA FRATERNA Estamos vivendo uma época turbulenta, com crises das mais variadas origens, apologia ao materialismo, dedicação ao “eu” e exemplos negativos que ocorrem no diaa-dia sendo mostrados nos mais variados meios de comunicação. Infelizmente há o incentivo à Lei de Talião (“olho por olho, dente por dente”, originário do Código de Hamurábi), que era válido na época de Moisés na sua “lei civil” (mais de 1000 anos a.C.), pela brutalidade e primitivismo moral das civilizações, mas hoje já sabemos que não condiz com a realidade dos Espíritos Superiores porque o próprio Cristo veio há mais de dois mil anos e nos mostrou, através do Sermão da Montanha, o verdadeiro código moral divino, contido na Lei de Deus, recebida no monte Sinai (Dez Mandamentos), enfatizando-o e nos mostrando que a justiça vem de Deus e não dos homens. Até hoje não conseguimos aplicar o Evangelho de Jesus, e ficamos à mercê dos duelos mentais. [1] [3] [4] Tudo o que Cristo nos pedia e ensinava era “Amai-vos uns aos outros” e “Fora da caridade não há salvação”. Por isso mesmo é que necessitamos vivenciar essas Leis para que sejamos verdadeiramente felizes. O mundo é mais alegre quando somos solidários, benevolentes e indulgentes. Chico Xavier exemplificou as nossas reais necessidades através da caridade vivenciada (sopa, pão aos famintos da matéria, cartas dos parentes aos famintos do espírito, as conversas à sombra do abacateiro e tantas outras atividades). Chico nos lembrou de Jesus nas andanças pela Galileia exortando o amor ao próximo. Isso nos leva a pensar que o único caminho para que realmente possamos adquirir virtudes maiores e uma moral elevada é através da prática da caridade. Uma das formas dela é a assistência fraterna. O próprio Chico incentivou a formação de um grupo de assistência fraterna que unificasse os espíritas. "Com Caridade em nossos passos, semearemos a Caridade nos passos do próximo." [14] Um desses trabalhos maravilhosos é o “Culto de Assistência Fraterna Aurialdo Júlio de Almeida”, que é um departamento da AME (Aliança Municipal Espírita), mais conhecido como “Coleta” ou “Campanha do Quilo” que visa a integração dos trabalhadores das Casas Espíritas de Uberaba, sendo um trabalho de unificação. O trabalho funciona da seguinte maneira: Toda a cidade de Uberaba é percorrida, através de setores, em busca de doações (alimentos, roupas e até dinheiro) para atender 60 famílias necessitadas. Para cada setor realizado (percorrido aos domingos) inicia-se o trabalho de uma Casa Espírita diferente e recolhe-se um saquinho (contendo o pedido em favor dos necessitados) que é deixado no dia anterior (sábado) em cada casa daquele setor. O ponto principal da Coleta não é a solução definitiva dos problemas sociais e sim a mensagem de fraternidade pelo exemplo e amor que endereça aos nossos corações. "O prato simples que partilhas com o irmão em penúria não resolve o Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015 22


problema da fome; entretanto, ele em si não é apenas favor providencial para quem recebe, mas também mensagem de fraternidade expedida na direção de outras almas que se inclinarão a repartir as alegrias da mesa." [13] Os trabalhadores da Coleta são incentivados a todo o momento a exercerem a humildade, a união e o comprometimento, trazendo a difusão doutrinária e grande confraternização. O trabalho se inicia sempre às 8h30 dos domingos na Casa Espírita planejada, com uma palestra educativa e uma prece inicial. No primeiro domingo de cada mês é realizada a entrega das cestas básicas (montadas graças ao trabalho de recolhimento) às famílias necessitadas cadastradas. “Narra o confrade Antônio Fonseca de Abreu que os jovens do Centro Espírita "Henrique Krüger" começaram a CAMPANHA DO QUILO em Uberaba, percorrendo ruas da cidade, para atender as necessidades dos irmãos carentes de ajuda. Logo em seguida, veio também a União da Mocidade Espírita de Uberaba com a mesma Campanha e tudo foi correndo às mil maravilhas. Cada Mocidade fazia sua parte, sem repetir, no mesmo mês, a rua já feita pela outra Mocidade. Quando a Mocidade do Grupo Espírita Aurélio Agostinho iniciou seu trabalho no mesmo processo de Campanha, houve necessidade de entendimento para não se sacrificar o público, com muito pedidos repetidamente. Houve necessidade de se estudar a questão e, para isto, fez-se uma reunião de todos os companheiros das Mocidades em atividade. Assim, UNIFICARAM-SE as Mocidades, para o mesmo trabalho. As famílias assistidas da Mocidade A, o eram também de B e C e vice-versa. Compreendeu-se, em primeiro lugar, que não somos donos da obra, porque ela pertence a JESUS. Assim, a fraternidade pulsou mais forte no coração do jovem uberabense. Com a UNIÃO, aumentou-se a FORÇA. Quando, em 1960, o Espiritismo em Uberaba trabalhou pela UNIFICAÇÃO dos Centros e Entidades Espíritas, tudo foi fácil, devido ao trabalho antecipado dos jovens. Nessa ocasião, o CULTO DA ASSISTÊNCIA passou a ser dirigido pelo Departamento de Assistência Social da ALIANÇA MUNICIPAL ESPÍRITA DE UBERABA, com o nome de "AURIALDO JÚLIO DE ALMEIDA". O Culto da Assistência é medianeiro entre o doador e o necessitado. Quem nele trabalha é, em primeiro lugar, o maior beneficiado, porque estuda diretamente os problemas materiais e espirituais de sua cidade e, consequentemente, acaba entendendo a si mesmo.” Também Dr. Jarbas Leone Varanda, no mesmo Boletim, afirma: "... ressaltam companheiros nossos do trabalho mediúnico, que essa peregrinação, pelas veredas da caridade, em favor dos nossos irmãos mais necessitados, constitui uma oportunidade de não apenas levar a MENSAGEM espírita aos lares da Cidade, mas, e principalmente, a de ensejar o TRABALHO DOS ESPÍRITOS, nossos instrutores espirituais, em benefício da coletividade, das famílias visitadas e assistidas: o aprendizado para outros espíritos e o reequilíbrio para outros irmãos desencarnados e presos ainda à vida material; a doutrinação para espíritos sofredores que nos perseguem e à Doutrina Espírita, sem esquecer a assistência espiritual que os participantes encarnados desse trabalho recebem." "É ainda uma bela sugestão de trabalho unificado em favor da mais perfeita união dos Espíritas." Em verdade, a SOCIABILIDADE que enseja entre os seus participantes;(...) o APRENDIZADO disciplinado à luz dos princípios modernos de racionalização do trabalho (onde predominam a organização, a disciplina, a unidade de vistas, a cooperação, a coordenação e o aperfeiçoamento de métodos com base na troca Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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de ideias, na permuta de experiências, sem prejuízo da iniciativa individual e do caráter de voluntariedade que devem presidir as atividades); e, sobretudo, o despertar, em todos os membros do Culto de Assistência, dos sentimentos de fraternidade, de humildade, de tolerância, de perdão, de indulgência e perseverança, quando nas suas relações recíprocas, nas relações com as famílias que dão o óbulo solicitado e nas relações com as famílias assistidas, onde o espetáculo das misérias é uma realidade, tudo isso revela aspectos positivos !..." O nome de AURIALDO JÚLIO DE ALMEIDA foi sugerido pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.” [7] Quando os jovens daquela época perguntaram ao Chico qual atividade deveriam realizar em benefício dos necessitados: Atividade Mediúnica ou Assistência Fraterna, ele prontamente respondeu que a Assistência Fraterna era mais importante e urgente. Também porque faria lembrar das caminhadas de amor e caridade que Jesus e seus apóstolos realizavam, auxiliando e curando a todos. O trabalho da Coleta depois de unificado, contou com o auxílio profundo do nosso querido avô Jarbas Leone Varanda, que como excelente advogado e espírita, além de ter auxiliado a abrir a maioria dos Centros Espíritas, tanto por sua experiência quanto pela parte jurídica, também estruturou todo o trabalho da Coleta, através de um planejamento completo do trabalho e da parte jurídica. Exemplo de jovem espírita que trabalhou na unificação e na difusão doutrinária com ardor, foi presença constante, até sua desencarnação, na Campanha do Quilo e em várias atividades em vários Centros Espíritas, além de fundador da AME e Presidente dela por vários anos. Além de tudo, foi amigo sempre presente e sincero da abnegada Antuza e do exemplo maior para nossa geração, Chico Xavier, trabalhando com ambos em muitas atividades. Fica aqui nossa homenagem, carinho e gratidão ao nosso avô. “AURIALDO JÚLIO DE ALMEIDA é o nome daquele que nós consideramos como o patrono espiritual do "CULTO DE ASSISTÊNCIA" da Aliança Municipal Espírita (AME) de Uberaba. Nasceu ele no dia 13 de fevereiro de 1916 e desencarnou em 23 de agosto de 1958, nesta cidade, em plena atividade espírita e legando à sua família o maior tesouro que um homem pode deixar aos seus familiares: o EXEMPLO do verdadeiro homem de bem, do espírita-cristão! É preciso que se diga, todavia, que suas atividades doutrinárias tiveram início em Ribeirão Preto, justamente no setor assistencial, realizando com os jovens daquela metrópole, o que seria, como foi, em toda a sua trajetória, a razão de ser de sua própria existência: O CULTO DE ASSISTÊNCIA, fundado em 23 de agosto de 1959, por diversos templos espíritas. “ [8] Nesse nosso humilde texto queremos somente incentivar os jovens a participar dessa atividade pelo fato de que os Centros Espíritas se encontram isolados um ao outro (apesar dos grandes esforços de unificação) e o próprio jovem também estar isolado dentro do Centro. Sabemos que nós jovens ansiamos trabalhar na causa e essa oportunidade é única e permite a integração e amizade com muitas pessoas, permitindo adquirir experiência, estudos e sabedoria. Outro fator importante é que o movimento Espírita na cidade ocorreu por causa dos jovens espíritas de inúmeros grupos diferentes. A própria AME surgiu a pedido dos jovens dirigentes das Casas Espíritas existentes na época para que esse órgão pudesse representar e trabalhar pelas Casas pela unificação dos trabalhadores e criação de atividades que integrassem todas num único ideal. Atualmente, percebemos uma maior movimentação dos jovens de todos os grupos Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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espíritas e realmente começou uma mudança de atitude e de vontade. Esperamos que essa mudança se concretize verdadeiramente para o bem-estar geral. Esse trabalho de “Coleta” ou “Campanha do Quilo” como também é chamado, necessita do apoio dos jovens para que retorne a energia, vigor e alegria originário dos jovens que a inauguraram e também para que se renove as forças de uma atividade tão importante. Não nos esqueçamos da lição do Espírito de Verdade: “Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. ” [2] Lembremo-nos da lição de Bezerra de Menezes: “...unamo-nos. Só a união conseguirá fortalecer-nos para o exato cumprimento de nossas obrigações, com o serviço e a humildade por normas de ação. ” [5] Concentremos nas palavras de Emmanuel: “Assistência é caridade em ação. (...) De todo ato de solidariedade no apoio aos semelhantes voltarás melhor ao mundo de ti mesmo, porque a caridade opera pelo câmbio de Deus. ” [9] André Luiz nos orienta: “O compromisso de trabalho inclui o dever de associar-se a criatura ao esforço de equipe na obra a realizar. “ [10] Emmanuel salienta que: "Fraternidade pode traduzir-se por cooperação sincera e legítima: todos os trabalhos da vida, e, em toda cooperação verdadeira, o personalismo não pode subsistir, salientando-se que quem coopera cede sempre alguma coisa de si mesmo, dando o testemunho de abnegação, sem a qual a fraternidade não se manifestaria no mundo, de modo algum." [11] Emmanuel também foi enfático ao dizer: “Trabalhar pela unificação dos órgãos doutrinários do Espiritismo, no Brasil, é prestar relevante serviço à causa do Evangelho Redentor, junto à Humanidade. Reunir elementos dispersos, concatená-los e estruturarlhes o plano de ação, na ordem superior que nos orienta o idealismo, é serviço de indiscutível benemerência porque demanda sacrifício pessoal, oração e vigilância na fé renovadora e, sobretudo, elevada capacidade de renunciação. ” [6] Bezerra de Menezes nos afirma que Assistência Fraterna "é o veículo em que Jesus divulgou as verdades eternas." [15] e André Luiz esclarece: "Satisfazendo necessidades corporais, solucionamos problemas espirituais. Entrelaçando deveres e dividindo-os com nossos irmãos encarnados, no setor da assistência, conseguimos criar bases mais sólidas à semeadura das verdades imorredouras." (...) a FÉ SEM OBRAS É IRMÃ DAS OBRAS SEM FÉ." Por fim e não menos importante a maravilhosa lição de Emmanuel: “Aliando as sociedades espíritas para salvaguardar a pureza e a simplicidade dos nossos princípios, é forçoso considerar o Imperativo da aproximação, no campo de nós mesmos. Decerto, ninguém pode exigir que o próximo pense com cabeça diversa da que possui. (...). União, desse modo, para nós, não significa imposição do recurso interpretativo, mas, acima de tudo, entendimento mútuo de nossas necessidades, com o serviço da cooperação atuante, a partir do respeito que devemos uns aos outros. Iniciemos, assim, a nossa edificação de concórdia aposentando a lâmina da crítica. (...). Se o companheiro fala para o bem, ainda que sejam algumas frases por dia, estende-lhe concurso espontâneo para que enriqueça o próprio verbo; se escreve para construir, ainda que seja uma página por ano, encoraja-lhe o esforço nobre; se consagra energias no socorro aos doentes, ainda que seja vez por outra, incentiva-lhe o trabalho; se consegue dar apenas migalha no culto da assistência aos que sofrem, auxilia-lhe o passo começante nas boas obras; (...) a azedia agrava a distância. Educarás ajudando e unirás compreendendo. Jesus não nos chamou para exercer a função de palmatórias na Instituição universal do Evangelho, e, sim, foi categórico ao afirmar: “os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem”. E Allan Kardec, (...) asseverou claramente, no item 334, do capitulo XXIX, de “O Livro dos Médiuns”, que “esses grupos, Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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correspondendo-se entre si, visitando-se, permutando observações, podem formar, desde já, o núcleo da grande família espírita que um dia consorciará todas as opiniões e reunirá os homens por um único sentimento: o da fraternidade, trazendo o cunho da caridade cristã. “ [12] Não repitamos os erros do passado, em que no início cada grupo fazia o mesmo trabalho de maneira isolada. Vamos trabalhar juntos!! Hoje estamos muito acomodados, isolados e aquém das realizações dos jovens do passado. Passemos a unir e lutar pela aplicação da Doutrina Espírita juntos. Referências [1] - Evangelho Segundo o Espiritismo (Capítulo 1 – Não vim destruir a Lei). [2] - Evangelho Segundo o Espiritismo (Capítulo 6 – O Cristo Consolador). [3] - Evangelho Segundo o Espiritismo (Capítulo 11 – Amar o Próximo como a si mesmo). [4] - Evangelho Segundo o Espiritismo (Capítulo 12 – Amai os vossos inimigos). [5] - Bezerra, Chico e Você (Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de Bezerra de Menezes). [6] - Unificação (Reformador – outubro/1977 –Francisco Cândido Xavier - Emmanuel). [7] - Site da AME (ameuberaba.org.br). [8] - (Extraído do Boletim Informativo/AME Uberaba-1961). [9] - Livro de Respostas (Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de Emmanuel). [10] - Sinal Verde (Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de André Luiz). [11] - O Consolador (Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de Emmanuel). [12] - Seara dos Médiuns (Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de Emmanuel). [13] - Estude e Viva (Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de Emmanuel). [14] - Palavras de Vida Eterna (Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de Emmanuel.) [15] - BEZERRA (Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, extraída do jornal “O Triângulo Espírita” de 08/09/1976). [16] - Obreiros da Vida Eterna (Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de André Luiz) Roberto Salgado Gonçalves Filho, é membro do conselho da Juventude / DIJ – Aliança Municipal Espírita de Uberaba LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER CASO 64 – BONDADE PARA COM TODOS Vários materialistas chegaram a Pedro Leopoldo, para assistir à sessão pública do “Luiz Gonzaga”, numa noite de sexta-feira. E, desrespeitosos, começaram por dizer que não acreditavam na Doutrina do Espiritismo e que a mediunidade era pura mistificação quando não fosse simplesmente loucura. Ainda assim, queriam ver os trabalhos do Chico. O Médium, em concentração, perguntou a Emmanuel: — O senhor não julga melhor convidarmos esses homens à retirada? Afinal de contas, não admitem nem mesmo a existência de Deus... — Não pense nisso — exclamou o orientador —, são nossos irmãos. Precisamos recebe-los com bondade e ser-lhes úteis, tanto quanto nos seja possível. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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— Mas — ponderou o Chico —, Jesus recomendou-nos não atirar pérolas aos porcos. — Sim — disse Emmanuel com serenidade e compreensão —, o Mestre determinou, não atiremos pérolas aos porcos, todavia não nos proibiu de oferecer-lhes a alimentação compatível com as necessidades que lhes são próprias... Procuremos ajudar a todos e o senhor fará por nós todos o que seja acertado e justo. E o médium, emocionado, guardou a formosa lição. Transcrito do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” de Ramiro Gama. MENSAGEM ESPÍRITA PERANTE A ARTE “Colaborar na Cristianização da Arte, sempre que se lhe apresentar ocasião”. A Arte deve ser o Belo criando o Bem. Repelir, sem crítica azeda, as expressões artísticas, torturadas que exaltem a animalidade ou a extravagância. O trabalho artístico que trai a Natureza nega a si próprio. Burilar incansavelmente as obras artísticas de qualquer gênero. Melhoria buscada, perfeição entrevista. Preferir as composições artísticas de feitura espírita integral, preservando-se a pureza doutrinária. A arte enobrecida estende o poder do amor. Examinar com antecedência as apresentações artísticas para as reuniões festivas nos arraias espíritas, dosando-as e localizando-as segundo as condições das assembleias a que se destinem. A apresentação artística é como o ensinamento: deve observar condições e lugar. “E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.” – Paulo.(Filipenses, 4:7) André Luiz – Do livro: Conduta Espírita – Psicografia: Waldo Vieira TRABALHO IMPORTANTE ABRARTE – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ARTÍSTAS ESPÍRITAS A Associação Brasileira de Artistas Espíritas foi fundada no dia 8 de junho de 2007, durante o 4° Fórum Nacional de Arte Espírita, em Salvador, na Bahia, evento que reuniu 45 artistas de 14 diferentes Estados. O desejo de fundação da Abrarte é antigo, mas ainda não havia sido viabilizado em função de diversos fatores, embora fosse um anseio de muitas pessoas que trabalham com arte espírita desde a década de 1990. A fundação da Abrarte se deu a partir do movimento Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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chamado Fórum de Arte Espírita, que reúne artistas e integrantes de grupos espíritas de arte de várias cidades e estados brasileiros. O Fórum iniciou em agosto de 2004, com a realização de um pequeno encontro de coordenadores de grupos espíritas de arte, em Florianópolis. Esse evento, nomeado 1° Fórum sobre Arte Espírita do Sul do Brasil, reuniu 31 pessoas, dos Estados de Santa Catarina e Paraná, que discutiram vários assuntos, entre eles, a necessidade de integração e união dos grupos. Foi criada, então, uma lista de e-mails, para intercâmbio. Através das discussões na lista, decidiu-se realizar um segundo encontro de coordenadores, o qual ficou caracterizado como o 2° Fórum de Arte Espírita, e que aconteceu na cidade de Curitiba, em dezembro de 2005. Participaram deste encontro mais dois estados, além daqueles dois do primeiro Fórum: São Paulo e Minas Gerais. No Fórum de Curitiba, começou-se a pensar na possibilidade de resgatar a ideia da criação de uma associação nacional de artistas espíritas, originária dos anos 90. De resultado concreto, foi deliberada a criação de um jornal informativo eletrônico e semanal, que começou a funcionar no dia 3 de março de 2006, com o nome "Notícias do Fórum", sendo distribuído todas as sextas-feiras. Em junho de 2006, a cidade de Araras (SP) organizou o 3° Fórum de Arte Espírita, agora com mais três estados integrados, além dos quatro que já haviam se reunido em Curitiba: Goiás, Bahia e Espírito Santo. Na pauta de discussão, a necessidade da contínua integração dos artistas e grupos, o fortalecimento e a definitiva nacionalização do Fórum e a necessidade premente da organização da Associação Brasileira de Artistas Espíritas, denominação já definida em Araras e que ficou sendo a pauta principal de um próximo Fórum, que aconteceu na cidade de Salvador. Ainda em Araras, formaram-se algumas comissões, uma delas responsável pela criação de um site e outra pela organização de uma proposta de estatuto para a futura Associação. O site surgiu antes mesmo da fundação oficial da Abrarte, sendo inaugurado no dia 15 de março de 2007. O 4° Fórum Nacional de Arte Espírita foi realizado na Federação Espírita do Estado da Bahia. Em decorrência do estímulo e da motivação gerados, depois de Araras novos participantes integraram-se à lista de e-mails, o que aumentou significativamente a participação de Estados nordestinos no movimento. Desta forma, Salvador recebeu nada mais que o dobro do número de Estados verificados no ano anterior. Reuniram-se aos sete já participantes, os Estados do Rio de Janeiro, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Tocantins. Foi neste clima de integração e união que se viabilizou, finalmente, o grande sonho de fundação da Associação Brasileira de Artistas Espíritas. Nas reuniões plenárias do Fórum de Salvador foi discutida a proposta do estatuto, que já estava em discussão desde o mês de fevereiro de 2007. A assembleia geral de fundação da Abrarte ocorreu no dia 8 de junho, às 20 horas. Concretizava-se, assim, após quatro anos de sucessivos encontros de lideranças, o grande ideal de união e integração dos artistas espíritas brasileiros. Na mesma assembleia foi aprovado o estatuto da Abrarte e eleita a Diretoria, o Conselho Doutrinário e o Conselho Fiscal da instituição, os quais ficaram assim constituídos: Diretoria Executiva: Presidente: Rogério Felisbino da Silva (Florianópolis/SC); Vice-presidente: Edmundo Cezar Barbosa Santos (Salvador/BA); 1º Secretário: Gustavo Lussari (Araras/SP); Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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2º Secretário: Francisco Pereira Leite Neto (Aracaju/SE); 1º Tesoureiro: Carlos Eduardo da Silva (Florianópolis/SC); 2º Tesoureiro: Marcus Azuma (Curitiba/PR). Conselho Doutrinário: - Reginauro Sousa Nascimento (Fortaleza/CE); - Thaís Lopes da Silva (Salvador/BA); - Moacyr Ramos Camargo (São Paulo/SP); - Marcelo Machado de Albuquerque (Goiânia/GO); - Sterleide Cassimiro de Carvalho (Aparecida de Goiânia/GO). Suplentes: - Maurício Keller Tamioso (Goiânia/GO); - Mateus Barbosa de Oliveira (Franca/SP). Conselho Fiscal: - Ismênia Novaes Barbosa (Vitória/ES); - Valdemagno Silva Torres (Recife/PE); - Paulo Henrique Rowlands Carvalho (Ribeirão Preto/SP). Suplentes: - Alessandro Nunes Saraiva (Natal/RN); - Fábio Amaral da Silva Sá (Goiânia/GO); - Fátima do Carmo Fonseca Ricardi (Indaiatuba/SP). Durante o Fórum também foram definidos os Núcleos Regionais da Abrarte e designados seus representantes conforme segue: Região Sul: José Ronaldo Pereira Jr. (Florianópolis/SC); Região Sudeste: Mateus Barbosa de Oliveira (Franca/SP) e Adriano Alves de Souza (Belo Horizonte/MG); Região Nordeste: Alessandro Nunes Saraiva (Natal/RN) e Clésio Tapety (Teresina/PI) Regiões Centro-Oeste e Norte: Fábio Amaral da Silva (Goiânia/GO) e Lydiane Carolina Diniz Naves (Goiânia/GO). Com a criação da Abrarte, o projeto Fórum Nacional de Arte Espírita continuou existindo, sendo realizado nas cidades de Vitória (2008), Aracaju (2009), Pedro Leopoldo (2010), Brasília (2011), Fortaleza (2012), Florianópolis (2013) e Franca (2014). Em assembleia geral de associados realizada no dia 06 de junho/ 2015, durante o 12º Fórum Nacional de Arte Espírita, realizado em Natal-RN, foram eleitos os novos membros da Diretoria Executiva, e empossado o novo Conselho Doutrinário e Conselho Fiscal da Associação Brasileira de Artistas Espíritas, os quais ficaram com a seguinte composição: Administração (Gestão julho 2015/junho 2017): Diretoria Executiva: Presidente: Edmundo Cézar Barbosa Santos (Curitiba/PR); Vice-presidente: Rick’Ardo Debiazze Nunes Vieira (Vitória/ES); 1ª Secretária: Evelissa Mendes de Melo (Natal/RN); 2º Secretário: Humberto Borges da Costa (Vitória/ES); 1º Tesoureiro: Júlio Cesar dos Santos Nunes (São Paulo/SP); 2ª Tesoureira: Edna Daniela de Paula (Franca/SP). Conselho Doutrinário: Rogério Felisbino da Silva (Florianópolis/SC); Gláucio Varella Cardoso (Mesquita/RJ); João Batista de Mendonça (Brasília/DF); Denize Moura Dias de Lucena (Curitiba/PR); Maíra Uchôa Magalhães (Macapá/AP). Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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Suplentes: Cláudio Roberto Marquetto Maurício (Foz do Iguaçu/PR); Guana Veras Quelemes (PI). Conselho Fiscal: Bianca Zucchi Hermes (Florianópolis/SC); Francisco Pereira Leite Neto (Aracaju/SE); Fátima do Carmo Fonseca Ricardi (Indaiatuba/SP). Suplentes: Wender Veloso da Silva (Goiânia); Valdemagno Silva Torres (Recife/PE). A Abrarte reúne hoje 195 associados, de 22 Unidades da Federação, e no intuito de contribuir para o aprimoramento do fazer artístico espírita oferece: 1) O Fórum Nacional de Arte Espírita – que acontece com o intuito de promover a reflexão e discussão sobre Arte e Espiritismo. O evento é anual e acontece sempre no feriado de Corpus Christi. Em 2016 ocorrerá na cidade de São Paulo -SP e em 2017 na cidade de Goiânia-GO; Normalmente, são realizados em parceria com a Federação Espírita local. 2) As Mostras Regionais ABRARTE, de Arte Espírita (sul, sudeste, centro-oeste, nordeste e em breve a norte) – que acontece com o objetivo de integrar artistas e grupos espíritas de arte do Brasil, promovendo a troca de experiências entre eles e o movimento federativo, divulgar os trabalhos artísticos dos grupos atualmente existentes, bem como estimular o desenvolvimento de novos grupos espíritas de arte. Na programação da Mostra constam oficinas, centros de interesse, apresentações e palestras. Normalmente, são realizados em parceria com a Federação Espírita local. O próximo evento é a 1ª Mostra Abrarte Norte, que ocorrerá em Macapá-AP, nos dias 05, 06 e 07/09/2015, com o apoio da Federação Espírita do Amapá (FEAP), da União Espírita Paraense (UEP), do Grupo Espírita Missionários da Luz e do Centro Espírita Frei Evangelista. 3) Os Cadernos de Arte Espírita (Volume I e Volume II) – que apresenta artigos contendo reflexões sobre Arte Espírita. Os 2 (dois) volumes poderão ser baixados através do link: www.abrarte.org.br/downloads/cadernos.php. Em breve ocorrerá o lançamento do Volume III. 4) O CD ABRARTE COLETÂNEAS, que reúne em 14 faixas, uma pequena mostra do que vem sendo feito em termos de música espírita em diferentes Estados, por grupos e artistas que, apesar de revelarem uma diversidade de estilos e formas, têm algo em comum: a essencialidade do Espiritismo. 5) O livro “DANÇANDO COM A ALMA – Diálogos sobre Dança Espírita” - Trata-se de uma coletânea de artigos de companheiros há muito tempo comprometidos com o desenvolvimento da atividade artística, mais especificamente a Dança, perante o saber espírita. O livro não traz fórmulas prontas, nem pretende dar a palavra final sobre o assunto. Antes, propõe-se a trazer reflexões sobre esta importante manifestação cultural da humanidade – tão antiga quanto as demais expressões artísticas, sob as luzes do Consolador prometido pelo Cristo. 6) O BANCO DE TEXTOS ABRARTE – TEATRO – que contém sugestões de textos para montagens de peças teatrais espíritas. O download dos mesmos poderá ser feito através do portal www.arteespirita.com.br no item BANCO DE TEXTOS. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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7) DVD – “ARTE ESPÍRITA – Senhor que arte queres que eu faça? “ Recém lançado, este DVD, contém Haroldo Dutra Dias, em palestra proferida durante o 9º Fórum Nacional de Arte Espírita, promovido pela Abrarte, em junho de 2012, na cidade de Caucaia (CE). Revela o desafio dos trabalhadores da seara espírita para a construção do conceito da arte espírita. Valiosa contribuição para o trabalho dos artistas que buscam a inspiração nos nobres ideais da beleza e da espiritualidade. 8) O livro – “ARTE NO CENTRO ESPÍRITA – Planejamento e prática“ Lançado em junho de 2014, trás fundamentação doutrinária sobre utilização das artes no ambiente espírita, além de apresentar exemplos e sugestões de planejamento para a implantação de atividades artísticas no Centro Espírita. Valiosa contribuição para o trabalho dos artistas que buscam a inspiração nos nobres ideais da beleza e da espiritualidade. 9) O livro – “CIRCULO DE ESTUDOS ARTE E ESPIRITISMO“ - Lançado em junho de 2015. Adequado para o estudo individual ou em grupo, trata de forma clara e elucidativa sobre a temática da arte, buscando os referenciais nas Obras Básicas de Allan Kardec, Coleção André Luiz e obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier, José Raul Teixeira, Divaldo Pereira Franco entre outros. Dentre os assuntos abordados destacam-se: KARDEC E A ARTE; ARTE EM O LIVRO DOS ESPÍRITOS; O ARTISTA PERANTE O SABER ESPÍRITA; MECANISMOS ESPIRITUAIS NAS APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS; ARTE NA TRANSIÇÃO PLANETÁRIA. Os objetivos institucionais da Abrarte, definidos pelo Estatuto, são os seguintes: I – a integração de grupos de arte e artistas espíritas, visando a troca de experiências, o estudo, a prática e a divulgação da Doutrina Espírita como religião, filosofia e ciência, nos moldes da codificação de Allan Kardec, através da arte, nas suas mais variadas formas, estimulando o desenvolvimento do senso crítico, da sensibilidade estética e do gosto pelo belo, e contribuindo para o desenvolvimento cultural da sociedade através de uma arte de qualidade; II – a manutenção de um fórum permanente de discussão sobre Arte e Espiritismo; III – a promoção da educação e da cultura espíritas, com ênfase nos valores éticomorais cristãos, estimulando-se o uso da arte-educação como recurso didáticopedagógico, tendo em vista a importância da arte no processo de desenvolvimento do ser humano, sob o prisma biológico, psicológico, social e espiritual; IV – o apoio ao aperfeiçoamento artístico de grupos de arte e artistas espíritas, através de atividades como oficinas, cursos, laboratórios, fóruns, encontros, mostras de arte, ou ainda através do apoio a eventos e espetáculos promovidos pelos artistas e grupos de arte, que estimulem e promovam a melhoria constante das produções artísticas espíritas; V – a promoção de campanhas, eventos e apresentações artísticas voltados para a difusão dos princípios espíritas e da valorização da vida, em todos os segmentos da sociedade, sem distinção de raça, cor, credo ou religião; VI – o estímulo e favorecimento do mecenato em apoio ao trabalho desenvolvido por grupos de arte e artistas espíritas; VII – a produção e comercialização de produtos, publicações, e serviços voltados à divulgação da doutrina e à valorização da vida, com fundamento nos princípios éticos da Doutrina Espírita; Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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VIII – o apoio aos eventos de arte espírita promovidos pelos artistas associados e grupos espíritas de arte e por outros que se identifiquem com os objetivos e normas da associação; IX - a prática da caridade como dever social e do princípio da moral cristão, como exercício pleno da solidariedade e respeito ao próximo; X – a participação ativa no movimento espírita e federativo, na busca de contínua integração e diálogo com outras instituições congêneres e do aperfeiçoamento doutrinário. O contato conosco poderá ser feito através do link: www.abrarte.org.br/contato/index.php. Por Edmundo Cézar PERSONALIDADE DE DESTAQUE NO MOVIMENTO ESPÍRITA ANTUZA FERREIRA MARTINS Uma das páginas mais luminescentes da Doutrina Espírita em Uberaba e também em toda a vasta região do Triângulo Mineiro, chamava-se Antuza Ferreira Martins. Filha de Manoel Ferreira Martins e D. Júlia Maria do Espírito Santo, nasceu em uma fazenda nos arredores de Uberaba, no dia 09 de setembro de 1902. Aos 4 anos, acometida de meningite, foi desenganada por muitos médicos, tendo, em conseqüência, ficado surda e perdido o sentido da fala. Posteriormente, mudou-se com a família para Uberaba. Antuza, segundo Erenice sua irmã a quem carinhosamente chamávamos de Nice, desde pequena via os espíritos. Cresceu dentro de um clima psíquico que não compreendia, nem mesmo os familiares, posto que ninguém na família era espírita. Quando completou 15 anos, em 1917, a família transferiu-se para Sacramento, cidade que, desde 1904, se transformara em ponto central do Espiritismo em todo o Brasil, pelo trabalho que vinha desempenhando o inesquecível Eurípedes Barsanulfo. Em lá chegando Antuza foi levada pela mãe à presença de Eurípedes, o qual, ao vê-la, foi logo dízendo da tarefa que deveria desempenhar no campo da mediunidade. Tornaram-se, a partir daí, espíritas. Durante alguns meses, quase dois anos, Antuza trabalhou lado a lado com Eurípedes Barsanulfo, ora ajudando na limpeza da farmácia, ora auxiliando na manipulação dos medicamentos homeopáticos. Com esse "estágio espiritual" junto ao grande Missionário da Caridade, Antuza equilibrou-se, aprendeu a viver dentro de suas limitações, a comunicar-se por meio de sinais e as suas faculdades psíquicas ampliaramse dando-lhe extraordinária lucidez. Quando Eurípedes desencarnou, em 1918, ela e a família mudaram-se definitivamente para Uberaba. Mas, antes disso, ainda em Sacramento, Antuza encontrava-se desconsolada com a partida do Benfeitor para o Plano Espiritual e Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015 32


chorava muito. Através da mímica e de algumas poucas palavras que com o tempo aprendeu a articular, conta-nos ela que, certo dia, quando, em prantos, ouviu uma voz a chamar-lhe: - “Antuza, Antuza!..” Ela, assustada, ao voltar-se, percebeu Eurípedes pairando no ar a dizer-lhe ainda: - "Não chore. Você precisa trabalhar muito! . . ." Quando ainda morava em fazenda, uma criança foi levada pela mãe até Antuza para ser “benzida”. A criança estava muito mal, com o abdome muito dilatado. Antuza conversou com os espíritos (via-se que ela estava ouvindo e respondia, com gestos e com balbucios a alguém invisível), estendeu as mãos com as palmas para cima e da espiritualidade desceu uma quantidade grande de fluido esverdeado e luminoso (a irmã mais velha de Antuza era médium e viu essa massa fluídica). Antuza modelou essa massa com as mãos e colocou sobre o abdome da criança, massageando de leve. O abdome da criança foi diminuindo e em poucos dias ela estava saudável. Quando a família se instalou em Uberaba, contava ela 17 anos e começou a frequentar o tradicional Ponto “Bezerra de Menezes”, em casa de Da Maria Modesto Cravo. Numa das reuniões do Ponto Antuza recebeu instruções sobre a sua missão do espírito de Santo Agostinho que seria, durante toda a sua vida, seu protetor. Note-se que através da psicofonia de Da Maria Modesto todos os presentes ouviram a comunicação, inclusive Antuza que, apesar de surda, ouvia os espíritos. Por essa época, Antuza começou a transmitir passes, cuja mediunidade curadora, coadjuvada pela vidência, audição, desdobramento e efeitos físicos, foi empregada para ajuda aos necessitados com raro discernimento evangélico. Antes de passar a atender em sua própria casa, num galpão construído nos fundos, trabalhou como médium no Centro Espírita Uberabense, Sanatório Espírita e na Comunhão Espírita Cristã, logo que Chico Xavier se transferiu para Uberaba. A seu respeito, o nosso estimado Chico já se pronunciou em diversas ocasiões, tendo, inclusive, afirmado trazer Antuza “o remédio nas mãos”. Quando homenageado na Capital do Estado, Chico disse que existia em Uberaba uma senhora que, no anonimato de seu trabalho em favor dos que sofrem, deveria ali estar sendo alvo das homenagens prestadas a ele, que reconhecia não as merecer, de forma alguma, e citou o nome de Antuza Ferreira Martins! Em sua própria casa e depois no “Barracão”, recebia extensa fila de pessoas, entre crianças e adultos. Quantas vezes, após exaustiva concentração, Antuza nos descrevia o problema orgânico, ou espiritual, de quem lhe buscava o concurso carinhoso e abnegado! Uma senhor obsedada foi trazida amarrada para a casa onde morava Antuza. Era necessário, mesmo assim que várias pessoas a segurassem, ela se debatia e retorcia constantemente. Antuza entrou em prece e daí a pouco uma médium vidente presente viu uma luz vinda de muito alto descer e tomar a forma de Eurípedes Barsanulfo. Este incorporado na médium disse “boa noite, irmãos” e os espíritos que subjugavam aquela senhora afastaram-se imediatamente. Aí Eurípedes pediu que desamarrassem e soltassem a mulher. Ela se tornou imediatamente lúcida e curada daquela obsessão. Uma moça vinda do estado de Mato Grosso chegou até a casa da Antuza andando de “quatro”, isto é como um quadrúpede, sem falar e sem consciência de si mesmo. A família já havia procurado inúmeros médicos sem resultados. Antuza “conversou” com o espírito que a obsedava, fez gestos indicando a ele que se retirasse, fosse embora e em alguns minutos a moça se levantou e perguntou ao pai que a acompanhava: onde estamos? O que estamos fazendo aqui? Na sessão de desobsessão que ocorria à noite no Barracão, dois espíritos vingadores da moça foram doutrinados: haviam sido torturados e mortos por ordem dela quando eram seus escravos e a perseguiam desde então. Faziam-na ficar como um animal e montavam sobre ela, fazendo-a conduzi-los no “lombo”, entre outras coisas. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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Além das atividades mediúnicas Antuza ajudava nas tarefas da casa, ao lado de sua irmã Erenice, irmãos e de seus sobrinhos que vieram morar com eles. Fazia tapete de crochê usando cordões cortados de malhas; esses tapetes eram vendidos e o dinheiro era usado para comprar algumas coisas para seu uso pessoal, presentes, brinquedos e outras necessidades. Conta-nos Nice (intérprete de Antuza para os que não se familiarizam com a sua maneira de “falar” com as pessoas) que, certa vez. uma mulher, chorando muito e extremamente desesperada, ao receber o passe, é indagada pela médium se tinha bebido alguma coisa corrosiva, pois o interior dela estava parecendo “velho”. Ainda em lágrimas, a infeliz irmã lhe diz que, tempos atrás, havia ingerido soda cáustica (!) e ainda sentia fortes dores, encontrando dificuldade de alimentar-se normalmente. Para que tenhamos uma ideia da presença dos espíritos na vida de Antuza, vejamos o que ocorreu quando ainda era criança. Ela e a mãe, morando na fazenda foram até a horta colher legumes e sua mãe deixou-a; um pouco para trás; nisto, surge uma cobra prestes a picar a menina. Ela ficou como que hipnotizada e, como não falava, não tinha como gritar por socorro. Eis quando, ao seu lado, um espírito, com aspecto de padre, a pega pelos braços e lhe dá um violento impulso, distanciando-a, assim, do peçonhento réptil. Antuza começa a chorar e sua mãe, correndo, chama alguns lavradores, os quais dão cabo da enorme serpente. Dr. Henrique Krüger, médico uberabense, Agostinho, Eurípedes Barsanulfo e muitos outros a quem não conhece pelo nome, são os espíritos que lhe assistem o trabalho cristão ao qual devotou a própria vida. Por volta de 1979, Antuza que ainda enxergava, porém surda e muda, vivia em Uberaba na companhia dos irmãos Euphranor e Erenice; e, aos domingos, como de costume, almoçava na casa do sobrinho Antônio Carlos, o qual possuía um piano francês. Antuza era capaz de ver dentro do corpo das pessoas, a doença que tinha ou não tinha; fazia curas à distância, especialmente à noite. Após a refeição, Antuza se dirigia para a sala onde se encontrava o piano, e acomodando-se em uma poltrona, permanecia imóvel por mais de uma hora. Depois, levantando-se, vinha dizer em seu modo característico (gestos e fala precária) que Frederico, um rapaz muito bonito, estava tocando piano para ela; e que sua música era maravilhosa. Tai fato se repetiu por anos, e era de conhecimento de toda a família. Certa vez, em visita a outro sobrinho: Euphranor Jr., que era professor de História e possui uma bela biblioteca em sua casa; este entregou à Antuza um belo exemplar de um livro sobre os maiores compositores da musica clássica (nota-se que tal livro continha fotografias de todos compositores, os quais, já haviam desencarnado). Enquanto Antuza folheava o livro, Euphranor Jr. ia lhe perguntando se ela conhecia as pessoas das fotos, o que lhe era negado: “Não...,não..., não!” Em dado momento, diante da foto do grande músico Frederico Chopin ela se manifestou por gestos: "- É ele! Frederico, o moço que toca piano para mim”. Como Eurípedes, Antuza igualmente "casou-se com os mais pobres", doando-se inteiramente ao serviço cristão, na edificação do Reino de Deus no coração das criaturas. Em seus lábios, a palavra "trabalhar" (uma das poucas que conseguia articular com certa nitidez) soava de maneira diferente: é imperiosa e definitiva! Por mais de 70 anos ela exerceu seu legítimo "mandato mediúnico". E não são poucos os que, através de suas abençoadas mãos, receberam o amparo do Mais Alto. Em seu humilde recanto de trabalho, sobre tosca mesa de madeira, cujos pés estão fincados no piso, um único livro: "O Evangelho Segundo o Espiritismo", o qual, de quando em quando, solicitava a um dos colaboradores ler uma página. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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Nos últimos seis anos de existência física, Antuza ficou cega, agravando as suas limitações físicas e no dia 30 de julho de 1996, aos 94 anos incompletos, desencarnou em Uberaba, em decorrência de complicações naturais da idade avançada. Antuza, uma “baixinha” de um metro e alguns quebrados de altura, mas um espírito gigante na seara evangélica foi, sem dúvida alguma, uma das mais legítimas representantes da mediunidade com Jesus! Um exemplo a ser seguido pelos espíritas de hoje e de amanhã!... (texto baseado no livro “O Espiritismo em Uberaba” , no “Anuário Espírita” de 1997, em um “Boletim Informativo” da AME Uberaba e em informações pessoais de parentes) Transcrito do site: http://elizabethmartins1.blogspot.com.br/2011/05/antuza-ferreiramartins.html DATAS IMPORTANTES DO ESPIRITISMO MÊS DE JULHO Dia 02 de 1877 – Nasce em Coimbra, Portugal, Antônio Joaquim Freire, Presidente da Federação Espírita Portuguesa. Desencarna em 1948, no dia 2 de março, em Lisboa, Portugal. Dia 02 de 2006 – Em Curitiba, Paraná, no Canal 6 - CNT e em Londrina, Paraná, no Canal 7 - Londrina, Paraná, estreou o Programa Televisivo Vida e Valores, com 15 minutos de duração. Dia 04 de 1966 – É criado, no Brasil, o Dia da Caridade, pela Lei 5063. Dia 05 de 1849 – Em Embleton, Inglaterra, nasce o jornalista, editor e médium William Thomas Stead. Desencarna no mar, no Atlântico Norte, em 15 de abril de 1912. Dia 05 de 1875 – Nasce, em Bristol, Inglaterra, Ernest W. Oaten, pioneiro espírita, companheiro de Conan Doyle. Desencarnado na mesma cidade, em 3 de janeiro de 1952. Dia 06 de 1881 – Em Recife, Pernambuco, Júlio César Leal, que se tornaria mais tarde Presidente da Federação Espírita Brasileira, cria o jornal espírita A cruz, o primeiro daquela capital. Dia 07 de 1888 – Nasce em Barro Barroso, MG o trabalhador espírita José Pedro Xavier. Desencarna em 28 de março de 1970, em Belo Horizonte, MG. Dia 07 de 1932 – Lançada a primeira edição da obra psicografada por Francisco Cândido Xavier, por diversos poetas portugueses e brasileiros, pela Federação Espírita Brasileira, intitulada Parnaso de Além-Túmulo. Dia 08 de 1938 – A revista norte-americana The Two Worlds publica mensagem de Cairbar Schutel, através da médium inglesa Mary Wood, com recado fraterno ao seu amigo português Frederico Duarte. Dia 08 de 1927 – Em Pedro Leopoldo, Chico Xavier, em seu próprio lar, assiste à primeira reunião espírita. Dia 10 de 1857 – Na Inglaterra, nasce o médium William Eglinton. Dia 10 de 1898 – Nasce em São Miguel, MG, o orador espírita Ivon Costa. Desencarna em 9 de janeiro de 1934, em Porto Alegre, RS. Dia 12 de 1891 – Nasce Ismael Gomes Braga. Dia 12 de 1902 – Nasce Jésus Gonçalves. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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Dia 12 de 1936 – Em São Paulo, São Paulo, fundada a Federação Espírita do Estado de São Paulo. Dia 13 de 1856 – Nasce, em Londres, Inglaterra, Florence Cook, médium de efeitos físicos. Desencarnada na mesma cidade, em 22 de abril de 1904. Dia 13 de 1967 – Abertura do 1º Congresso de Mocidade do Rio de Janeiro, no auditório do Jornal O Globo, promovido pela Liga Espírita do Rio de Janeiro. Dia 14 de 1842 – Nasce Antonio Pinheiro Guedes. Dia 15 de 1876 – Na Inglaterra, é realizada uma reunião de efeitos físicos, com o médium Slade, em plena luz do dia, quando um Espírito se materializa à vista de todos os presentes. Dia 15 de 1889 – Em Recife, Pernambuco, começa a circular o jornal O Guia, com notícias do Brasil e do mundo, sobre fenômenos mediúnicos. Dia 15 de 1898 – Nasce Ivon Costa. Dia 15 de 1905 – Em Matão, São Paulo, é fundado por Cairbar Schutel o Centro Espírita Amantes da Pobreza. Dia 16 de 1193 – Em Assis, Itália, nasce Clara, religiosa do tempo de Francisco de Assis. Desencarna na mesma cidade, em 11 de agosto de 1253. Dia 16 de 1928 – Nasce Jaime Cerviño. Dia 16 de1975 – Funda-se a Federação Espírita do Estado do Acre - Em Rio Branco, AC. Dia 16 de 1951 – A Rádio Guanabara inaugura o programa "Seleções Espirituais" - No Rio de Janeiro, RJ. Dia 17 de 1869 – Nasce, em Ponta Grossa, PR, a trabalhadora espírita Balbina Branco. Desencarna, na mesma cidade, em 3 de março de 1955. Dia 17 de 1948 – No Rio de Janeiro, realiza-se o 1º Congresso Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas, inspirado por Deolindo Amorim e Leopoldo Machado. Também o 1º Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil, no Teatro João Caetano, contando com as presenças de Lins de Vasconcelos e Ruth Santana. Dia 18 de 1948 – Em Marília, São Paulo, é inaugurado o Hospital Espírita de Marília, com 200 leitos. Fundado por Eurípedes Soares da Rocha. Dia 18 de 1948 – No Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, é instalado o 1º Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil, no Teatro João Caetano, tendo à frente Leopoldo Machado, Lins de Vasconcellos, Ruth Sant'Anna entre outros espíritas. Dia 19 de 1966 – Em Salvador, Bahia, o Prefeito, por decreto, dá a uma rua o nome de Luiz Olímpio Telles de Menezes, em homenagem ao fundador do primeiro Grupo Espírita e do primeiro Jornal Espírita do Brasil, respectivamente o Grupo Familiar de Espiritismo e o Eco d' Além Túmulo. Dia 21 de 2004 – É criada a Biblioteca Espírita Virtual da Federação Espírita do Paraná, com o domínio www.bibliotecaespirita.com, que tem como objetivo disponibilizar ao público obras espíritas raras, digitalizadas em idioma original, principalmente de livros do século 19 e do início do século 20. Dia 23 de 1949 – Em Paris, França, abertura solene do Congresso Nacional Espírita da França, na sede da União Espírita Francesa, com o tema central A inteligência dos animais, sendo Presidente o sr. Henri Regnault. Dia 24 de 1906 – Nascia em Encrucijada, Cuba a trabalhadora espírita Ofélia Léon Bravo. Desencarna em Elizabeth, NJ, Estados Unidos, no dia 23 de janeiro de 1990. Dia 24 de 1919 – Nasce o Prof. Ney Correia de Souza Lobo. Dia 25 de 1882 – Nasce em Beira Alta, Portugal, Antônio José Trindade, um dos fundadores da Federação Espírita do Estado de São Paulo. Desencarna em São PauloSP, em 14 de janeiro de 1942. Dia 25 de 1928 – Nasce Newton Boechat. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015

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Dia 25 de 1948 – Na sede da Federação Espírita Brasileira, no Rio de Janeiro, RJ, encerrado o 1º Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil, promovido pelo Professor Leopoldo Machado e um grupo de confrades. Dia 26 de 1825 – Nasce, em Salvador, BA, Luiz Olímpio Telles de Menezes, fundador do 1º Centro Espírita no Brasil, o Grupo Familiar do Espiritismo, em 1865, e do 1º jornal espírita no Brasil, o Eco d´Além Túmulo, em 1869, em Salvador, BA. Desencarna no Rio de Janeiro, RJ, no dia 16 de março de 1893. Dia 26 de 1969 – Por solicitação da Federação Espírita Brasileira, o Departamento de Correios e Telégrafos lança um selo comemorativo do 1º Centenário da Imprensa Espírita no Brasil. Dia 26 de 1982 – Em São Paulo, SP, VIII Congresso Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas, durante o qual se instituiu o Dia da Imprensa. Dia 28 de 1890 – Na Inglaterra, em reunião de efeitos físicos, com a médium Elizabeth D'Esperance, materializa-se um lírio dourado, com 7 pés de altura, estando presentes vários cientistas, entre os quais o prof. Alexandre Aksakof. Dia 28 de 1935 – Funda-se a Federação Espírita Alagoana, em Maceió, AL. Dia 30 de 1952 – O Marechal do Ar Hugh Dowding, estudioso e divulgador do Espiritismo, solicita ao Parlamento da Inglaterra o reconhecimento do Espiritismo como religião naquele país, no que foi atendido. LIVROS DO “CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA” DEPARTAMENTO – CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA MARIA DOLORES Rua Artur Machado nº 288 – sala 04 – Centro

CENTELHA DIVINA – Pelo Espírito de Henrique Kruger – Psicografado por Jorge Bichuetti Livro composto por 60 capítulos. Revela que o cultivo da vida saudável evita muitas das enfermidades de nosso caminho. Ressalte-se a interação corpo-espírito como fundamental para uma vida melhor. CASTELOS DE MARZIPAN – Lygia Barbiére Amaral Conteúdos genéticos à parte, será que existe uma explicação espiritual para o diabetes? Será possível que no mundo espiritual alguém programe, de livre e espontânea vontade, nascer com essa doença ou vir a desenvolvê-la ao longo da existência? Com que finalidade? Será que só quem come muito açúcar tem essa doença? Em que medida gostar muito de comer doces pode ser considerado uma compulsão? Todas as compulsões possuem uma raiz em comum? A resposta para essas e muitas outras perguntas é mais um dos temperos deste romance. AMAI-VOS UNS AOS OUTROS – Pelo Espírito de Irmão José – Psicografado por Carlos A. Baccelli Esta obra pode ser comparada a uma pequena cartilha, que nos inicia no exercício do amor aos semelhantes através da compreensão exercida, da caridade vivenciada e do perdão continuado. Reflexões a respeito de nossas infinitas possibilidades, ensinando que se tudo é Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 106 – Julho/2015 37


possível àquele que crê, muito mais é possível àquele que se esforça para amar. SUGESTÃO DE LEITURA CÍRCULO DE ESTUDOS – ARTE E ESPIRITISMO Tem como objetivo de promover reflexões sobre o fazer artístico e sua relação com o Espiritismo, especialmente nas ações artísticas realizadas no ambiente doutrinário do centro espírita. Ao material apresentado no referido curso foram acrescentadas observações em atividades similares desenvolvidas em outras cidades e oportunidades. Páginas curtas e simples para serem estudadas individualmente ou em grupo, com registros da temática da arte nas obras básicas de Allan Kardec, da coleção André Luiz e em obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier, José Raul Teixeira, Divaldo Pereira Franco, entre outros. Esta é a terceira obra lançada pela Abrarte. ARTE NO CENTRO ESPÍRITA – PLANEJAMENTO E PRÁTICA A Associação Brasileira de Artistas Espíritas – ABRARTE, por meio deste livro, oferece aos dirigentes e trabalhadores de instituições espíritas, elementos auxiliares aos estudos e práticas das atividades artísticas, sob a inspiração da Doutrina Espírita. Trata-se de contribuição, alicerçada nos saberes e fazeres de experientes trabalhadores no campo das artes, compromissados com o Espiritismo, muitos deles a mais de duas décadas. HUMOR ESPÍRITA – “Centro Ruim”

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