Jornal Dez 24/04/12

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O FUTEBOL PARA LER COM TODA A MAGIA DO DEZ

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“MUNIQUE DECIDE O REI” Vitória do Real Madrid no Clássico, Cristiano Ronaldo foi a figura do jogo, Quarta-Feira jogo decisivo para carimbar o bilhete para a final de Munique.


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“O meu erro foi tratar os jogadores como se fossem pessoas” Jesus Gil, ex-presidente do Atlético de Madrid


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“NASCE O DEZ”

Nasce aqui o Jornal Dez, pretendemos ser uma revolução no panorama editorial desportivo, tal como o número 10 é em campo. Não vamos colaborar com a ditadura da actualidade e dar destaque a temas muito debatidos e sem valor. No Dez queremos falar sobre a paixão ao jogo, sobre tácticas, sobre histórias curiosas do mundo do futebol, sobre ganhadores e sobretudo sobre perdedores. Queremos dar destaque a novos talentos do futebol nacional e o trabalho que se faz nos clubes pequenos para formar jovens. Começamos com uma edição semanal, mas contamos com o vosso apoio para lançarmos uma edição diária. Espero que gostem. Carlos Maciel

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CLÁSSICO

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A LIGA SENTENCIADA Texto: Carlos Maciel Fotos: Reuters

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ste clássico começou a ser ganho no jogo de Camp Nou dos quartos de final da Taça do Rei e teve a sua introdução no jogo de Quarta-Feira em Stanford Bridge. Foram 10 jogos de Mourinho a tentar encontrar soluções a um Barça que parecia invencível. O segredo estava em perder o medo. O jogo não foi deslumbrante ou emotivo como a Final da Taça do ano passado, mostrou sim, os melhores estrategas da história do futebol, dois homens que estão a revolucionar a forma como se pensa este desporto. José Mourinho e Pep Guardiola deveriam enfrentar-se em todos os jogos possíveis e Cristiano Ronaldo e Messi também.

O inicio culé foi terrível, Guardiola estava em desvantagem. Os últimos jogos do Barcelona tinham demonstrado sérios problemas contra equipas bem organizadas defensivamente e o duro golpe sofrido em Stanford Bridge agravou-os de alguma forma. No Barcelona, uma equipa habituada a ser uma orquestra e nunca sair da partitura, tudo foram imprecisões. Perder 42 bolas é uma barbaridade para uma equipa habituada a não perder a bola, até Puyol, que raramente comete erros graves teve um deslize e deixou Khedira anotar o primeiro golo. Para o Real tudo corria bem, Khedira e Xabi Alonso a tornar o meio campo estreito, Sérgio Ramos e Pepe imperiais na antecipação,


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Coentrão a anular as subidas de Alves e Arbeloa embora tivesse cometido alguns erros posicionais nunca teve grande trabalho com um Tello deslumbrado por um jogo desta magnitude. Benzema excelente na pressão a Valdés, obrigando-o a raramente sair com a bola controlada. Xabi Alonso a ajudar na esquerda a Coentrão e a anular Messi parece ter voltado ás grandes exibições. Deu bastante espaço a um Xavi intranscendente. Khedira no lado oposto nunca deu espaço a Iniesta. Aqui criaram-se a maior parte dos problemas do Barcelona, Busquets e Thiago sem apoio cometeram bastantes erros. O Barça jogou numa defesa de 3, com Alves bastante subido que foi muito bem marcado por Coentrão, que ainda assim mostrou algumas dificuldades a sair com a bola controlada. Após o golo o Real Madrid baixa. Não pressionou o Barcelona e decidiu antes tapar os espaços, os catalães tinham a posse de bola mas o Real controlou os espaços e induziu o Barça a cometer erros. Guardiola tentou rectificar com a entrada de Alexis para pressionar aos centrais do Madrid, consegue um golo aos soluços, mas Ozil com um passe mágico isola Cristiano que dispara seco e colocado frente a Valdés. O Real Madrid conseguiu fechar de forma excelente o centro, como o havia feito o Chelsea e anular os extremos do Barça que foi cometendo erros e inconsistências. Um pouco à semelhança do que aconteceu durante a época. Mourinho fica a um passo de se coroar campeão espanhol e de talvez impor uma nova hegemonia no futebol europeu. O tempo o dirá...

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CHAMPIONS LEAGUE

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emana atípica em território catalão. Foram precisos 3 anos, para a equipa blaugrana voltar a saborear a derrota em dois jogos consecutivos. Apesar de uma boa exibição em Stamford Brigde, o conjunto de Guardiola não foi capaz de trazer na bagagem, um resultado considerado positivo de Londres para a segunda mão da corrente eliminatória frente a um decepcionante Chelsea, dirigido pelo inexperiente mas surpreendente Di Matteo que não tem nada a perder. Uma presença na final significaria para o conjunto de Londres, uma espécie de salvação de uma temporada que tem defraudado as expectativas . Apos ter assumido publicamente que a conquista de La Liga é um cenário praticamente impossível, Guardiola seguramente já estará a preparar uma estratégia que terá de ser tacticamente perfeita, pois pela frente, certamente irá encontrar um Chelsea com as suas linhas muito bem definidas, onde as distancias entre os seus sectores se apresentarão muito curtas de modo a evitar as tradicionais transições intra e inter sectoriais que caracterizam tiki-taka blaugrana. A estratégia do Chelsea passará por um jogo de concentração, onde irá conceder a iniciativa de posse de bola ao seu adversário, e em contrapartida tentar tirar proveito do seu fator físico, considerado por Guardiola como maior entrave ou arma dos blues. Iremos assistir a um Chelsea que irá jogar no erro do adversário e

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consecutivamente tentará explorar o contra ataque rápido, usando sempre, Didier Drogba como ponto de referência nas suas transições ofensivas. Por seu turno, tendo em conta que o Barça terá de assumir um risco elevado desde do apito inicial do turco Cuneyt Cakir, prespectiva-se que Guardiola apresente o seu habitual 3x5x2 que normalmente usa em Camp Nou tal como fez frente ao AC Milan. O Barça tentará efetuar um jogo paciente em campo grande/largo com dois extremos bem abertos, sempre no limite do offside, à espera de um sinal verde por parte da sua linha média liderada por Xavi e Iniesta, de modo a efetuarem as suas tradicionais diagonais. Quanto a Messi, perspectiva-se uma pulga vagabunda, que jogará como falso ponta de lança e que terá como sua principal praga, um experiente John Terry que irá pressionar alto de modo a não permitir que este tenha oportunidade de receber a bola e consecutivamente rodar em direção da baliza. Em relação ao equilíbrio da equipa, durante as transições defensivas, Busquets será como o ponto de socorro de serviço, onde será responsável por compensar todos desequilíbrios defensivos naturais causados por um sistema constituído por 3 defesas. Apesar da situação psicológica e emocional não ser a mais favorável para o conjunto da Catalunha é favorito e consecutivamente será capaz de dar a volta a eliminatória e estar presente na final no Allianz Arena.

4 EQUIPAS PARA MUN Textos: João Sacramento Fotos: Google Images


S, 2 BILHETES NIQUE

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epois de uma pálida exibição do conjunto merengue em solo germânico, a equipa liderada pelo português José Mourinho redimiu se com uma categórica vitória em Camp Nou onde o rigor táctico, o controlo emocional e a concentração colectiva, se sobrepuseram face á qualidade técnico-táctica da equipa catalã. No Allianz Arena, o Real Madrid apresentou-se uma equipa apática, com níveis motivacionais abaixo do esperado para um jogo inserido num contexto competitivo tão exigente como o de uma meia-final da Champions League. Para o encontro da segunda mão, a equipa de Madrid parte motivadíssima pelo facto de ver a sua vantagem em relação ao Barcelona ser aumentada para 7 pontos. No balneário merengue, a possibilidade de obter a dobradinha deixou de ser uma miragem e passou a ser uma realidade. Motivada pela necessidade de marcar, perspectiva-se que Mourinho seja obrigado a fazer algumas alterações, onde desde de logo salta a baila, a possível troca de Coentrão (um jogador com rigor defensivo, contratado por Mourinho para jogos intensos onde a eficácia defensiva é uma prioridade) por Marcelo

(um jogador fantástico, tecnicamente muito dotado, perfeito para jogos desta magnitude, onde a necessidade de marcar é uma prioridade). Em relação ao tradicional tridente ofensivo usado pelo técnico merengue durante a corrente temporada, resta a duvida se Mourinho irá optar novamente por Di Maria que após merecer a confiança nos dois últimos encontros, as suas exibições não corresponderam ao exigido para uma fase crucial da temporada como esta. Talvez, a opção por Kaka, seja uma decisão mais lógica e funcional, que pode ser interpretada com a deslocação de Ozil para um dos flancos e Kaka na posição 10, tentando redimir a exibição falhada por Di Maria no encontro da primeira mão no papel de playmaker. Em relação ao conjunto de Munique, não se perspetivam mudanças. A dúvida poderá ser a inclusão de Muller de início por Toni Kroos. O Bayern irá tentar resistir avalanche merengue, que contará com o apoio do seu publico a partir do minuto inicial. Os barvaros, tentarão aproveitar a velocidade dos seus dois rapidíssimos extremos (Robben e Ribery), que tentarão tirar proveito do porte físico e da eficácia de Mário Gomez.


FC PORTO

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Texto: Bruno Pinto Fotos: Maisfutebol.com

INCRÍVEL, UM POLVO E DUAS MOTAS

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ntes de analisar o jogo gostava de destacar duas coisas. Em 1º, destaco o minuto 30, minuto importante na história do Futebol Clube do Porto. A bancada sul, sector onde costuma estar a claque dos Super Dragões, passou a chamar-se “Curva Pinto da Costa”, numa homenagem aos 30 anos de presidência de Jorge Nuno Pinto da Costa. Um prémio justo, apesar de simbólico, para um homem que passou por quase todos os cargos dentro do clube e que tudo deu por ele. Em 2º destaco os 41 golos de Hulk no Estádio do Dragão, que constituem um novo record do estádio. Este destaque é particularmente importante, não só pelos go-

los, mas por ser Hulk. Os adeptos às vezes assobiam por uma bola perdida, ou um remate disparatado, mas o que é certo é que podemos estar na presença do melhor jogador de todos os tempos a vestir a camisola do clube. Recordo quando resmungava das vezes que o Deco tentava marcar os cantos directos, ou quando nem sequer tinha força para levantar a bola e a mesma caía quase que irremediavelmente na zona do primeiro poste. Mas quando Deco saiu, a sua presença deixou saudade. Talvez seja o motivo pelo qual perdoe a maior parte das extravagâncias que Hulk comete durante os jogos. Analisando o jogo, faz sentido começar pelo


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meio-campo. Com Fernando de regresso à convocatória, esperava-se que o «Polvo» voltasse a dominar o meio-campo defensivo, mas a verdade é que Vitor Pereira optou por manter o mesmo trio que tão bem jogou em Braga. Num jogo em casa frente ao 12º classificado, optar por Defour fazia sentido, ele merecia a oportunidade. Gostei de ver as movimentações constantes de qualquer um dos jogadores que formavam o trio de meio campo, onde tanto aparecia Defour mais avançado como Lucho ou Moutinho, isto quando o Porto tentava furar a muralha defensiva dos Aveirenses. Já nas tarefas defensivas parecia ser Defour o único responsável por fazê-las, já que em teoria, quando a equipa perdia a bola, era ele o mais recuado dos três médios. O facto é que o belga não tem esse tipo de características, não sendo capaz de dobrar os laterais, de apoiar os centrais, ou de dar uma consistência defensiva no miolo, roubando bolas numa zona próxima da área. Não é um trinco, de todo. O Beira-Mar conseguiu aproveitar esta lacuna e explorar uma ou outra vez as falhas defensivas da equipa portista. A diferença da primeira para a segunda parte foi essencialmente essa. O Belga saiu e Fernando entrou, a partir daí acabaram-se as chances do Beira-Mar. O «Polvo» estava lá, imponente, com todos os seus “tentáculos”, ocupava o lugar dos laterais quando subiam, ou dobrava-os quando estavam mal posicionados. Este é Fernando, o jogador que equilibra, a âncora que permite um maior balanceamento ofensivo da equipa. Quando foco as “duas motas”, refiro-me aos dois jovens laterais brasileiros, Alex Sandro e Danilo, dois jogadores claramente acima da média,muito inteligentes, que sabem sair a jogar. Quando refiro as “motas”, enalteço a capacidade que esta dupla brasileira tem em apoiar o ataque, sempre em alta velocidade e com grande qualidade nas movimentações. O Porto está bem preparado para o futuro, em termos de laterais. Os centrais estiveram

bem salvo raras excepções e não adianta dissertar sobre a exibição de Otamendi e Maicon. Quanto a Ofensiva do Porto, Janko na minha opinião não tem vindo a corresponder as expectativas. Não usufrui dos seus 1.96 metros tendo estado fraco no jogo aéreo e a consequente falha de golos impensáveis que nada lembram Radamel Falcão. James foi dos únicos jogadores que não beneficiou da entrada de Lucho. O argentino ocupa terrenos que o colombiano costumava ocupar (ocasionalmente, da ala para o meio) e agora não pode fazê-lo tantas vezes pois tende a ocupar as zonas ocupadas por Lucho, chocando inevitavelmente. Então, quando o jogo está fechado, James desaparece. Resumidamente, foi um bom jogo do Porto. Não foi perfeito mas foi bem acima da média. Esta equipa tem demonstrado o melhor futebol nesta fase final da temporada, a mais decisiva. E isso pode ser suficiente para fazer esquecer o que se passou ao longo da temporada.


SPORTING

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“O RUGIDO DO LEÃO

Texto: Tiago J Fotos: Maisf


O”

Jordão futebol

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s leões de Portugal levaram a melhor sobre os leões de Espanha, na 1º mão da meia final da Liga Europa. O conjunto “Euskaldunak”, apoiado por cerca de 3800 adeptos , apresentou em Alvalade um jogo que não traduzia a sua real qualidade, não só por algum mérito da equipa da casa, como também, por alguma falta de capacidade de discernimento imposta pelo fervoroso ambiente no estádio. Ainda assim os bascos contrariaram a superioridade de um Sporting displicente e, aos 9 minutos da segunda parte, Aurtenetxe aproveitou da melhor forma um corte deficiente de Insua, após cobrança de um livre pelo pé de Susaeta. Foi, portanto, ao minuto 9 na segunda parte que condenei a escolha de Sá Pinto em deixar M. Fernandez na bancada e insultei a débil capacidade demonstrada por Van Wolfswinkel em aconchegar a redondinha de couro no canto das redes adversárias. Acusei o golo basco como que se dum balde de gelo se tratasse, extinguindo a minha outrora calorosa fé que, até então, não tinha encontrado nos remates de Insua, nas cavalgadas de André Martins e na impetuosidade de João Pereira o mínimo conforto. Mas com a injecção de garra e de “know-how’’ leonino fornecida pelo ensurdecedor crepitar das bancadas, os pupilos de Sá Pinto acusaram, pela positiva, o peso da camisola: volvidos 5 minutos (únicos momentos de real aperto para o Sporting) após o golo espanhol, Insua redimiu-se do erro por si cometido anteriormente e, sem licença, enviou a bola para o fundo da baliza de Iraizoz com um poderoso e colocado cabeceamento. Ainda com alguns lances desperdiçados pelo futuro genro de Neeskens, o clube lusitano fez o segundo golo pelo canhoto Capel, grande impulsionador da reviravolta verde-e-branca. Com o marcador já definido, o conjunto português podia inclusive ter aumentado a vantagem, com um “encostar às cordas’’ final que, a meu ver, foi a tábua de salvação para a exibição sportinguista. Como foi anteriormen-

te dito, o futuro apresenta-se auspicioso para a noite em San Mamés e o Sporting vai ter que iniciar a segunda mão com mais certeza, afinação e, especialmente, mais pontaria; a garra, essa quer-se a mesma demonstrada até aqui, mas que não seja a correr atrás do prejuízo. Na ressaca europeia, e com o caso Cristovão Pereira a enublar os dias sportinguistas, os leões foram este fim de semana à Choupana, terreno do Nacional da Madeira, com um onze que só apresentava três titulares do ultimo jogo. Poupando, e bem, o Sporting demonstrou uma característica que eu acho essencial para qualquer campeão – manter a garra e níveis anímicos altíssimos em todos os jogadores, mesmo em jogos com uma rotação de plantel quase total – uma valência que se pode tornar fulcral numa futura luta pelo título, pois garante continuidade de resultados ao longo do campeonato, diminui a fadiga e permite uma evolução individual e colectiva em todos os jogadores. A vencer por 0-2, com golos dos jovens estreantes a marcar Diego Rubio e Renato Neto, Boeck viu Mateus a reduzir ainda no primeiro tempo e Keita a empatar a 15 minutos do fim, após expulsão de Rubio. Só que, já perto do final, Van Wolfswinkel sofreu uma grande penalidade, por si convertida com sucesso, atribuindo a vitória aos visitantes por 2-3. A rotatividade de Sá Pinto foi um sucesso, não só pelos 3 pontos como pela maneira como enfrentou uma equipa que não se poupou em titulares, e demonstra mau perder como é notório pelas palavras incoerentes de um frustrado Pedro Caixinha que ainda não soube lidar com a eliminação nas meias finais da Taça de Portugal. Mas “vozes de burro não chegam ao céu’’ e o caso Pereira Cristovão acabou por não ter influência naquela que poderia ser uma semana de má memória para o clube de Alvalade. Agora é tempo de aguardar por mais um pedaço de história, que poderá levar os verdadeiros Leões à tão fugida glória europeia.


BENFICA

24/04/12

Texto: Bruno Gonçalves Fotos: Maisfutebol

O MELHOR BENFICA DA ÉPOCA

P

ressão alta, futebol ofensivo, transições rápidas com o tridente atacante que tão bem se conhece e que tantas alegrias deram ao Benfica na temporada da conquista do último título. Primeiros 25 minutos de jogo asfixiantes com Matic cada vez mais adaptado e a ocupar melhores os espaços defensivos ora na pressão ora na compensação. Maxi/Bruno César uma ala com boas combinações alternando entre si o movimento interior/exterior o que levou a uma inclinação do campo á direita durante toda a primeira parte. Do lado esquerdo a ala espanhola com Capdevila e o homem do jogo Nolito só por duas vezes conseguiu jogadas fluentes mas também elas perigosas, talvez por falta de ritmo ou de entrosamento em jogo, pois Capdevila passa uma época no banco quando é muito melhor que Emerson. O tridente ofensivo Aimar/Saviola/Cardozo foi a chave dos minutos de grande qualidade do Benfica com bola. Isto porque o Maritimo se apresentou

na luz com um 4-3-3 demasiado defensivo com um “trivote” Roberto Sousa/Olberdam/ Rafael Miranda demasiado encostado aos centrais na tentativa de roubar os espaços entre linhas a Aimar e Saviola dois jogadores que combinam de olhos fechados e que se movimentam naquele espaço como poucos. Cardozo essencial no esquema táctico que Jesus apresentou uma vez que é ele a referência atacante para tabelar, segurar, rematar (infeliz neste ultimo capítulo) e arrastar os centrais. Neste aspecto os dois golos de Nolito surgem de duas jogadas em que inteligentemente este aproveitou a marcação a Tacuara para finalizar com classe, numa primeira vez a passe de Aimar e numa segunda a grande passe de Saviola. O início da segunda parte tem dedo do treinador do Marítimo, Pedro Martins, com duas alterações: abdicou de um médio defensivo para dar a entrada a um jogador com cariz


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completamente diferente (saiu Olberdam para entrada de Benachour) e fez entrar Fidelis um ponta de lança de origem para o lugar de Heldon, passando Danilo Dias para a extrema-direita. Nesta fase do jogo o Marítimo entrou por cima aproveitando o facto de o Benfica estar a jogar apenas com dois médios centros muito distantes um do outro e com Luisão e Garay a terem um jogador diferente para marcar. Como é natural Sami aproveita uma distracção da defesa benfiquista e fez o golo. Logo de seguida, Artur voltou a mostrar o porquê de ser o dono da baliza encarnada após três intervenções de grande nível. Nota negativa para uma situação recorrente no estádio da Luz, os golos das equipas adversárias. Como é possível uma equipa candidata ao título ter sofrido 15 golos em 14 jogos! Só por uma vez, o conjunto da luz manteve as suas redes invioláveis em jogos da Liga Zon Sagres. Voltando à partida, se por vezes Jorge Jesus é criticado pela forma como lê o jogo neste particular esteve bem nas alterações de Javi para a posição 6 por Aimar, passando Matic para 8 dando assim mais músculo ao miolo, e na alteração de Rodrigo por Saviola para conferir mais velocidade ao ataque que menos de um minuto depois deu frutos, numa transição rápida de qualidade com o internacional sub-21 espanhol a facturar a passe do seu compatriota Nolito que por sua vez se desmarcou após um grande passe de Cardozo. O último golo do jogo serve para coroar uma grande exibição do “Manelito” que com um passe magistral isola Bruno César que facilmente desfeita Peçanha. Se antes do jogo podia-se criticar algumas das opções de Jesus durante a corrente temporada, após o apito final de Bruno Paixão, essas críticas acentuaram-se significativamente, pois Capdevila durante os últimos jogos tem vindo a justificar o porquê de ser um campeão do

mundo. Capdevila apresenta muito mais futebol que Emerson, pois apesar da sua condição física não ser a ideal, este tem mostrado ser muito melhor tacticamente, assim como muito mais preciso e eficaz no passe em relação ao lateral canarinho. As suas incursões ofensivas apresentam uma qualidade óbvia de um campeão e nota-se que a equipa não treme por aquele lado com ele em campo. Já Saviola pelo que tem demonstrado merecia mais oportunidades do que aquelas de que dispôs, uma vez que passou jogos a fio no banco. Ao Benfica agora resta ganhar para manter o segundo lugar e esperar por algum tropeção do seu eterno rival. Em relação ao Marítimo esta derrota não belisca o excelente campeonato que tem feito ainda com possibilidades de alcançar o 4ºlugar.

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SC BRAGA

24/04/12

“UMA PED O


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DRA SOBRE O ASSUNTO” Texto: Nuno Pereira Fotos: Maisfutebol

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ameaça paira no ar. Para o Braga pode bastar uma vitória nos próximos três jogos de modo a garantir um lugar na prova milionária, mas foi precisamente isso que não conseguiu fazer nos últimos três. Claro que a pressão e a carga de exigência para os jogos que aí vêm não será tão acentuada como nos três que ficaram para trás, a menos que o Sporting de Braga chegue a Alvalade em condições matemáticas de deitar tudo a perder. Pegando na calculadora as contas parecem fáceis de se fazer: uma vitória e um empate garantem a certeza matemática de um encontro com os apetecíveis números da Liga dos Campeões. Uma vitória e uma derrota, admitindo que o Sporting vence os dois jogos que tem pela frente, tornaria a última jornada numa autêntica ante pré-eliminatória da ‘Champions’ com o Braga em vantagem pelo 2-1 conseguido em casa. Aqui, sim, as contas poderiam ficar bem mais complexas. Neste momento de dúvidas, o próprio nome Sporting de Braga, patente na génese dos minhotos, servirá de prenúncio para uma brisa que ameaça virar temporal. Sob o risco de complicar a equação de 3º grau, pretendem os de Braga transformar a operação numa regra de três simples. No seio deste imbróglio frenético também as hostes estão com as voltas trocadas: há os mais optimistas que ainda acreditam no segun-

do lugar, mas há também uma grande porção de adeptos que agoira o pior cenário possível. De resto, a população bracarense não costuma ser, por norma, muito entusiástica. É um público que não se deixa convencer com facilidade e é preciso muito talento e esclarecimento para que se deixe arrebatar. Neste momento em que se pode temer o pior, o Braga já sucumbiu à pressão do título e o seu público pode estar prestes a trocar uma máscara de euforia por um semblante carregado e apático, e isso irá contagiar as prestações da equipa em campo. A “dupla jornada” caseira que se segue, ante Olhanense e Beira-Mar, assume, por isso, contornos mais relevantes: são duas batalhas para os Guerreiros que só por duas vezes não venceram em território conhecido na presente temporada. Apesar de ter sido vice-campeão há duas temporadas, o Braga nunca conseguiu lograr o 3º lugar e, há um ano desta parte, também na última jornada, perdeu-o mesmo em sua casa… para o Sporting (!). Simplificar é, por isso, a palavra de ordem que soa na capital do Minho. Nem parece ser necessário um milagre de engenharia para que o Braga quebre, perante os seus conterrâneos, a maldição do 3º lugar como já quebrou muitas outras barreiras ali na pedreira. Parece então que é tudo uma questão de “partir pedra” para colocar um ponto final no assunto.


REPORTAGEM

24/04/12

Texto: Carlos Maciel Fotos: Taringa

O JOGADOR QUE NÃO QUIS SER FUTEBOLISTA Se o futebol tivesse capital esta seria sem dúvida alguma Rosário, Argentina. É a cidade com mais devoção pelo futebol no país do tango e por consequência do mundo. Por lá, entre os mais velhos é habitual ouvir: És muito pibe (criança), nunca o viste jogar. Não fazes ideia “O Trinche era um monstro do futebol, melhor que o Maradona ...” - Um monstro? A sério? Melhor que o Maradona? Sim, fazia o que queria da bola e a bola fazia o que ele queria… Quem não viu jogar a Carlovich não sabe o que o futeb ... Diálogos como estes são ouvidos por toda a cidade. Quem não é de Rosário, e por mais

que saiba de futebol dá-se conta que não ouviu ou leu uma parte da história. Como perder uma peça do puzzle. Uma peça que não se chama Washington ou Juninho que saiu do Brasil e jogou num clube secundário da Europa. O nome é Carlovich, Tomas Felipe Carlovich. Os jornais da altura não dizem muito: médio centro, 1,83 de altura, canhoto, jogou apenas três jogos oficiais na Primeira Divisão ... Nada de importante. Há referências que jogou uma década no Central Córdoba, que em 1973 foi campeão da Divisão C e subiu á B. Nada mais.


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“Paul Gascoigne é um jogador fantástico quando não está bêbado” Brian Laudrup, ex-jogador


REPORTAGEM Para encontrar Carlovich tem que vaguear pelas ruas de Rosario e procurar pelo bairro de Belgrano, a oeste da cidade. É o seu território, poucos não sabem quem é o “Trinche‘. Rosario tem uma particularidade: a maioria da população não descende de espanhóis, como no resto do país.No final do século XIX, os italianos estavam em maioria. Mas com o tempo e com a crise dos anos 30 foram chegando os russos, polacos, britânicos, franceses ou alemães e tornaram Rosário numa cidade cosmopolita. Entre os milhares de imigrantes europeus estava Mario, um picheleiro jugoslavo que tería sete filhos, o último cheio de talento.

“Cueca? Se não viste Carlovich não sabes o que é uma cueca de ida e volta. O Trinche fazia-te uma cueca, esperava e quando o defesa se virava fazia-lhe outro”, recorda um reformado. Entre a realidade e a ficção vai um passo e se fosse pelo número de testemunhas, o Central Córdoba teria jogado todos os fins-de-

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-semana no Maracanã. Para perceber melhor o Trinche Carlovich como jogador é melhor saber as opiniões de jogadores como Daniel Passarela, capitão da Argentina que ganhou o Mundial ‘78: “Quando jogava no Sarmiento de Junín, apaixonei-me pelo estilo de Carlovich. Foi o melhor jogador que tinha visto. Gostava de ser como ele” Todos falam do pé esquerdo capaz de todas as fintas e de encantar os adeptos. Pisava a bola com frequência, uma atitude provocadora no mundo do futebol. Era um driblador nato. Victor Bottaniz, internacional argentino recorda-o assim: “Era uma agonia e um prazer jogar contra ele. Agonia porque com aquele estilo era impossível marca-lo. E um prazer porque ficavam todos maravilhados com o que fazia dentro do campo. Teve tudo para ser um grande, mas preferiu a tranquilidade”. Quando jogou no Rosario Central encontrou um futebol demasiado físico e distante do seu estilo artístico. Acabou por ser dispensado. Arranjou clube passado pouco tempo no Cordoba Central. Os colegas de equipa recordam-no como um jogador indisciplinado. “Faltava muitas vezes aos treinos, ou porque adormecia ou porque simplesmente ia pescar”, “Tínhamos que esperar por ele, porque chegava sempre atrasado e tínhamos que o ir buscar porque senão não vinha treinar”. Contudo no primeiro jogo que fez marcou 3 golos e as crónicas da época recordam uma exibição maravilhosa. El Trinche liderou a equipa, o jogo e o coração dos adeptos. Ganhou uma legião de fãs, os adeptos já não iam ver jogar ao Central Cordoba, mas sim a Carlovich. Marcelo Bielsa, treinador do Athletic Bilbao, rosarino, recorda que durante 4 anos seguidos foi ver todos os jogos de El Trinche. Mas qual era realmente a sua forma de jogar? O seu estilo? Não há gravações dos jogos das categorias onde jogava Carlovich, pelo que temos que nos remeter aos relatos de quem jogou com ele e de quem o viu. Recordam-no como um jogador alto, á primeira vista lento mas com uma rapidez de pro-


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cessos incrível, um controlo de bola de outro mundo. “Muitos comparam-no com Redondo, mas acho que era mais elegante” reitera Pekerman. “Não era explosivo, mas guardava bem a bola como Riquelme” acrescenta Menotti. No entanto, todos afirmam que não gostam de o comparar com um jogador apenas, porque tinha características de um ou outro e isso era o que o fazia grande.

clube rival fez questão que eu jogasse porque com a minha presença o estádio enchia” acrescenta com humildade. 1973 foi memorável. Subiu de divisão com o Central Córdoba e o ano seguinte foi protagonista de um jogo que inflacionou ainda mais o mito. A Argentina iria jogar o Mundial de 74 na Alemanha e dias antes de embarcar para a Europa marcou um jogo contra um combinado da cidade de Rosário. 5 jogadores do Newell’s, 5 jogadores do Central Rosario e um jogador da segunda divisão: Carlovich, o artista convidado.Nessa equipa jogavam Mario Kempes e Mario Zanabria.

O próprio recorda com humor que mais que uma vez tiveram que mudar o regulamento por sua causa “Uma vez expulsaram-me, houve uma entrada feia e o árbitro mostrou-me o cartão vermelho. Ia a caminho do balneário e as pessoas começaram a protestar bastante, Na primeira parte os rosarinos humilharam a o arbitro veio atrás de mim e disse para que selecção nacional comandada por Vladislao ficasse em jogo”. “Uma vez o presidente do Cap. Os adeptos do estádio de Newell’s estavam atónitos com o inesperado 3-0 e com a exibição fenomenal desse desconhecido número 5. Rezam as crónicas que ao intervalo o seleccionador argentino pediu que tirassem Carlovich do campo, acabou por sair aos 15 minutos da segunda parte e a equipa de Rosário tirou o “pé do acelerador” e o jogo acabou com um 3-1. Fillol, guarda-redes da selecção argentina recorda “Deram-nos um baile! Como jogou esse rapaz! Carlovich era um mágico” Poy, internacional argentino afirma que se a selecção de Rosário tivesse ido jogar o Mundial tinham feito melhor figura que a Argentina. Em 1976 foi jogar para o Independiente de Ribadavia, para jogar numa liga superior. Começaram por lhe dar a alcunha de cigano que rapidamente mudaram para “Rei”. Um colega recorda que um dia jogavam em San Martin e Carlovich queria ir a Rosário á tarde, mas se jogasse o jogo todo perdia o autocar-


REPORTAGEM

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ro. Assim que fez com que o expulsassem na brinquedo: a bola. A técnica que tinha trans1ª parte. Tomou banho e saiu a correr… Não formou-o num jogador diferente. Era impreslevava nada a sério. sionante vê-lo acariciar a bola, tocar, fintar… Mas nunca encontrou reservas físicas para A oportunidade para jogar ao mais alto ní- todas as características que tinha. Tampouvel acabou por chegar, Colon de Santa Fe a co teve alguém que o apoiasse psicologica170km da sua casa, jogava na 1ª Divisão. Me- mente porque estava destinado a ser um dos notti, na altura comandava a selecção argen- melhores jogadores da história. No fundo só tina e como admirador do estilo do “El Trin- gostava de se divertir e não queria comproche” pensou em convoca-lo para o Mundial missos.” 78. “No Colon estava numa grande equipa, mas tive azar. Nunca me tinha lesionado, mas “Não me chamaram mais” Aceita assim o destino 3º jogo que fiz rompi o adutor direito. Uma no sem fazer perguntas. Acabou a carreira aos 37 tragédia. O treinador pensava que me tinha anos, não sem antes ter o interesse do New York lesionado de propósito e que tinha um proble- Cosmos e do Milan. Contudo as ofertas acabaram ma mental. Pedia aos médicos para que con- por não se concretizar e Carlovich deixou o futebol. firmassem que não estava a mentir e quando Trabalhou na construção civil com o irmão e conviram a minha perna ficaram mudos. Peguei tinua ligado afectivamente ao Central Cordoba que nas minhas coisas e voltei para Rosario, não o ajudou na operação á anca. tinham confiado em mim.” Em 93, quando Maradona treinou o Newell’s, um O próprio põe alguma água na fervura a seu jornalista confessou o orgulho da cidade em recerespeito “Aqui gostam de inventar muitas his- ber o melhor jogador de todos os tempos. Diego tórias sobre mim. Mas não são verdade. Fiz respondeu “O melhor jogador vive em Rosário e é alguma cueca de ida e volta, mas não foi para um tal de Carlovich” tanto”. Menotti no entanto descreve-o as- No entanto o mito continua vivo e como não há nensim: “Carlovich sempre foi um miúdo de bair- hum video das suas jogadas vai crescendo cada ro, daqueles que quando nascem só tem um vez mais. Um mito 100% rosarino.

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24/04/12


INTERNACIONAL

24/04/12

MILAN EMPATA, JUVE GOLEIA! Textos: Tiago Soares Fotos: Getty Images

O

regresso do futebol italiano, após o adiamento da jornada anterior devido à notícia trágica da morte de Morosini, provou-se aziago para o Milan - que empatou em San Siro, desta vez com o Bologna, por 1-1 (golo de Ramirez). São dois resultados negativos seguidos (empate com a Fiorentina há duas semanas), ambos em casa, numa equipa que acusou muito a apatia de Ibrahimovic (mesmo com o golo, aos 90 minutos...) e algum conservadorismo do treinador Allegri, que teve mais medo do contra-ataque do Bologna do que vontade ganhar o jogo. Quem não perdeu a hipótese de cavar ainda mais o fosso para com os rivais milanistas (três pontos separam agora as duas equipas) foi a Juventus, que derrotou a Roma em casa. Impressionante a regularidade da equipa de Conte – 19 vitórias, 14 empates e... Zero derrotas. O regresso da “Vecchia Signora”, com

dois golos de Vidal, um de Pirlo e outro de Marchisio a darem expressão a um resultado de 4-0 ao rival romano. Terá este resultado sido a machadada psicológica final da Seria A? O Inter manteve-se na sua muito pessoal senda dos empates, desta vez com a Fiorentina (0-0). Uma sombra esta equipa que, recorde-se, há dois anos venceu a Champions League – como parecerão distantes esses tempos para os seus adeptos. Melhores tempos, certamente, do que os tempos que passam os adeptos do Genoa: conseguiram, no Luigi Ferraris, suspender durante 40 minutos o jogo com o Siena (na altura, 0-4 para a equipa visitante) com os seus protestos - obrigando os jogadores a despir, inclusivamente, as camisolas do clube. Mas veja as imagens e julgue por si próprio. O jogo terminou 1-4.


24/04/12

O TITÚLO DISCUTE-SE NO DERBY

O

Newscastle foi o grande vencedor desta jornada em Inglaterra ao ganhar o seu jogo com o Stocke City (3-0, dois golos de Cabaye e um de Cissé) e aproveitando o empate a zero entre Arsenal e Chelsea para chegar ao quarto lugar isolado. Em Londres, o derby foi um jogo morno, com as melhores situações a pertencer aos gunners (ainda no terceiro posto), ao enviarem duas bolas aos ferros dos blues. Por seu lado, o Tottenham parece vir a perder fulgor nos últimos jogos, sendo derrotado pelo Queens Park Rangers por uma bola a zero, num livre superiormente batido por Taarabt. Parece que as notícias de Harry Redknapp como provável novo seleccionador inglês destabilizaram a equipa, não chegando o fulgor físico de Bale ou a classe de Van der Vaart. O Tottenham não se conseguiu aproximar do Arsenal, estando agora no quinto lugar por troca com o Newcastle.

Festival de golos em Old Trafford, casa do Man. United, com a equipa de Alex Ferguson a desperdiçar uma vantagem de dois golos com o Everton. Nani marcou o golo do 3-1, mas não chegou para os red devils conseguirem fazer a sua parte na luta do título, deixando-se empatar nos últimos minutos e perdendo dois pontos preciosos para o seu rival Man. City. Os citizens deslocaram-se ao terreno dos Wolves e Aguero e Nasri resolveram um jogo que esteve longe de ser bem jogado e que selou a despromoção do Wolverhampton. Com este resultado, o City coloca-se a três pontos do seu principal rival e coloca o derby da cidade Manchester da próxima jornada num nível de pressão muito, muito elevado. Nota ainda para o histórico Liverpool, que perdeu em casa com o WBA (0-1). Kenny Dalglish teve mais um dissabor nesta época verdadeiramente má para a equipa da cidade dos Beatles


FIGURA DA SEMANA

24/04/12

SUPER BORUSSIA CAMPEÃO

Texto: Bruno Gonçalves Fotos: Getty Images

B

orussia Dortmund, sob a orientação de Jürgen Klopp, sagrou-se bi-campeão alemão este fim de semana! E tudo ganha mais relevo quando chegou a ter 8 pontos de atraso do colosso Bayern! Depois de uma campanha europeia decepcionante onde ficou em 4º lugar do seu grupo na champions, “os Borussians” centraram-se na Bundesliga fazendo uma recuperação fantástica deixando cheios de orgulho os seus incondicionais adeptos que fazem do Signal Iduna Park um local sagrado, tal é o amor que eles sentem pelo clube e a intensidade com que o apoiam. A vitória no campeonato a duas jornadas do fim deixa a equipa de Dortumund com a possibilidade de alcançar o recorde histórico de pontos. O titulo foi ganho em casa frente ao Mönchengladbach no derby dos Borussias por 2-0 com os golos a serem marcados por Perisic e Kagawa. Com um futebol de qualidade esta equipa tem como jogadores chave o guarda-redes Weidenfeller, uma excelente dupla de centrais composta por Hummels/Subotic, um meio campo com muitas e boas opções tais como: Blaszczykowski, Grosskreutz, Bender, Perisic e a pérola Mario Götze (pena a grave lesão sofrida no decorrer desta época), e um ata-

que onde despontam o polaco Lewandowski com 20 golos e o japonês Kagawa com 13. Ainda com a possibilidade de juntar a taça (final frente ao Bayern) ao campeonato falta saber se estamos perante um Dortmund com aspirações de voltar a conquistar a Europa no próximo ano ou se no final da época os tubarões do velho continente vão-lhe “roubar” os seus melhores diamantes.

Arsenal Fulham Newcastle Bolton Aston Villa QPR Blackburn Man Utd Wolves Liverpool

0-0 2-1 3-0 1-1 0-0 1-0 2-0 4-4 0-2 0-1

Chelsea Wigan Stoke Swansea Sunderland Tottenham Norwich Everton Man City WBA

Barcelona Sporting G. Mallorca Sevilla Real Sociedad Granada Racing Atl. Madrid Valencia Osasuna

1-2 2-1 1-0 1-1 1-1 1-0 0-1 3-1 4-0 1-1

Real Madrid Rayo Vallecano Zaragoza Levante Villareal Getafe Athletic Bilbao Espanyol Betis Malaga

Chievo Parma Napoli Catania Fiorentina Cesena Génova Milan Lazio Juventus

0-0 3-3 2-0 2-0 0-0 2-2 1-4 1-1 1-1 4-0

Udinese Cagliari Novara Atalanta Inter Palermo Siena Bologna Lecce Roma

Werder B. Borusia Dort Augsburg Toulouse Montpellier PSG Ajax PSV ADO Den H.

1-2 2-0 1-1 3-0 1-0 6-1 2-0 2-1 1-2

Bayern Borusia Mglad Schalke 04 O. Lyon Vallencienes Sochaux Groningen NEC Feyenoord

Paços Ferreira Benfica Vitória G. FC Porto Feirense Gil Vicente Nacional Académica

1-1 4-1 3-2 3-0 1-0 0-0 2-3 0-1

Braga Maritimo União Leiria Beira-Mar Setubal Rio Ave Sporting Olhanense


CONSULTÓRIO

24/04/12

KINESIO TAPING Textos: Nelson Sousa Fotos: Wigenter

O

método de Kinesiotaping entrou no mundo de Reabilitação e Medicina Desportiva como um “terramoto”. Desenvolvido pelo Dr. Kenzo Kase no Japão há 25 anos, a Kinesiology Taping está abalar o mundo de tratamentos através de bandas terapêuticas. Este método usa bandas especiais (fitas), estas fitas foram concebidas para imitar as propriedades da pele e destinam-se ao tratamento de lesões articulares, musculares, neurológicas e ligamentares assim como também redução da inflamação e linfedema. O método Kinesio Taping envolve a colocação de um adesivo sobre os músculos, articulações e outras estruturas, com o objectivo de participar na redução de tensões actuantes sobre as estruturas músculo-esqueléticas. Todas as aplicações de Kinesiotaping são caracterizadas por permitir a plena mobilidade do atleta/paciente, reforçando simultaneamente a estabilidade da lesão muscular ou articular. Permite ao atleta desenvolver a actividade e fornecer ao mesmo tempo um suporte a partir do ponto de vista funcional. A segunda característica do Kinesiotaping, é ajudar a facilitar o fluxo linfático, 24 horas por dia. É indicado principalmente na fase aguda

da reabilitação e actua como técnica correctiva que incluem propriedades mecânicas, linfáticas, analgésicas, reeducação propriocetiva e ligamentar, são utilizados tanto para os tendões como em músculos, cápsulas articulares, cicatrizes, etc. Pode ser usado em conjunto com outros métodos de tratamento, como a crioterapia, hidroterapia, massagens e estimulação elétrica, entre outros. Actua na activação do sistema neurológico, no sistema de processamento de informações propriocetivas e no sistema circulatório. Atua não só no sistema músculo/esqueléticos sobre os movimentos do corpo, mas também tem acção na circulação sanguínea e linfática, temperatura corporal, etc. Portanto, aplicação do Kinesiotaping no músculo afecta vários sistemas. Daí a importância de tratar o músculo a fim de recuperar com maior rapidez e competência, podendo secundariamente activar o próprio processo de auto-cura do corpo. Estudos têm demonstrado que através da aplicação do kinesio tape com uma % tão alta de material elástico, pode ajudar os músculos recuperar, sendo um método não-invasivo de ajuda externa. A utilização do kinesio taping foi uma nova abordagem para o tratamento de nervos, músculos e órgãos.


OPINIÃO

24/04/12

FAIRPLAY TÁCTICO Texto: João Sacramento / Fotos: Getty Images

M

uitos ainda deverão de ter bem fresco na memória, o fracasso do Benfica durante o ultimo terço da época transacta. Pois bem, muitas foram as críticas feitas ao trabalho de Jorge Jesus. Muitos contestaram a atitude do plantel, outros invocaram a falta de experiência, outros acusaram o técnico encarnado de má gestão e erros metodológicos (…), contudo Jorge Jesus preferiu simplificar a situação justificando o sucedido com a tradicional desculpa de que o seu plantel foi vítima de uma sobrecarga de calendarização e consequente efeito de fadiga face aos seus directos adversários. Contudo apesar de muita tinta ter corrido nos jornais desportivos acerca disto, o facto é que durante a presente época o fracasso parece ser cada vez mais uma pura e dura fotocopia da realidade vivenciada pelo conjunto da luz na época transacta. Alheio a isto tudo , o condado Port(o)calense liderado por Vitor Pereira apesar de conside-

rado fragilizado por muitos críticos, encaminha-se para mais uma conquista do campeonato nacional. Pois bem na minha perspectiva o que tem falhado no conjunto da luz, deve se a um factor muito mais simples do que o factor fadiga invocado por Jorge Jesus. O técnico encarnado tem vindo a demonstrar notórias fragilidades tácticas durante as duas ultimas temporadas. Passo a explicar: O Benfica é uma equipa de topo que possui um conjunto invejável de infra estruturas de apoio ao seu departamento de futebol profissional, onde se destaca um super desenvolvido e moderno laboratório de ciência desportiva onde os jogadores encarnados são monitorizados ao segundo assim como todas as cargas e intensidades de treino são controladas meticulosamente. O Benfica Lab possui um luxuoso leque de profissionais com meios capazes de acelerar o processo de recuperação de fadiga dos atletas através de circuitos de banho de contraste de água quen-


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te e fria, uso de calcas de compressão pós jogo, recurso a tratamentos de hidroterapia, massagens localizadas, ingestão de bebidas ricas em eletrólitos, dietas pormenorizadas, entre outras (…). Pois bem face a este cenário, parece um bocado descontextualizado que Jorge Jesus se queixe de fadiga. Cenário complicado parece ser o que se vive nas equipas da 1º e 2º divisão inglesa onde as equipas e os seus jogadores são obrigados a efectuar cerca de 60-70 jogos por época e onde muitos dos encontros são disputados

durante as duas ultimas edições das competições nacionais e inclusive Liga Europa, foi possível verificar que existe uma enorme tendência do Benfica jogar com um sistema demasiado confiante e ofensivo frente aos seus directos opositores (4x2x4). Pois bem a experiência diz me que num grande derby, este tipo de tácticas só resultam quando a diferença de qualidade assim como a capacidade colectiva entre as duas equipas é abismal (caso do plantel na temporada 2009/2010).

com menos de 48h de recuperação (caso do Boxing Day e época da Páscoa). Tendo em conta este cenário, talvez seja altura ideal de Jorge Jesus demonstrar e assumir mais FAIR PLAY TÁCTICO.

Ou seja, se o cenário não se verificar e se estivermos perante um confronto entre dois sistemas complexos (equipas) de grau similar, a equipa com inferioridade numérica no meio campo tende a vacilar e a demonstrar maior incapacidade para controlar o contexto do jogo. Jorge Jesus parece ainda não ter percebido que face as realidades actuais , um meio campo constituído por Javi Garcia e um box-to-box como Witsel/Aimar/Carlos

Com isto quero dizer que mentos Jesus não parece táctico dos seus directos ga, Sporting e Porto). Por

nos grandes morespeitar o valor adversários (Bramuitas ocasiões,


OPINIÃO Martins é demasiado impotente face a um meio campo poderoso como o caso do FC Porto com o seu polvo Fernando, Moutinho e Guarin/Lucho/Belluschi, assim como um meio campo eficaz como o do SC Braga com Custodio, Hugo Viana e Mossoró/Luis Aguiar, e recentemente o renascido e motivadíssimo meio campo do Sporting de Sá Pinto constituído por Elias, Schaars e Matias Fernandez. Na Era Jorge Jesus o conjunto da luz apenas ganhou por duas vezes ao FC Porto num total de 9 confrontos disputados em duas competições (campeonato nacional e taça de Portugal). Um score bastante negativo face a grandeza de um clube como o Benfica. No entanto por coincidência ou não, nos dois encontros que o Benfica ganhou o conjunto da luz apresentou uma linha média constituída por 3 médios que deram replica ao conjunto da Invicta. A 20-12-09 o Benfica apresentou um meio campo constituído por (Javi-Carlos Martins e Ramires) e a 02-02-11 no Estádio do Dragão apresentou um meio campo surpreendente constituído por Cesar Peixoto – Javi Garcia – Saviola que mais tarde foi rendido por Aimar. Em relação aos encontros disputados contra o SC Braga, o conjunto da Luz ainda não conseguiu ganhou qualquer partida disputada na pedreira na Era de Jesus. Em 4 partidas o Braga levou a melhor em 3 ocasiões. O melhor que o conjunto da luz conseguiu foi um empate na corrente temporada onde curiosamente foi a única vez que apresentou um meio campo constituído por 3 médios (Javi – Witsel – Aimar). Coincidência ou não … isso já não sei … mas o que é certo, é que o sector intermédio das equipas europeias, tem vindo assumir cada vez mais um papel preponderante e decisivo no contexto de jogo. O futebol de elite tem vivenciado um aumento significativo de complexidade, onde a interacção das dimensões técnico/táctica/físico/emocional tem se tornado decisivas. Actualmente equipas como o Real Madrid , Man. City, Man. Utd., Barcelona etc. não abdicam em nenhum momento do

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campeonato dos seus sectores intermédios constituídos minimamente por 3 elementos com papeis bem definidos. O sector intermedio representa uma componente decisiva e fundamental do sistema complexo em que a equipa e o seu modelo de jogo estão inseridos. Inclusive equipas como o Barcelona, tem vindo a refortalecer esta concepção táctica através de um aumento populacional na linha media com 4-5 centrocampistas em detrimento dos outros dois sectores. Pois Guardiola considera esta linha como o núcleo central, uma espécie de cérebro da equipa onde os sectores defensivos e ofensivos apenas podem ser eficazes e objectivos se o sector intermédio estiver a operacionalizar a 100% (ou seja, em superioridade). Em 6 jogos na fase de grupos da Champion League, Jesus apresentou um meio campo com 3 centrocampistas quase sempre constituídos por Javi – Witsel – Aimar, apenas por uma ocasião apresentou um meio campo constituído por 2 centrocampistas frente ao Otelu Galati (equipa mais fraca do grupo). Ou seja, no panorama Europeu, Jesus aprendeu com erros da época anterior, e tornou-se um treinador mais humildade e com mais fair play táctico. Contudo não compreendo porque demora a perceber porque é que no campeonato Português, não assume a mesma postura assim como continua egocêntrico. O campeonato português tem melhorado a olhos vistos. Cada vez é um campeonato mais competitivo e Jesus tem de pensar seriamente em ter mais fair play táctico, principalmente face aos outros grandes do futebol português. Contudo apesar deste reparo, gostaria de deixar bem claro que admiro bastante o trabalho de Jorge Jesus, e inclusive penso que seja a pessoal ideal para continuar a liderar o plantel encarnado porque apesar de tudo, se bem nos recordamos, o Benfica era uma equipa vulgar, sem espirito e que não lutava intensamente pelas competições onde estava inserido.


24/04/12

“Se tens a bola, não faz falta defender, porque só há uma bola“ Johan Cruyff, ex-jogador e treinador do Barcelona


HISTÓRICO

24/04/12

“O ESCORPIÃO COLOMB

T


BIANO”

Texto: Ricardo Sacramento Fotos: Maisfutebol

24/04/12

J

osé René Higuita Zapata foi o mais louco e polémico Guarda-redes de todos os tempos. Em 1990 ficará para sempre ligado ao afastamento da selecção da Colômbia contra a equipa dos Camarões. Quase perto do meio campo, numa tentativa de drible falhada Higuita perde a bola para os adversários, isolando assim Roger Milla o qual acaba por fuzilar uma baliza sem dono e levar os Camarões para os Quartos de final do campeonato do mundo Itália 90. Marcou a história do futebol pela sua ousadia e “loucura” , sendo mesmo influentes algumas das suas polémicas decisões no resultado final do jogo. Apesar de toda a sua rebeldia, René revolucionou toda a forma de o mundo encarar os guarda redes no futebol. Os seus penaltis e livres inspiraram muitos jovens guarda-redes da América do Sul e apontou o magnifico número de 57 tentos em toda a sua carreira, incluindo o fantástico livre direccionado ao ângulo direito da baliza do River Plate na Copa Libertadores em 1995. Em Setembro desse mesmo ano, “El Loco” como era apelidado protagonizou um dos lances mais fantásticos e míticos de sempre do futebol. Num embate com a Inglaterra, o colombiano travou um remate de Jamie Redknapp com a acrobática “defesa escorpião”. O palco era o místico Estádio de Wembley em Londres, e perante uma tentativa de chapéu por parte dos ingleses, Higuita que podia ter facilmente agarrado a bola com as mãos, prefere antes, quase que inspirado num

clássico de Bruce Lee , mergulhar de cabeça e com os calcanhares pontapear a bola para a frente. O Estádio gelou e até que o jogo prosseguisse e toda a gente voltasse a cair em si, sentiu-se o peso e magia do momento. O nome Higuita rapidamente corre o mundo de boca em boca e imagens do “Rei Escorpião” navegam entrem os continentes imortalizando e guardando um lugar na história mítica do futebol. Na maior parte da sua carreira, defendeu as cores do Atlético Nacional, onde ajudou por várias vezes a equipa a erguer o troféu de campeã colombiana e a vencer a Taça Libertadores e Inter-Americana, ambas em 1989. Muitas foram as controvérsias de Higuita fora dos relvados, semelhante a sua postura no futebol a rebeldia marcou a vida do atleta. Uma das mais polémicas foi quando se deslocou a prisão para visitar Pablo Escobar (maior traficante da Colômbia) o qual afirmou ser seu amigo pessoal. Pouco tempo depois chegou ele mesmo também a ser preso por suspeita de rapto e ficando assim consequentemente afastado do mundial de 94. Nesse mesmo ano ainda foi acusado em um controlo anti-doping, pois supostamente consumiu cocaína. As claques gritaram o seu nome, a sua imagem foi transmitida em cartazes e estandartes e criou a polémica necessária para que seja lembrado como alguém diferente sobre o qual a história mereça ser contada e os lances jamais esquecidos.


MIÚDO MARAVILHA

24/04/12

Henrique Texto: Pedro Martins Fotos: vebidoo.de

O Futebol é um desporto intemporal, com história feita no passado, a ser escrita no presente e certamente com muito para escrever no futuro. É nesse futuro que certamente iremos ouvir falar de Henrique, avançado brasileiro de 20 anos. Um avançado muito versátil, com bom toque de bola e um olfacto impressionante para o golo, um matador nato…Faz parte de uma nova fornada de excelentes jogadores promessa Brasileiros. Começou a dar nas vistas enquanto júnior do São Paulo onde foi o melhor marcador e jogador do campeonato desse escalão e em 2009 fez o seu primeiro jogo pela equipa principal. Apesar das suas enormes qualidades enquanto finalizador, não tem tido muitas oportunidades o que levou a mudar de ares, mais propriamente para a sempre exigente e altamente competitiva Liga Espanhola, onde joga desde Janeiro, por empréstimo no Granada, que luta pela manutenção na 1ª Liga e onde já ajudou com dois golos. O seu momento de glória, na sua curta mas prometedora carreira, foi ser Campeão do Mundo sub-20 em 2011 onde foi vencedor da Chuteira de ouro e da Bola de ouro com 5 golos e 3 assistências contribuindo de modo directo e contundente para o sucesso do seu Brasil. É um jogador jovem com um enorme potencial, que junta ao seu portento físico, agilidade e um enorme oportunismo no momento do golo. O futebol vive de golos e Henrique é um” artista” no que se refere a marca-los, com certeza que não demorará a ouvir-se o seu nome ligado a grandes palcos. Henrique Nascentes um miúdo maravilha do hoje para o amanha.


24/04/12

“As caneleiras de carbono são caras e fortes, mas hoje cumpriram o seu trabalho” José Mourinho, depois do derby de Madrid


APOSTAS

24/04/12

Dia e hora: 25/04/2012 - 19h45 Competição: Champions League Evento: Real Madrid x Bayern Prognóstico: Qualificação do Real Madrid Odds: 1.72 (Betfair) Depois da vitória de Sábado frente ao Barcelona, o Real Madrid chega motivadíssimo a este encontro com os alemães. Apesar de estarem em desvantagem depois do 2-1 da semana passada, os homens de José Mourinho precisam apenas de 1-0 em casa para estar na final de Munique. Um feito nada díficil para uma equipa que cria muitas oportunidades de golo em casa. Dia e hora: 24/04/2012 - 19h45 Competição: Champions League Evento: Barcelona x Chelsea Prognóstico: Barcelona não sofre golos Odds: 2.24 (Bet365) Dia e hora: 24 e 25/04/2012 - 19h45 Competição: Champions League Evento: FCB x CFC e RMA x BAY Prognóstico: Barcelona e Real passam Odds: 2.42 (Betfair)


24/04/12

“Considero-me o máximo responsável pela merda que vimos hoje” Manolo Preciado, depois de ter perdido 4-0 com o Sporting Gijon


EDITORIAL

INTERNET

Coordenação: Carlos Maciel e Ricardo Sacramento Editor Chefe: João Sacramento

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Direcção de arte e maquetização: Carlos Maciel

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Redação: Tiago Soares, João Sacramento, Bruno Pinto, Pedro Martins, Tiago Jordão, Ricardo Sacramento, Carlos Maciel, Nelson Sousa

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Publicidade: Ricardo Sacramento

O Jornal Dez não se faz responsável da opinião dos seus colaboradores.

A FIGURA DA SEMANA EVA CARNEIRO, CHELSEA Os olhares recaem no banco do Chelsea e o motivo é a médica da equipa principal: Eva Carneiro. Nasceu em Gibraltar e ascendeu a médica da equipa principal em 2011, depois de passar pelas reservas do clube de Londres e pela selecção inglesa. Não deve haver queixas para ficar no banco...

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