PUCRS Saúde nº 30 – Abril de 2019

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IMUNOTERAPIA: UMA IMPORTANTE ALTERNATIVA PARA O COMBATE AO CÂNCER

UTI PEDIÁTRICA: UMA DAS PRIMEIRAS ORGANIZADAS NO BRASIL, UNIDADE COMPLETOU 40 ANOS

PUCRS

ABRIL DE 2019 Nº 30

FOTO: BRUNO TODESCHINI

REVISTA OFICIAL DO HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUCRS

Excelência no cuidado Medidas que buscam tornar o atendimento mais seguro e qualificado trouxeram reconhecimento internacional para o HSL.


2 PA L AV R A DA D I R E Ç ÃO

Qualidade Internacionalmente Acreditada! EXPEDIENTE Reitor: Evilázio Teixeira Vice-Reitor: Jaderson Costa da Costa

Prezados leitores! Nesta edição, a matéria de capa da Revista PUCRS Saúde celebra a conquista da Acreditação Internacional Canadense Qmentum Diamond. Com um modelo assistencial que coloca o paciente no centro

HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUCRS

de todas as nossas ações, o Hospital São Lucas da PUCRS foi ava-

Superintendente: Dr. Sérgio de Vasconcellos Baldisserotto

liado por uma das mais rigorosas metodologias de acreditação in-

Superintendente Adjunto: Ir. Lauri Heck

um ano de preparação que envolveu todas as equipes do Hospital,

ternacionalmente reconhecida. Essa obtenção é fruto de mais de

Diretora Assistencial: Simone Sleimon Costa Ventura

tanto assistenciais quanto administrativas. Após três dias de visita,

Diretor Técnico: Dr. Saulo Gomes Bornhorst

processos, avaliando mais de 1.900 itens e entrevistando colabo-

Diretor Financeiro: João Pedro Batista Scotti

uma equipe formada por brasileiros e canadenses aferiu nossos radores, pacientes, familiares, fornecedores, parceiros comerciais e operadoras de saúde. Mais que uma conquista pontual, a adesão ao programa

PUCRS SAÚDE

Qmentum representa o compromisso contínuo com a qualidade,

Assessora de Comunicação e Marketing do HSL: Daiane Morim Novo Wolk

excelência e segurança em benefício dos pacientes e seus familia-

Textos: Évelyn Centeno e Jeniffer Remião Caetano

as práticas organizacionais obrigatórias sejam continuamente

Fotógrafos: Bruno Todeschini e Camila Cunha

res. Reconhecida internacionalmente, a metodologia exige que cumpridas e monitoradas para garantir os mais elevados níveis assistenciais. Voluntariamente adotada, ela é um importante instrumento de autocrítica institucional, através da qual tomamos

Revisão: Irany Dias

consciência dos nossos pontos fortes e fragilidades na busca e

Arquivo fotográfico: Camila Paes Keppler e Márcia Sartori

manutenção da qualidade. Assumimos, desta forma, a qualidade

Impressão: Epecê-Gráfica Editoração eletrônica: Carolina Fillmann, por Design de Maria A revista PUCRS Saúde é editada pela Assessoria de Comunicação e Marketing do Hospital São Lucas da PUCRS

como uma cultura institucional de inconformismo que não tem fim, que exige vigilância e ações permanentes. FOTO: BRUNO TODESCHINI

Avenida Ipiranga, 6.690 – 2º andar – CEP: 90.610-000 – Porto Alegre (RS) Fone: (51) 3320-3445 Fax: (51) 3320-3401 imprensa.hsl@pucrs.br www.hospitalsaolucas.pucrs.br

Prof. Dr. Sérgio Baldisserotto Superintendente


N E STA E D I Ç Ã O

E D I TO R I A L 3

Saúde, qualidade e segurança é vital Nessa edição da Revista PUCRS Saúde trazemos uma breve retrospec-

9 CAPA

tiva dos nossos melhores acontecimentos do ano que passou. Também relatamos histórias de luta e superação, com a entrevista de uma paciente que já enfrentou o câncer de mama seis vezes, e de esperança, trazendo uma nova alternativa de tratamento contra o câncer: a imunoterapia. Neste exemplar, abordamos os riscos

12 ENTREVISTA

do consumo de suplementos alimentares sem a orientação e acompanhamento de profissionais capacitados e as no-

2 4

Nesta Edição, Editorial e Palavra da Direção

9

Capa Foco no paciente

Diagnóstico e Tratamento Esperança renovada contra o câncer

vas ameaças ofertadas pelas indústrias tabagistas. Além disso, nos orgulhamos em contar a trajetória de sucesso de 40 anos da nossa UTI Pediátrica, uma das primeiras inauguradas no Brasil, e

12

Entrevista Seis vezes força

apresentamos o Projeto Música, Vida e

14

Diagnóstico e Tratamento UTI Pediátrica do HSL completa 40 anos

terapia no ambiente hospitalar.

17

Viva Melhor Novas ameaças

com a conquista da certificação Dia-

20

Viva Melhor Como está o cuidado com a sua pele?

Accreditation Canada. A Acreditação

22

Diagnóstico e Tratamento Boa alimentação é a estratégia contra a Diverticulite

24

Viva Melhor O uso de suplementos alimentares

26

Viva Melhor Como você tem dormido?

mas interessantes. Boa leitura!

28

Voluntariado Música para embalar a alma

30

Daiane Wolk, Coordenadora de

Curtas

Comunicação e Marketing

Saúde, que traz canções como opção de Brindamos a chegada do ano novo mante da QMentum International da visa à redução de eventos adversos, atuando na melhoria contínua da qualidade e segurança centrada no cuidado do paciente. Além desses, há muitos outros te-


4 C A PA

Esperança renovada contra o

câncer IMUNOTERAPIA SURGE COMO UMA IMPORTANTE ALTERNATIVA PARA COMBATER A DOENÇA


FOTO: FREEPIK

Você provavelmente ouviu falar sobre imunoterapia em 2018. Dois profissionais receberam o Prêmio Nobel de Medicina no ano passado por pesquisas na área, tornando essa estratégia para combater o câncer mais popular e reconhecida pelo grande público. Os resultados apresentados até o momento demonstram que estamos diante de uma mudança de paradigma e de uma esperança real de oferecer tratamentos mais efetivos para um grupo específico de pacientes. Mas, afinal, qual a diferença entre esses novos remédios e os tradicionais? Apesar dos avanços recentes, os estudos relacionados à utilização do sistema imune para combater células tumorais não são novos. No final do século 19, o médico norte-americano William Coley já realizava pesquisas, mesmo sem compreender os mecanismos exatos da relação desse sistema com o câncer, com a inoculação de partes de bactérias em tumores, buscando desencadear uma resposta contra a doença. No entanto, nas últimas décadas, a compreensão da biologia tumoral e do papel do sistema imunológico nesse combate, permitiu o desenvolvimento de novas drogas.


6 C A PA

FOTO:JENIFFER CAETANO

As oncologistas Helena Rodrigues de Andrade (esquerda) e Fernanda Pruski (direita) integram o time de especialistas do HSL que já trabalham com a imunoterapia

O melanoma foi a primeira neoplasia em que a imunoterapia moderna demonstrou efeitos positivos e, até hoje, é uma das doenças na qual essa estratégia está associada a ótimos resultados e sobrevida a longo prazo. Além dele, ela funciona bem em linfomas, câncer de rim, de bexiga, de pulmão e de cabeça e pescoço, entre outros. No entanto nem todos os casos apresentam resultados positivos com essa terapia. “Existem diferentes mecanismos de regulação (ativação ou O ORGANISMO CONTRA-ATACA

minam o invasor quando algo de

inibição) da nossa resposta imu-

Os tumores são células em

errado acontece no nosso corpo.

nológica, por isso, precisaremos

multiplicação constante e utilizam

No entanto, precisamos ter algum

de diferentes medicamentos para

diferentes vias para perpetuar sua

controle sobre eles. É necessário

a obtenção de melhores efeitos.

sobrevivência. Uma das formas

um mecanismo para interromper

Além disso, provavelmente, exis-

de manutenção do crescimento

o ataque quando o problema está

tem alguns tumores que aplicam

celular é a inibição do sistema

resolvido. Por isso, temos freios

outras técnicas para sobreviver

imunológico, enganando as nos-

para travá-los e os tumores apren-

ou continuar crescendo que não o

sas defesas para que elas não re-

deram a utilizá-los para impedir

sistema imunológico. Neles, essa

conheçam essa célula como um

uma reação contra suas próprias

estratégia não será de fato efeti-

agente estranho. Na imunoterapia

células. O que essas drogas fazem

va. A biologia da doença ainda é

recentemente desenvolvida, os

é liberar o freio, reestabelecen-

muito desconhecida, apesar dos

cientistas identificaram os “che-

do uma resposta contra o tumor.

progressivos avanços. Esse co-

ckpoints”, reguladores do sistema

Com isso, o que antes conseguia

nhecimento permitirá o desenvol-

imunológico capazes de ativar ou

passar despercebido pelo linfó-

vimento de um tratamento mais

inativar as reações do organismo.

cito, agora é atacado”, explica a

individualizado e efetivo nas dife-

“Dentro do sistema imune,

oncologista do Hospital São Lucas

rentes situações clínicas”, afirma o

os linfócitos são os soldados, os

da PUCRS (HSL) Helena Rodrigues

Chefe do Serviço de Oncologia do

guardiões que identificam e eli-

de Andrade.

HSL, André Fay.


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BOAS RESPOSTAS TRAZEM PERSPECTIVA DE NOVAS

podem ser descartadas.

respondidas. Atualmente, diver-

“É uma opção bem tolerada

sos trabalhos buscam tanto iden-

na maioria das vezes. Isso não

tificar novas drogas capazes de

Os resultados alcançados têm

quer dizer que é isenta de risco.

interagir com diferentes proteínas

sido animadores. Em algumas si-

Certamente, é uma abordagem

que regulam o sistema imunológi-

tuações, pacientes com metásta-

mais específica, que atua na

co, quanto definir o tempo neces-

ses conseguem uma redução sig-

regulação das respostas imu-

sário para o tratamento, os moti-

nificativa das lesões que podem

nológicas, diferente de uma

vos que fazem com que ela não

ser duradouras. Além disso, os

quimioterapia citotóxica, que,

funcione em todos os pacientes e

efeitos colaterais apresentados

eventualmente, acaba destruin-

as reações que ela pode desenca-

são outra importante diferença

do células malignas e benignas

dear a longo prazo.

em relação às terapias clássicas.

que apresentam altas taxas de

“Não é mais uma tendência,

Um exemplo é a queda de cabe-

multiplicação. Importante res-

mas uma realidade, mas, agora,

lo, tradicional para os usuários

saltar que ambas as terapias são

precisamos refinar o nosso co-

da quimioterapia citotóxica e

relevantes, dependendo do con-

nhecimento. É um mundo que se

improvável entre quem utiliza a

texto clínico e da patologia”, frisa

abriu e em que estamos engati-

imunoterapia. Entretanto, mes-

o Dr. Fay.

nhando. Ainda temos que apren-

OPORTUNIDADES

mo com uma melhor qualidade

Por se tratar de algo novo,

der e ganhar confiança para ca-

de vida, algumas reações, geral-

ainda existe um grande espaço

minhar ainda melhor”, completa a

mente de origem autoimune, não

para evolução e perguntas não

Dra. Helena. FOTO: JENIFFER CAETANO

Chefe do Serviço de Oncologia, André Fay considera que, no futuro, o avanço do conhecimento permitirá o desenvolvimento de tratamentos mais individualizados e efetivos


8 C A PA

Conhecimento a serviço dos pacientes Apesar de se tratar de uma técnica bastante recente, o Hospital São Lucas da PUCRS possui uma larga experiência atuando com imunoterapia. Além de já disponibilizar esse tratamento aos pacientes, o HSL participa de ensaios clínicos na área desde 2014, tendo integrado mais de 30 estudos internacionais. Com isso, além de adquirir conhecimento sobre o método, a Instituição é capaz de oferecê-lo também para os pacientes do SUS que se encaixam nos critérios dos protocolos disponíveis. Atualmente, são 14 pesquisas em andamento. A maioria dos estudos feitos na instituição são das fases 2 e 3. Isso significa que o componente já ultrapassou o primeiro estágio de testes, em que demonstra a sua potencial eficácia e segurança. Nas etapas seguintes, o objetivo é realizar a verificação em uma maior população definindo seus eventuais eventos adversos. Além disso, busca-se descobrir se a nova opção é realmente mais eficaz do que as alternativas tradicionalmente disponíveis. Com isso, todos os participantes estarão bem assistidos, cobertos pelos medicamentos mais avançados e acompanhados de perto por profissionais especializados. “Hoje, podemos dizer que 70% dos protocolos novos de pesquisa contemplam a imunoterapia. Nos convênios, ela já está liberada em algumas situações, mas no SUS ainda não. Por isso, a inclusão de pacientes em ensaios clínicos, sempre que possível, permite acesso a novas terapias, muitas vezes não disponíveis em nosso meio. Além disso, eles são essenciais para que possamos instituir tratamentos mais efetivos com segurança”, aponta a oncologista e pesquisadora do HSL, Dra. Fernanda Pruski. Os pacientes são encaminhados dos ambulatórios do Hospital e também por médicos parceiros. Além disso, é possível participar entrando diretamente em contato com a equipe de pesquisa. Os integrantes passam a ser acompanhados de forma sistemática, com um calendário pré-programado de visitas ao HSL. Mesmo após o término do tratamento, os

profissionais seguem em contato por um longo período, entre 5 e 10 anos, para acompanhar os potenciais efeitos tardios do tratamento e as respostas após um período maior de tempo. Valdir Lemos Boschetti é um dos beneficiados por esse trabalho. Há alguns anos, ele descobriu um câncer que o obrigou a retirar um rim e parte do pulmão. Mesmo com a cirurgia, ainda restou um foco na glândula adrenal e, por isso, ele foi encaminhado para o Centro de Pesquisa Clínica. Nos últimos três anos, ele vem ao hospital a cada duas semanas para realizar as infusões e o acompanhamento. Aqui, ele encontrou não apenas uma chance de lutar, mas uma equipe pronta para acolhê-lo. “O resultado tem sido excelente. O tumor sumiu com o remédio. Eu não tenho nenhuma reação colateral. Como bem, durmo bem, não tenho dor nenhuma. O estudo para mim era tudo o que eu precisava, minha última saída. Quando a Dra. Virginia ligou e disse que eu poderia participar, foi muito emocionante. Além disso, a relação com a equipe do Centro de Pesquisa é muito especial. Aqui dentro é uma família. Todos me recebem muito bem: a Verinha, a Cintia, a Amanda, a Letícia, a doutora Fernanda. Eu estou muito contente mesmo”, conta Valdir. FOTO: CAMILA CUNHA

Valdir Lemos Boschetti é um dos beneficiados pelo trabalho desenvolvido com a imunoterapia no Centro de Pesquisa Clínica do HSL


BRUNO TODESCHINI

9

Integrar os melhores processos assistenciais com humanização é o objetivo do HSL.

Foco no

paciente ATENDIMENTO SEGURO, ACOLHEDOR E DE QUALIDADE É OBJETIVO DA INSTITUIÇÃO

Mais do que muita tecnologia e avançados tratamentos, quando você procura um hospital quer que o seu atendimento seja uma prioridade e que a sua saúde esteja no centro de todas as ações tomadas. O desejo é encontrar uma assistência de excelência, mas que seja capaz de aliar os melhores processos com humanização e acolhimento. É para oferecer essa experiência para os nossos pacientes que o Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) trabalha diariamente. Para isso, eles são o foco de todas as ações e projetos, pensados sempre para proporcionar uma maior qualidade assistencial.


1 0 V I VA M E L H O R

Essa cultura organizacional de segurança pauta todas as ações da Instituição, da área administrativa à beira do leito. A ideia é oferecer ao paciente e seus acompanhantes uma assistência integral e personalizada, levando em conta as especificidades de cada caso. “A intenção é que, desde o momento do acesso, a pessoa seja prontamente atendida, diagnosticada e encaminhada para tratamento o mais breve possível. Centralizar a atenção total no paciente é, também, cuidar e zelar pelo bem-estar do seu familiar. Envolvê-lo nos processos pode ajudar no tratamento e acelerar a recuperação, respeitando seus valores e princípios”, afirma a Enfermeira Danieli Radu, Gerente de Práticas Assistenciais do HSL. Uma das ações desenvolvi-

cada caso e elaborado com a co-

das para garantir esse objetivo

laboração de toda a equipe inter-

foi a implantação do conceito de

disciplinar. Com isso, aumenta-se

Plano Terapêutico estruturado. O

a chance de alcançar o melhor

método consiste no planejamen-

desfecho, com menores compli-

to do período em que o indivíduo

cações e tempo de internação.

estiver na Instituição, desde o seu

“Quem vem até aqui encontra

atendimento inicial até a alta efe-

um Hospital que tem uma meto-

tiva para a casa. O médico realiza

dologia e cultura de qualidade,

uma avaliação inicial, onde iden-

segurança e excelência totalmen-

tifica os riscos e as necessidades

te voltada a ele e a seus familia-

particulares de cada paciente

res”, afirma o superintendente da

para determinar o seu tratamen-

Instituição, Sérgio Baldisserotto.

to, indicando os profissionais

O reflexo dessas medidas

necessários para a realização do

pode ser visto e sentido por to-

cuidado individualizado. Assim,

dos os usuários do HSL. Conheça

cada caso recebe um tratamento

uma dessas história de sucesso

personalizado, pensado de acor-

na entrevista da paciente Vivian

do com as especificidades de

Turk, nas páginas 12 e 13.

QUEM VEM ATÉ AQUI ENCONTRA UM HOSPITAL QUE TEM UMA METODOLOGIA E CULTURA DE QUALIDADE, SEGURANÇA E EXCELÊNCIA TOTALMENTE VOLTADA A ELE E A SEUS FAMILIARES”. SÉRGIO BALDISSEROTTO, SUPERINTENDENTE


BRUNO TODESCHINI

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Plano Terapêutico identifica as necessidades de cada paciente e indica os profissionais necessários para o cuidado individualizado.

Reconhecimento Internacional A comprovação do alto nível alcançado através dessa filosofia é o reconhecimento pelo programa canadense Qmentum International, com a Acreditação na categoria diamante, recebida em janeiro de 2019. A metodologia avalia os serviços oferecidos pelo Hospital, com base em critérios internacionalmente reconhecidos. Ela está alinhada com os princípios da Governança Clínica, sendo utilizada em mais de 50 países pelo mundo, incluindo nações da América do Norte, Europa, Ásia e América Latina. “O processo de certificação possibilitou a revisão e a melhoria contínua dos nossos processos, o fortalecimento da cultura institucional e o envolvimento de todos os colaboradores e do corpo-clínico, com foco em proporcionar a melhor experiência para os

pacientes, colocando-os no centro de todas as nossas ações”, salienta Simone Ventura, diretora Assistencial. Atualmente, apenas 100 unidades hospitalares no Brasil alcançaram esse reconhecimento e o HSL é a primeira da Região Sul. Além disso, a Instituição foi recertificada como hospital Acreditado com Excelência pela Organização Nacional da Acreditação (ONA), o terceiro e mais alto nível concedido. “Essa conquista mostra a maturidade de uma Instituição que foi reconhecida por suas práticas assistenciais e que atende os mais altos padrões de segurança e excelência assistencial. Agora, fazemos parte de um seleto grupo de hospitais certificados pela metodologia canadense”, destaca Baldisserotto.


1 2 E N T R E V I STA

FOTO: CAMILA CUNHA

Seis vezes

força CONHEÇA A HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO DE VIVIAN TURK, QUE JÁ LUTOU CONTRA O CÂNCER DE MAMA SEIS VEZES.

A descoberta de um câncer é um momento difícil para o paciente e seus familiares. Nesse instante, o medo e a preocupação tomam conta, tornando difícil buscar o otimismo e a coragem para seguir em frente. Essa força tão importante e complicada de encontrar Vivian Turk tem de sobra. Paciente do Dr. Antônio Frasson, Chefe do Serviço de Mastologia do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), ela já foi diagnosticada com câncer de mama seis vezes em 25 anos. Com o apoio e o conhecimento da equipe multidisciplinar do HSL, superou a batalha cinco vezes e segue em busca de mais uma vitória com muita positividade e um belo sorriso.


13

Como foi o processo de descoberta da doença?

Direito aqui dentro, enquanto fazia

dia e depois já passa a viver nova-

quimioterapia. Eu vinha aqui, mar-

mente. Não pode ter medo.

Quando eu descobri o câncer

cava a minha hora, ia para a aula e

de mama na primeira vez, há 25

voltava para o hospital. Eu amava

Quais histórias marcaram o

anos, eu tinha 42 anos e três crian-

essa passagem da faculdade para

seu tratamento na Instituição?

ças pequenas para criar. Cada vez

dentro do Hospital. Eu gostava de

Foram muitas aventuras e mui-

que eu ia completar o quinto ano,

estar no meio da gurizada e, muitas

ta história aqui dentro. Na radio-

que é quando dizem que a gente

vezes, eles até vinham para o hos-

terapia, às vezes, tu tens que vir

está curada, eu achava um novo ca-

pital comigo.

todos os dias durante três meses

roço. Assim, eu já descobri isso seis

no hospital. Para quem mora no in-

vezes. Eu tinha assistido a minha

Por que você decidiu embar-

terior, isso é um caos. O Dr. Frasson

mãe morrer de câncer de mama

car no desafio de uma facul-

estudou na Itália e aprendeu uma

com 50 anos, então, era extrema-

dade durante um período tão

técnica com o mentor dele. Nela,

mente antenada comigo. A gente

complicado?

você realiza uma abertura no local

tem de se cuidar, pois se descobri-

Eu acho que as pessoas têm

no tumor e uma máquina irradia

mos os tumores ainda pequenos

que estudar a vida inteira e, ainda

direto nele. Só que o equipamen-

os tratamentos são muito eficazes.

mais, quando estão enfrentando

to é muito caro e eles resolveram

Sempre foi assim comigo. Em ja-

uma doença. Eu tenho uma teoria

criar algo similar, que pudesse ter

neiro de 2017, encontrei um novo

que é a gente que se cuida. Não

o mesmo resultado, mas sem o

nódulo e voltei para o Hospital,

podemos nos esconder. Nós te-

aparelho. Naquele dia, eu e mais

agora, para participar de uma pes-

mos que correr atrás. Tem gente

três pacientes fomos operadas. Foi

quisa com um novo medicamento,

que descobre e não faz nada. Elas

uma experiência muito bacana e

realizada pelo Dr. Carlos Barrios no

morrem de medo, pois os trata-

todos estavam entusiasmados.

Centro de Pesquisa Clínica.

mentos são bem agressivos mes-

Como iniciou o seu contato

mo. Eu fiquei duas vezes sem ca-

Qual mensagem você deixa

belo, mas não dá para se entregar.

para quem também está lutan-

com o HSL e a PUCRS?

do essa batalha?

Através desse lance das cone-

Como receber seis vezes

Mesmo que nós tenhamos mé-

xões entre as pessoas. A minha

uma notícia tão difícil? Como

dicos maravilhosos hoje em dia, e

cunhada era professora aqui e vo-

lidar com essa situação tantas

nós temos, a gente também tem

luntária da mama no HSL. Quando

vezes?

que se olhar, se tocar, se cuidar.

eu tive pela segunda vez, entrei em

Quando tu repetes uma coisa

A gente se cuida muito pouco. E,

contato com o Dr. Frasson. Foi a

seis vezes, se acostuma com ela e

se encontrar alguma coisa, vamos

primeira vez que ele me operou e

não se apavora mais. No início, eu

trabalhar e resolver o assunto.

eu comecei o meu tratamento tam-

não conseguia nem dormir de tão

Não podemos nos entregar nun-

bém aqui na Radioterapia. O baca-

apavorada. Agora, não. Uma coisa

ca. Eu nunca desisti de nada. Nun-

na disso tudo é que eu me tratei di-

que eu já aprendi é não olhar o

ca deixei de trabalhar e de fazer

versas vezes aqui dentro, com o Dr.

Google. Eu não consulto ele nun-

nada. Imagina, eu estava aqui no

Barrios, o Dr. Frasson e o Dr. Aroldo

ca. Atualmente, temos muitas op-

Hospital e também dentro da fa-

(Braga Filho). Mas, além disso, no

ções de tratamento. Hoje em dia,

culdade, fazendo tudo junto. Todo

meio desse caminho, eu resolvi

tu faz a cirurgia de manhã e sai de

mundo aqui foi meu parceiro. Por

começar a estudar. Me formei em

tarde do hospital. Faz repouso um

isso, eu adoro a PUCRS.


1 4 D I A G N Ó ST I CO E T R ATA M E N TO

Quarenta anos

cuidando INAUGURADA EM 1978, UTI PEDIÁTRICA DO HSL FOI UMA DAS PRIMEIRAS DO BRASIL.

Toda família deseja ver seus filhos sempre com saúde, podendo correr e brincar livremente. No entanto, se algo de inesperado acontece, é essencial contar com o apoio e a segurança de quem tem muita experiência no cuidado das crianças. Há 40 anos, a UTI Pediátrica do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) oferece aos pais do Rio Grande do Sul esse atendimento de excelência. Inaugurada em 27 de julho de 1978, foi uma das primeiras unidades desse tipo organizadas no Brasil e, atualmente, é a mais antiga UTI Pediátrica do país em funcionamento. Coordenado pelo professor Pedro Celiny Ramos Garcia desde sua criação, inicialmente, dividia com a UTI Neonatal um espaço formado por duas salas. Rapidamente, entretanto, a grande demanda proporcionou o crescimento e a transferência para o local ocupado atualmente, no 5º Andar do HSL. A utilização dos melhores equipamentos esteve sempre entre as prioridades para a equipe. Desde o começo, todos os pacientes já contavam com monitorização e acesso à ventilação mecânica, além do acompanhamento constante do grupo de médicos e enfermeiros especializados. Atualmente, dispõe de 12 leitos aparelhados para a assistência de crianças de mais de 30 dias e até 18 anos, quatro médicos assistentes, dez plantonistas e quatro residentes em terapia intensiva pediátrica. Essa estrutura aliada à experiência de quatro décadas de atuação na área se refletem nos resultados alcançados. O setor tem indicadores de qualidade compatíveis com os grandes centros universitários da América Latina. Para manter esses números, os dados são avaliados diariamente, utilizando estatísticas e protocolos assistenciais para revisar de forma constante os processos utilizados. “Em termos de atendimento, o que oferecemos aqui está alinhado ao que é apresentado em hospitais de primeiro mundo. O conhecimento e as técnicas aplicadas são as melhores possíveis”, destaca Celiny.


15

o do futuro

ENSINO E PESQUISA DE PONTA, EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO Além de se destacar pelos resultados alcançados, também é reconhecida pelo trabalho desenvolvido no ensino e na pesquisa. Com seu respeitado programa de Residência Médica, formou diversos especialistas em intensivismo pediátrico ao longo dos anos. Essa presença constante, assim como a dos membros da graduação em Medicina da PUCRS, tem impacto direto na assistência, fazendo com que a Instituição se mantenha sempre preparada para oferecer não apenas um bom atendimento, como uma ótima formação.

FOTO: BRUNO TODESCHINI

UTI Pediátrica foi uma das primeiras unidades desse tipo organizada no Brasil e é a mais antiga do país em funcionamento


1 6 D I A G N Ó ST I CO E T R ATA M E N TO

FOTO: BRUNO TODESCHINI

14 pesquisadores desenvolvendo seus projetos dentro da Unidade, não só da medicina, mas de outras áreas da saúde”, ressalta Celiny. A relevância da UTI Pediátrica do HSL no âmbito científico se reflete em uma das principais obras brasileiras da especialidade produzida pelos profissionais da casa. Lançado em 1988, o livro Medicina Intensiva Em Pediatria surgiu a partir de uma parceria de Celiny e da equipe da unidade com o pediatra e intensivista Jefferson Piva e, até hoje, segue como base para o aprendizado dos futuros profissionais. “Como alguém que foi residen-

Dr. Celiny é uma referência no intensivismo nacional, sendo o autor de uma das principais obras brasileiras da especialidade

te em outro hospital, posso dizer “Os residentes e demais alunos

que o primeiro contato que eu tive

buscam sempre a inovação, por

com a UTI Pediátrica da PUCRS

isso, a presença deles faz com que

foi por ter essa referência, essa

a gente sempre se mantenha atu-

vanguarda na questão do ensino,

alizado. Somos bastante respeita-

manifestada a partir dessa obra.

dos por isso e pela boa formação

Acredito que não tem um intensi-

que entregamos. Além disso, rece-

vista pediátrico no país que não

bemos também alunos de mestra-

tenha iniciado por esse livro”, con-

do e doutorado da Escola de Me-

ta o chefe do Serviço de Pediatria,

dicina da PUCRS. Atualmente, são

Marcelo Scotta.

O que faz a UTI Pediátrica? Unidades de Tratamento Intensivo buscam a estabilização dos sistemas e órgãos de pacientes em estado grave. Quando ocorre alguma falha de funcionamento em um deles, a equipe toma medidas para evitar que esse problema aumente o risco. Um exemplo das ações tomadas é a utilização da respiração mecânica quando ocorre falha no sistema respiratório, algo que pode ser fatal. Na UTI Pediátrica, os casos variam bastante de acordo com a época do ano. Durante o inverno, as doenças virais respiratórias são as mais comuns, como a bronquiolite. “Muitas crianças têm bronquiolite e precisam de suporte respiratório. Sem esse apoio, elas estariam em risco. Ao mantê-las alguns dias no ventilador, o efeito do vírus passa, e a criança volta ao seu estado normal”, explica Celiny.


17

Novas ameaças à

saúde

NOVIDADES DA INDÚSTRIA DO TABACO PODEM TRAZER TANTO PREJUÍZO À SAÚDE QUANTO O CIGARRO TRADICIONAL

O tabagismo é um problema

de acordo com dados da pesquisa

do tabaco para recuperar o espaço

de saúde pública que ocasiona

Vigilância de Fatores de Risco para

perdido, principalmente, entre os

a morte de cerca de sete milhões

Doenças Crônicas por Inquérito

jovens. Na maior parte dos casos,

de pessoas ao ano, segundo da-

Telefônico (Vigitel 2016). Porém,

por terem sido disponibilizados

dos da Organização Mundial da

ao mesmo tempo que o uso do ci-

recentemente à população, não

Saúde. No entanto, o consumo

garro diminui, aumenta o volume

existem ainda comprovações cientí-

tem apresentado uma importante

de pessoas que utilizam outras

ficas definitivas de que esses produ-

queda em todo o mundo e o Bra-

formas de consumir o tabaco ou

tos realmente sejam menos prejudi-

sil é um exemplo disso, com uma

outras substâncias.

ciais do que o cigarro tradicional.

diminuição de 15,7% para 10,2%

Essas novas opções surgem

da população entre 2006 e 2016,

como uma estratégia da indústria

Conheça esses novos métodos e projeta-se:


1 8 D I A G N Ó ST I CO E T R ATA M E N TO

Narguilé Uma tradição centenária, bastante comum no Oriente Médio e na Ásia, o narguilé se popularizou nos últimos anos no Brasil, tornando-se uma febre entre os jovens. O dispositivo é composto de um fornilho ou vaso onde fica o tabaco, um copo, um vaso para água, uma mangueira e um bocal, por onde os participantes inalam a fumaça produzida. Os usuários são atraídos pelo sabor aromatizado e mais adocicado do tabaco utilizado e pela ideia incorreta de que a água filtraria as substâncias prejudiciais. No entanto, de acordo com nota técnica produzida pelo Grupo de Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a Regulação de Produtos de Tabaco (TobReg), foram identificados diversos elementos tóxicos na fumaça do narguilé capazes de afetar os sistemas respiratório e cardiovascular, a cavidade bucal e os dentes. Além disso, por normalmente ser consumido em grupo, o compartilhamento do bocal nas sessões pode ocasionar a transmissão de doenças como herpes, hepatite e tuberculose. “Nenhuma dessas substâncias contidas na fumaça do narguilé são hidrófilas, então elas passam pela água sem alterações. Como as sessões de narguilé são muito prolongadas, três ou quatro horas, normalmente, uma sessão equivale a fumar cem cigarros, conforme alerta do Instituto Nacional do Câncer (INCA), afirma o Chefe do Serviço de Pneumologia do Hospital São Lucas da PUCRS, Dr. José Miguel Chatkin.


19

Maconha Apesar de não estar diretamente ligado ao tabaco, o consumo da maconha ocorre de uma forma bastante similar ao do cigarro tradicional: com a queima de uma folha. Com isso, os componentes das duas fumaças são muito semelhantes. Pesquisas mostram que seu uso pode trazer inúmeros problemas para o organismo, especialmente na área neuropsiquiátrica. Entretanto, os malefícios para a saúde relacionados ao seu consumo não são apenas esses. Em função da recente liberação para uso medicinal e recreativo em muitos países, somente agora iniciaram estudos sistematizados com maior número de participantes. Outra dificuldade é a obtenção de informações confiáveis dos usuários, que se sentem inibidos ao relatar o consumo de uma droga ilícita, reconhecendo que ainda não se sabe a abrangência total dessas consequências. “A relação entre tabaco e câncer de pulmão levou 50 anos para ser confirmada. Então, nós não sabemos que doenças podem surgir nos usuários de maconha no futuro. Portanto, esse é um risco que os usuários correm e que pode ser bem grave, mas que só vamos descobrir daqui a muitos anos”, explica o Dr. Chatkin.

Cigarro eletrônico e Tabaco Aquecido Outra forma de consumir o tabaco que tem avançado é o cigarro eletrônico. Apesar de proibido no Brasil, não é difícil encontrar opções disponíveis na internet. O artigo possui um reservatório onde é colocada a nicotina em formato líquido ou outra substância que é aquecida e vaporizada quando a pessoa traga. Já o cigarro aquecido é a geração mais recente do cigarro eletrônico. Nele, um cartucho de tabaco é inserido dentro do aparelho e aquecido a 300°C, sem a necessidade da combustão existente no cigarro tradicional. De acordo com os criadores da tecnologia, com essa temperatura menor seria possível liberar as substâncias que a pessoa busca no cigarro, sem que ocorra a liberação de inúmeras substâncias tóxicas. Entretanto, assim como nos demais casos, não existem

elementos científicos suficientes que comprovem essa tese. Nos Estados Unidos, a popularidade desses dispositivos se tornou tão grande que a Administração de Drogas e Alimentos (FDA) dos Estados Unidos ameaçou proibir a sua venda caso os fabricantes não encontrem formas de evitar que menores de idade comprem os produtos. “A indústria está lutando para sobreviver e para que as pessoas passem do cigarro normal para essas duas opções. Porém, os estudos mostram que elas não estão fazendo uma substituição, mas fumando ambos, variando conforme o local onde estão. Além disso, também temos demonstrações de que essas novas formas são uma porta de entrada para que os mais jovens passem a usar também o cigarro tradicional”, ressalta o pneumologista.


2 0 D I A G N Ó ST I CO E T R ATA M E N TO

Como está o

cuidado com a sua pele? RECEITAS MILAGROSAS, ALTA EXPOSIÇÃO AO SOL, POUCA PROTEÇÃO. CONVERSAMOS COM O DR. LUIS CARLOS CAMPOS, CHEFE DO SERVIÇO DE DERMATOLOGIA DO HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUCRS (HSL), E ESCLARECEMOS ALGUNS MITOS E VERDADES SOBRE OS CUIDADOS COM A PELE NO VERÃO.

O sol pode causar flacidez? ( ) Mito ( x ) Verdade Os raios de sol prejudicam o colágeno da pele, causando flacidez.

Usar perfume na praia macha a pele? ( ) Mito (x) Verdade O perfume pode manchar se contiver álcool ou outro produto que tenha reação ao sol.

A partir do FPS 30, a eficácia não muda? (x) Mito ( ) Verdade O protetor solar é indicado para cada tipo de pele. Quanto maior a melanina da pele, menor é o filtro.

É bom deixar para passar o protetor só quando estiver na praia? (x) Mito ( ) Verdade É indicado que se aplique o protetor solar 30 minutos antes da exposição e reaplicar a cada 2 horas.

Sol melhora as espinhas? (x) Mito ( ) Verdade Ele diminui as atividades das glândulas, mas é momentâneo. Protetor solar impede o bronzeamento? (x) Mito ( ) Verdade O bronzeamento depende da pigmentação da pele, quem tem a pele mais clara não vai bronzear, ao contrário de quem tem pele escura.

Água termal ajuda a hidratar a pele sob o sol? ( ) Mito (x) Verdade Sim, e muito, principalmente em casos de queimadura.


Vinagre ajuda nas queimaduras de águas-vivas? ( ) Mito ( x ) Verdade Assim como o vinagre, a água do mar também auxilia no dano causado pelo veneno das águas-vivas.

Estando com protetor solar, posso tomar sol o dia todo? ( x ) Mito ( ) Verdade O protetor não dá 100% de proteção o tempo todo. Quanto mais tempo passa depois da última aplicação, menor a proteção. É normal a pele ficar vermelha antes de ficar bronzeada? ( x ) Mito ( ) Verdade Não, pois a vermelhidão é uma queimadura e não bronzeado. Passar refrigerante de cola e óleo de cozinha ajuda a bronzear? ( x ) Mito ( ) Verdade Receitas caseiras não protegem a pele, ao contrário, queimam, podendo causar danos irreparáveis e letais à saúde.

Autobronzeador substitui o protetor? ( x ) Mito ( ) Verdade O autobronzeador estimula a pigmentação da pele, mas não protege dos raios UVA e UVB. Banho quente estraga o cabelo? ( ) Mito ( x ) Verdade Ele resseca o couro cabelo, causando escamações e estragando o cabelo. Os produtos de manipulação são mais eficientes do que os prontos? ( x ) Mito ( ) Verdade Os produtos manipulados podem sofrer alterações de temperatura e contato, o que não acontece com os industrializados. Teoricamente, ambos têm o mesmo efeito.

Tomar água interfere na aparência da pele? ( ) Mito ( x ) Verdade Sim, pois mantém a hidratação do corpo. Especialmente a água mineral.

Alguns alimentos colaboram com o bronzeado? ( ) Mito ( x ) Verdade Sim, o alimento rico em betacaroteno, como cenoura, abobora e mamão, estimula a melanina da pele.

Mesmo com protetor, devo usar óculos solares e chapéus? ( ) Mito ( x ) Verdade O sol nos olhos pode causar inúmeras doenças na retina, como glaucoma.


2 2 V I VA M E L H O R

Boa alimentação é a estratégia contra a

Diverticu DOENÇA DIVERTICULAR DOS CÓLONS (DCC) ATINGE MAIS DE 50% DOS PACIENTES ACIMA DE 65 ANOS NO OCIDENTE Com o aumento da expectativa

bito intestinal e a pressão intracó-

alguns casos, distensão. Requer

de vida, cresce também o número

lica, além de estimular a atividade

cuidados ambulatoriais ou domi-

de idosos e a prevalência das do-

muscular do intestino, promoven-

ciliares, com o tratamento à base

enças que se desenvolvem com

do então uma hipertrofia das ca-

de mesalazina ou outros medica-

mais frequência com o passar da

madas musculares do órgão. Isso

mentos, como alguns antibióticos,

idade. Entre elas está a doença

pode desencadear um processo

mas não se usam os antiinflamato-

diverticular dos cólons (DCC), um

inflamatório progressivo, até o

rios comuns. A diverticulite, que é a

transtorno que atinge mais de 50%

estabelecimento da doença di-

complicação mais comum da DC,

dos pacientes acima de 65 anos

verticular”, explica a gastroentero-

presente em entre 5% e 10% dos

no Ocidente. Ela é responsável por

logista do Hospital São Lucas da

pacientes, geralmente manifes-

um grande impacto no sistema de

PUCRS, Marta Brenner Machado.

ta-se por dor abdominal no lado

saúde, trazendo alto custo e diver-

A presença de divertículos sem

esquerdo, febre, diarreia, náusea,

o surgimento de inflamações e

sangramento e leucocitose, o au-

Os divertículos são hérnias, si-

sintomas é conhecida como diver-

mento no número de leucócitos.

milares a pequenas bolsas, que

ticulose colônica (DC). A doença

Em idosos, pode exibir também

se formam na parede do intestino

diverticular é a progressão da di-

taquicardia, palidez, distensão ab-

grosso. Estudos recentes mostram

verticulose, acrescentada de sinto-

dominal com dor à palpação ou

que dietas pobres em fibras estão

mas. Ela pode ser não complicada,

massa palpável. O diagnóstico é fei-

entre as causas desse surgimen-

chamada de doença sintomática

to através da coleta de dados sobre

to, além de alterações da parede

não complicada, ou inflamada ma-

a crise e com exames complemen-

intestinal, motilidade colônica e

croscopicamente, denominada de

tares, como a ecografia abdominal

fatores genéticos.

diverticulite. A doença sintomática

com doppler, a tomografia e/ou a

“A dieta pobre em fibras e os

não complicada demonstra habi-

ressonância magnética. A colonos-

alimentos refinados afetam o há-

tualmente dor abdominal e, em

copia não é indicada na fase agu-

sas complicações.


23

lite da, pois traz risco de perfuração. O exame de enema baritado também deve ser evitado, pois eleva o risco de peritonite por bário, situação gravíssima. Entre os tratamentos, conforme a gravidade do caso, utiliza-se a antibioticoterapia, a mesalazina e a internação hospitalar, nas situações mais extremas. A cirurgia é também uma opção, quando devidamente indicada, normalmente, a partir da segunda ou terceira crise de diverticulite. O alto consumo de fibras (mais de 25-30g por dia) em uma base alimentar variada, com frutas, verduras, legumes e cereais, é a melhor forma de evitar muitos dos transtornos decorrentes da doença, embora ainda assim estejamos vulneráveis. Dessa forma, é essencial estar atento a sua saúde, reforçando o caminho da prevenção.

Como se prevenir? • A Organização Mundial de Saúde recomenda a ingestão de 25 a 30 gramas de fibras por dia, sendo essas balanceadas entre as fibras solúveis e as insolúveis. Elas podem ser encontradas em alimentos como frutas, verduras, legumes e cereais, além de suplementos. • Beba água. Sem líquido, a saúde intestinal fica muito debilitada. • Realize exercícios físicos regularmente.


2 4 V I VA M E L H O R

O uso de

suplementos

alimentares A UTILIZAÇÃO DOS SUPLEMENTOS DEVE SER CRITERIOSA, INDICADA POR NUTRICIONISTA OU MÉDICO

Na busca de um corpo sau-

contêm medicações não decla-

aumentar a massa magra, porém

dável, muitas pessoas procuram

radas”, afirma a endocrinologista

sem sucesso. Foi então que em

alternativas rápidas para alcan-

do Hospital São Lucas da PUCRS,

uma consulta com a nutricionista

çar seu objetivo. Um dos recursos

Luciana Péres. Com o acompanha-

ela passou a ingerir whey protein

utilizados são os suplementos ali-

mento de médicos e nutricionistas,

após a prática de exercícios. Nos

mentares, substâncias químicas

é avaliada a situação de cada pa-

últimos seis meses, já acrescentou

produzidas especialmente para

ciente e a necessidade, ou não, do

6kg de massa muscular.

complementar a alimentação.

uso de suplementação.

O uso indevido ou em excesso

Mesmo sendo boas opções

Esse é o caso de Vanessa Ro-

de suplementos, pode trazer con-

para diferentes situações, é impor-

drigues, de 48 anos. Paciente

sequência para a saúde. O exces-

tante contar com o acompanha-

bariátrica desde 2002, ela utiliza

so de vitamina C em forma de su-

mento de profissionais da saúde

complementação para adquirir

plementação, por exemplo, pode

para a utilização dos suplementos.

massa muscular. “Como fiz a ci-

causar pedras nos rins. Já a ginko

“Muitas pessoas optam por com-

rurgia bariátrica, meu organismo

biloba, associada a algumas me-

postos naturais por acreditarem

não absorve os componentes ne-

dicações, pode ampliar o risco de

não estar usando medicação. Po-

cessários com a mesma eficácia

sangramento. “Ingerir vitamina E e

rém, um estudo publicado pelo pe-

de uma pessoa não operada”, con-

selênio em forma de suplementa-

riódico JAMA (Journal of the Ame-

ta. Há três anos Vanessa adotou a

ção e não no alimento aumenta o

rican Medical Association) mostrou

atividade física com o objetivo de

risco do desenvolvimento de cân-

que muitos compostos vendidos

melhorar a composição corporal:

cer de próstata”, alerta a nutricio-

como naturais são adulterados e

reduzir o percentual de gordura e

nista, Paula Zubiaurre.


25

FOTO: FREEPIK

Novas regras

Desde 2018, a Agência Nacional de Vigilancia Sanitária (Anvisa) determinou a regulamentação dos suplementos alimentares. Dentre as alterações, está a descrição completa na embalagem do produto, a comprovação da eficácia das substâncias e a identificação de suplemento no rótulo. As empresas do segmento terão até cinco anos para a adaptação.

Atenção, atletas! Um grupo que deve usar a suplementação com atenção são os atletas, pois podem passar por avaliação de doping, caracterizado pela tentativa ou utilização de substâncias listadas como proibidas, bem como a presença dessas ou de seus metabólitos na amostra coletada. “O código da Agência Mundial Antidoping ressalta que é de responsabilidade pessoal de cada praticante

TIPOS DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES

assegurar o uso ou não de subs-

• • • •

tâncias listadas como proibidas, in-

Hipercalórico: para ganho de peso Proteicos: para ganho de massa muscular Termogênico: aumento do gasto calórico Antioxidante: contra o envelhecimento

dependentemente da intenção ou negligência, podendo sofrer uma penalidade ao ingerir suplementos adulterados”, explica a nutricionista.


2 6 V I VA M E L H O R

Como você tem

dormido? UMA BOA QUALIDADE DE SONO NA INFÂNCIA E NA FASE ADULTA INFLUENCIA DIRETAMENTE NO DESENVOLVIMENTO DO NOSSO CÉREBRO Passamos cerca de um ter-

raciocínio fica comprometida. Ou

ao curto prazo pode ocasionar so-

ço de nossa vida dormindo. Por

seja, sem o merecido descanso, o

nolência, cansaço, irritabilidade,

isso, dormir bem é essencial não

corpo deixa de cumprir uma série

alteração de humor, falhas na me-

apenas para alcançar um bom

de tarefas importantíssimas.

mória e até levar à conduta “emo-

rendimento no dia seguinte, mas

Sono não é um luxo, mas uma

cionalmente irracional”. Já a sua

também para manter-se saudável,

necessidade vital, um processo

falta a longo prazo pode nos levar

melhorar a qualidade de vida e

biológico essencial para a manu-

a distúrbios cognitivos e compor-

aumentar a longevidade.

tenção do equilíbrio biopsicos-

tamentais, envelhecimento preco-

Nosso desempenho físico e

social. Durante o descanso, ele

ce, comprometimento do sistema

mental está diretamente ligado a

restaura os processos químicos e

imunológico, com aumento de

uma noite bem dormida. O efeito

físicos deteriorados e também os

risco para desenvolver obesidade,

de uma madrugada em claro é

circuitos emocionais do nosso cé-

diabetes, doenças cardiovascula-

semelhante ao de uma embria-

rebro, nos preparando para os no-

res e gastrointestinais”, alerta a mé-

guez leve: a coordenação motora

vos desafios e interações sociais do

dica neurologista e especialista em

é prejudicada e a capacidade de

dia seguinte. “A restrição do sono

sono, Marine Trentin. FOTO: FREEPIK


VO LU N TA R I A D O 2 7

Apneia do sono

São inúmeras as razões que prejudicam o nosso momento de descanso e a apneia do sono é uma das principais. Isso acontece, pois, quando dormimos, o canal por onde passa o ar relaxa e fica mais estreito, provocando a apneia. Essa diminuição na área acontece de maneira exagerada em boa parte da população, gerando a passagem de menos ar do que o necessário. “A pessoa tenta dormir, mas não consegue ter um sono profundo e contínuo, despertando após cada episódio. Isso faz com que ele fique fragmentado e impossibilita o descanso adequado”, destaca o pneumologista, Leandro Fritscher. A apneia tem tratamento e controle. O excesso de peso e alta ingestão de álcool são duas das principais causas do problema, sendo esses fatores possíveis de correção.

Valorize seu sono Condições de temperatura e iluminação podem influenciar diretamente na qualidade do sono. Segundo Trentin, até mesmo a luz do ambiente interfere no nosso relógio biológico. Através da retina, o cérebro recebe a informação de que está escuro e começa a liberação de melatonina (hormônio do sono), sinalizando que é hora de dormir. “O nosso organismo funciona de maneira rítmica, influenciada por ciclos ambientais, por exemplo, o ciclo de claro-escuro, e a melatonina é essencial no processo de sincronização”, explica. Por isso, precisamos preparar nosso corpo e a mente para esse momento importante utilizando algumas dicas para a chamada “higiene do sono”: • Acorde todos os dias na mesma hora e vá para cama só quando tiver sono. • Mantenha horários regulares para deitar e levantar. • Planeje o dia seguinte e faça uma agenda de compromissos antes de deitar. • Estabeleça rituais de relaxamento antes de ir dormir. Exemplos: tomar um banho quente; fazer oração, meditação ou relaxamento; ler, entre outros. • Não deite com fome ou sede, mas faça refeições leves, procurando comer alimentos de fácil digestão. • Evite consumir café, chá preto, erva-mate, refrigerantes, álcool e cigarros antes de dormir. • Procure dormir em ambiente com temperatura agradável, escuro e silencioso. • Exercite-se regularmente, mas evite atividades físicas próximas do horário de dormir. Exercícios intensos: pelo menos 6 horas antes de dormir. Exercícios leves: 4 horas antes de dormir. • Não assista à televisão no quarto. Tire da cabeceira o telefone celular e relógios. • Evite tomar medicamentos para dormir, use-os sempre sob prescrição médica.

O sono das crianças Os pequenos também precisam de qualidade na hora de dormir. Por estarem em constante desenvolvimento, o funcionamento do organismo pode variar. “O sono vai se modificando no decorrer da vida e é na infância onde isso mais ocorre”, explica a neuropediatra Magda Nunes. Para manter a qualidade do sono, é fundamental estabelecer uma rotina com horário para dormir e proporcionar um espaço próprio de relaxamento para os pequenos. “É sempre indicado que a criança durma na sua cama desde cedo”, comenta a especialista.


2 8 V O LU N TA R I A D O

Música para PROJETO TRAZ CANÇÕES COMO TERAPIA NO AMBIENTE HOSPITALAR

embalar Você já parou para pensar no

efeito que a música tem na sua vida? Quantos momentos especiais

da sua história foram marcados por uma, ou várias canções? Alguns especialistas afirmam que ela é capaz de auxiliar no tratamento clínico das mais variadas patologias, como o Alzheimer e a depressão. Em 2018, através do projeto Música, Vida e Saúde, voluntários musicistas de todos os ritmos estiveram presentes no Hospital São Lucas da PUCRS para trazer música e alegria para o local. O grupo Ostenta Samba é um exemplo disso. Os amigos

HÁ MÚSICAS QUE CONTÊM MEMÓRIAS DE MOMENTOS VIVIDOS. TRAZEM-NOS DE VOLTA UM PASSADO. LEMBRAMO-NOS DE LUGARES, OBJETOS, ROSTOS, GESTOS, SENTIMENTOS. (…) MAS HÁ MÚSICAS QUE NOS FAZEM RETORNAR A UM PASSADO QUE NUNCA ACONTECEU.” TRECHO DO LIVRO “NA MORADA DAS PALAVRAS”, DE RUBEM ALVES.

Leonardo Borges, Anderson Santos, Leonardo Santos e Ademilson Costa visitaram a Instituição e transformaram a internação psiquiátrica em uma linda roda de samba. “O

liares ou momentos especiais da

samba faz tão bem para nós, por-

vida. Como Claudia* que disse ter

que não levar para os pacientes

lembrado do seu pai, já falecido,

também?”, comenta Borges.

ao ouvir os acordes de “Pescador

A influência da iniciativa du-

de Ilusões”.

rante o tratamento clínico é reconhecida pela equipe médica.

O PROJETO

“Notamos que os pacientes ficam

Mensalmente, instrumentistas

mais tranquilos após a passagem

e cantores voluntários circulam pe-

dos músicos”, destaca a psiquiatra,

los corredores do Hospital desen-

Isabella Couto. Durante a ação, os

volvendo o projeto Música, Vida e

internados dançaram, cantaram e

Saúde. Organizada pelo Serviço de

pediram canções específicas que

Recreação, a iniciativa leva um re-

trazem recordações de seus fami-

pertório musical para unidades de


29

a alma

internação Adulto e Pediátrico. Com a intenção de transformar o ambiente de fragilidade em um lugar de alegria, a ação resgata memórias e traz relaxamento aos pacientes e familiares. “A música é um remédio sem contraindicação”, destaca a pedagoga Juliana Pierdoná. Os interessados em participar podem se inscrever através do e-mail juliana.pierdona@pucrs.br. A iniciativa ocorre na terceira semana de cada mês, de acordo com a disponibilidade do músico.

BRUNO TODESCHINI

Projeto trouxe roda de samba para a internação psiquiátrica do hospital

Musicoterapia contra o Alzheimer

Desde 2016, o Serviço de Geriatria também utiliza a música como auxílio no tratamento do Alzheimer, através do projeto Música para a Vida. O trabalho inicia com uma seleção de 50 canções da preferência do paciente, para que sejam proporcionados momentos agradáveis durante a internação. As melodias são oferecidas aos idosos através de dispositivos de mp3 com fones auriculares externos por 30 minutos, duas vezes ao dia. *O nome da paciente foi alterado para preservar a sua privacidade.


3 0 CU RTA S

SOCERGS 2018 O Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) esteve presente no

Controle de Infecção

Congresso SOCERGS 2018, realizado em Gramado (RS), nos dias

Profissionais do Serviço de Con-

16, 17 e 18 de agosto. A instituição contou com um estande e

trole de Infecção do HSL participa-

a participação ativa dos médicos do Serviço de Cardiologia em

ram do 16º Congresso Brasileiro de

palestras e na apresentação de mais de 20 trabalhos científicos.

Controle de Infecção e Epidemiolo-

Esse é o principal evento de área na Região Sul e um dos mais

gia Hospitalar. O chefe do Serviço de

relevantes do Brasil, com a presença de formadores de opinião

Controle de Infecção, Dr. Fabiano Ra-

da cardiologia gaúcha e nacional.

mos, a enfermeira Camila Piuco Preve e a farmacêutica Andressa Barros representaram o HSL coordenando FOTO: CAMILA CUNHA

mesas-redondas e atuando como palestrantes e avaliadores. Além disso, sete resumos de projetos produzidos dentro da Instituição foram aceitos e tiveram pôsteres expostos durante a atividade, que ocorreu entre os dias 7 e 10 de novembro de 2018.

Unidade Vila Fátima O Centro de Extensão Universitária Vila Fátima passou por uma reestruturação. Antes parte da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade, agora, o projeto é coordenado pelo Hospital São Lucas da PUCRS, sob o nome de Unidade Vila Fátima. A alteração tem o objetivo de habilitar o local para se tornar uma Unidade de Estratégia de Saúde da Família, estabelecendo processos assistenciais alinhados aos preconizados pela Secretaria Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde. Serão desenvolvidas ações de promoção, prevenção, tratamento, reabilitação e recuperação da saúde, mantendo o reconhecido vínculo com a população local, aliado à excelência acadêmica e ao trabalho com enfoque multidisciplinar. Lançado em 1980, o projeto esteve sob o comando do Dr. José Francisco Bergamaschi por 38 anos. Para marcar essa transição e homenagear o trabalho desenvolvido por Bergamaschi à frente da iniciativa, foi realizada uma cerimônia especial no local no dia 3 de setembro de 2018.

Recertificação ONA Após ser Acreditado com Excelência - Nível 3 pela Organização Nacional da Acreditação (ONA) em 2017, o Hospital São Lucas da PUCRS passou com sucesso pelo processo de recertificação durante o ano de 2018. A iniciativa demonstra o comprometimento de todas as áreas da HSL com a qualidade e a manutenção da excelência no atendimento. A visita de avaliação ocorreu entre os dias 11 e 12 de setembro de 2018.


31

FOTO: BRUNO TODESCHINI

Novidades na emergência SUS Para oferecer a melhor assistência e conforto aos pacientes e familiares, a emergência SUS (Adulto e Pediátrica) passou por um processo de restruturação da área física em dezembro de 2018. As mudanças incluíram a pintura das paredes, troca de piso, limpeza do ar condicionado e readequação do espaço. FOTO: ÉVELYN CENTENO

Congresso Nacional de Hospitais Privados As Gerentes de Práticas Assistenciais, Danieli Radu, e de Atendimento, Luciana Scarrone, representaram o HSL no Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp), um dos maiores eventos do segmento hospitalar no Brasil. Durante a atividade, aconteceu o lançamento do Manual de Efetividade e Práticas contra o Desperdício. A publicação reúne cases de sucesso dos hospitais da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) e conta com dois capítulos escritos pelos seguintes profissionais do nosso hospital: Luciane Janaina da Silva Carvalho e Luciana Ferle Scarrone e Eliézer Knob de Souza, Danieli Mota da Silva Radu e Maria Natália da Silva.

Dezembro de celebrações Dezembro é o momento de celebrarmos o Natal e a chegada do novo ano. Por isso, durante esse mês, o Hospital contou com diversas ações especiais. Na tarde do dia 19 de dezembro, no Parque Esportivo da PUCRS, aconteceu mais uma edição da Festa de Natal da Pediatria, com diversas atrações além da entrega dos presentes pelo Papai Noel. No final do dia, no hall de entrada do 2º andar, ocorreu a apresentação da pianista Mari Kerber e do Coral da PUCRS. Em seguida, o grupo levou muita música para os pacientes e colaboradores, percorrendo os corredores dos andares de internação cantando músicas natalinas. Já no 20 de dezembro, foi realizada a entrega dos panetones arrecadados pelo Serviço de Pastoral e Solidariedade durante todo o mês. Por fim, no dia 21 de dezembro, aconteceu a Missa de Natal com Presépio Vivo.


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