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Inovação e Eficiência no Monitoramento de Grãos Armazenados Via

Sensores de CO2

Através da tecnologia patenteada da GARTEN, o GAS METER monitora a concentração de CO2 nos silos de armazenagem, que relaciona diretamente com a qualidade da massa de grãos. Esse método de monitoramento, além de mais eficiente que outros métodos, é mais confiável, detectando alterações na massa de grãos até 5 semanas antes do sistema de termometria convencional.

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O armazenamento de grãos seguro e rentável depende da manutenção da qualidade e da integridade física (peso) do produto armazenado. Para que isso seja possível, variáveis físicas, químicas e biológicas devem ser controladas ao longo da estocagem.

O uso da termometria é uma forma de monitorar o que está acontecendo na massa de grãos, medindo a elevação da temperatura, mas a elevação da temperatura é uma consequência do processo metabólico dos grãos, da agressão dos mesmo por insetos e más condições de conservação. O tempo necessário para que a massa de grãos se aqueça e seja detectada pela termometria é muito grande, sendo que quando enfim é detectada pela termometria um grande prejuízo já foi causado e o dano é irrecuperável.

A fim de minimizar esses danos, a Garten desenvolveu o sistema de medição GAS METER, que é baseado na medição dos gases resultantes dos processos metabólicos dos grãos e ainda faz a análise e tomada de decisão para o perfeito controle de grãos armazenados. Essa tecnologia permite que se faça a aeração e conservação dos grãos no grau máximo de qualidade e segurança, pois não haverá aquecimento e consequente deterioração dos grãos ou perda de suas características.

Sendo a respiração e a emissão de CO2 um fator inerente não só dos grãos, mas também do metabolismo de organismos associados, os sensores de CO2 são altamente sensíveis e capazes de analisar a totalidade da massa de grãos com apenas um sensor instalado por silo. Isso é possível porque o equipamento é instalado na parte superior da estrutura (chapéu), e o CO2 gerado na massa de grãos é transportado para parte superior do silo via correntes de ar de convenção natural, possibilitando assim a medição do gás acumulado e suas alterações ao longo do armazenamento através do sensor único, sem a necessidade de periféricos adicionais distribuídos na massa de grãos.

As medições realizadas são enviadas para o sistema eletrônico de bordo, que é responsável pelo armazenamento e análise dessas informações em um banco de dados. Através dessas informações se faz o controle da aeração visando manter sempre dentro do silo as condições ambientais ideais para o armazenamento dos grãos.

Nas safras 2021 e 2022 foi realizado o acompanhamento e monitoramento da qualidade de grãos armazenados com diferentes teores de umidade (12,5% e 16%) no estado do Rio Grande do Sul. Durante o respectivo levantamento, os níveis de CO2 gerados pelos grãos secos (12,5% de umidade) e grãos úmidos (16% de umidade) foram comparados através da tecnologia Garten. Ao analisar o histórico de medições e a representação gráfica dos dados foi possível detectar comportamentos distintos entre grãos secos e úmidos, onde os níveis de CO2 de grãos úmidos (Figura 3: linha verde – silo 2) foram drasticamente maiores e com maior oscilação que os grãos secos (Figura 4: linha azul - silo 1), embora os dados de termometria de ambos os silos não apresentassem diferenças significativas

Além de sua alta eficiência no monitoramento da qualidade, com o uso do GAS METER é possível acessar ao longo do tempo o histórico de medições do dia, semana ou mês anterior (conforme ilustrado na Figura 2), facilitando assim a gestão da armazenagem.

O sensor Garten já faz parte da realidade dos armazéns do Brasil e tem sido uma ferramenta de destaque na manutenção da qualidade dos grãos e maximização de ganhos operacionais e financeiros.

Além de monitorar o comportamento distinto dos grãos em função do teor de umidade de armazenamento, os sensores de CO2 também auxiliam a indicar a presença de insetos e fungos na massa de grãos de forma prévia à ocorrência de perdas qualitativas e quantitativas drásticas, o que auxilia na tomada de decisão antecipada e no manejo assertivo.

Quando há presença de insetos, o aumento nos níveis de CO2 tende a ocorrer de forma drástica, sendo notoriamente perceptível durante a observação dos gráficos de leitura e histórico de dados (Figura 5).

Além da melhoria na eficiência de monitoramento, a tecnologia Garten permite maior agilidade e praticidade na inspeção dos grãos garantindo acesso rápido aos níveis de CO2 no interior dos silos via sistema IoT.

Através do sistema GAS METER, o usuário realiza seu login e visualiza de qualquer lugar todos os dados por meio de dispositivos digitais como notebooks, tablets e smartphones.

KSU iniciará a primeira fase da atualização da infraestrutura agrícola - Por: Arvin Donley

A Kansas State University (KSU) levantou US$ 81,4 milhões para uma atualização de infraestrutura de vários departamentos da Faculdade de Agricultura, incluindo o Departamento de Ciência e Indústria de Grãos, disseram representantes da universidade em uma recente entrevista exclusiva com editores da Sosland Editora Co.

O dinheiro inicial arrecadado com contribuições de doadores privados e corporativos, bem como US$ 50 milhões em dotações prometidas pela legislatura do Kansas, permitirá que a KSU inicie a primeira fase da atualização nos próximos meses. Espera-se uma segunda fase, mas fundos adicionais precisarão ser garantidos para que o plano se concretize, disse Ernie Minton, reitor da Faculdade de Agricultura da KSU e diretor de Pesquisa e Extensão K-State.

O plano inclui a desativação e demolição do Shellenberger Hall, que abriga o Departamento de Ciência e Indústria de Grãos desde 1960, e a construção de um novo prédio no lado norte do campus, disse Minton. Também fará parte da primeira fase a construção de um centro agronômico que abrigará o componente de pesquisa de campo do Departamento de Agronomia, incluindo o programa de melhoramento de trigo, e reformas no Weber Hall e no Call Hall do Departamento de Zootecnia.

O pontapé inicial do projeto de infraestrutura será a construção do centro agronômico, que Minton disse que deve começar no final deste ano e ser concluído em 2024. A construção do novo Centro Global de Inovação em Grãos e Alimentos ocorrerá logo em seguida.

“Nós nos preparamos para o que esperamos ser uma experiência estudantil inigualável e continuamos o sucesso que tivemos com a divulgação e o envolvimento da pesquisa”, disse Minton.

Minton disse que a legislatura estadual inicialmente comprometeu US$ 25 milhões com o plano e prometeu US$ 25 milhões adicionais em uma proporção de 1 para 3 se a universidade levantasse US$ 75 milhões. Susan Metzger, diretora associada de agricultura e extensão da KSU, disse que as doações arrecadadas pela universidade junto com o dinheiro prometido pelo estado colocam o total geral em cerca de US$ 125 milhões. Mas há mais arrecadação de fundos a ser feita.

“O projeto vai custar pouco mais de US$ 200 milhões quando tudo estiver pronto”, disse Metzger. “Fizemos grandes progressos aqui.”

Para atingir os US$ 81 milhões em doações, Metzger disse que a KSU recebeu US$ 51,1 milhões de doadores individuais, US$ 11,5 milhões de partes interessadas e organizações agrícolas e de commodities, US$ 10 milhões de parceiros da indústria e US$ 8,8 milhões da venda de um terreno. Isso incluiu uma doação de US$ 5 milhões do Kansas Farm Bureau e uma doação de US$ 4 milhões da Kansas Soybean Association and Commission, disse ela, observando que a universidade recebeu várias outras doações significativas, mas muitos dos doadores desejam permanecer anônimos.

Minton disse que a segunda fase do projeto incluirá renovação adicional para Weber Hall e Call Hall, bem como a construção de uma arena de competição de gado de última geração no extremo norte do campus, perto do Stanley Stout Center, outra instalação de ciência animal.

Minton disse que vários fatores exigiram o plano de construir um novo prédio para substituir as antigas instalações da Shellenberger. A primeira é que, como a maioria dos edifícios construídos há mais de seis décadas, ele se tornou obsoleto e sua condição física se deteriorou.

Enquanto isso, o Centro de Pesquisa e Inovação em Agronomia será construído a oeste do Complexo de Ciência de Grãos, que inclui o Hal Ross Flour Mill, O.H. Kruse Feed Mill, IGP Institute e outras instalações. Minton disse que ter esses departamentos aproximadamente no mesmo local “eliminaria as barreiras à colaboração interdisciplinar” que existem atualmente.

“Isso removerá as barreiras físicas que impedem os alunos que estão se formando em diferentes departamentos de interagir e estudar ao lado de alunos de outra disciplina”, disse ele. “Acreditamos que os problemas realmente difíceis que a alimentação e a agricultura enfrentarão nas próximas duas décadas não serão resolvidos por nenhuma disciplina. Será um esforço multidisciplinar, e achamos que isso também é verdade neste caso.”

“Projetamos salas de aula de grande porte que podem ser utilizadas tanto pela ciência animal quanto pela ciência dos grãos”, disse Minton. “Acho que o design inicial dos laboratórios realmente abre a colaboração com menos paredes, menos portas e muita mistura de ciências de cereais com outras em um espaço de laboratório coletivo maior e, além disso, que moderniza as instalações para fabricação de alimentos para animais de estimação também .”

Além de Weber Hall e Call Hall receberem a reforma necessária, o Departamento de Ciência Animal também espera levantar fundos suficientes para construir uma arena de gado de classe mundial que substituiria a arena localizada ao lado de Weber Hall.

Minton descreveu a instalação proposta como uma “arena do tamanho de apresentações com 3.000 lugares sentados que também possui camarotes de luxo. Terá um estacionamento completo com conexões de serviços públicos e os tipos de coisas que as pessoas que trazem gado precisarão para esse tipo de evento.”

Se o plano para a nova arena pecuária for concretizado, o Departamento de Zootecnia poderá “reaproveitar estrategicamente” a Weber Arena para vários usos.

Fuente: https://www.world-grain.com/articles/18092ksu-to-start-first-phase-of-ag-infrastructure-upgrade

Porto Ponta do Félix realiza operação inédita: transporte de trigo pela costa brasileira

O Porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, litoral do Paraná, concluiu nesta quarta-feira (08) uma operação inédita: a sua primeira navegação por cabotagem para a expedição do transporte de trigo. O cereal - produzido no Paraná e comercializado pela Coamo Agroindustrial Cooperativa - tem como destino os moinhos do Ceará. No total, foram embarcadas 15 mil toneladas do produto.

A cabotagem é uma modalidade de transporte marítimo que acontece pela costa litorânea, de um porto a outro dentro do próprio país.

Segundo o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan, a operação abre espaço para o aumento na movimentação de grãos e cereais pelo terminal. “A navegação de cabotagem ainda é pouco explorada no Brasil, e é uma forma de movimentar as riquezas produzidas pelo agronegócio pelo transporte marítimo. Esta é uma ótima opção quando a distância entre a origem e o destino ultrapassa 1500 quilômetros”, explica Birkhan.

Navegação de cabotagem

Até o ano passado, a modalidade era realizada apenas por navios de bandeira brasileira. A Lei da Cabotagem derrubou esta exigência e liberou progressivamente o uso de navios estrangeiros no país. “As novas regras devem estimular a navegação na costa brasileira, elevando a oferta de embarcações e reduzindo os custos do setor”, destaca Birkhan.

Para realizar a operação, o Porto Ponta do Félix possui a liberação, emitida pelo governo federal, para operar mercadorias em tráfego de cabotagem.

Neste ano, o Porto Ponta do Félix prevê aumentar em 65% a movimentação de cargas. O terminal é multipropósito, com capacidade para movimentar e armazenar diferentes tipos de cargas, como fertilizantes, açúcar ensacado, sal, malte, trigo, pellet de madeira e alimentos. "Investimos cada vez mais na customização do serviço, para atender a demanda dos clientes e assim aumentamos também a diversidade dos itens movimentados", afirma o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan.

Novos investimentos

Ao longo dos próximos meses, o Porto Ponta do Félix também contará com novos armazéns, que possibilitam o aumento de 85% da capacidade de armazenagem, passando de 280 mil toneladas para 520 mil toneladas, de forma gradativa.

“O incremento da capacidade estática abre mercados em novos segmentos. Temos também no cronograma das operações, por exemplo, além da cabotagem de trigo, a importação de barrilha, que é um produto a base de sódio usado pela indústria para a produção de alimentos”, ressalta Birkhan.

Neste início de ano, o Porto também completou os investimentos em novas defensas marítimas, equipamentos que proporcionam mais segurança durante a atracação dos navios. As defensas servem para amortecer o impacto resultante do encontro entre um navio e a estrutura de atracação, reduzindo os riscos de avarias.

“Primamos pela segurança e, com relação às embarcações, não pode ser diferente. As melhorias devem atrair ainda mais navios para Antonina, por seguir rigorosamente os padrões de instalações portuárias seguras a nível mundial”, finaliza Birkhan.

Porto Ponta do Félix

O Porto Ponta do Félix é uma empresa privada, concessionária do terminal portuário público multipropósito de Antonina -- fundada em 1995.

A concessão se deu através de contrato de arrendamento outorgado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina -- APPA.

Em 2000, foi inaugurado o cais de atracação e iniciou-se exportação de produtos refrigerados, produtos florestais e aço.

Em 2009, a FTS Par assumiu a gestão do Porto Ponta do Félix e iniciou uma nova fase nas diretrizes do contrato de arrendamento do Terminal Portuário, focado principalmente na conversão da vocação do terminal, antes predominantemente de carga refrigerada, para carga geral e a granel.

Agora você pode encomendar Granos 151

Apresentamos a última edição de nossa prima-irmã a revista Granos (em espanhol).

Entre outros temas, são apresentadas informações sobre: Sementes forrageiras, o que entendemos quando dizemos "A qualidade de uma semente se faz no campo."; Conservação de grãos em zonas tropicais e subtropicais; Comparação do frete rodoviário de grãos na Argentina em relação ao Brasil e aos Estados Unidos; Rendimento e qualidade do trigo na região centro do país; Cálculo abrangente do custo de secagem; O campo sempre presente; Pragas, quebrando as regras; Foco na Argentina. Prestigiosas empresas do Brasil, Turquia, Canadá, Bélgica e de outras partes do mundo participam desta publicação, que já cumpriu 27 anos e chega a todos os países de língua espanhola.

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