Revista Grãos Braisl - Edição 101

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ADVERTÊNCIA: Proteção à saúde Humana, Animal e ao Meio Ambiente. Esse produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita ou faça-o a quem não souber ler. Aplique somente as doses recomendadas. Mantenha afastadas das áreas de aplicação, crianças, pessoas desprotegidas e animais domésticos. Não coma, não beba e não fume durante o manuseio do produto. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. Informe-se sobre o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Primeiros Socorros e demais informações, vide o rótulo, bula e a receita. Evite a contaminação ambiental, preserve a natureza. Não lave as embalagens ou equipamentos em lagos, fontes, rios e demais corpos d'água. Não reutilize as embalagens vazias. Descarte corretamente as embalagens e restos ou sobras de produtos. Periculosidade ambiental e demais informações, vide o rótulo, a bula e a embalagem. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO E SIGA CORRETAMENTE AS INSTRUÇÕES RECEBIDAS. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO. Endereço: Av. Antônio Bernardo, 3.950 - Parque Industrial Imigrantes - São Vicente / S.P. CEP: 11349-380 - Tel: +55 13 3565-1208 - faleconosco@bequisa.com - www.bequisa.com.br


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EDITORIAL

Caros Amigos e Leitores Ano XVII • nº 101 Março / Abril 2020

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Diretor Executivo Domingo Yanucci

Colaboradores Antonio Painé Barrientos Maria Cecília Yanucci Victoria Yanucci

Matriz Brasil Rua dos Polvos 415 CEP: 88053-565 Jurere - Florianópolis - Santa Catarina Tel.: +55 48 991626522 / 3304 6522 E-mail: graosbr@gmail.com gerencia@graosbrasil.com.br Sucursal Argentina Rua América, 4656 - (1653) Villa Ballester - Buenos Aires República Argentina Tel/Fax: 54 (11) 4768-2263 E-mail: consulgran@gmail.com Revista bimestral apoiada pela: F.A.O - Rede Latinoamericana de Prevenção de Perdas de Alimentos -ABRAPOS As opiniões contidas nas matérias assinadas, correspondem aos seus autores. Conselho Editorial Diretor Editor Flávio Lazzari Conselho Editor Adriano D. L. Alfonso Antônio Granado Martinez Carlos Caneppele Daniel Queiroz Jamilton P. dos Santos Maria A. Braga Caneppele Marcia Bittar Atui Maria Regina Sartori Sonia Maria Noemberg Lazzari Tetuo Hara Valdecir Dalpasquale

Esperamos que se encontrem muito bem, cumprindo com solidaridade e bom senso os trabalhos que cada um tem. A realidade nos põe a prova uma vez mais e nos desafia a ser criativos, organizados, disiplinados e eficientes. Nós, na nova etapa depois de superar as 100 edições, chegamos com informações de utilidade sobre diversos assuntos de nossa especialidade. Por isso agradecemos aos prestigiosos profissionais que aportam seus conhecimentos e experiências. Agradecemos tambem as empresas e instituições que concordam em ajudar a capacitação do setor, já que é um bom negócio para todos. Nesta época de crise, da qual sem dúvida vamos sair fortalecidos, vemos como ferramentas como a Grãos Brasil e a Granos, continuam cumprindo seu rol de comunicação de informações técnicas de utilidade. Infelizmente não podemos estar proximos fisicamente, já que normalmente diferentes pontos do Brasil e da Latinoamerica são visitados por nós, mas sabemos que vocês recebem nosso trabalho, o apreciam e o compartilham com seus colegas. Já falamos que a Pós colheita de Precisão é nossa indescutivel finalidade, pois ela nos permitira maior eficiência, e conhecer à distância a situação dos grãos, reduzir a mão de obra, mehorar o nivel dos responsáveis, diminuir notavelmente as perdas qualiquantitativas, enfim entrar em um novo patamar. Lembremos que chegar à PÓS COLHEITA DE PRECISÃO requer o uso do SAMC (Sistema de Amostragem, Monitoramento e Controle) em todos os setores e cada uma das etapas que temos na manipulação dos grãos e sementes. Obrigado por suas sugestões e por contribuir que a mensagem da Grãos Brasil chegue a todos os setores, a cada um dos distintos ramos de atuação e assim confirmaremos a expressão de que SEREMOS O CELEIRO DO MUNDO! Que Deus abençoe suas famílias e trabalhos. Um forte abraço.

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Revista Grãos Brasil - Março / Abril 2020


SUMÁRIO

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04 CONTROLE DE QUALIDADE NA ARMAZENAGEM DE LEGUMINOSAS - FONTE PROTÉICA DO SECULO XXI - Milena de Oliveira Dutra Bacharel e PhD. Vildes Maria Scussel 09 CONTEINERS: Prevenção da Condensação de Produtos em Bolsas - Eng. Shlomo Navarro e Hagit Navarro 15 GRÃOS: Infecção e Colonização - Prof. Dr. Sergio P. Severo de Souza Diniz 17 SECAGEM COM FORNALHA EFICIENTE - Componente 20 TRILLER EC - Bequisa 22 TOMRA Food traz novidade para o Brasil e apresenta a tecnologia BSI+ - Tomra Food 25 COVID-19: UM VIRUS QUE MEXE E VIRA O MUNDO DO AVESSO - Soja: uma visão para curto prazo - Oswaldro J. Pedreiro 28 ANTE A EMERGÊNCIA, IICA prioriza e fortalece o apoio aos esforços para garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade do agro - IICA 31 ADM DESTINA US$ 1 MILHÃO PARA O COMBATE AO COVID-19 - ADM do Brasil 33 BRASIL colhe 123,5 milhões de toneladas de soja 36 Utilíssimas 38 CoolSeed News 41 Não só de pão... Críticas e Sugestões: gerencia@graosbrasil.com.br NOSSOS ANUNCIANTES

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CONTROLE DE QUALIDADE NA ARMAZENAGEM DE LEGUMINOSAS - FONTE PROTÉICA DO SECULO XXI INTRODUÇÃO Segundo a FAO (2001), a humanidade está enfrentando a tarefa de aumentar a produção de alimentos em 70% devido ao rápido aumento populacional. Conforme estimado por especialistas, cerca de 20% das crescentes necessidades alimentares podem ser satisfeitas através do utilização de mais terra na rotação de culturas, em cerca de 10%. Assim, melhorando a produtividade. O restante deve utilizado no cultivo de grãos promissores no que diz respeito ao aporte de PROTEÍNAS DE BAIXO CUSTO. Portanto, a busca por fontes alternativas de PROTEÍNA se torna importante, e vem sendo responsável por um crescente aumento no consumo de leguminosas, sejam elas in natura ou como ingrediente de produtos alimentícios, bem como de seu extrato em nutracêuticos. LEGUMINOSAS E PROTEINAS Por se tratarem de alimentos protéicos de origem vegetal, sem lactose, e na maioria, de origem não transgênica - as leguminosas atenRevista Grãos Brasil - Março / Abril 2020

Milena de Oliveira Dutra Bacharel - Ciência e Tec. de Alimentos

PhD. Vildes Maria Scussel Profa. Ciência dos Alimentos vildescussel_2000@yahoo.co.uk LABMICO Depto de Ciência e Tecnologia de Alimentos Centro de Ciências Agrárias Universidade Federal de Santa Catarina www.labmico.ufsc.br


QUALIDADE dem ao perfil de consumidores que tem estado em alta (vegetarianos/veganos, alérgicos à proteína do leite, intolerantes à lactose e contrários ao consumo de alimentos modificados geneticamente). Além da soja (Glycine max L.) e do feijão (Phaseolus vulgaris L.), de maior produção no Brasil, porem também na India e em vários outros países do Oriente, têm se destacado também o grão de bico (Cicer arietinum L.), a lentilha (Lens culinaris L.), a ervilha (Pisum sativum L.) e o amendoim (Arachis hypogaea L.), cuja produção ainda está em crescente expansão (Figura 1). Além de serem leguminosas reconhecidamente ricas em proteínas, muitas delas são também ricas em ácidos graxos insaturados (Ω: 3, 6 e 9), o que confere valor agregado ao produto e boa opção de consumo. A Tabela 1 apresenta uma comparação na porcentagem de proteínas contida em diferente leguminosas. Cabe salientar que para cada cultivar e tipo de leguminosa existe uma faixa variável de conteúdo proteico. Pode ser observado a seguinte ordem de acordo com a quantidade proteica em ordem decrescente: SOJA > AMENDOIM > FEIJÃO > LENTILHA > GRÃO DE BICO > ERVILH Entretanto, para a obtenção de uma matéria-prima (de alto teor proteico) segura e de qualidade para a indústria e comercialização, é necessário que sejam realizadas adequadamente diferentes etapas (pré-limpeza, limpeza e seleção dos grãos) antes de submeter à armazenagem (tempo que pode variar de dias, semanas até meses/anos) para posterior envio ao mercado consumidor. Esse preparo (etapas) para a armazenagem elimina e/ou reduz impurezas físicas (sílica, restos da planta, pedregulhos, etc) e contaminantes (insetos e outros organismos vivos – grãos embolorados - em especial contendo fungos de campo - Fusarium, Cladosposium, Alternaria-Figura 4). FATORES DA ARMAZENAGEM QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DE LEGUMINOSAS É se suma importancia que as condições de armazenagem sejam rigorosamente controladas, garantindo a preservação dos componentes das leguminosas. Principalmente o teor e manutenção das características de suas proteínas (além de carboidratos e lipídios) para obtenção de um produto final seguro e de qualidade(Nasar-abbas et al, 2008). Dentre os principais parâmetros de qualidade a serem considerados durante a armazenagem de leguminosas e que podem

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interferir nas proteínas (inclusive na ação catalítica das enzimas), destacam-se:

Um descuido de um destes parâmetros pode levar a um efeito cascata de descontrole dos componentes. Cabe salientar que alterações nesses parâmetros podem viabilizar desenvolvimento de organismos vivos. • Esses durante seu desenvolvimento irão consumir nutrientes, inclusive proteínas. • Proliferação de microrganismos, insetos e ácaros. Figura 2 - Etapas da armazenagem

Figura 1 - LEGUMINOSAS (soja, grão de bico, ervilha, lentilha, amendoim, feijão) - alimentos ricos em proteína de baixo custo e ácidos graxos poli-insaturados e essenciais Tabela 1 - Porcentagem de proteína na composição centesimal de diferentes leguminosas

Tiwari et al (2012); Vieira et al (1999); Atasie et al (2009); Iqbal et al (2006); Bhatty et al (1976); Radhakrishnan et al (2016); Shelepina et al (2016); Vieira (1999) afaixa entre diferentes variedades/cultivares (Dutra et al, 2018)

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Temperatura - especialmente em estações ção e reações oxidativas por atividades de fungos / quentes e países tropicais, como o Brasil, a tem- bactérias e insetos / ácaros a carboidratos e lipídios, peratura deve ser rigorosamente controlada, e é respectivamente), levando à desnaturação da prodiretamente proporcional à taxa de respiração dos teína (incluindo a inativação de enzimas que afegrãos. Portanto, uma temperatura elevada nos si- tam a catálise) (Klupsaite et al, 2015). Além disso, a los pode intensificar os processos respiratórios dos infestação / infecção de organismos vivos (insetos, grãos, e consequentemente, aumentar a formação ácaros e fungos) pode levar à redução de proteíde água e calor, que podem aumentar o risco de nas (componentes consumidos pelos organismos contaminação biológica. Da mesma forma, a ativi- vivos), interferindo assim na quantidade. Também dade enzimática é acelerada (gerando oxidação de resíduos de pesticidas (de aplicações de campo e componentes lipídicos e outras reações de degra- armazenamento) e as micotoxinas (leguminosas dação) até que a temperatura dos grãos se eleve ao infestadas por fungos toxigênicos) desempenham ponto de ocasionar a desnaturação das proteínas e um papel na contaminação de extratos proteicos conseqüente inativação enzimática (Klupsaite et al, de ervilhas / lentilhas (Cegielska et al, 2003). Em re2015). Sendo assim, se torna importante a aeração lação às impurezas, que podem vir do campo (mados silos, permitindo a remoção do calor, uniformi- téria estranha e leguminoas contaminadas / detedade da temperatura do sistema, e uma menor de- rioradas / contaminadas por toxinas), apesar de sua pré-limpeza e limpeza, elas também podem levar terioração dos grãos. Umidade e pH - a produção de água provenien- a contaminação ao pulso no armazenamento (Wate de um aumento na taxa respiratória das legumi- liyar et al, 2014). nosas e/ou de um tempo prolongado de armazeCONTAMINANTES E CONDIÇÕES DE ARMAZEnamento das mesmas, pode ser responsável pelo aumento de umidade do sistema. Desta forma, a NAMENTO Está se tornando cada vez mais aparente que, atividade de água também é aumentada, ocasionando em um aumento do risco de contaminação embora a maior parte do suprimento de alimentos biológica, bem como em uma elevada taxa de rea- seja segura e nutritiva, alguns riscos são inevitáveis. ções bioquímicas (fermentação e deterioração dos A própria natureza da sociedade industrial, que ingrãos), o que pode levar a uma redução do pH dos clui uma parte substancial da população mundial, aumentou o risco de os alimentos serem contamigrãos. nados por uma ampla variedade de produtos quí CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM E QUALIDA- micos introduzidos no ambiente pelo homem, intencionalmente ou acidentalmente além da ação DE DAS PROTEINAS Existem mudanças físico-químicas e biológicas dos organismos vivos (Hathcock, 2012). A infestaque ocorrem durante o armazenamento de legu- ção / infecção, por insetos, ácaros e fungos, pode minosas e afetam consideravelmente a qualidade levar à redução de proteínas (componentes consue a quantidade de seus componentes. Portanto, as midos por organismos vivos), interferindo assim na condições de armazenamento requerem um cui- quantidade. Além disso, micotoxinas (produzidas dado especial para manter a qualidade e a segu- por fungos) desempenham um papel importante rança da matéria-prima utilizada na extração de na contaminação de grãos. As micotoxinas podem proteínas (Nasar-abbas et al, 2008). Os dados rela- vir do campo ou serem produzidas durante a artados na literatura (especialmente durante as esta- mazenagem, no caso de haver presença de fungos ções quentes) levam à sua desnaturação. A inativa- toxigênicos (produtores de toxinas). Sendo assim, ção começa a ocorrer a uma temperatura em torno devem ser respeitadas todas as etapas de pré-limde 35°C. O mesmo para a umidade, pois a maioria peza, redução e limpeza até o armazenamento dos das proteínas possui forma globular e o baixo teor mesmos. Fungos e Toxinas - um alto número de metade umidade e atividade da água (aw) levam à alteração da estrutura 3D (o oposto - alto teor de umidade - leva Tabela 2 - Parâmetros de armazenagem - principais alterações causadas em leguminosas à proliferação de organismos vivos). Isso inclui também o tempo de armazenamento, que, quando as leguminosas são mantidas em condições adversas por muito tempo, elas podem adicionar reações aos outros componentes e, portanto, às proteínas (Labuza et al, 1982). Em relação ao pH, sua redução causa alterações das leLabuza et al (1982), Nasar-abbas et al (2008), Waliyar et al (2014), Klupsaite et al (2015) guminosas (devido à fermentaRevista Grãos Brasil - Março / Abril 2020


QUALIDADE bólitos microbianos tóxicos contamina os produtos agrícolas devido à diversidade de espécies de fungos e bactérias que os colonizam do campo ao armazenamento (Maciorowski et al, 2007). Um dos efeitos mais importantes da decomposição pós-colheita de sementes e alimentos por fungos é a indução de micotoxicose em animais e seres humanos, causada por alimentos e rações consumidos por invasores toxigênicos - fungos filamentosos que podem contaminar alimentos, rações e matérias-primas (Amadi et al, 2009; Scussel et al, 2018). As micotoxicoses causadas por fungos, como Aspergillus, Penicillium, Fusarium e Stachybotrys, resultam em doenças graves e pode levar a morte. Aspergillus e Penicillium produzem suas toxinas principalmente em leguminosas armazenadas embora a infecção de sementes geralmente ocorra no campo. Adams (1977) relatou que fungos de armazenamento, especialmente Aspergillus, Penicillium, Rhizopus e Mucor, infectam grãos após a colheita e podem crescer sobre eles durante o armazenamento, embora outros fungos toxigênicos também sejam encontrados em leguminosas, esses, no campo - como Alternaria, Trichoderma, Fusarium, Paecilomyces, Chaetomium e Acremonium. Geralmente, as micotoxinas têm sido implicadas como agentes

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causadores de diferentes distúrbios de saúde (Ciegler e Bennett, 1980). Tanto os fungos toxigênicos quanto as micotoxinas que eles produzem são problemas potenciais em termos econômicos (Figuras 3 e 4). As flatoxinas são as micotoxinas mais populares e mais difundidas, e sabe-se que são produzidas por diferentes espécies de Aspergillus (A.flavus, A. parasiticus, A. nomius, A.oryzae e A.terreus). ), sendo o órgão alvo o fígado – é hepatoxica e carcinogênica (Scussel et al, 2018). Enquanto mais de 25 espécies diferentes de fungos são conhecidas por invadir grãos e leguminosas armazenadas, espécies de Aspergillus e Penicillum são responsáveis pela maior parte dos danos causados por deterioração e germes durante o armazenamento, causam redução na qualidade do cozimento / cozimento, valores nutritivos, produzem odores e cores indesejáveis, também alteram a aparência dos grãos de qualidade alimentar armazenados, além de tornar os produtos inaceitáveis para fins comestíveis ou reduzir sua qualidade do mercado (Embaby et al, 2003). Portanto, É necessário manter boas condições de armazenamento, pois podem levar a modificações nas proteínas físicas, químicas, enzimáticas ou genéticas, alterando sua funcionalidade e os produtos finais da indústria de alimentos (Klupsaite et al, 2015).

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Figura 3 - . Fungo de armazenagem Aspergillus flavus visualizado em (a) microscopia óptica [400X] e (b) meio de cultura Potato Dextrose Agar (Martins et al., 2018).

(a) - Alternaria sp. (toxigenico)

(b) - Cladosporium sp.

(c) - ) Fusarium sp. (toxigenico) Figura 4 - Fungos de campo deteriorantes e toxigenicos (Scussel et al, 2018 - modificado)

CONSIDERAÇOES FINAIS As leguminosas são amplamente cultivadas e consideradas ótimo recurso alimentar (fornte de proteinas), uma vez que possui fácil adaptação a diferentes climas e é altamente nutritivo. É considerado mais adequado para a preparação de isolados de proteíRevista Grãos Brasil - Março / Abril 2020

nas devido ao seu alto teor proteico. As condições de armazenamento (temperatura / umidade prejudicada / agressiva) podem levar à modificações físicas, químicas, enzimáticas ou genéticas das proteínas, alterando sua funcionalidade, interferindo também nos produtos finais das indústrias alimentícias


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Eng. Shlomo Navarro Green Storage Ltd snavarro@013.net

Hagit Navarro Green Storage Ltd Tom deBruin GrainPro Philippines Inc. SBDMC Industrial Park Philippines.

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Conteiners: Prevenção da Condensação de Produtos em Bolsas Os contêineres desempenham um papel importante no manuseio e transporte de muitos produtos agrícolas. Muitos produtos agrícolas secos são enviados em sacos com capacidade de 25 a 60 kg. Entre eles, os mais comuns são: café, cacau, todo tipo de nozes comestíveis, legumes, feijão ou feijão, arroz e especiarias. Em princípio, todos esses produtos podem sofrer danos por condensação durante o transporte do navio. A condensação e a migração de umidade causam um aumento no teor de umidade dos produtos agrícolas armazenados, o que pode causar sérios danos como resultado da atividade fúngica. Esse fenômeno é típico em particular de produtos transportados em contêineres enviados ao exterior durante viagens relativamente longas de várias semanas e, portanto, expostos a flu-

tuações de temperatura, especialmente quando a carga é exposta a um clima quente e frio alternativo. A exportação de amendoim de Israel para a Europa é feita em contêineres e a viagem dura aproximadamente 3 semanas. A alta temporada de processamento e exportação desses amendoins de Israel é de outubro a novembro. Este também é o momento das condições ambientais mais favoráveis que causam condensação, principalmente devido às flutuações extremas de temperatura que prevalecem no clima mediterrâneo nesta época do ano e às temperaturas no destino. Às vezes, parte do produto nos contêineres chega à Europa com danos iniciais no molde e é rejeitada. A maior parte dos danos observados até agora em contêineres enviados de Israel foi restrita à camada superior da www.graosbrasil.com.br


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pilha e foi atribuída ao aparecimento de condensação. Não temos dados oficiais sobre a extensão dos danos de outros países. Temos apenas informações confidenciais fornecidas pelos comerciantes. Um comerciante de grãos de cacau que manipula 20.000 contêineres anualmente, informa que os danos de condensação nos contêineres podem variar de 10% a 50%. Vários métodos foram utilizados para evitar a condensação. Isso inclui o uso de desumidificadores mecânicos e materiais de embalagem processados ou não higroscópicos e a ventilação de recipientes (Anonymous, 1974). No entanto, observou-se que, em muitos casos, os contêineres para fins especiais para satisfazer a demanda sazonal não são econômicos (Sharp et al, 1979). O principal objetivo de nossa pesquisa foi estudar a aparência da condensação. Além disso, investigamos a eficácia do cloreto de cálcio na prevenção de danos causados pela umidade e um novo método baseado em sacolas grandes chamado TranSafeliner (TSL) para reduzir a intensidade da condensação. O estudo sobre o aparecimento de condensação e evidência de eficácia do cloreto de cálcio foi amplamente baseado no trabalho realizado por Navarro e Paster (1987). O estudo TransSafeliner foi possível devido à cooperação com um grande processador de grãos de cacau. Materiais e métodos Estudo de condensação Quatro contêineres de metal de 20 pés (dimensões internas de 2,43 m de largura, 2,37 m de altura e 5,3 m de comprimento) foram colocados no pátio de uma planta de processamento de amendoim em Kefar Saba, Israel. As aberturas dos contêineres estavam voltadas para o sul, a distância entre os contêineres era de 60 cm. Os contêineres foram carregados com sacos contendo amendoim sem casca (cultivar Shulamit) com um teor médio médio de umidade (mc) (10 amostras aleatórias) de 7,7% e 8,5% para amendoim sem casca e sem casca, respectivamente. Os sacos foram colocados em camadas de 30 sacos cada um para formar uma pilha a uma altura de seis camadas e colocados em paletes. Portanto, cada contêiner continha 180 sacos (aproximadamente 5.400 kg de amendoim).

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A temperatura foi medida usando cabos de termopar instalados dentro de cada contêiner da seguinte maneira: Dois pontos de amostragem foram presos ao teto de metal, dois pontos no centro de dois sacos separados localizados na camada superior da pilha, um ponto em uma bolsa localizada no centro da camada intermediária e um ponto preso ao piso de metal. Além disso, a temperatura ambiente e a temperatura da superfície externa do telhado de metal de cada recipiente foram medidas usando termopares. Todos esses cabos de termopar foram agrupados e conectados a um gravador de temperatura múltiplo que registrava intermitentemente (a cada hora) a temperatura do mesmo ponto. A temperatura do ar e a umidade relativa (H.R.) dentro de cada recipiente foram registradas usando dois termo-higrômetros com uma tabela semanal de registros. Um termo-higrômetro foi colocado na pia e o outro no chão, perto da porta. Capacidade de absorção de cloreto de cálcio Para testar a capacidade de absorção de umidade, cloreto de cálcio (classe técnica) (em lotes de 4-5 kg) foi colocado em caixas de papelão revestidas de plástico. As caixas foram colocadas na camada superior de cada pilha e os recipientes foram fechados. As quantidades de cloreto de cálcio utilizadas foram 30, 60 e 120 kg por recipiente, enquanto um quarto recipiente sem cloreto de cálcio serviu como controle. No final do período de armazenamento, 21 amostras de amendoim foram retiradas de cada recipiente. Essas amostras foram analisadas quanto à umidade, usando o método padrão da International Seed Testing Association (Anonymous, 1966). O estudo foi realizado entre outubro e novembro e durou 3 semanas. Teste TranSafeliners (TSL) O TranSafelinerTM é feito de um filme de polietileno multicamada transparente de 100 mícrons de espessura que possui propriedades superiores de barreira à umidade e gás. Esses revestimentos são adequados para contêineres de 20 e 40 pés para produtos a granel ou ensacados. TSLs são fabricados pela GrainPro Inc. Embora os TSLs sejam utilizados desde 2008, sua


TECNOLOGIA eficácia foi avaliada empiricamente. No presente trabalho, as observações feitas em contêineres de 40 pés com grãos de cacau são relatadas devido à cooperação bem-sucedida com um grande processador de grãos de cacau. Dos 7 contêineres, 3 continham grãos de cacau dentro do TSL, 3 continham um dessecante (cada contêiner de 40 pés tinha 6 sacos "cobertor Clariant" destinados a proteger contra a umidade durante o transporte) e, em um contêiner, a pilha de grãos de cacau o cacau era coberto por um revestimento comum de polietileno, fornecendo condições não herméticas. Os 7 contêineres foram carregados na Costa do Marfim e esvaziados após 55 dias na Malásia. A viagem de barco ocorreu entre agosto e setembro de 2019. Após a chegada a um porto da Malásia, TSLs e contêineres não TSL foram examinados quanto a danos de condensação. Além disso, foram coletadas amostras de grãos de cacau durante a descarga dos contêineres. Eles foram analisados para determinar o teor de umidade e os ácidos graxos livres (AGL).

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nas condições de teste. Uma tendência semelhante foi observada quando H.R. foi analisado nas camadas inferiores dos recipientes. A média máxima de H.R. registrado no piso do recipiente tratado com cloreto de cálcio de 120 kg foi o mais baixo (75%) (Tabela 2). A comparação do teor de umidade dos amendoins (sem casca e sem casca) do recipiente de controle e do conteúdo do recipiente tratado com cloreto de cálcio de 30 kg (Tabela 3) mostrou que, para a máxima H.R. (93%) registrados em ambos os recipientes (Tabela 2), a umidade era esperada para ser semelhante. No entanto, os resultados mostrados na Tabela 3 indicam que, para o recipiente tratado com cloreto de cálcio de 30 kg, foi registrada menor umidade do que o controle. Em nossa opinião, essa diferença pode ter sido derivada da capacidade de absorção do cloreto de cálcio, que encurtou o período de umidade máxima que predominava no espaço superior (UR> 93% durou 101h no controle, comparado a 66h no recipiente com 30 kg de cloreto de cálcio). O teor de umidade dos amendoins sem casca na camada superior das sacolas superiores no contêiner de controle aumentou para 9,9% (Tabela 3). O balanço de umidade do amendoim sem casca a 93% r.h. é 16% (Pixton e Warburton, 1971). Esse balanço de umidade não foi alcançado, pois são necessários tempos de exposição superiores à duração do teste de três semanas para atingir esse nível. O maior aumento de umidade foi registrado no contêiner de controle, especialmente na camada superior da bolsa superior, e os valores de umidade progressivamente mais baixos foram registrados nas camadas inferiores. A comparação da umidade inicial (8,5%) dos amendoins com casca com a registrada no final do teste nas camadas inferiores indica que esses amendoins secaram (a um nível de 7,5% com casca). Levando em consideração o peso dos amendoins na camada superior dos sacos, calculou-se que 16L de água eram necessários para causar um aumento de umidade de até 10,2% (com casca). Como os contêineres permaneceram fechados durante o teste, assumiu-se que a quantidade de água necessária para esse aumento de umidade fosse fornecida endogenamente pelos amendoins localizados

Resultados e discussão A condensação ocorrerá quando houver um gradiente de temperatura e uma fonte de umidade (Anonymous, 1974). Em nosso teste, os gradientes de temperatura dentro dos contêineres foram aparentemente iniciados por flutuações diárias na temperatura ambiente e exposição dos contêineres ao aquecimento solar direto. O H.R. do ar dentro dos contêineres e o teor de umidade dos amendoins eram fontes de umidade que potencializavam o fenômeno da condensação. As flutuações de temperatura dentro dos recipientes foram registradas ao longo do experimento. Uma similaridade próxima foi registrada entre as temperaturas nos respectivos pontos de amostragem instalados em cada recipiente. A Tabela 1 mostra que flutuações extremas de temperatura (de um mínimo médio de 16,4 ° C a um máximo de 39,4 ° C), que podem causar condensação de água, ocorreram perto do teto. De fato, quando a temperatura no espaço superior dos recipientes era de 39,4 ° C, a umidade relativa no mesmo local era de 43% (Tabela 2). Sob essas condições, a análise usando uma tabela psicrométrica indicou que o resfriamento do teto a registradas em diferentes locais 23,5 ° C pode levar o ar ao seu ponto Tabela 1 - Temperaturas máximas e mínimas médias 0 de orvalho, e qualquer resfriamento dentro dos contêineres e temperatura ambiente ( C) adicional pode causar condensação de água. Essa foi a situação em que o teto de cada contêiner foi resfriado a 16,4 ° C (durante a noite). Posteriormente, a média máxima de H.R. O espaço superior foi de 93% (no controle e no recipiente tratado com Tabela 2 - Umidade relativa máxima e mínima média (%) registrada durante o teste no cloreto de cálcio de 30 kg, Tabela 2). espaço superior e no piso dos contêineres. No entanto, a média máxima de H.R. registrados nos vasos tratados com doses de cloreto de cálcio superiores a 30 kg estavam na faixa de 82 a 89%, indicando a influência do cloreto de cálcio na absorção de umidade

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na camada inferior dos contêineres. Este fenômeno foi pientes tratados com cloreto de cálcio, os fungos não detectável mesmo em maior intensidade também em eram visíveis. A umidade crítica para armazenamento seguro de todos os recipientes tratados com cloreto de cálcio. Uma conclusão importante dessa informação é que, a água amendoim (equilíbrio de 70% de umidade relativa) é de necessária para o fenômeno da condensação derivava 25 ° C, 7,2% (Pixton e Warburton, 1971), enquanto a umidos amendoins que estavam nas camadas inferiores da dade máxima registrada na camada superior do contêiner de controle foi de 9,9% e em nenhum dos recipienpilha. A presença de cloreto de cálcio adjacente influenciou tes tratados ultrapassou 7,4% (Tabela 3). Esses valores de fortemente o mc das nozes na camada superior da saco- umidade relativamente baixos explicariam a ausência la superior (Tabela 3): quanto maior a dose de cloreto de de mofo visível nos recipientes tratados. Os dados acima indicam a eficácia do uso de cloreto cálcio aplicada, maior a diferença em mc entre a casca e o cascas de amendoim retiradas da camada superior de cálcio para evitar excesso de condensação e a infecdas sacolas superiores. Uma possível explicação para ção visível resultante do mofo. Pela experiência adquiesse efeito pode ser que, no final do teste, o cloreto de rida até o momento, parece que, embora a adição de cálcio tenha perdido parte de sua capacidade de seca- cloreto de cálcio reduza a intensidade da condensação, gem e, proporcionalmente à dose original, tenha deixa- o método não era aplicável, ele deveria ser aprimorado do as nozes umedecerem. Embora a casca recuperasse para o uso prático de remessas em contêineres. a umidade, os grãos retinham o mc antes que o efeito de Resultados alcançados com TSL umedecimento pudesse ser detectado. O princípio de operação do TSL baseia-se na estanDurante o processo de descarregamento, todos os sacos foram abertos e inspecionados superficialmente queidade do gás alcançada, que isola o produto do esquanto à infecção visível por fungos. Tabela 3 - Teor médio de umidade (± SE) de amendoim sem casca e sem casca retirado de Além disso, amendoins de sacos se- diferentes locais em contêineres no final do teste. lecionados aleatoriamente de diferentes camadas foram espalhados sobre um revestimento plástico e todo o seu conteúdo também foi examinado visualmente quanto a mofo. Essas inspeções revelaram que os fungos estavam presentes apenas nos amendoins localizados na camada superior do recipiente de controle, enquanto em todas as outras amostras retiradas dos reci-

Caminhão com TSL - Detalhe

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Caminhão carregado com TSL

Caminhão vazio com TSL


TECNOLOGIA paço superior da pilha. Esse isolamento impede a migração de umidade do produto para o espaço superior. Isso evita o equilíbrio diário da umidade dos grãos com o aumento da temperatura do espaço aéreo no espaço superior. Primeiro, o espaço superior não tem acesso à umidade dos grãos. O efeito do aquecimento do espaço superior sem a umidade dos grãos reduz apenas a umidade relativa do ar, o que torna o espaço superior muito seco. Segundo, os grãos no TSL são isolados das correntes de convecção do ar ao redor da pilha. Portanto, o teor de umidade seguro no TSL permanecerá quase inalterado. Além disso, a camada de ar entre o teto e o TSL serve como isolamento, reduzindo as chances de afetar a temperatura do ar no TSL. As chances de alguma condensação dentro do TSL estariam lá quando houver um gradiente extremo de temperatura entre a temperatura do ar dentro do TSL e o ar ao seu redor. Isso significa que longos atrasos na descarga do recipiente em climas frios podem aumentar as chances de condensação e que a respiração de todos os agentes biológicos (principalmente insetos e microflora), o oxigênio é consumido e o CO2 produzido. A propriedade de baixa permeabilidade ao gás da TSL prende o gás CO2 dentro da TSL, controlando e matando

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insetos. Isso oferece à TSL a vantagem "verde" e a pulverização segura. Produtos com alto teor de gordura e óleo, como amendoim e cacau, podem gerar grandes quantidades de CO2. A atmosfera modificada criada evita a infestação, o crescimento de fungos e a oxidação. Nos ensaios descritos neste trabalho, o carregamento de contêineres carregados com pilhas de grãos de cacau em TSL (3 contêineres) e sem TSL (4 contêineres) foi examinado na chegada após 55 dias de viagem. Note-se que a viagem ocorreu entre agosto e setembro de 2019. O porto de carregamento ficava na Costa do Marfim, na África, depois o navio passava pela costa da África do Sul quando a temperatura no inverno era inverno, com temperaturas noturnas médias de 7 a 8ºC, e durante os dias 17º a 18ºC. A temperatura ambiente aumentou para uma média de 30 ° C na chegada perto da Malásia. Tais flutuações de temperatura podem causar migração significativa de umidade. Nos recipientes sem TSL (Tabela 4), a AGL média medida nas amostras retiradas das sacolas foi de 2,30 e a umidade foi de 8,73%. A umidade crítica para o armazenamento seguro de grãos de cacau (equilíbrio de 70% de umidade relativa) é de 28 ° C, 7,4% (Gough, 1975), enquanto a umidade média registrada no con-

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têiner com TSL de saída foi de 8,73% . Essa umidade é biogenerar condições de baixo oxigênio para controlar equivalente a uma H.R. 78% que permite o desenvolvi- pragas de insetos. Esse aspecto foi demonstrado pelo mento da microflora e os consequentes danos devido armazenamento de grãos de cacau em condições herao excesso de umidade da mercadoria. Isso se traduz méticas (Navarro et al., 2007). Esses resultados indino resultado de uma média de 2,30% de AGL que está cam claramente o armazenamento bem-sucedido duacima do limite aceitável de 1,75% de AGL (Jonfia-Es- rante o transporte de grãos de cacau através de uma sien e Navarro, 2010). Note-se que os contêineres sem região fria (inverno na África do Sul) e de volta ao clima TSL foram equipados com o dessecante "cobertor Cla- tropical na Malásia. TSL mostrou ter 3 vantagens; efetiriant". Semelhante aos testes de amendoim, o uso de vamente reduz as chances de condensação, controla a dessecante não conseguiu impedir a migração de umi- infestação e os níveis de AGL. Outras observações são dade com sucesso. sugeridas para fortalecer a eficácia do uso do TSL em Nos contêineres de TSL (Tabela 5), a umidade mé- contêineres. dia foi 7,41% próxima o suficiente da umidade crítica. A AGL média Tabela 4 - Resultados da AGL e do teor de umidade dos grãos de cacau em recipientes sem TSL, mas com uma manta dessecante Clarion, amostras colhidas no porto da Malásia após 55 ficou 1,56% abaixo do limite supe- dias de viagem. rior aceitável (1,75%) para processar grãos de cacau. Assim como os grãos de cacau, no trabalho realizado com amendoim, também foi registrado o valor do armazenamento em condições herméticas (Navarro et al., 2011). Um dos aspectos importantes da preservação da qualidade dos grãos de cacau é manter o nível de AGL abaixo do li- Tabela 5 - Resultados de grãos de cacau com AGL e teor de umidade em contêineres com TSL, mite aceitável. Navarro et al. (2010) amostras colhidas no porto da Malásia após 55 dias de viagem. demonstraram com sucesso que condições herméticas impedem o aumento dos níveis de AGL. Um recurso adicional do armazenamento hermético é a capacidade de

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FUNGOS

Prof. Dr. Sergio P. Severo de Souza Diniz Professor Associado Aposentado - UEM dnz1210@hotmail.com

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Grãos: Infecção e Colonização O processo de infecção por fungos começa ainda no campo, principalmente durante a fase de maturação fisiológica do grão, e passa para as etapas seguintes: colheita, secagem, armazenamento, transporte e processamento. Os grãos infectados por fungos são chamados de grãos ardidos. Os fungos produzem micotoxinas e os grãos contaminados ficam desvalorizados, pois sofrem alteração da cor, degradação de proteínas, de carboidratos e de açúcares. A tolerância máxima de grãos ardidos por exemplo no milho é de 3%. A ocorrência sistemática do fungo nas folhas, colmo, raiz e grãos são conhecidos de longa data (Foley, 1962; Bacon & Hinton, 1996). A germinação, o vigor ou o crescimento das plântulas não é necessariamente reduzido em virtude da alta freqüência e extensa colonização (Bacon & Williamson, 1992). Há evidências de que alguns isolados, por exemplo, de F. moniliforme produzem sintomas e outros não, segundo Bacon &

Williamson, 1992. Danos físicos nos grãos, causados por insetos, chuvas de granizo ou outros agentes, torna-se uma importante rota de colonização de grãos e desenvolvimento da podridão da espiga. Foi demonstrado por Lew et al. (1991) existir uma alta relação entre a ocorrência de O. nubilasis, podridão de espiga e a concentração de fumonisina. Anteriormente, Windels et al. (1976) haviam comprovado que besouros podem ser vetores de F. moniliforme, carregando o fungo de restos culturais para a espiga. O Fusarium é um fungo cosmopolita, que é amplamente habitante do solo e é mais encontrado em condições favoráveis nas regiões temperadas e tropicais. Muitas espécies são agentes patogênicos de plantas cultivadas, especialmente aqueles que são importantes no setor agrícola (LESLIE; SUMMEREL, 2006). O gênero Fusarium tem uma ampla distribuição geográfica, e sua dispersão é fator de desenvolviwww.graosbrasil.com.br


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mento no meio ambiente. Nas plantas produtivas, o Fusarium pode infectar, se desenvolver sistematicamente e colonizar os grãos. Este fungo é transmitido de semente para plântula, mas a progressão, a partir de tecido da coroa da plântula para tecidos do colmo da planta em crescimento, é pouco freqüente (Munkvold et al., 1997). Efeitos tóxicos dos fungos nos alimentos Os fungos que podem ocasionar alterações no sabor e qualidade de alimentos. Em alguns casos essas alterações são desejáveis, como na fabricação de queijos. Todavia, em muitos outros, podem causar transformações indesejáveis, produzindo sabores e odores desagradáveis, causados por diferentes graus de deterioração ou ainda trazer riscos à saúde humana e animal devido à produção de micotoxinas (Diniz, 2015). Vários alimentos, seja devido à forma de armazenamento, sejam por meio de instrumentos utilizados em seu manejo, estão passíveis de sofrerem contaminações, incluindoas fúngicas. Essa contaminação ocorre pela incorporação do contaminante ao produto, podendo ser incorporado ao alimento durante seu manejo oferecendo risco de gerar danos à saúde do consumidor. Os alimentos, de um modo geral, podem sofrer contaminação fúngica durante a colheita, processamento e armazenamento até o momento do consumo humano ou animal. Portanto, faz-se necessário um rígido controle qualitativo na produção de alimentos para que os riscos de contaminação por micotoxinas possam ser diminuídos de modo a evitar intoxicações (Diniz, 2015). A contaminação em humanos ocorre de forma direta (o homem come o grão contaminado) ou em cadeia alimentar, como o milho é o principal componente da dieta animal, participando com mais de 60% do volume utilizado na alimentação animal de bovinos, aves e suínos, os fungos passam do cereal para os animais e dos animais para os humanos, através da carne ou leite. RESISTÊNCIA Pode ser definida como uma alteração herdável e estável em um fungo como resposta à aplicação de um fungicida, ou outra substância, resultando na redução da sensibilidade ao produto (European, 1988). O termo é usado para linhagens de fungos anteriormente sensíveis, que por meio de mecanismos de variabilidade, como a mutação, reduziram significativamente a sensibilidade ao fungicida. Erroneamente, o termo tolerância tem sido usado como sinônimo de resistência. Ao consi-

derarmos que tolerância tem um significado ambíguo, nem sempre envolvendo alterações genéticas, esse termo não deve ser usado para o caso de resistência a fungicidas (European, 1988). O oposto à resistência surge o termo sensibilidade, portanto, todas as linhagens resistentes apresentam, por definição uma redução na sensibilidade. Porém, o termo insensibilidade, não é sinônimo para resistência. Uma vez que, o termo sugere a completa falta de sensibilidade e assim, dificilmente poderia ser usado. O termo se adapta melhor para descrever fungos para os quais um determinado fungicida nunca teve nenhum efeito, isto é, aqueles cujo produto não é recomendado para o controle, por exemplo, Alternaria spp são originalmente insensíveis ao benomyl. A adaptabilidade de uma linhagem é a habilidade do fungo de se desenvolver, reproduzir e sobreviver, comparada a outras linhagens nas mesmas condições. Portanto, é um conceito comparativo. A resistência pode ser cruzada ou múltipla. No caso da resistência cruzada ela pode ser positiva ou negativa. A resistência cruzada positiva refere-se a resistências a dois ou mais fungicidas, conferidas pelo mesmo fator genético. A resistência cruzada negativa é aquela em que a resistência a um fungicida, ao mesmo tempo, aumenta a sensibilidade a um segundo fungicida. A resistência cruzada deve sempre ser estabelecida com base na freqüente associação da reação a dois ou mais fungicida, quando ambos possuem estruturas químicas relacionadas ou mesmo modo de ação. No caso da resistência múltipla, ocorre que fatores genéticos governam as resistências a dois ou mais fungicidas (Brent et al., 1998). Conclusão O papel que a colonização e infecção produzida pelos fungos na planta vão bem além da apenas contaminação do grão. A partir desta, o processo se expande para toda a cadeia alimentar. Por muitas vezes, acarretando danos irreversíveis tanto à saúde animal quanto humana. Torna-se relevante o entendimento de todo esse processo desde à lavoura, passando pela colheita, transporte, e armazenamento. Seguramente, a alimentação saudável passa por essa via de responsabilidades.

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Secagem com Fornalha Eficiente

Safra após safra, os avanços de produtividade são inquestionáveis: a agricultura avançou a passos largos e os resultados são visíveis. Diante deste cenário, o volume de grãos recebidos aumenta drasticamente, gerando a necessidade de sistemas cada vez mais otimizados a atender em volume e rapidez de processo. No quesito secagem, ainda que existam diversos modelos de secadores de grãos, com as mais variadas características de funcionamento, as fornalhas para geração de calor até então se baseiam em sistemas ainda muito rudimentares. Na América Latina particularmente, as fornalhas tem o calor gerado predominantemente pela queima de toras de madeira. Os problemas deste método estão destacados em alguns pontos a seguir: Estoque: a compra de toras de madeira deve ser realizada com uma certa antecipação, afim de que as mesmas sejam distribuídas no pátio da unidade de beneficiamento para que sequem por ação do vento e sol. Este processo ocupa espaço significativo no pátio da unidade atrapalhando muitas vezes região de manobra de caminhão e tratores. Além disso as pilhas de madeira estocada permitem a formação de ninhos de insetos e animais peçonhentos trazendo riscos à saúde. Outro fator importante é o custo financeiro deste estoque formado muito antes da safra. Mão de obra: o manuseio da lenha e a alimentação da fornalha com toras demanda grande quantidade de

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operadores, mas esta função se encontra bastante prejudicada pela escassez de mão de obra disposta a um trabalho duro e perigoso, leis trabalhistas rígidas, grande volume de acidentes e rotatividade de colaboradores. Estabilidade: o controle de alimentação de lenha geralmente é manual, baseado no tempo de resposta do operador e sua percepção da quantidade a ser jogada na fornalha. Durante a operação a temperatura do secador pode oscilar com grande amplitude, sendo necessário sobrealimentar ou abafar o fogo, levando a um consumo excessivo de toras de madeira. Estas variações de temperatura também dificultam atingir um objetivo de teor de umidade com grande precisão. Importante lembrar o fato de que cada vez que o grão for mais seco além da umidade média comercial, o produtor estará perdendo massa de grão, resultando em perdas financeiras.

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Em contraponto às situações mencionadas, diversas empresas, tem implantado equipamentos de geração de gás quente automatizados, baseados na queima de cavaco de madeira e resíduos agrícolas que tem obtido redução de custos de secagem de até 50%, além do aumento de produtividade e qualidade por razões e benefícios expostos a seguir: Melhoria do processo de queima: A utilização de material particulado (cavaco) traz a vantagem imediata de permitir a melhor homogeneidade de mistura entre o ar e o combustível, resultando numa queima mais eficiente. É importante ressaltar que esta melhoria é válida exclusivamente para sistemas de grelha móvel. Em caso de utilização de grelha fixa o resultado pode ser prejudicial com problemas de “queima fria” com temperaturas de queima mais baixas e oscilantes, produzindo cinzas e fumaça excessiva, além de odores e contaminantes indesejáveis. Utilização de resíduos agrícolas como combustível: produto disponível em todas as unidades de secagem tais como sabugo de milho, vagem de soja, palhas e outros possuem poder calorífico excelente e podem ser misturados ao cavaco de madeira em proporções experimentadas de até 40% reduzindo assim o custo de aquisição de combustível e diminuindo o problema de movimentação dos resíduos após safra que também tem custos intrínsecos (frete, carregamento, etc). Estabilidade do processo: uma vez que o sistema é controlado por sensores de temperatura e um painel de


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automação, as oscilações de temperatura no secador são desprezíveis (em média +- 1,0°C), gerando assim um processo estável e com ganho de tempo de secagem em relação a outros equipamentos. Menos fumaça, odores e contaminantes: em se tratando de um processo de queima em alta temperatura de maneira estável, e com excesso de ar adequado para a promoção de uma queima completa, a reação reduz o percentual de cinza, fumaça e contaminantes, sendo

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perceptível também a diminuição de odores no produto final. Menos mão de obra: um único operador treinado pode monitorar até 3 secadores de grande porte que estejam próximos, mantendo as moegas de cavaco cheias. Permite integração a sistemas de supervisório centralizando as informações em um só ponto na planta de recebimento de grãos. Flexibilidade: o queimador tipo grelha móvel pode ser instalado em secadores de qualquer fabricante, podendo ser em unidades existentes ou novas. Flexibilidade também na alimentação de cavaco que pode ser feita num sistema mais compacto apenas com uma moega para cada queimador ou sistemas mais elaborados com grandes estoques de cavaco e múltiplos secadores sendo alimentados por um pátio de biomassa. Sem dúvida é mais um avanço que vem contribuir para a melhoria da performance do agronegócio, bem como a melhoria de produtos finais oferecidos ao consumidor.

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TOMRA Food traz novidade para o Brasil e apresenta a tecnologia BSI+ Para a TOMRA, inovação é a palavra de ordem. Depois de apresentar em 2019 ao mercado brasileiro a tecnologia BSI, esse ano a novidade é a BSI+, com uma tecnologia ainda mais precisa. O objetivo com esta introdução é de divulgar as suas vantagens e a forma de agregar valor em um mercado tão competitivo como o do amendoim, das nozes e das castanhas. Curioso?

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A produção de amendoim merece destaque em território nacional por sua crescente participação nas exportações de grãos e do óleo de amendoim. A evolução tem vindo a ser grande nos últimos anos e o Brasil tem alcançado números históricos no que diz respeito à produção de amendoim. De acordo com os dados mais recentes, com novas tecnologias no campo e sistemas modernos de secagem e seleção, a safra brasileira triplicou nos últimos 15 anos. Hoje, a receita das fazendas com a produção de amendoim chega a R$1,2 bilhões por ano. O Brasil é o segundo maior produtor e exportador de amendoim da América Latina, com produção anual de mais de 500 mil toneladas, perdendo somente para a Argentina, que tem produção anual de cerca de 1 milhão de toneladas. Em 2019 a exportação brasileira de amendoim em grão foi de 196 mil toneladas. A Rússia, o principal país importador desta mercadoria desde 2015, respondeu por 43% dos volu-

mes totais exportados em 2019. Na sequência estão Argélia e Holanda, ambos os países com 11% de participação, seguidos por Polônia, África do Sul e Ucrânia, com participação entre 6% e 5% do total, de acordo com dados do IEA – Instituto de Economia Agrícola. Com os indicadores bastantes positivos, fazendo antever um futuro ainda mais promissor, no entanto, os desafios da exportação são cada vez mais altos e a demanda para o exterior exige cada vez mais uma maior qualidade do produto final. João Medeiros, Gerente Comercial da TOMRA Food Brasil, afirma que “com o uso ainda frequente de processos manuais em território nacional, os beneficiadores estão procurando automatizar suas plantas com tecnologia de ponta, que permite uma substancial melhoria da qualidade do produto, estando assim em linha com as exigências internacionais”. Nesse sentido e procurando sempre buscar a inovação, depois de trazer a tecnologia BSI no


TECNOLOGIA ano passado, a TOMRA elevou ainda mais o nível e apresenta agora a tecnologia BSI+. Nimbus BSI+, tecnologia mais precisa A Nimbus BSI+ responde à necessidade dos clientes de detectar contaminantes graças ao módulo BSI+, que identifica defeitos visíveis e invisíveis para o olho humano usando um espectro de onda ainda mais abrangente. Este classificador é capaz de detectar não apenas defeitos de qualidade do produto, mas também consegue identificar, com uma precisão nunca vista anteriormente, uma grande variedade de elementos estranhos, como plásticos, metais, papelão, pedras, vidros, cascas, madeiras e contaminantes de outras culturas, como grão de milho e soja, entre outros. “Com esta tecnologia, agora podemos não apenas ver defeitos relacionados a qualidade e estrutura do produto, mas também defeitos relacionados a cor. Seu campo de visão é muito amplo e consegue detectar praticamente todos os contaminantes que aparecem nos amendoins, nozes e castanhas com muito mais precisão”, explica João Medeiros. A máquina Nimbus BSI+ inclui software mais fácil de usar, tecnologia aprimorada de identificação por assinatura biométrica (BSI+), ejetores de ar mais precisos e resultados mais eficientes, gerando muito menos falso rejeito. Ao mesmo tempo, aprimora ainda mais a experiência do usuário para configurar um novo produto ou novo contaminante, facilita a utilização da tecnologia BSI+ pelos operadores e requer menos treinamento e investimento de recursos. O projeto estrutural da máquina também foi aprimorado, garantindo melhor higiene e limpeza. Isso proporiona tranquilidade aos clientes durante as auditorias e mantém a máquina em atividade durante maior tempo. Devido a essas melhorias, o nível de falso rejeito gerado pela máquina Nimbus BSI+ é extremamente baixo, pois o tamanho do ejetor reduzido em 25%, combinado com a nova tecnologia BSI+, torna o processo de detecção e rejeição muito mais preciso, reduzindo as rejeições falsas e resultando em maior desempenho. “As demonstrações já realizadas e testadas a nível mundial com diferentes tipos de produtos, confirmam a grande versatilidade do equipamento como outra grande vantagem. Graças à interface intuitiva, atualizada e fácil de usar, você tem mais opções de entrada e flexibilidade, permitindo atribuir critérios de forma rápida e fácil para atender aos seus próprios requisitos. Ou seja, o cliente pode criar seus próprios programas e incorporar novas variedades com maior facilidade”, reforça o Frupinsa_BSI+

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responsável da TOMRA. Preparado para o combate de aflatoxinas Por outro lado, a máquina Nimbus BSI+ vem ajudar também a minimizar o problema de aflatoxinas na produção de amendoins, que coloca em risco em grande maioria das vezes a qualidade do produto e também pode colocar em risco vidas humanas, o que preocupa produtores e cientistas da área. A máquina modelo Nimbus da TOMRA, pode empregar a tecnologia BSI+, combinada com lasers de última geração para analisar a estrutura da superfície e a composição elementar de produtos e objetos que passam pela linha de produção de alimentos. A tecnologia BSI+ é uma câmera multiespectral que possui a capacidade de comparar diferentes comprimentos de onda, com o objetivo de determinar a identidade, ou assinatura biométrica do material. Já o laser especial Detox da TOMRA, torna possível identificar a intensidade extremamente baixa de luz refletida por fungos em vários tipos de alimentos, permitindo a detecção de contaminação por aflatoxina. A qualidade, elemento diferenciador. Aposte na tecnologia, mas sempre entendendo o produto João Medeiros vai mais longe e diz: “o melhor dos desafios é que eles podem se tornar oportunidades para aqueles capazes de fazer as coisas de uma maneira diferente. Assim, as empresas que buscam uma clara vantagem competitiva podem incorporar inovações tecnológicas em seus processos operacionais capazes de fazer uma diferença significativa no resultado final, oferecen-

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do um produto de maior qualidade”. Claramente, uma das etapas mais importantes no processo de beneficiamento de nozes, castanhas e amendoins, é a seleção do produto. Os processadores procuram todos os dias superar o padrão de qualidade exigido pelo seus clientes, ao mesmo tempo buscam garantir a segurança alimentar do seu produto. O nível de demanda em relação à qualidade vem aumentando a cada dia e a tecnologia pode ser a melhor amiga dos processadores para conseguirem alcançar um nível mais alto na apresentação de qualidade do seu produto. A TOMRA Food, que acompanha o desenvolvimento tecnológico dos processadores de amendoim e castanhas no Brasil há alguns anos, tem muito a contribuir nesse sentido. O produto de cada país, possui características e defeitos típicos de sua localidade. Isso significa que as soluções de classificação não são produtos "padrão", mas devem ser adaptadas às especificidades de cada país. “Na TOMRA Food, conhecemos completamente o mercado brasileiro. Trabalhamos em conjunto com os processadores mais importantes do mercado há muitos anos. Entendemos suas necessidades, desenvolvemos soluções que atendem aos seus requisitos e à demanda dos mercados para os quais nossos clientes exportam. Dessa forma, proporcionamos um aumento na qualidade do produto, essencial para o sucesso de nossos clientes”, afirma João Medeiros.

Sobre a TOMRA Food A TOMRA Food projeta e fabrica máquinas de classificação baseadas em sensores e soluções pós-colheita integradas para a indústria alimentícia, utilizando a mais avançada tecnologia de classificação, descascamento e análise do mundo. Mais de 8.000 unidades estão instaladas em produtores de alimentos, empacotadores e processadores ao redor do mundo, nos segmentos de frutas, nozes, vegetais, produtos de batata, grãos e sementes, frutas secas, carne e frutos do mar. A missão da empresa é permitir que seus clientes melhorem os retornos financeiros, obtenham eficiências operacionais e garantam o fornecimento seguro de alimentos por meio de tecnologias inteligentes. Para isso, a TOMRA Food opera centros de excelência, escritórios regionais e locais de fabricação nos Estados Unidos, Europa, América do Sul, Ásia, África e Australásia. A TOMRA Food é membro do Grupo TOMRA, fundado em 1972, que começou com o projeto, fabricação e venda de máquinas de venda reversa (RVMs) para coleta automatizada de embalagens de bebidas usadas. Hoje, a TOMRA fornece soluções lideradas por tecnologias que permitem a economia circular com sistemas avançados de coleta e classificação que otimizam a recuperação de recursos e minimizam o desperdício nas indústrias de alimentos, reciclagem e mineração. A TOMRA tem cerca de 100.000 instalações em mais de 80 mercados em todo o mundo, com uma receita total de aproximadamente 8.6 bilhões de NOK em 2018. O Grupo emprega em torno de 4.000 pessoas globalmente e é listado publicamente na Bolsa de Valores de Oslo (OSE: TOM). Para mais informações sobre a TOMRA: Site: www.tomra.com email: joao.Medeiros@tomra.com Tel: +55 11 96340 0366

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COVID-19: UM VIRUS QUE MEXE E VIRA O MUNDO DO AVESSO SOJA - UMA VISÃO PARA CURTO PRAZO

A soja intensifica suas baixas registradas na Bolsa de Chicago diante, principalmente, de uma volta agressiva da aversão ao risco entre os principais mercados mundo afora. As principais commodities cotadas na CBOT nos contratos mais negociados, com o soja maio de volta aos US$ 8,64 por bushel, lembrando que antes dessa pandemia as cotações estavam ao redor de US$9,50 por bushel. As commodities agrícolas caem de forma generalizada, não só na Bolsa de Chicago, mas também de Nova York, acompanhando os mercados financeiros que cedem às inúmeras incertezas geradas pela pandemia do coronavírus. Enquanto isso, no Brasil o dólar sobe frente ao real e renova sua máxima histórica, superando os R$ 5,25 no dia 01 de abril e servindo como um colchão para os preços da soja nacional e demais produtos exportados. Os mercados todos, mundo afora, começam um novo trimestre pressionados pelos preocupantes resultados do anterior, e diante das notícias preocupantes, principalmente, vindas dos EUA. NO final de março o presidente Donald Trump afirmou que os americanos têm de estar preparados para as próximas duas semanas, que deverão ser bastante dolorosas e com o país podendo contabilizar ao menos 240 mil vítimas pela Covid-19. O que traz balanço e equilíbrio ao mercado é a demanda chinesa,

Oswaldro J. Pedreiro Novo Horizonte - Assessoria e Consultoria contato@nhassessoria.com.br

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COMÉRCIO

que dá sinais de melhora no mercado norte-americano já há alguns dias. Como explica o analista de mercado Fernando Pimentel, da Agrosecurity Consultoria, a China vem às compras para construir seus estoques diante de receios de que a logística possa começar a comprometer o abastecimento em seus maiores fornecedores, que são Brasil e Estados Unidos. "Apesar do suporte da expectativa de demanda forte e com a China voltando aos poucos a funcionar, a crise do Covid-19, que ainda está no auge na Europa e prometendo se alastrar rapidamente nas Américas nos próximos 15 dias deixam traders na defensiva", explica Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da AgroCulte. "O dia amanheceu negativo e pesado e o mercado precisa urgentemente de novidades boas em relação a cura e/ou vacina para voltar a operar em cima dos tradicionais fatores de oferta e demanda", completa. Além disso, Cachia explica ainda que outros fatores que pressionam as cotações são os baixos preços do petróleo - que hoje voltam a ceder e recuam mais de 1% na Bolsa de Nova York, assim como todas as commodities - e os rumores de que as condições logísticas na Argentina voltam, aos poucos, à normalidade. MILHO – PERSPECTIVAS PARA MÉDIO PRAZO As desvalorizações ganharam força nos preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam quedas entre 4,00 e 8,00 pontos por no início de abril. O vencimento maio/20 era cotado à US$ 3,36 com baixa de 4,00 pontos, o julho/20 valia US$ 3,40 com perda de 5,50 pontos, o setembro/20 era negociado por US$ 3,42 com desvalorização de 7,00 pontos e o dezembro/20 tinha valor de US$ 3,49 com queda de 8,00 pontos. Segundo informações do site internacional Farm Futures, com os preços mais baixos da energia e uma safra 2020/21 potencialmente recorde nos Estados Unidos vem pesando muito na mente dos traders. Espera-se que um recorde de 97 milhões de acres de milho seja plantado nos EUA nesta primavera, de Revista Grãos Brasil - Março / Abril 2020

acordo com o relatório do USDA divulgado ontem. “Os preços futuros do milho caíram com as notícias, embora as perdas tenham sido limitadas por uma redução acima do esperado em 1 de março de 2020”, comenta a analista de mercado Jacqueline Holland. A publicação destaca ainda que o nível de estoque estimado em 1º de março de 2020 foram de 7,95 bilhões de bushels, ligeiramente inferior às estimativas comerciais, mas quaisquer impactos positivos nos preços foram compensados pelo aumento na área cultivada com milho e a preocupação com o setor de energia. “A produção de etanol deverá diminuir, pois quase 3 bilhões de galões de produção ficaram offline no final de março devido à menor demanda de energia em meio às restrições globais de movimento COVID-19. A EIA relatou 42,2 milhões de galões de produção de etanol na semana passada para a semana que termina em 20 de março - a menor produção semanal de etanol desde outubro de 2019”, pontua Holland. B3 Na bolsa brasileira os movimentos também seguem no campo negativo com as principais cotações caindo até 0,70% no primeiro dia de abril. O vencimento maio/20 era cotado à R$ 50,70 com estabilidade, o julho/20 valia R$ 46,40 com queda de 0,54% e o setembro/20 era negociado por R$ 44,29 com desvalorização de 0,70%. O dólar era cotado à R$ 5,226 com alta de 0,61%, renovando sua máxima histórica em meio a sinais crescentes do impacto econômico da pandemia de Coronavírus. “Mais uma vez, os mercados voltam as atenções para os efeitos econômicos da atual crise de saúde, com dados pessimistas e sinais de aprofundamento na disseminação do vírus elevando a expectativa de uma recessão global. A atividade industrial da zona do euro entrou em colapso no mês passado, enquanto a criação de postos de trabalho no setor privado norte-americano recuou em março pela primeira vez desde 2017”, afirma a Agência Reuters.


COMÉRCIO UM PREÇO A SER PAGO Diante de tudo que se vê nestes dias de confinamento, quando o mundo vive uma situação de verdadeira guerra sem fronteiras, os povos confinados em suas casas para evitar uma contaminação ainda mais expansiva, tem sido benéfica em parte, levando os povos a se unirem humanitáriamente em torno dessa terrível pandemia que não tem escolhido idade, nem sexo, nem cor, nem crença e nem classe social, apenas unindo os povos a buscar cada um no seu Deus a salvação para tamanha desgraça. Não importa neste momento quem provocou ou se alguém provocou a disseminação desse vírus, mas sempre é bom lembrar que esta não é a primeira pandemia que comove o mundo, mas simplesmente mais uma, quem sabe para mostrar ao mundo o quão frágil é o ser humano, e que não é necessário nenhuma bomba ou artefato de extermínio que vai balançar as estruturas do mundo! Quem sabe tudo isso nos leva a aceitar que existe um SER SUPREMO, invisível e que só ELE é quem pode permitir ou impedir uma catástrofe mundial a ponto de, seja por esse meio ou por qualquer ou-

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tro que possa vir a atingir a humanidade, que todos se sintam dependentes do DEUS que tudo vê, que tudo criou e que nada está fora do SEU controle, por isso com a devida vênia convido a todos os leitores desta matéria, que aproveitem estes momentos de confinamento e busquem em oração ao Deus Supremo e amoroso (mas justo e fiel) para que nos livre dessa mal conforme a SUA misericórdia!.. E que os nossos governantes atentem para os anseios da população, e deixem de lado as ambições e as vaidades políticas para outro momento, e busquem meios e maneiras de minimizar o máximo possível o sofrimento do povo brasileiro!.


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Ante a emergência, IICA prioriza e fortalece o apoio aos esforços para garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade do agro O foco do trabalho foi dirigido às ações de cooperação técnica que podem limitar as consequências da pandemia no setor agroalimentar e rural da América Latina e do Caribe.

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O IICA respaldará os países de ALC na promoção de protocolos e recomendações de manipulação de produtos agrícolas que permitam assegurar rastreabilidade e inocuidade. O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) está centrando todas suas ações de cooperação técnica em apoiar os esforços que os países das Américas realizam para garantir a segurança alimentar, a sustentabilidade do agro e a resiliência dos habitantes rurais. A determinação do Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, ante a pandemia global causada pelo novo coronavírus, estabelece que os cinco programas estratégicos do IICA (Bioeconomia e Desenvolvimento Produtivo, Desenvolvimento Territorial e Agricultura Familiar, Comércio Internacional e Integração Regional, Mudança Climática, Recursos Naturais e Gestão de Riscos Produtivos, e Sanidade Agropecuária, Inocuidade

e Qualidade dos Alimentos) devem dedicar todas as suas ações à mitigação do impacto atual e futuro do coronavírus no setor agropecuário da América Latina e do Caribe (ALC). “Estão em jogo o bem-estar e a segurança alimentar de nossas populações. A conjuntura torna indispensável mais cooperação técnica, efetiva e de excelência”, afirmou o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero. Mediante seu programa de Sanidade Agropecuária, Inocuidade e Qualidade dos Alimentos (SAIA), o IICA respaldará a promoção de protocolos e recomendações de manipulação de produtos agrícolas que permitam assegurar rastreabilidade e inocuidade. O IICA colaborará também na elaboração de diagnósticos à distância dos sistemas de alerta precoce sanitários e fitossanitários de seus países membros. “É importante fortalecer capacidades nacionais e regionais em sistemas de vigilância inteligente,


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SEGURANÇA

gestão de risco, preparação e resposta ante emergências sanitárias e fitossanitárias, mediante incorporação de ferramentas tecnológicas e informação, as quais os produtores tenham acesso”, afirmou a especialista em SAIA do IICA, Ana Marisa Cordero. “Promover boas práticas agrícolas e de manufatura em produção, colheita, manipulação e transporte dos alimentos é uma oportunidade para os agricultores, ao contar com uma oferta de produtos de qualidade para apoiar o abastecimento de alimentos”, acrescentou. Também se respaldará os países em desenvolvimento de políticas territoriais com ênfases na oferta e na demanda de alimentos frescos, assim como visibilizar os produtores em como manejam suas operações, em coordenação com os ministérios encarregados da Agricultura. “Estamos redesenhando políticas públicas que ajudem este segmento produtivo a garantir o fornecimento de alimentos e a gerar confiança da demanda pelos alimentos consumidos”, indicou Mario León, gerente do programa de Desenvolvimento Territorial e Agricultura Familiar do IICA. O programa de Comércio Internacional e Integração Regional se centrará nos temas da diversificação de mercados e produtos com maior valor agregado e comércio eletrônico. “Contamos com experiências e metodologias que facilitam a diversificação de mercados, para diminuir o risco da dependência de um número limitado, assim como a identificação de parceiros comerciais para favorecer cadeias produtivas que robusteçam as capacidades de exportar, para que empresas e organizações de produtores iniciem processos de exportações exitosos, uma vez que se normalize a situação”, explicou o gerente deste programa, Daniel Rodríguez. Com governos e a agroindústria se contribuirá com estratégias de agregação de valor, processados orgânicos, comércio justo e adoção de informação comercial agrícola, com o objetivo de trocar experiências e conhecimentos, e para propiciar desde já iniciativas de recuperação comercial. Por meio de seu programa de Mudança Climática, o IICA impulsionará ações para ressaltar a importância da

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gestão integral de riscos e o uso eficiente dos recursos naturais - em especial a água-, juntamente com o papel fundamental da inovação e das novas tecnologias para assegurar a recuperação do setor agropecuário posterior à pandemia, melhorando sua resiliência e reduzindo as emissões de gases de efeito estufa. Mediante o programa Bioeconomia e Desenvolvimento Produtivo, se incentivará a utilização intensiva do conhecimento sobre recursos, processos, tecnologias e princípios biológicos para a produção sustentável de bens e serviços. Por exemplo, em um dos elos da produção de etanol se obtém álcool de 96°, que poderia se destinar a produzir álcool em gel. “Cada programa aporta instrumentos, experiências e conhecimentos que nos permitirão contribuir com uma visão mais ampla do desenho das políticas agropecuárias e rurais que, agora e no futuro próximo, irão requer dos países avançar para um mundo mais seguro”, concluiu o Diretor de Cooperação Técnica do IICA, Federico Villarreal. Para proteger a saúde e o bem-estar de seu pessoal, o IICA reduziu a uma dotação mínima as atividades em sua sede central em San José, na Costa Rica, e em suas 35 representações nas Américas e Espanha. Sob as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria de seus funcionários realiza trabalho domiciliar. Como parte das medidas de prevenção, o IICA suspendeu viagens internacionais e nacionais e implementou a virtualização de reuniões. Sobre o IICA É o organismo internacional especializado em agricultura do Sistema Interamericano. Sua missão é estimular, promover e apoiar os esforços de seus 34 Estados-membros para alcançar o desenvolvimento agrícola e o bem-estar rural, por meio da cooperação técnica internacional de excelência. Mais informação: Federico Villarreal Diretor de Cooperação Técnica do IICA. federico.villarreal@iica.int


CORONAVIRUS

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ADM DESTINA US$ 1 MILHÃO PARA O COMBATE AO COVID-19 A ADM (NYSE: ADM) anunciou na sexta-feira (27/03) que destinou um total de aproximadamente US﹩ 1 milhão para ajudar várias organizações envolvidas na luta contra o COVID-19. As contribuições serão destinadas ao Fundo de Solidariedade em Resposta ao COVID-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), ligado à ONU, e a várias instituições de caridade regionais com foco no combate ao COVID-19 nas áreas em que a ADM tem operação. "Vivemos um momento em que a humanidade precisa dar um passo à frente", afirma Elizabeth Cousens, Presidente e CEO da Fundação das Nações Unidas. "Agradeço à ADM por sua generosa contribuição ao Fundo de Solidariedade em Resposta ao COVID-19, doação esta que representa mais um avanço no que é mais importante - caminharmos em solidariedade contra um vírus que afeta a todos nós". "A ADM está comprometida em fazer sua parte não apenas para manter seus colaboradores e suas famílias em segurança, mas também para apoiar as centenas de comunidades globais em que vivemos e trabalhamos", destaca Juan Luciano, presidente e CEO da

Recursos destinam-se ao fundo da OMS e a várias instituições de caridade regionais e locais focadas em conter o coronavírus .

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CORONAVIRUS

ADM. "Queremos agradecer o trabalho árduo dos profissionais médicos, dos socorristas e dos líderes governamentais e comunitários que estão na linha de frente durante esse período difícil". Juan Luciano destaca que o alimento é essencial, especialmente em tempos como esse, e que a ADM tem o compromisso de desempenhar seu papel de assegurar a continuidade do fornecimento em toda a cadeia de suprimentos agrícolas. "Nossos colaboradores estão trabalhando duro para manter as operações funcionando, permitindo que nossos clientes tenham os principais ingredientes e produtos da ADM, e contamos com planos de continuidade de negócios em cada instalação de processamento para gerenciar os possíveis impactos associados à COVID-19. Estou orgulhoso do compromisso e dedicação da nossa força de trabalho em fornecer acesso à nutrição para pessoas em todo o mundo neste ambiente operacional desafiador." Para informações atualizadas sobre as iniciativas da ADM em resposta à COVID-19, visite http://www. adm.com/ADM-coronavirus. Sobre a ADM Na ADM, desvendamos o poder da natureza para fornecer acesso à nutrição em todo o mundo. Por meio de inovações no setor e um portfólio completo de ingredientes e soluções para atender a qualquer gosto, além de um compromisso com a sustentabilidade, oferecemos aos clientes uma vantagem na solução dos desafios nutricionais globais de hoje e de amanhã. Somos líderes globais em nutrição humana e animal e a principal empresa de processamento e originação agrícola do mundo. Nossa abrangência, profundidade, conhecimentos, instalações e experiência em logística nos oferecem recursos incomparáveis para atender às necessidades de alimentos, bebidas, saúde e bem-estar e muito mais. Estamos presentes desde o início, semeando ideais e entregando a solução final para melhorar a qualidade de vida em todo o mundo. Saiba mais em http://www.adm.com.

Sobre a ADM no Brasil A ADM é uma das maiores empresas do agronegócio com atuação no segmento alimentício no Brasil. Com mais de 6.000 colaboradores, atua no processamento de soja em 8 instalações, comercializando os óleos de soja Concórdia, Corcovado, ABC e os óleos especiais Vitaliv, de girassol, milho e canola. A empresa opera 2 plantas de biodiesel e mais de 30 silos em todo o País. Além disso, detém um negócio abrangente de nutrição humana e animal, que inclui 13 unidades de ração, uma fábrica de proteínas de soja em Campo Grande (MS), sendo também líder global na produção de extratos naturais, emulsões e componentes para o mercado de bebidas. Sua operação logística abrange toda rede nacional de transportes, incluindo terminais portuários em Barcarena (PA) e Santos (SP). Com um inigualável portfólio de ingredientes e sistemas e uma equipe de especialistas altamente qualificados, a ADM está pronta para nutrir o mundo, desenvolver soluções customizadas e promover inovação para os segmentos de alimentos, bebidas e rações. ADM DO BRASIL GPCOM Comunicação Corporativa Fábio Aguiar - fabio@gpcom.com.br Nando Rodrigues - nando@gpcom.com.br

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SOJA

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Brasil colhe 123,5 milhões de toneladas de soja O Brasil está colhendo uma safra de soja de 123,5 milhões de toneladas - a melhor da história, superando em 1,5 milhão de toneladas o recorde anterior, 2017/18, numa área de 36,8 milhões de hectares, conforme dados divulgados pelo Rally da Safra. A regularização da chuva demorou mais para acontecer do que nas últimas duas safras, prejudicando um pouco o plantio precoce e gerando temores em relação às primeiras áreas semeadas em algumas regiões. Porém, quando começou a chover, as lavouras se desenvolveram em ótimas condições em boa parte do país. Os dados coletados em campo desde janeiro pelas equipes técnicas do Rally da Safra mostram uma produtividade de 56 sacos por hectare na média do Brasil, a terceira melhor desde que o projeto começou a avaliar as lavouras brasileiras, há 16 edições. A temporada só não será melhor por causa de uma importante exceção. O Rio Grande do Sul enfrenta uma estiagem desde o fim de 2019. A equipe 7 do Rally da Safra passou pelo estado de 9 a 13 de março, encontrando lavouras que encurtaram o ciclo devido à seca e indicadores de produtividade mais baixos do que nas temporadas anteriores. Alguns produtores - cujas áreas receberam mais chuva - vão obter resultados um pouco melhores, mas a média de produtividade do estado será nesta safra de apenas 36 sacos por hectare, a menor dos últimos 8 anos e quase 40% abaixo de 2018/19. A estimativa é que a produção gaúcha se limite a 12,7 milhões de toneladas. A quebra na produção no Rio Grande do Sul é a principal razão para a estimativa ter caído em relação às expectativas iniciais, quando se projetava uma produção de 124,3 milhões de toneladas. No geral, porém, a safra tem mais destaques positivos do que negativos. Produtividade x clima Em Mato Grosso e Goiás, um equilíbrio adequado entre chuva e dias ensolarados resultou em recordes de produtividade de 59,3 e 60,5 sacos por hectare, respectivamente. O Paraná está fechando com ótimos resultados, o que é bem diferente do que o início da temporada parecia indicar. O Oeste e o Norte do estado, juntamente com o Sul do Mato Grosso do Sul, foram as regiões mais prejudicadas pelo clima seco no período de plantio. Produtores que arriscaram plantar mais cedo, na esperança de que a chuva viesse, tiveram perdas bastante significativas, em alguns casos. A maioria, no entanto, decidiu esperar o clima regularizar para lançar as sementes no chão. Deu certo e o estado

também bateu o recorde de produtividade média atingindo 63 sacos por hectare, a maior do Brasil. No Maranhão os produtores deverão colher uma safra de 54,5 sacos por hectare e, no Tocantins, 54 sacos por hectare, igualmente recordes. O desempenho da soja em São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina também é melhor do que na safra passada. "Foi o desempenho positivo de todas essas regiões que amenizou a redução da estimativa de safra devido aos problemas do Rio Grande do Sul", afirma André Debastiani, coordenador da expedição Rally da Safra. Matopiba Na edição de 2020, sete equipes do Rally da Safra foram a campo para avaliar as lavouras de soja. A oitava equipe, programada para ocorrer de 22 a 28 de março no MAPITOBA (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), acabou cancelada como medida de precaução e para colaborar com as medidas de distanciamento social para conter a disseminação do Covid-19 no Brasil. O levantamento das condições de safra na região foi reforçado remotamente, por meio de uma extensa rede de contatos formada ao longo das 15 edições anteriores do projeto. Apesar das preocupações causadas pela doença, os técnicos do Rally da Safra puderam constatar que, nas principais regiões produtoras, os agricultores mantinham o entusiasmo, baseados principalmente no bom desempenho desta safra. Com exceção do cancelamento de feiras e eventos agropecuários, não havia, até meados de março, mudanças significativas nas operações de campo. Milho segunda safra A irregularidade climática no período de plantio da soja acabou deixando o calendário do milho segunda safra um pouco mais tardio. A semeadura das lavouras de milho já foi praticamente concluída. Por enquanto, as condições climáticas são adequadas em boa parte do Centro-Oeste. Choveu um pouco menos do que o necessário no Sul do Mato Grosso do Sul, no Paraná e em São Paulo, mas ainda é cedo para grandes preocupações. Já no Leste de Goiás e em Minas, a chuva no final de fevereiro e início de março atrasou o plantio das últimas áreas. Mais informações: Assessoria de Comunicação da Climatempo Angela Ruiz - angela@climatempo.com.br imprensa@climatempo.com.br www.graosbrasil.com.br


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36 UTILISSIMAS Especialista em Agronegócios, Christian Fischer assume a Representação do IICA no Brasil Há quase 30 anos no instituto, ele acumula, ainda, funções de gestor de projetos de cooperação técnica e ponto focal de projetos dos Países da Regional Sul (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) Brasília, 19 de fevereiro de 2019 (IICA). A Representação do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) no Brasil conta com um novo representante encarregado: o especialista em Agronegócios e economista Christian Fischer. Há quase 30 anos no IICA, Fischer exerce a função de ponto focal de projetos para a Regional Sul, responsável por atender Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, além de atuar como gestor de projetos de cooperação técnica internacional na Representação brasileira com os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente do Brasil, em temas como: Gestão Estratégica, Modernização Institucional, Governança Fundiária, Segurança da Informação e Educação Ambiental. Anteriormente, atuou como coordenador de Tecnologia da Informação e Gestão do Conhecimento do Escritório do IICA Brasil. Fischer substitui o engenheiro agrônomo Hernán Chiriboga, que esteve à frente da Representação brasileira entre janeiro de 2016 e janeiro de 2020, e que seguiu para o IICA Chile. De acordo com Fischer, seu enfoque à frente do instituto será o de promover a ampliação da atuação do instituto no País. "Com novas parcerias, alianças estratégicas com o setor privado e a intensificação do acesso a fundos internacionais, teremos condições de ampliar - não apenas a quantidade de projetos que apoiamos - como aumentar a execução daqueles que estão em andamento. Meus focos serão a busca de captação de recursos externos e a atuação em prol de uma gestão eficiente dos atuais projetos de cooperação nos quais trabalhamos", afirmou. "Apenas em 2019, desenvolvemos 766 produtos técnicos dentro dos nossos projetos de cooperação. Podemos expandir esta cooperação e, desta forma, atender ainda mais e melhor à sociedade, por meio do apoio que ofertamos aos governos de diferentes níveis: federal, estadual e municipal", completou. Formação Especialista em Agronegócios pela Universidade de São Paulo (USP/ESALQ), Fischer é formado em Economia pelo Centro Universitário de Brasília (Uniceub), com pós-graduação em Gestão Intercultural pela InWEnt, organização do governo alemão e, está com um Mestrado em andamento no tema de "Mudanças Climáticas" pela Fundação Universitária Ibero-americana (Funiber). Nasceu em Santiago (Chile) e tem cidadania alemã. Mora há 47 anos no Brasil. Sobre o IICA É o organismo internacional especializado em agricultura, ligado à Organização dos Estados Revista Grãos Brasil - Março / Abril 2020

Americanos (OEA), cuja missão é estimular, promover e apoiar os esforços de seus 34 Estados Membros em todas as Américas, para alcançar o desenvolvimento agrícola e o bem-estar rural por meio da cooperação técnica internacional de excelência. Com sede na Costa Rica, o instituto foi fundado em 1942 e, em 1964, iniciou suas atividades no Brasil. Conta, ainda, com um Escritório Permanente para a Europa, localizado em Madri, na Espanha. Mais informações: Assessoria de Comunicação IICA Brasil (61) 2106- 5425 iicabr.informa@iica.int

Conferencia IGC GRAINS 2020 O Conselho Internacional Dos Grãos (IGC) gostaria de informá-lo que a nossa próxima conferência interncional (www.igc.int/en/conference/confhome. aspx) será realizada em 9 e 10 de junho, 2020 no centro de congressos, 28 Great Russell Street, Londres –UK. Cada ano, toda a cadeia de produtores, comerciantes, corretores, exportadores e processadores, associações, serviços de inspeção, transporte e logística, servicios bancarios e aos representantes dos governos se reúnem em Londres, afim de trocar sobre as mudanças e desafios dos mercados das cereais, oleoginosas e arroz. Os palestrentes vao abordar o tema vital de “Repensar a globalização no sectore dos grãos, oleaginosas e do arroz”. Sao 2 dias para um forum interativo e estar em contacto com os palestrantes de nivel mundial sobre o reforço do comércio global, as acoes do sector para mitigar as alterações climáticas e o financiamento do comércio serão os principais temas. Os desafios do Médio Oriente e do Norte de África serão o foco geográfico desta Edição. além de identificar novas oportunidades em um mercado muito dinamico, o segundo dia trata dos desenvolvimentos dos mercados internacionais do etanol, arroz, leguminosas e colza como a contribucao dos expertos des empresas multinacionales. Nosso objetivo de 2020 é acolher mais participantes da cadeia de valor de grãos. A conferência 2019 atraiu mais de 350 delegados de mais de 65 países Uma recepção na Embaixa do Canada em Londres sera organisada no dia 9 de junho 2020 para facilitar e fortalecer os contactos entre os participantes. A Conferencia do IGC faz part da “London Grains Week”. O London Grains Week é uma série de eventos de uma semana (8-12 Jumho 2020), incluindo reuniões, cimeiras, sessões estratégicas e conferências, centradas no papel vital do comércio internacional de cereais, oleoginosas e arroz.


UTILISSIMAS 37 Câmara Setorial de Trigo se reúne para debater a atual conjuntura do grão e as perspectivas para 2020 Neste ano, Victor Oliveira, do Moinho Paulista assume a presidência da Câmara A cidade de Capão Bonito (SP) recebeu na tarde de 18 de fevereiro a primeira reunião da Câmara Setorial de Trigo do Estado de São Paulo de 2020. O evento contou com a participação de representantes de diversos elos da cadeia produtiva do grão, para debater as estimativas do setor para a safra deste ano. Durante a reunião foi apresentado o reporte das principais cooperativas do estado, que projetou um volume de 300 mil toneladas de trigo para a safra paulista deste ano. Essa projeção vem ao encontro do atual cenário do grão no país, tendo em vista que os estoques estão praticamente zerados e os últimos lotes foram vendidos a preços muito interessantes ao produtor. Outro ponto de destaque foi a melhora contínua da qualidade do material produzido em São Paulo. “Registramos um aumento muito relevante quanto à qualidade do grão paulista nos últimos anos. Podemos prever que este movimento continuará sendo destaque, tendo em vista a entrada de novas variedades com bons potenciais”, pontua Nelson Montagna, antigo presidente da Câmara. Ainda foram debatidos temas como a reativação de pesquisas realizadas pelos institutos públicos, aspecto que pode contribuir para o aumento da produção do trigo paulista, e também a solicitação de ajustes nas subvenções de seguro aos produtores e melhor adequação das janelas de plantio no estado, que estão inadequadas para a nova realidade e que necessitam de mudanças. Na ocasião, Zak Joseph Battat, da COFCO, apresentou a conjuntura mercadológica do trigo. Entre os assuntos debatidos estavam liberação de cota de importação e a rentabilidade. Christian Saigh, vice-presidente do Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo), também participou da reunião e avaliou a situação do atual cenário. “O mercado de trigo de São Paulo é muito interessante, pois 85% da safra passa nas mãos

das principais cooperativas do estado, que plantam e comercializam. É um mercado regional que vai muito bem”, afirma. Triticale O cultivo e a comercialização de triticale dentro do Estado de São Paulo também foi tema da reunião. “De acordo com o reporte das cooperativas, a entrada do grão no mercado ainda é lenta. Como ficamos muito tempo sem plantar, as sementes ainda não estão atualizadas geneticamente, então a expectativa para uma boa safra é apenas em 2021”, avalia Nelson Montagna. O triticale é considerado uma espécie muito tolerante à estiagem, com boa resistência a solos ácidos, pobres e arenosos, além de ser uma cultura tolerante a temperaturas mais baixas. No setor moageiro, o grão pode ser utilizado para a elaboração de farinhas direcionadas para a produção de alguns tipos de biscoitos. Com o novo decreto, os 18% de ICMS não serão cobrados do produtor ao longo da cadeia de processamento. Só haverá tributação o produto final processado, que utilizar triticale na sua composição. Eleições novo presidente À frente dos trabalhos realizados pela Câmara Setorial no ano passado, Nelson Montagna deixa o posto de presidente. “Foi um período de muito trabalho. Conseguimos grandes avanços e continuaremos trabalhando por mais melhorias”, destaca. Em 2020, o gerente de suprimentos do Moinho Paulista, Victor Oliveira, assume a presidência e se mostra otimista para o seu mandato, mostrando que dará continuidade ao trabalho feito por Nelson. “Já faço parte da Câmara como representante de moinho de trigo há cinco anos. Vi a evolução no manejo das cultivares e na segregação do trigo. Esse trabalho de juntar os elos da cadeia entre produtor, moinho e consumidor final faz toda a diferença”, afirma. A vice-presidência de 2020 da Câmara foi preenchida por Luiz Carlos Mariotto, da Cooperativa Agrícola de Capão Bonito (CACB).

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38 COOLSEED NEWS

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40 UTILÍSSIMAS

Rubens Barbosa Presidente-Executivo da ABITRIGO Garantia de abastecimento de farinha de trigo no Brasil A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (ABITRIGO), desde 1990, tem como missão reestruturar e integrar toda a cadeia produtiva do trigo no Brasil, estimulando as melhores práticas e compartilhando conhecimento. Sendo a alimentação uma atividade essencial, indispensável ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, o principal foco dos Moinhos neste momento é garantir o abastecimento de toda a cadeia do trigo – supermercados, atacados, padarias, indústrias de massas, biscoitos, pães industriais e bolos e demais canais de food service. Estamos preparados para produzir farinha de trigo com toda a segurança alimentar, como sempre o fizemos. Isso permitirá que todos os fabricantes da cadeia de trigo e seus derivados possam cumprir com a importante função de alimentar toda a população. Os estoques de matérias-primas, embalagens e materiais auxiliares estão em nível compatível com as vendas, mesmo que estejam ocorrendo aumentos de venda no curto prazo. O fluxo de recebimento destes materiais continua ocorrendo normalmente. As empresas adotaram as melhores práticas divulgadas pelos órgãos de saúde do Brasil e do exterior, de forma a garantir a segurança de seus colaboradores e consumidores. Além do processo de industrialização do trigo ser bastante automatizado e sem intervenção manual, os procedimentos adicionais garantem a segurança alimentar dos nossos produtos. O setor está atento às principais medidas dos governos, de Revista Grãos Brasil - Março / Abril 2020

todos os níveis, principalmente nas que se referem ao transporte público - que afeta a movimentação de nossos colaboradores – e na circulação do transporte de cargas, que afeta tanto a distribuição dos produtos finais quanto o abastecimento de matérias-primas e insumos de produção. Para isso é fundamental que toda a cadeia de fornecimento funcione: fornecedores de trigo, transportadores, fabricantes de embalagens e insumos, infraestrutura de alimentação, serviços e assistência aos caminhoneiros nas estradas e, sobretudo, garantir que nossa mão de obra especializada continue a trabalhar. Quanto aos trabalhadores do setor, é importante destacar que, a exemplo dos profissionais da saúde, que estão sendo muito necessários e exigidos, nossos colaboradores estão desempenhando seu trabalho de igual valor. Suas funções estão sendo mais importantes ainda para poder continuar a alimentar toda a população. Importante ressaltar que 60% do trigo consumido no Brasil é importado e depende do funcionamento normal dos portos brasileiros e estrangeiros. Além do desafio que a pandemia traz a todos os setores, a grande desvalorização cambial combinada com o aumento do custo de reposição do trigo trazem grandes desafios ao setor. Essa vulnerabilidade em uma área estratégica para a sociedade brasileira tem sido permanentemente superada pela ação da indústria moageira, inclusive com estreito contato com as autoridades governamentais. A indústria do trigo vem a público para tranquilizar a sociedade brasileira quanto ao suprimento regular da farinha de trigo para a produção de alimentos básicos do consumo nacional e quanto às cautelas que estão sendo tomadas nas atuais circunstâncias. Nova edição de Granos - Ed. 134 Caros leitores, a nova edição da Revista Granos já está disponível na internet, o segundo do ano 2020. Nesta edição, com informações muito interessantes sobre: Prevenção da condensação de produtos ensacados em contêineres - Quando é o momento certo para colher milho atrasado? - Exportações de amendoim na Argentina aumentaram 16% em 2019 Toxicidade da fosfina - Amostragem, determinação, análise e novas tendências na detecção de micotoxinas Secagem eficiente em fornos - Covid 19: Recomendações para comida industrial e várias outras notas. Você pode visualizá-lo on-line em https://issuu.com/graosbrasil/ docs/granos134online ou se inscrever escrevendo para consulgran@gmail.com. Fique sempre bem informado!


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