ENTRE MÃOS

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entre mãos: cerâmica / escultura

lisboa, maio 2018

organização e edição FACULDADE DE BELAS-ARTES UNIVERSIDADE DE LISBOA Largo da Academia Nacional de Belas-Artes, 1249-058 Lisboa t. +351 213 252 100 www.belasartes.ulisboa.pt

exposições 29/11 —29/12/2017 galeria belas-artes ulisboa

coordenação Virgínia Fróis curadoria Marta Castelo João Rolaça divulgação Isabel Nunes Maria Teresa Sabido fotografia Leonor Fonseca João Rolaça imagem de capa Marta Castelo design de comunicação Leonardo Silva Tomás Gouveia impressão e acabamento AlfaPrint, Lda. isbn 978-989-8771-97-1 depósito legal 443766/18

© dos textos e das fotografias, os autores. © b—a, 2018.

24/03 —28/04/2018 galeria municipal de montemor-o-novo


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mĂŁos



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Lugar, alma e erro Cerâmica na área da Escultura Entre Mãos: Cerâmica / Escultura

Galeria Belas-Artes Ulisboa Galeria Municipal de Montemor-o-Novo 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 96

Alice Junqueira Beatriz Machado Beatriz Pedrosa Bárbara Gabriela da Cruz Carolina Carvalho Carolina Neves Catarina Monteiro Diamantino Diogo Diogo Castelão Sousa Diogo da Cruz Diogo Figueira Finja Filzinger Guilherme Aguiar de Matos Janina Capelle Joana Garcia e Costa Joana Lapin João Gama João Pedro Figueiredo Gonçalves João Ramos João Rolaça José Sotomayor Kseniia Obukhova Laura CCC Monteiro Liliana Velho Maria Botto Maria Teresa Franco Mariana Stoffel Mariana Vinheiras Matilde Ferreira Miguel Condeça Patrícia Gonçalves Sabina Vilagut Sara de Campos Sara Santos


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lugar, alma e erro

O barro é terra e é paisagem. Quem o molda dá-lhe alma, sentido. Dá-lhe vida. O barro pode ser telha, tijolo, pote e escultura. Pode assumir múltiplas formas expressivas, da mais básica à mais requintada, da mais convencional à mais inovadora. Tal como pode dar resposta a múltiplas necessidades, da mais ancestral à mais contemporânea. A cerâmica vive do saber fazer artesanal, ou melhor, dos seus diversos saberes; da constante tentativa e erro; do acaso e da capacidade do criador incorporar, ou moldar, o erro e a casualidade na sua criação feita de terra. Viver destas ilimitadas possibilidades, é o que torna a cerâmica um dos domínios mais versáteis, propícios e também, por isso mesmo, desafiantes à exploração criativa. A variedade de trabalhos expostos pelos estudantes de Escultura e de Design da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, é fruto do uso desta matéria viva cujo domínio, sempre imprevisível, toma diferentes formas de pemanência ou de cristalização que podemos observar nesta exposição. Como responsáveis pela Presidência da Faculdade orgulha-nos as variedade de expressões aqui reveladas e a constante qualidade do trabalho realizado, fruto do empenho, da persistência e da criatividade dos estudantes assim como da orientação que é lhes é dada pelos docentes


da Faculdade. Sem nunca esquecer o apoio técnico que uns e outros encontram nos nossos laboratórios.

José Martins (técnico de cerâmica) no Laboratório/Fornos da Faculdade.

Ana Tudichum Vasconcelos Victor dos Reis


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cerâmica na área da escultura

Em 2018 celebramos os 10 anos do novo Ciclo de Estudos da FBAUL e da nova Licenciatura em Escultura onde pela primeira vez se inscreveram as Unidades Curriculares do Laboratório de Cerâmica. Assim numerosos alunos tiveram acesso a conhecimentos da cerâmica podendo usar novos meios tecnológicos no desenvolvimento dos seus processos criativos. A programação que temos entre mãos resulta do desejo de apresentar os resultados deste percurso: reflectir a partir de um campo específico — a Escultura, com a Cerâmica procuramos os cruzamentos de outras disciplinas frutuosas à produção artística. A curadoria desta Exposição: ENTRE MÃOS, foi atribuída a dois doutorandos em Belas Artes, Marta Castelo e João Rolaça. O projecto de curadoria resulta de uma prática de grande proximidade entre todos, a Marta, professora convidada, é companheira dedicada no ensino da cerâmica desde o início. Poderemos dizer que nesta década consolidámos o nosso campo, crescendo e qualificando, respondendo às demandas dos estudantes. Mas foi com as experiências pedagógicas anteriores que pudemos estruturar o nosso currículo, das quais salientamos a cooperação com o Município de Montemor-o-Novo e com a Associação Cultural Oficinas do Convento1 onde constantemente experimentámos dimensões da prática da cerâmica não possíveis na Faculdade,


usando desde logo as terras locais, criando as nossas pastas e com o fogo orgânico fundámos o nosso modus operandi na arte da cerâmica. Nesta encosta do castelo, Sonhámos, cooperámos, programámos2 e assim, uns com os outros, abrimos espaços de criação informal e de afirmação cultural, contribuindo e sempre recebendo. De outros locais fundadores salientamos o Município das Caldas da Rainha que abrigou muitos projectos, nomeadamente as intervenções artísticas MERCADO DA FRUTA I3, que nos ligou a fábricas como a Bordalo Pinheiro, a Molde ou a SECLA. Permitiu a entrada dos alunos nos seus espaços, facilitando o acesso aos meios tecnológicos e o mais importante, a transmissão de conhecimentos, fruto do diálogo e convivialidade com os seus operários e técnicos. De destacar os seminários anuais realizados no CENCAL, nas Caldas da Rainha, onde aprendemos os processos reprodutivos e o rigor, necessários para o sucesso do trabalho. Referimos os últimos 10 anos, mas na realidade, o início da nossa investigação começou com o PEC (Projecto Escultura Cerâmica), que ganhou visibilidade com a parceria com o Mosteiro de Alcobaça, com o apoio técnico e artístico à equipa de restauro na recuperação de duas esculturas barrocas e na consequente exposição E.VOCAÇÕES4 também na parceria com a Companhia Nacional de Refractários, Fábrica da Abrigada e o Município do Montijo, para a realização de dois projetos de investigação pela prática artística, com alunos de Escultura, que culminaram

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www.oficinasdoconvento.com; 20 anos de Oficinas num Convento oficinas do convento Projectar o Rio in Projecto Rio , Arte, Ciência e Património (2003/4) Catálogo Mercado da fruta (2007) Catálogo (E)vocações IPPAR (2003) CAO Centro de Artes e Ofícios de Trás di Munti, Tarrafal de Santiago.


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com exposições, a produção de artigos científicos, e salientemos, a implantação de duas esculturas para o espaço público no Município do Montijo. Contamos por isso com as instituições a que pertencemos: a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e o Centro de Investigação VICARTE, onde trabalhamos e nos dedicamos à formação e à investigação, que, num campo alargado de conteúdos científicos e artísticos, nos lançámos ao encontro das ilhas de Cabo Verde e das suas oleiras5. Foram dez anos que consolidaram uma equipa alargada de investigadores e artistas que, com o Mestrado em Vidro e Cerâmica vai-se abrir uma outra etapa na formação laboratorial dos alunos, consubstanciando-se o mestrado num conhecimento específico, que vai alargar os campos da investigação pela prática plástica da cerâmica na faculdade. Esta tarefa múltipla é feita de muitas vozes, de muitas mãos, de muitas ideias sempre em debate. É neste processo, entre a tensão e o devaneio que existimos e damos existência, num processo contínuo e infinito.

Virgínia Fróis Sérgio Vicente


Oleiras de Trås di munti, Isabel Semedo e Saturnina Tavares, transmitindo o saber da olaria na aula do Laboratório de cerâmica no ano lectivo de 2007/2008.


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entre mãos cerâmica / escultura

O barro é o material, por excelência, da criação. Desde as primitivas figuras em terracota, as primeiras peças de olaria, passando pela modelação escultórica, pelo design de objetos ou até às interseções deste material com as novas abordagens contemporâneas, o barro tem, ao longo de todas as épocas históricas, atraído os mais diversos criadores. Trata-se de uma matéria tão elementar e essencial como sofisticada, que tanto pode ser usada na sua simplicidade ou ser integrada e aplicada em produções tecnologicamente complexas e avançadas. Em qualquer caso o barro, atravessado pelo fogo, transforma-se na duradoura cerâmica que abunda e habita largamente o nosso quotidiano. Na atualidade, a cerâmica enquanto modo de criação tem expandido os seus limites tradicionais e vindo a conquistar um espaço de visibilidade e de auto-afirmação artística, que destaca cada vez mais a sua autonomia e paradoxalmente a sua intrínseca relação com a arte e em particular com a escultura desde tempos idos. A exposição ENTRE MÃOS | Cerâmicas reúne trabalhos de alunos e ex-alunos que escolheram a Unidade Curricular de Cerâmica do curso de Escultura da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e pretende revelar a versatilidade das matérias desta tecnologia, dando a conhecer diferentes abordagens plásticas


— eventualmente díspares ou complementares — mas igualmente marcadas pela plasticidade da argila ancestral e pela liberdade de pensamento e criatividade dos autores que nela participam. Muitos deles tomaram, pela primeira vez, o barro nas mãos, nas oficinas desta faculdade e mais ou menos cientes da sua larga história, modelaram diferentes pastas cerâmicas e usaram técnicas diferenciadas, criando discursos autorais, ora de raiz mais tradicional ora interdisciplinar que confirmam a riqueza plástica que esta tecnologia permite. ENTRE MÃOS | Cerâmicas decorre de uma vontade antiga de tornar visível o trabalho desenvolvido nas unidades curriculares de cerâmica do primeiro ciclo do curso de Escultura da Faculdade de Belas-Artes, e de mostrar também os trabalhos recentes de ex-alunos que continuam a explorar profissionalmente esta área artística.

Marta Castelo João Rolaça



galeria belas-artes ulisboa









galeria municipal de montemor-o-novo







obras expostas


30—31

alice junqueira

Santarém, 1994. Neste momento, estuda e trabalha em Lisboa, local da sua residência. Concluiu o ensino secundário em Artes Visuais e prosseguiu os estudos do ensino superior na licenciatura em Design no IADE na Universidade Europeia. Posteriormente, inscreve-se na licenciatura de Escultura na Faculdade de Belas-Artes, onde se encontra de momento, a concluir o 3º ano. Ambiciona, no seu futuro, que o seu trabalho esteja relacionado com todas as áreas dentro das Artes.

Folia modelação por lastras grés vidrado dimensões variáveis (25 x 7 x 1 cm aprox.) 2018



32—33

beatriz machado

Lisboa, 1999. Frequentou a Escola Artística António Arroio, onde concluiu o curso de Produção Artística em Cerâmica. Participou em 2016, coletivamente, na 8º edição do Concurso Escolar “A minha Escola Adota um Museu”, na qual recebeu uma Menção Honrosa pelo trabalho realizado. No mesmo ano, concorreu à 3º edição da Bienal de Cerâmica Manuel Joaquim Afonso, onde obteve uma Menção Honrosa com a obra apresentada. Atualmente, frequenta o primeiro ano de escultura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.

Litost modelação por rolo raku 54 x 44,5 x 20,5 cm 2018

Litost I modelação por rolo terracota 29 x 29,5 x 21,5 cm; 27,5 x 24 x 29,5; 34 x 26 x 24 cm 2018



34—35

beatriz pedrosa

1995. Designer de produto/equipamento cuja inspiração projetual surge essencialmente da herança cultural portuguesa, mas também da natureza, aliando formas e texturas orgânicas à simplicidade moderna que conferem aos objetos uma identidade própria. Formou-se em Design de Equipamento pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa em 2016 e encontra-se atualmente a desenvolver projetos de design de produto bem como outros projetos paralelos que visam o reaproveitamento de mobiliário e objetos antigos.

Mineral XXX (série) enchimento de molde por via líquida faiança vidrada dimensões variáveis (módulos: 20 x 8 x 8 cm aprox.) 2016



36—37

bárbara gabriela da cruz

Paredes, 1994. Estudou cerâmica na Escola Soares dos Reis, tentou design de comunicação nas Belas-Artes da Universidade do Porto e um dia irá terminar a licenciatura em Escultura nas Belas-Artes da Universidade de Lisboa. O que lhe interessa é a cerâmica e o mundo rural e tradicional, passear e conhecer coisas novas misturando tudo com o entretém do desenho e da ilustração.

Regador 2 modelação por rolo terracota 51 x 29 x 71 cm 2017

Regador 3 modelação por rolo terracota 66 × 65 × 21 cm 2017



38—39

carolina carvalho

Já sem dentes de leite, Carolina Garfo licenciou-se em Escultura nas Belas Artes em Lisboa (2015). Nascida em Paradela, Trás-os-Montes, passarinhou por vários sítios mas, com os olhos virados Para de Lá dos Montes voltou a repousar no primeiro ninho. Solidifica o contacto com a cerâmica juntamente com os pais, ao mesmo tempo que contrói e ramifica projectos ligados às pessoas e tradições locais.

Zé-Cão modelação por rolo grés 31 x 22 x 30 cm 2016

Os Lagartos da minha Saia modelação por rolos grés vidrado 40 x 33 x 26 cm 12 x 26 x 25 cm 29 x 48 x 16 cm 2018



40—41

carolina neves

Carolina Neves é natural de São João Del-Rey, Minas Gerais, Brasil. Atualmente vive em Belo Horizonte, onde cursa Artes Plásticas na Escola Guignard. Tem formação superior em Geologia e mestrado em Recursos Hídricos. Tal background técnico influenciou na escolha da temática e das matérias-primas para sua arte. A artista desenvolve trabalhos em cerâmica, fotografia e instalação e procura criar, a partir de um olhar subjetivo, obras sobre a estética da natureza e recursos naturais. Em cerâmica seu interesse é explorar formas e texturas presentes na natureza, buscando uma conexão entre o humano–poético e o natural.

Cálcio modelação grés de sal 16 x 5 x 22 cm 2018



42—43

catarina monteiro

Catarina Monteiro nasceu e cresceu em Lisboa, onde continua a viver e a estudar. Estudou têxteis na Escola Artística António Arroio, tendo frequentado uma residência artística na Casa da Cerca e participado numa exposição colectiva no Teatro-estúdio Mário Viegas, inserida no Alkantara Festival 2016. Actualmente frequenta o curso de Escultura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.

Sem Título conformação por lastra grés 29 x 28 x 15 cm (cada) 2017

Construção enchimento de molde por via líquida faiança vidrada dimensões variáveis (módulos: 20 x 20 x 8 cm aprox.) 2017-2018



44—45

diamantino diogo

Nasceu no conselho de Setúbal, em 1995, e vive em Sesimbra. Do primeiro ao décimo segundo ano recebeu a educação em Sesimbra. Na entrada para o ensino superior, começou a estudar na faculdade de belas-artes, no curso de escultura.

Olhar o mundo enchimento de molde por via líquida faiança e majólica 18,5 x 18,5 x 11 cm (cada) 2018



46—47

diogo castelão sousa

Lisboa, 1998. Reside em Lisboa, estudou Design de Comunicação na Escola Secundária Artística António Arroio. Atualmente estuda no curso de Escultura na FBAUL. Exposições colectivas: 2017: New Ideas In Medallic Sculpture, Medialia… Rack and Hamper Gallery, Nova Iorque; 2017: 2ª edição do Prémio Paula Rego, Casa das Histórias da Paula Rego, Estoril; 2017: Oceano Mar é Vida – Exposição Coletiva, Palácio do Egipto, Oeiras; 2016: Do Riso ao Juízo: As Fábulas de Bocage, Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, Setúbal; Em Julho de 2017 colaborou com a artista alemã Anita Ackermann no projeto Lightcraft para o Palácio Belmonte, em Lisboa.

Sem Título modelação por lastras faiança e barro vermelho vidrados dimensões variáveis (25 x 17 x 20 x 13 cm aprox.) 2017



48—49

diogo da cruz

Diogo da Cruz é um artista conceptual que vive e trabalha em Lisboa. Tirou a Licenciatura em Escultura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2012) e tem o Diploma em Freie Kunst da Akademie der Bildenden Künste München (2016), onde foi acompanhado pelo professor Hermann Pitz, e pelos professores convidados Ceal Floyer, Andrea Fraser e Tyler Coburn. Participou no Independent Study Programme at Maumaus — Escola de Artes Visuais em Lisboa (2016). O seu trabalho foi mostrado em Portugal, Alemanha, Áustria, Espanha, Grécia, Suécia, Bulgária e Escócia.

Verde Caldas instalação enchimento de molde por via líquida faiança vidrada dimensões variáveis (30 x 15 x 20 cm aprox.) 2012



50—51

diogo figueira

Nasceu na ilha da Madeira. Passou a maior parte do seu tempo na ilha da Madeira, onde concluiu o secundário. Mudou-se para Lisboa onde está a terminar a licenciatura em Design de Produto pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Os aspetos que melhor o definem e que, simultaneamente, se revelam significantes para a área do Design de Produto são a versatilidade e a agilidade mental que se manifestam em tudo o que faz. A capacidade de observação, a perspicácia e a facilidade de aprendizagem são também particularidades que o definem.

Bottle Lamp enchimento de molde por via líquida faiança vidrada 28 x 14 x 14 cm 2018

Bottle Lamp enchimento de molde por via líquida faiança vidrada 22,5 x 14 x 14 cm 2018



52—53

finja filzinger

Finja Filzinger nasceu em 1995, na Alemanha. Desde sempre mostrou curiosidade pela arte e pela cultura, bem como por fazer coisas com as suas próprias mãos. Depois do secundário, decidiu estudar Design de Comunicação em Wiesbaden como forma de dar forma a ideias. Durante a sua estadia em Erasmus, na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, teve a oportunidade de se inscrever em disciplinas mais artísticas e de pôr as mãos no barro pela primeira vez.

Strandgut modelação e lastras grés de sal, areia e porcelana 16 x 3 x 2 cm; 2 x 4 x 2 cm 2018

Strandgut II modelação grés de sal e vidrados de cinza 43 x 11 x 3 cm 2018



54—55

guilherme aguiar de matos

Atualmente estuda Design de Produto na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Metódico por natureza, aprofunda ao limite todos os processos de projeto e, principalmente, de produção. A fase de passagem da ideia bidimensional, para o protótipo final é o que lhe dá mais prazer, ou seja ver o projeto idealizado a materializar-se em três dimensões. Design é algo que o define.

Curve enchimento de molde por via líquida faiança vidrada 23 x 18 x 18 cm (cada) 2018

Latas enchimento de molde por via líquida faiança vidrada 10,6 x 6,2 x 6,2 cm 2018



56—57

janina capelle

Janina Capelle nasceu em 1991 em Braunschweig, Alemanha. Estudou História da Arte e Germanística na Universidade Técnica de Dresden. Em 2013, fez um intercâmbio no teatro Staatschauspiel, em Dresden, como assistente de figurinos e cenografia nas produções Fallstaff (Ópera) e King Arthur. Trabalhou como assistente de cenografia no cinema nos filmes Rockabilly Requiem (Neue Mira Filmproductions, Leipzig, 3/2013), Tatort-Kopfgeld (Constantin Television, Hamburg, 10/2013) e Fritz Bauer (UFA Fiction, Baden-Baden, 4/2015). Fascinada por estas experiências, ingressou no curso de Cenografia e Design de Equipamento na Universidade de Belas-Artes em Karlsruhe. Desde então teve a oportunidade de fazer diversos intercâmbios, workshops e projectos. Neste momento, encontra-se a fazer Erasmus na Faculdade de Belas Artes em Lisboa. 11 a modelação grés de sal, grés, vidrados de cinza e engobes 16 x 8 x 50 cm 2018

11 b modelação porcelana / sal 8 x 5 x 11-14 cm 2018



58—59

joana garcia e costa

Concluiu o ensino secundário na escola Emidio Navarro, em Artes Visuais. Consequentemente, candidatou-se ao curso de Escultura na Faculdade de Belas-Artes onde se encontra, no momento, a concluir o segundo ano da licenciatura. Nasceu em Março de 1998 em Lisboa, sendo natural da Charneca de Caparica, pertencendo assim ao distrito de Setúbal. Pretende, no futuro, continuar a desenvolver as suas competências e técnicas na área de olaria.

Transformação do silêncio ao ruído visual modelação por lastra faiança dimensões variáveis (24 x 24 cm aprox.) 2017/2018

Ruído Visual modelação por lastra grés de sal 46 x 37 x 10 cm 2017/2018



60—61

joana lapin

1999. Frequentou Design de Comunicação na Escola Artística António Arroio. De seguida frequentou a Escola de Arte e Comunicação (Ar.Co) no curso de Desenho e Pintura. Atualmente está na licenciatura de Escultura na Faculdade de Belas-Artes em Lisboa.

#Sensor modelação cerâmica/ráku 30 x 40 x 30 cm 2018



62—63

joão gama

Castelo Branco, 1991. Desde cedo revelou interesse pelas artes visuais, expandindo mais tarde suas aptidões para a música. Em 2014 licenciou-se em Escultura na FBAUL. Actualmente, concluiu o mestrado em Pintura na mesma faculdade. A paisagem natural portuguesa — na sua diversidade geomórfica e cultural — é a influência mais presente na sua obra.

Brotar da terra modelação por rolo terracota 50 x 50 x 30 cm 2014



64—65

joão pedro figueiredo gonçalves

Natural da cidade da Guarda, reside e estuda em Lisboa, onde frequenta o terceiro ano da Licenciatura de Design de Equipamento pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Numa tentativa de aliar a arte ao design, desenvolve projetos inovadores e práticos de forma a estabelecer uma boa relação entre o utilizador e o objeto, tendo sempre como base a criatividade e a simplicidade dos objetos.

Houtskool enchimento de molde por via líquida faiança vidrada 27x 27 x 7 cm 2018

Rode Tulpen enchimento de molde por via líquida faiança vidrada 13,5 x 13,5 x 7 cm 2018



66—67

joão ramos

Trás-os-Montes, 1993. Vive e trabalha em Lisboa. Concluiu o ensino secundário em Artes Visuais e prosseguiu para o ensino superior na licenciatura em História da Arte na Faculdade de Letras da Universidade do Porto onde permaneceu até 2015. Posteriormente inscreve-se em Desenho Iniciação, Modelação e Figura Humana e Ilustração e técnicas de BD no Clube de Desenho do Porto. Em 2016 inicia o ciclo de estudos em Escultura na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa.

Parte de mim que vai ficar sempre lá enchimento de molde por via líquida faiança dimensões variáveis (módulos: 10 x 5 x 7 cm aprox.) 2017



68—69

joão rolaça

Santarém, 1988. Vive e trabalha em Montemor-o-Novo. Doutorando em Escultura na Faculdade de Belas-Artes, Universidade de Lisboa e Bolseiro FCT com o Projecto de Investigação A Forma do Fogo — Escultura Cerâmica de Larga Escala e sua Cozedura (2017-2020). Mestrado em Belas-Artes pela Central Saint Martins, University of the Arts, Londres (2011). Licenciado em Escultura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (2010). Recebeu a Bolsa Cecil Lewis para escultores, Londres 2010/2011. Colabora ativamente com a Oficinas do Convento desde 2014, em todo o tipo de atividades da Associação, em especial as relacionadas com Cerâmica, Formação, Criação, Produção, etc. Bolsa de Investigação para Mestre da FCT na Unidade de Investigação Vicarte — Vidro e Cerâmica para Artes, em parceria com a Oficinas do Convento — Associação Cultural de Arte e Comunicação, 2016.

A Forma Traduzida modelação terracota (cozedura a lenha) 56 x 20 x 48 cm 2014



70—71

josé sotomayor

José Maria Raposo Sotomayor especializou-se em cerâmica na António Arroio, em 2015. Agora encontra-se no último ano da Faculdade de Belas-Artes, no curso de Escultura. Já participou numa exposição de medalhística, na Sociedade de Belas-Artes de Lisboa e realizou um trabalho com o artista Miguel Palma para a galaria objetivismo em 2015.
As suas principais temáticas envolvem um estudo sobre a forma, onde é criado um paralelo entre as dificuldades e problemáticas geracionais e o quotidiano.

Ferramentas (série) modelação por lastra faiança e vídeo dimensões variáveis (10 x 3 x 1 cm aprox.) 2017



72—73

kseniia obukhova

Kseniia Obukhova, nascida em Murmansk, Rússia em 1995. Criada em São Petersburgo, onde começou a praticar artes. Em 2014 mudou-se para Milão, na Itália, para estudar design gráfico. Em 2018, durante o seu intercâmbio Erasmus na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, desenvolveu os seus primeiros trabalhos em cerâmica.

Boby part N. 1 (foot) modelação grés de sal e vidrado de cinza 31 x 17 x 12 cm 2018

Boby part N. 2 (hand) modelação grés de sal e vidrado de cinza 27 x 15 x 11 cm 2018



74—75

laura ccc monteiro

Lisboa, 1994. Licenciada em Escultura pela FBAUL (2017). Frequentou a licenciatura em Design Gráfico e Multimédia na ESAD-CR (2012-2013) bem como diversos workshops de Desenho, Ilustração, Serigrafia (na FBAUL, ar.co, Central Saint-Martins, etc.). Colaborou na organização de vários encontros “Vem, Traz, Faz” que aconteceram na cidade de Lisboa e Cetinje, Montenegro (lançamento de aviões, foguetões e outras formas de papel; encontro de pinhatas; pic-nic do trabalhador). Fez parte da dupla “Lula&Balu” na criação e auto-edição de “era uma vez mais animais”, publicação ilustrada. Realizou a “Exposition a la laverie” em Lausanne, Suiça (2017). Ajudou e participou em muitas festas e convivas em Portugal. Ultimamente dedica-se ao movimento dos pés. Regista todos estes e outros acontecimentos em largas resmas de papel e parede. Sem Título modelação por lastra grés vidrados e engobes 46 x 12 x 3 cm 2016

Utensílios da vida quobdiana do Homo Arbs. Segregação para a preparação una e nua do néctar vital modelação por lastra grés vidrados e engobes 40 x 20 x 10 cm 2018



76—77

liliana velho

Formou-se em Escultura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa em 2009. Nos anos seguintes, trabalhou como professora de Educação Artística. Em 2012, completou o Mestrado em Ensino das Artes Visuais na ARCA, em Coimbra. Desde a Faculdade que desenvolve trabalhos na área do Desenho e da Escultura. A sua principal temática é a Mulher e o seu corpo, em diferentes idades, estados e escalas. Vive e trabalha em Viseu, mas é em Montemor-o-Novo, na associação Oficinas do Convento que desenvolve os seus projectos de Escultura em cerâmica.

Como habitar um corpo sem órgãos? modelação, engobe branco terracota 100 x 60 x 10 cm 2015

Série de mini jarras para flores silvestres modelação terracota 2 x 1 x 1 cm 2017



78—79

maria botto

A Maria Botto nasce em 1997 e desde sempre que o gosto pelas artes lhe foi incutido pelos pais e irmãos. Frequentou a Escola Secundária Artística António Arroio, na área de Produção Artística — Têxteis. Terminado o segundo ano da licenciatura de escultura, encontra-se agora a participar no programa Erasmus+ na Accademia di Belle Arti di Brera, em Milão. Participou em algumas exposições na Fábrica de Braço de Prata, Contextile (Guimarães), no Museu das Artes de Sintra (MUSA) e numa exposição coletiva no âmbito na cadeira de Cerâmica da FBAUL na Casa da Cerca, em Almada.

As Pedras da Minha Rua azulejo vidrado, corda seca, estampilha, reserva 15 x 15 cm 2017

Sal da Terra modelação grés de sal 23 x 17,5 x 9,5 cm 2017



80—81

maria teresa franco

Lisboa, 1998. Reside e estuda atualmente em Lisboa. Estudou na International Preparatory School que possibilitou, desde muito cedo, o contacto com diferentes culturas. Finalizou o ensino secundário, em artes, na Escola Secundária Sebastião e Silva. Entrevistada em 2013 para o jornal “Público” por Catarina Fernandes Martins ,“Quando a escola deixa de ser uma fábrica de alunos”. Atualmente estuda no curso de Escultura na FBAUL tendo participado no Workshop Grés de Sal nas oficinas do convento em Montemor-o-Novo e num Workshop de execução de moldes no CENCAL, nas Caldas da Rainha.

S/ Título 1 modelação grés de sal 12 x 12,5 x 8 cm

S/ Título 2 modelação grés de sal 14 x 15 x 16 cm



82—83

mariana stoffel

Lisboa, 1993. Formou-se em Ciências da Arte e do Património, na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, em 2014. Desde então desenvolve trabalhos na área da cerâmica, por vezes conjugando-a com a música, outra área à qual se dedica. Em 2015, muda-se para Montemoro-Novo onde começa a colaborar com as Oficinas do Convento em diferentes áreas. Mais tarde torna-se membro cooperante da Minga, cooperativa Integral. Atualmente vive e trabalha em Montemor-o-Novo e dedica-se a projetos de animação e integração social, em paralelo, apoia também as atividades na Oficina da Cerâmica e da Terra.

Em Processo modelação por rolo, engobes vitrosos terracota 25 x 17 x 17 cm 2018



84—85

mariana vinheiras

Setúbal, 1999. Vive em Lisboa onde concluiu o ensino secundário na Escola Artística António Arroio e onde, atualmente, frequenta a licenciatura de Escultura na Faculdade de Belas Artes. Paralelamente assiste às aulas de Vídeo do curso de Cinema na Ar.Co, tuteladas por Victor Jorge Gomes. Em 2014 participou na bienal de arte têxtil contemporânea Contextile, Guimarães, a par de um projeto de Têxteis, realizado no mesmo ano. Em 2017 participou na quarta edição da exposição coletiva Casa da Dona Laura - Quarto.room. No mesmo ano apresenta pela primeira vez o seu projeto musical no espaço da associação Rosa Imunda no Porto.

My Body’s Insides modelação barro vermelho vidrado dimensões variadas (15 x 4 x 2 cm aprox.) 2018



86—87

matilde ferreira

Lisboa, 1996. Reside em Lisboa, estudou Design de Equipamento na Escola Secundária Artística António Arroio e está a concluir o curso de Escultura na FBAUL. Exposições coletivas: 2016: 1ª edição concurso Paula Rêgo, Casa das Histórias da Paula Rêgo, Estoril; 4ª edição Exposição 12x12, Ateliê da Travessa, Lisboa. 2017: Escultura efémera na Natureza com a Natureza num meio modesto, Galeria Comendador João Martins, Proença-a-Nova.

Caixa modelação por lastra vidrado mate, pasta grés 1200 40 x 30 x 14 cm 2017

Peça de Plásgco modelação por lastra vidrado mate, pasta grés 1200 55 x 10 x 6,5 cm e 35 x 9 x 5 cm 2017



88—89

miguel condeça

Barreiro, 1996. Estudou Artes Visuais na Escola Secundária Jorge Peixinho no Montijo, cidade onde vive atualmente. Em 2014 terminou o secundário e participou numa exposição coletiva na galeria do Montijo. Em 2016 ingressou no curso de Escultura da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Em 2017 foi diretor artístico de uma opereta no CCB intitulada de “Musaico”.

Pele modelação por lastra terracota, redução 21,5 x 28 x 21 cm 2018

Pele II modelação por lastra terracota, redução 16,5 x 8 x 14 cm 2018

S/ Título modelação terracota 38,5 x 23 x 13 cm 2018



90—91

patrícia gonçalves

Pombal, 1994. Reside no concelho de Leiria e estuda em Lisboa. Formação: Licenciada em Escultura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (2015). Termina o Mestrado de Escultura na mesma Faculdade (2017). Frequenta o último ano do Mestrado em Ensino das Artes Visuais, no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (2017). Exposições Coletivas: 5a e 6a Edição GAB-A, Lisboa (2013); 7a Edição GAB-A, Lisboa (2014); Exposição de Finalistas da Faculdade de Belas-Artes, Media Capital, Queluz (2014-2015); Exposição de Finalistas de Escultura da Faculdade de Belas-Artes, Palácio Marquês de Pombal, Oeiras (2015).

Peça Mecânica enchimento de molde por via líquida faiança 182 x 15 x 15 cm 2014



92—93

sabina vilagut

Barcelona, 1993. Em 2017 graduou-se em Belas Artes pela Universidade de Barcelona, fazendo Erasmus na Faculdade de Belas Artes de Lisboa no ano lectivo 2015-2016, onde iniciou o seu percurso com a cerâmica artística. Durante a sua formação fez várias exposições colectivas, cocriou e integrou diversos colectivos de performance, sendo convidada a participar em festivais e seminários a nível internacional. Actualmente está a fazer um estágio nas Oficinas da Cerâmica e da Terra (Oficinas do Convento), em Montemor-o-Novo.

Ânfora de chorar modelação por rolo terracota, redução 48 x 30 x 21 cm 2017



94—95

sara de campos

Lisboa, 1989. Artista plástica e designer de produto trabalha atualmente em Lisboa, Portugal. A sua formação académica inclui um mestrado em design de produto na ÉCAL — Lausanne, Suíça (2015-2017), o curso de fotografia do Ar.Co - Lisboa, Portugal (20102015), Licenciatura em design de equipamento na FBAUL- Lisboa, Portugal (2011-2014), e o curso de piano do Conservatório pela Orquestra Metropolitana de Lisboa e Escola N.Sra. do Cabo (2004-2013). Expôs, nomeadamente, na Neue Galerie em Augsburg, Alemanha (2017), no Design Parade em Toulon, França (2017) no Espaço Oslo 8 em Basel, Suíça, e no Pavilhão Negro do Museu da Cidade de Lisboa (2016).

Porta-flores modelação porcelana e couro 12 x 8 x 4 cm 2014

Apanha-bagas modelação porcelana e couro 8 ø x 12 cm 2014



96—97

sara santos

Lourinhã, 1996. Após frequentar, de 2011 a 2014, o curso Científico-humanístico de Artes Visuais, na Escola Secundária da Lourinhã, Sara Santos viajou para Toronto, Canadá, onde esteve durante um ano, a fim de decidir o seu futuro. Viria no ano seguinte a ingressar na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa onde frequenta atualmente o 3º ano da Licenciatura em Design de Equipamento. Em 2012 venceu o concurso de logotipo para o Agrupamento de Escolas da Lourinhã. No 1º semestre do ano letivo 2017-2018 esteve inscrita em Estudos Tecnológicos de Cerâmica III, onde realizou um projeto relacionando as matrioshkas com o design de produto.

De Matrioshkas a Jarras enchimento de molde por via líquida faiança vidrada dimensões varíáveis (módulos: 20 x 8 x 8 cm aprox.) 2017





cerâmica / escultura belas-artes ulisboa

29/11 —29/12/2017 galeria belas-artes ulisboa 24/03 —28/04/2018 galeria municipal de montemor-o-novo


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