DESIGN: FBAUL 2012

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DESIGN:FBAUL’12

Exposição

Mostra de alunos finalistas

Projecto de Exposição e de Informação

de Design de Comunicação

Diogo Azevedo

da Faculdade de Belas-Artes

Fernando Estevens

da Universidade de Lisboa

Ivan Vasilev Joana Coelho

Coordenação

Marta Barros

Victor M Almeida Apoio à Exposição e à Informação Curadoria principal

Pedro Almeida

António Nicolas Curadoria da Exposição

Comunicação

FABRICA FEATURES #83 Luísa Ribas

Projecto de Comunicação

Isabel Castro

Diogo Azevedo Joana Coelho

Curadoria das Conversas

Marta Barros

Come in we’re open… Let’s Talk Sílvia Matias

Apoio ao Projecto de Comunicação

Frederico Duarte

Ana Rita Domingos Beatriz Severes

Divulgação

Catarina Palma

Cândida Ruivo

João António da Costa

Ana Rita Domingos

Paulo Alves Ricardo Aço Rita Peres Pereira

FBAUL #2 11 a 31 de Outubro 2012

Revisão

Largo da Academia Nacional de Belas-Artes

Ana Rita Domingos

1249 – 058 Lisboa  –  Portugal T  +351 213 252 100

Plataforma Web

gab.rp@fba.ul.pt

Ana Pedro Henriques

fba.ul.pt

Apoio à plataforma Web FABRICA FEATURES #83

Miguel Cardoso

5 a 22 de Outubro 2012 Megastore United Colors of Benetton Produção Gráfica

4º andar Rua Garrett, 83 1200-203 Lisboa – Portugal

Impressão

fabricafeatures.com

JL Designers, Lda

Tiragem 300 exemplares

design2012.fba.ul.pt facebook.com/designfbaul12

Depósito Legal N.º 349783/12

O utubro 2012 ISBN 978-989-8300-38-6

Edição

Parceria

Apoio


Mostra de Alunos Finalistas de Design de Comunicação Faculdade de Belas-Ar tes Universidade de Lisboa


Emílio Távora Vilar Coordenador da área científica de Design de Comunicação


•        Há um ano atrás prometíamos tornar a exposição que agora se apresenta um acontecimento regular. O cumprimento desse objectivo – mostrar, de forma periódica, interna e externamente, o conjunto representativo dos trabalhos desenvolvidos por alunos finalistas no âmbito das disciplinas projectuais da licenciatura e mestrado em design de comunicação – vai permitir, a tempo, estabelecer um referente contra o qual seremos invariavelmente avaliados. E ainda bem. A licenciatura de Design de Comunicação garante há longos anos o maior índice de procura, a nível nacional para esta área específica e também comparativamente à restante oferta formativa da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, com uma média de entrada de 17/20 e a colocação de apenas 1 entre cada 4 candidatos em primeira opção. Esta condição, sem dúvida motivadora pelo que traduz de reconhecimento do trabalho desenvolvido, não deve todavia ser tomada por garantida – deve, pelo contrário, constituir um permanente lembrete do dever de, a cada ano, nos reafirmarmos como pólo de excelência, independentemente de quaisquer contrariedades conjunturais. A postura e desempenho de uma instituição são também aferidos por aquilo que “promete” visualmente. Num curso de design de comunicação, pela natureza intrínseca da sua vocação e propósito, a “promessa” dos trabalhos expostos – e dos materiais que os divulgam e registam – encerra necessariamente uma dupla responsabilidade: para além de mostrarem o que somos e o que oferecemos (função identidade), são também um exemplo do que “produzimos”, na medida em que traduzem competências adquiridas. Importa, por último, nomear aqueles a quem esta iniciativa deve e de quem Esta exposição reflecte a depende. Agradeço o empenho mobinossa performance e espelha, lizador e a coordenação superior de acreditamos, uma cultura Victor M Almeida, a curadoria acutiprojectual própria, embora lante de António Nicolas, valorizada obrigatoriamente atenta pelos contributos complementares ao mundo e aos outros. de Sílvia Matias, Luísa Ribas e Isabel Castro (responsável também pela assistência à produção) e o indispensável apoio multifunções de Pedro Almeida, Miguel Cardoso, Cândida Ruivo, Ana Pedro Henriques e Ana Domingos. São ainda devidos agradecimentos – e merecidas felicitações – à equipa de projecto: Diogo Azevedo, Joana Coelho e Marta Barros, com Fernando Estevens e Ivan Vasilev.


Victor M Almeida Coordenador do 1º e 2º ciclos de Design de Comunicação


• DESIGN:FBAUL’12 #2        O acesso a um novo ciclo de estudos superiores em design de comunicação por um conjunto significativo de alunos coincide com o término do ciclo anterior espelhado nos trabalhos dos alunos finalistas de Design de Comunicação da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa que se mostram em DESIGN:FBAUL’12. O evento assim designado objectiva a divulgação da actividade projectual desenvolvida pelos alunos do último ano da licenciatura e, em complemento, procura envolver a comunidade académica no processo de comunicar. Perpetua-se, deste modo, um sentido de responsabilidade e de oportunidade nos alunos recentes que, no futuro e contrariando as perspectivas actuais, encetarão um processo similar convictos de que a integração do designer na sociedade e na cultura contemporâneas será uma realidade inquestionável. DESIGN:FBAUL’12 constitui-se como um evento focado em dois núcleos expositivos distintos – FBAUL e Fabrica Features – e na apresentação e discussão pública da actividade profissional de ex-licenciados – come in we’re open… let’s talk – aferindo ansiedades, dificuldades e conquistas inerentes aos seus percursos. Pretende-se que, com esta iniciativa, se debatam as dimensões académicas e profissionais de uma disciplina vocacionada para problematizar e projectar o vasto território da comunicação visual. O núcleo expositivo na FBAUL está distribuído por três zonas – Galeria, átrio do Grande Auditório e corredores do piso 2 –, as quais evidenciam um conjunto de projectos específicos desenvolvidos pelos alunos no decurso do último ano. Apesar do enfoque dado a Seattle, é possível acompanhar os resultados obtidos nos projectos Mixing Messages e Planeta Fuller, bem como as experiências levadas a cabo em Cinematograma e Crossmedia. O espaço expositivo da Fabrica Features no Chiado mostra, essencialmente, a actividade desenvolvida na área do design editorial, com especial ênfase para RWNBT (Revolution Will Not Be Televised). O espaço integra, ainda, projectos editoriais de alunos do 2º ano da licenciatura, na tentativa de conferir ao evento uma representatividade experiencial mais ampla.


No contexto da actual produção académica específica em design de comunicação, este catálogo/livro adquire uma enorme relevância, na medida em que enaltece uma mostra representativa de ensaios projectuais, ao mesmo tempo que nos remete para o facto de que expor trabalhos exige uma leitura circunstancial do lugar e das temáticas em presença.

A edição deste catálogo configura-se como um manifesto que prolonga a matéria simbólica, tantas vezes ensaiada na licenciatura, e confirma a idiossincrasia do designer de comunicação: nascido para editar.

Do designer/editor espera-se, em primeiro lugar, que consiga superar-se em contextos de edição adversos, como aqueles que hoje presenciamos e, em segundo lugar, que procure estender os limites da sua actuação quer por via da colaboração extensiva com outras áreas disciplinares, quer por via da intervenção artística e cultural cada vez mais esclarecida e preparada para os desafios que se colocam no espaço urbano contemporâneo. Em suma, porque o designer comunica, é expectável que esse propósito natural adquira protagonismo e seja determinante na reconstrução de um ambiente cultural em profunda transformação.



Design de comunicaç ão   4

T his D o or Is a Page 2 0

Mi x ing Me ss age s 2 4

RW NB T 3 8

Design  de comunicaç ão   5

‘E f e it o’ Koyaanis qa t si 6 0

Plan e t a Fuller 6 2

‘ S ea t tle’ D e sign e Cidadania 6 8


Design Editorial 1

Audiovisual e multimédia 1+2

Mono - f olha Cin ema t e c a 10 4

Mo co de Pavo 10 6

LP / CD 10 8

Cin ema t o gr ama 12 6

In f o gr a fia 12 8

Ins t alaç ão Víde o 13 0

Design Editorial 2

C amp anha Cr ossm e dia 13 6

Webdesign 1+2 A genda Cultur al de Lisb o a 11 2

Fan zin e 11 6

A s Plan t as do Temp o dos D inoss áur ios A nima: m e W F olio 14 0




P.20 — This door is a page  P.24 — Mixing Messages   P.38 — RWNBT

Design de comunicação 4 The End of Print * Pós-modernismo, desconstrução e revolução digital

All media work us over completely.

Marshall McLuhan e Quentin Fiore

(1967), The Medium is the Massage. An Inventory of Effects, Nova Iorque,

DC4

EUA: Bantam Books, p. 26

O design gráfico associado às correntes pós-modernistas, tem sido caracterizado por um enunciado projectual que genericamente entra em ruptura com o sentido conceptual e as expressões modernistas, que desde a Bauhaus até às suas posteriores manifestações nas escolas europeias de Ulm, Basileia e Zurique ou nos EUA, nas escolas de Chicago e Nova Iorque, irão disseminar a sua influência na aprendizagem e na construção do projecto gráfico. As expressões deste design gráfico, rejeitando ou pelo menos ignorando a tradição e as convenções entretanto instaladas pelo Modernismo Suíço como principal paradigma, afirmam-se com uma outra condição filosófica e formal, de raízes mais ecléticas, e com a disseminação de discursos mais plurais, indo ao encontro de influências culturais de características mais individualizadas e menos convencionais, interpretando assim os diferentes sinais e expressões dessas influências. Enquadrado historicamente entre as décadas de 60 e 80 do século XX e a actualidade, o programa de design de comunicação 4 tem uma abrangência temática que inclui a exploração de definições contemporâneas de design e, particularmente, uma reflexão central sobre o papel do designer de comunicação

*  Expressão que se refere ao design gráfico da Ray Gun magazine   da autoria de David Carson, nos anos 90 do século X X.

·

1 8


If there is one thing that postmodernism has made clear, it is surely that every certainty is an illusion, that all fundaments are artificial, and that any thesis can be disputed. Opinions are valid for the moment, and not a minute longer. Networks, open systems and flexibility are the watchwords of our age. The ‘global citizen’ seeks his way in a society in which there is no longer any hierarchy or direction. It is almost impossible to look past one’s own time and develop a vision of the future. (...) In time-based design the designer is no longer the director delivering a finished product. His product is part of an open system.

Leonie ten Duis & Annelies Haase

(1999), “The Sandberg Institute. Facing the Future”, em Duis, Leonie ten, Haase, Annelies, The World Must Change. Graphic Design and Idealism,

1 9

Amsterdão: Sandberg Instituut, p. 261

D ocentes: António Nicolas + Pedro Almeida

no panorama contemporâneo. Nessa perspectiva, procurou-se caracterizar a dinâmica e complexidade deste período histórico, marcado por fortes convulsões políticas e ideológicas, por uma acentuada crise de valores culturais, uma exponencial evolução tecnológica e pelo fenómeno avassalador da globalização. Esta caracterização permitiu-nos compreender um vasto conjunto de factores que, directa e indirectamente, afectaram a condição do design e a natureza específica desta área projectual – da emergência do computador pessoal à revolução digital, à massificação da comunicação e à evolução dos meios de acesso e distribuição de conteúdos ou à afirmação da Internet como paradigma da sociedade de informação – definindo-se assim, alguns modelos exemplares de pensamento e de actuação em design.


This Door Is a Page

intervenç ão gr áfica

•        Explorando a metáfora enunciada pela edição da revista Emigre n.º 22 sobre o designer Nick Bell e o trabalho desenvolvido no London College of Printing, este exercício constituiu-se como um registo complementar ao trabalho de comunicação desenvolvido para a exposição DES/GN:FBAUL’2011, ocorrida em Outubro desse ano, nos espaços da faculdade. Como tema, considerou-se a apresentação de um conjunto de designers, ateliers ou escolas de design, através de uma representação gráfica do seu trabalho gráfico mais significativo e que, reconhecidos pelo seu contributo para a História do Design Gráfico, pudessem integrar a área expositiva instalada nos corredores do piso 2 desta faculdade, nos espaços definidos pelas suas portas.

2 0

( Outubro 2011 )


4.09  •

Ana Pedro Henriques

4.13 (1) •

Diogo A zevedo

David Monteiro Joana Freitas

Francisco Brito

Margarida Ferreira

Francisco L adeira

Maria Pena

tema   Wolfgang Weingart

tema   April Greiman

Dimensões   810 × 1920 mm

Dimensões   810 × 1930 mm

4.13 (2) •

4.11 (1) •  Ana Santos

Fernando Estevens

Patrícia Adelino Paulo Alves

tema   Bruno Monguzzi

Ricardo Dias

Dimensões   810 × 1940 mm

tema   Muriel Cooper

4.14 (1) •

Dimensões   810 × 1930 mm

André Sousa Beatriz Severes Joana Coelho Marta Barros

4.11 (2) •  Catarina Trindade

João António da Costa

tema   Tomato Dimensões   800 × 2000 mm

tema   Emigre Dimensões   810 × 1930 mm 4.14 (2) •

Diogo Doria Lena Tanzer

4.11 (3) •  Ana Paiva

Filipa Ferreira Rita Marcelino

tema   David Carson

Virgílio Peres

Dimensões   810 × 1930 mm

tema   Jan Van Toorn

4.14 (3) •

Cristina Baptista

+  Wim  CroUwel Dimensões   810 × 1920 mm (x2)

tema   Neville Brody Dimensões   800 × 1920 mm

4.11 (4) •  Ana Rita Domingos

Mariana Fernandes

4.15 •

Rita Parente

Joana Correia Lúcia Buisel

Rita Peres Pereira

Nádia Barbosa Ricardo Aço

tema   Experimental  Jetset Dimensões   810 × 1930 mm

tema   Kurt Schwitters Dimensões   810 × 1900 mm

2 1


4.09

4.11 (2)

4.11 (3)

4.11 (4)

4.14 (1)


4.15

4.13 (1) 4.11 (1)

4.14 (3)

4.14 (2)

4.13 (2)


Mixing Messages

booklet

•        A desconstrução introduzida no âmbito dos estudos literários por Jacques Derrida, em 1967, corresponde a um processo de desmontagem estrutural dos códigos e convenções que oferece ao design gráfico argumentos alternativos na exploração da linguagem gráfica e tipográfica.

2 4

( Novembro 2011 )


Learning

Cult of the

Design

from L as Vegas

Ugly

and Reflexivit y

·

·

·

Robert Venturi,

Steven Heller

Jan Van Toorn

Denise Scott Brown,

– 1993 –

– 1994 –

The Designer

There is such a

Dematerialization

as Author

thing as societ y

of Screen Space

·

·

·

Michael Rock

Andrew Howard

Jessica Helfand

– 1996 –

– 1994 –

– 2001 –

Steven Izenour – 1972 –

• Assim, Mixing Messages foi um exercício de experimentação em torno de novas possibilidades de formulação do discurso gráfico e assente na possibilidade de seleccionar conteúdos e de gerar novos significados através de uma nova visualidade. O exercício promoveu a leitura crítica de alguns ensaios teóricos sobre design gráfico que se consideraram relevantes face ao contexto temático do semestre. Neste sentido, procurou-se o desenvolvimento de uma análise que contextualizasse a especificidade de cada texto (época, autor, temáticas, etc.) e amplificasse o seu potencial significado através do cruzamento com outras referências, tendo como principal objectivo o desenho de uma proposta editorial (booklet) que ilustrasse os conceitos de intertextualidade e desconstrução.

2 5




•  L e a r n in g f ro m l a s v e g a s

Catarina Palma

título   Plunge into heterogeneit y Impressão   Laser

Diogo A zevedo

título   Welcome to fabulous las vegas nevada Impressão   Cera

2 8


Ivan vasilev

título   mixing messages Impressão   Laser

Joana freitas

título   las vegas, the meeting point Impressão   Laser

2 9


Lúcia buisel

título   learning from las vegas Impressão   Laser

Catarina Trindade

título   on vernacular Impressão   Inkjet

•  cu lt o f t h e u g ly

3 0


Fernando estevens

título   Culto do feio Impressão   Inkjet

Marta Barros

título   A work in progress Impressão   Inkjet, laser

3 1


Ricardo dias

título   writing expression Impressão   Laser

Rita Parente

título   Eyesores Impressão   Laser

3 2


Vasco zimbarra veloso

título   N ew wave Impressão   L a s e r

André Sousa

título   D esign and reflexivit y Impressão   L a s e r

•  d e si g n a n d r e f l e x i v i t y

3 3


•  T h e r e i s su c h a t h in g a s s o c ie t y

Ana Pedro henriques

título   responsabilidade social do design Impressão   Inkjet, laser

Ana Santos

título   new media societ y Impressão   Laser

3 4


Beatriz severes

título   there is no x x such thing as societ y Impressão   Laser

João antónio da costa

título   Is there such a thing as societ y? Impressão   Laser

3 5


•  t h e d e si g n e r a s au t h o r

Ana Rita Domingos

título   Is there an author in the house? Impressão   Laser

JOana coelho

título   Screen space Impressão   Laser

•  d e m at e r i a l i z at i o n o f s c r e e n spac e

3 6


Maria Pena

título   Digital wonderland Impressão   Cera

Paulo Alves

título   (in)visible space Impressão   Laser

3 7


RWNBT

Projecto editorial

You will not be able to stay home, brother. You will not be able to plug in, turn on and cop out. You will not be able to lose yourself on skag and skip, Skip out for beer during commercials, Because the revolution will not be televised.

“The Revolution will not be televised”,

Gil Scott-Heron (1970),

Small Talk at 125th and Lenox

•        A consciência histórica do mundo em que vivemos é, em grande parte, o produto da leitura dos ‘sinais do tempo’. A palavra e a imagem e os seus infinitos poderes significantes constituem esses sinais. A palavra tipografada, o instante capturado na fotografia, o tempo memorizado em frames de vídeo, enfim, a literatura, o cinema e todas as expressões artísticas constituem-se como ‘provas de contacto’ com a realidade que nos permitem situar espacial e temporalmente, local e globalmente, social e culturalmente, individual e colectivamente.

28 Março

1 Fevereiro

3 Maio

20 Julho

15 Agosto

– 1963 –

– 1968 –

– 1968 –

– 1969 –

– 1969 –

·

·

·

·

·

I Have a dream

Saigão

paris, a praia

to the moon

woodstock

sob a calçada

and back

3 8

( Janeiro 2012 )


• A partir de cenários políticos e acontecimentos socio-culturais e artísticos, ocorridos entre os anos 60 e 80 do século XX, propôs-se um projecto de comunicação visual que explorasse o papel do designer como coordenador da pesquisa e editor. Com base nos resultados desta pesquisa projectou-se uma publicação periódica – magazine multimédia – que sujeita à metáfora ‘Um dia na vida’ (influenciada por uma canção dos Beatles de 1967, com o mesmo nome), abordasse o tema seleccionado a partir de um conjunto de referências directas (imprensa, fotografia, documentação diversa, etc.) ou contextuais (literatura, cinema, artes plásticas, etc.) e permitisse um layout mais rico de soluções, conceptual e formalmente.

Arquivo

edição + publicação : magazine multimédia  +  sobrecapa temática  +  embalagem para registo audiovisual

20 Novembro

25 Abril

28 Fevereiro

22 Janeiro

9 Novembro

– 1971 –

– 1974 –

– 1977 –

– 1984 –

– 1989 –

·

·

·

·

·

cascais jazz

revolução

alternativa

Think

Berlim,

dos cravos

zero

different!

asas do desejo

3 9






•  I h av e a d r e a m

Francisco Brito Francisco L adeira Nádia Barbosa

título   Ubuntu Edição   I Have a Dream, Janeiro 2012 Dimensões   297 × 420 mm Impressão   Laser

4 4


•  S a i g ão

André Sousa

título   Il y a deux façons d’envisager la mort Dimensões   150 × 245 mm Impressão   Inkjet

4 5


S A I G ÃO

Catarina Trindade Tiago Afonso

título   RWNBT  Edição   Saigon,  n.º 1,  Janeiro 2012 Dimensões   300 × 420 mm Impressão   Laser

4 6


4 7


•  PARIS , A PRAIA SO B A CA LÇ ADA

João António da Costa Maria Pena Margarida Ferreira

título   1968 Edição   Especial Maio 1968 Dimensões   220 × 300 mm Impressão   Laser

4 8


•  TO THE MOON AND B To t h e m o o n a n d b ACK ac k

Ana Pedro Henriques Diogo A zevedo JOana Freitas

título   SPECK Edição   Revolution: Moon, n.º 0, Janeiro 2012 Dimensões   270 × 350 mm Impressão   Cera, inkjet, laser

4 9


•  W o o d s to c k

Ana Rita Domingos Rita Parente Rita Peres Pereira

título   Woodstock: Three days of peace of music Edição   Janeiro 2012 (Edição Única) Dimensões   250 × 330mm Impressão   Laser

5 0


•  C a s c a i s Ja z z

Fernando estevens

título   Rwnbt Edição   N.º 1,  Janeiro 2012 Dimensões   300 × 300 mm Impressão   Inkjet

5 1


•   R evolu ç ão dos cravos

Narciso Custódio Vasco Zimbarra veloso

título   Revolução dos cravos Edição   Revolução dos Cravos – A Day in a Life Dimensões   180 × 195 mm Impressão   Laser

5 2


5 3


•  Alt e r n at i va Z e ro

Beatriz Severes Joana Coelho Marta Barros

título   Ex-Posição Edição   A0: A Difícil Responsabilidade da Desordem,

n.º 0, Janeiro 2012 Dimensões   215 × 340 mm Impressão   Dactilografia mecânica, fotocópia, inkjet, laser

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•  T h in k d if f e r e n t !

Patrícia Adelino Paulo Alves Ricardo Dias

título   Innit Edição   N.º 0, Janeiro 2012 Dimensões   205 × 280 mm Impressão   Laser

5 5


•  B e r l im , a s a s d o d e s e j o

Ana Santos Diogo Doria Lena Tanzer

título   Duo Edição   Isto é Berlim, n.º 0, 2012 Dimensões   210 × 295 mm Impressão   Inkjet, laser

5 6


Catarina Palma Ivan Vasilev Lúcia Buisel

título   Mir Edição   O Muro: Um Mundo Bipolar, n.º 0

+ Crónicas de Um País Partido, n.º 1 Dimensões   225 × 320 mm Impressão   Laser

5 7


P.60 — ‘Efeito’ Koyaanisqatsi  P.62 — Planeta Fuller   P.68 — ‘Seattle’/ Design e cidadania

Design de comunicação 5 massive change * Design e Activismo Social

Revolution by design and invention is the only revolution tolerable to all men, all societies, and all political systems anywhere.

R. Buckminster Fuller (1965),

“Comprehensive Thinking” em World Design Science Decade 1965 -1975, Phase I, Document 3, World Resources

D C5

Inventory, Carbondale, Illinois, EUA: Southern Illinois University, p. 109

Vivemos hoje um momento crítico em que oi Homem enfrenta possivelmente o desafio maior da sua própria sobrevivência num contexto social, económico e ambiental desiquilibrado, mas por ele próprio definido e configurado. Num cenário desta complexidade, em constante dinâmica e sujeito a interdependências diversas, a pergunta que se coloca é: estaremos à altura de tamanho desafio? A esta interrogação apocalíptica contrapõe-se o imperativo de respondermos desenhando colectivamente um destino comum baseado no respeito pela diferença e na valorização dos valores universais que nos podem unir enquanto espécie.

*  Inspirado no livro de Bruce Mau, 2004

·

5 8


The citizen revolution: From all corners of the globe, we are now bearing witness to an emergence of social entrepreneurs with ethics as powerful as their conviction to do the greatest good for all.

Bruce Mau et al (2004),

Massive Change, Londres: Phaidon, p. 219

5 9

D ocentes: António Nicolas + Pedro Almeida

Tendo este desígnio ético como ponto de partida, o programa de DC5 suscita uma reflexão sobre ‘o estado do mundo’ e aponta a possibilidade do design, integrando os valores universais do humanismo, ser o catalisador de uma transformação capaz de operar a mudança de paradigma – do desenvolvimento insustentável para o equílibrio sustentável entre as dimensões ambiental, social e económica. «We will design evolution», a afirmação ambiciosa e optimista, contida na obra de Bruce Mau e apresentada no livro Massive Change, constituiu-se, também, como modelo inspirador para o debate teórico e subsequente trabalho projectual desenvolvido no 2º semestre.


‘Ef eito’ Koyaanisqat si

Intervenç ão gr áfica

Koyaanisqatsi Ko.yaa.nis.qatsi (from the Hopi language), n. 1. crazy life. 2. life in turmoil. 3. life out of balance. 4. life desintegrating. 5. a state of life that calls for another way of living.

Godfrey Reggio (1982), Koyaanisqatsi, documentário

•        Tendo presente um conjunto de registos audiovisuais apresentados no início do semestre – os documentários Koyaanisqasti, Powaqqatsi, 11ª Hora e Home – e que serviram de motivo de enquadramento ao contexto programático deste início de semestre, desenvolveu-se uma série de propostas de intervenção gráfica no espaço da faculdade, que se constituiram como leituras críticas a propósito dos acontecimentos, fenómenos ou conceitos apresentados pelos referidos registos. Pretendeu-se, assim, que as intervenções em causa se assumissem como um espaço de divulgação, de sensibilização e como extensões críticas sobre as temáticas enunciadas pela disciplina de DC5 e que as referências audiovisuais ilustraram de forma bastante significativa.

1 •

ana borges  •  diogo doria  •  r aquel silva

2 •

ana santos  •  patrícia adelino  •  paulo alves  •  ricardo dias

título   now that we can do any thing, what will we do ?

título   unidade celular 3 •

ana pedro henriques  •  diogo a zevedo  •  joana freitas  •  nuno cabrita título   try/angles

4 •

andré sousa  •  diana botelho  •  inês fr ancisco  •  joana rosa título   THINKING AND PROGRESS

6 0

( Março 2012 )


6

5

4

8 7

1

3

5 •

2

beatriz severes  •  joana coelho  •  marta barros título   retrato

6 •

catarina palma  •  catarina trindade  •  ivan vasilev  •  lúcia buisel título   what a wonderful world

7 •

david monteiro  •  joão fernandes  •  miguel falcão banhudo  •  pedro colaço título   Think global, act local!

8 •

fernando estevens  •  margarida ferreir a  •  maria pena  •  tiago afonso título   Earth, we have a problem!

6 1


Plane t a Fuller

Manual de instruções para a nave espacial terra —

uma experiência gr áfica

•        Exercício que pretendeu articular e sintetizar argumentos que resultaram das leituras e reflexões temáticas promovidas ao longo do 2º semestre de DC 5 e a obra de R. Buckminster Fuller, Manual de Instruções para a Nave Espacial Terra (1969). A partir dessa referência, fizeram-se abordagens às ideias e conteúdos do texto, na forma de analogias ou metáforas visuais, e que se constituiram como uma interpretação experimental das matérias teóricas expostas. Tendo presente o exemplo do livro I Seem to Be a Verb, da autoria de Buckminster Fuller e do designer Quentin Fiore, pretendeu-se a apresentação de uma ideografia sintetizadora, que se afirmasse como uma ‘escrita visual’ do texto de Fuller e permitisse uma atitude projectual de ‘interferência’ e que, num exercício de co-autoria, potenciasse algumas leituras mais expressivas.

I live on earth at present, and I don’t know what I am. I know that I am not a category. I am not a thing – a noun. I seem to be a verb, an evolutionary process – an integral function of the universe.

R. Buckminster Fuller,

Jerome Agel, Quentin Fiore (1970), I Seem To Be a Verb, Bantam Books

6 2

( Maio 2012 )


Tur ma A 1•

Amanda Baeza

2•

Ana Borges  •  R aquel Reis Silva

3•

Ana Costa  •  Natália Sar agoça

4•

Ana Neto  •  Rita Marcelino

5•

Ana Pedro Henriques  •  Joana Freitas

6•

Ana Santos  •  Paulo Alves

7•

André Domingos  •  Tiago Ribeiro

8•

André Sousa  •  Kevin Pedron

9•

Beatriz Severes  •  Diogo A zevedo

10 •

David Monteiro  •  Joana Rosa

11 •

Diana Botelho  •  Pedro Gavina Couto

12 •

Diogo Doria  •  Nádia Barbosa

13 •

Francisco Brito

14 •

Inês Bento

15 •

Joana Coelho  •  Marta Barros

16 •

Joana Correia  •  Maria Vieir a Lopes

17 •

João Balta zar  •  Vasco Neves

18 •

Nuno Cabrita

19 •

Ricardo Dias  •  Patrícia Adelino

Tur ma B 20 •

Ana Rita Domingos  •  Rita Parente

21 •

Ana Paiva  •  Mariana Fernandes

22 •

Br áulio Santos  •  Maria Mafalda Gomes

23 •

Catarina Palma  •  Ivan Vasilev

24 •

Catarina Trindade  •  Lúcia Buisel

25 •

Fernando Estevens  •  Tiago Afonso

26 •

Fr ancesco D’Auria  •  Pedro R. Col aço

27 •

Filipa Ferreir a  •  Virgílio Peres

28 •

Inês Cunha Monteiro  •  Maria Bessa

29 •

João António da Costa  •  Miguel Falcão Banhudo

30 •

Maria Fr anco de Sousa  •  Tiago Fr ancez

31 •

Maria Pena

32 •

Mariana Nogueir a  •  Fr ancisca R amalho

33 •

Marco Br ás  •  Margarida Ferreir a

34 •

Nárciso Custódio  •  Vasco Zimbarr a Veloso

35 •

Ricardo Aço  •  VRita Peres Pereir a

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6 7


‘ S eat tle’ Design e Cidadania

plataforma de comunicaç ão

You must be the change you want to see in the world. Mahatma Gandhi

•       Em continuidade com as temáticas apresentadas pelo programa de DC5, o projecto ‘Seattle’ pretendeu dar continuidade a um percurso de reflexão e pesquisa sobre os modos de representação e mediação na comunicação, conduzindo o aluno a uma intervenção projectual num cenário de acção mais efectivo e adequado a realidades sociais mais concretas. Esse cenário foi proporcionado por uma série de parcerias projectuais com diversas ONG’s (como a Amnistia Internacional) ou outras instituições (estatais ou privadas) que permitiram explorar a interacção entre o designer e as diferentes ‘redes de ligação’ no panorama sociocultural. Deste modo, experimentou-se uma efectiva relação com as práticas profissionais pertencentes a estes contextos de intervenção social, tendo presente a necessidade prioritária de sintonizar a prática projectual com as dimensões da ética e da cidadania.

6 8

(  Junho – Se tembro 2012  )


O mundo está dentro de nós antes de estar fora de nós. Mas se ele está realmente fora, na geografia e no espaço-mundo, ele está também através da minha consciência do mundo. (...) A medida do mundo é a nossa liberdade. Saber que o mundo à volta de nós é vasto, ter consciência disso, mesmo se não se pratica este mundo, é um elemento da liberdade e da grandeza do homem.

Paul Virilio (2000), Cibermundo: a política do pior, Lisboa: Teorema

Mediante o trabalho de investigação desenvolvido numa 1ª fase do projecto, e a partir de uma escolha temática associada à intervenção das diferentes parcerias, cada aluno estabeleceu uma proposta projectual que se configurasse como uma plataforma/campanha de comunicação, adequada às características e às necessidades de um trabalho de intervenção social focado no tema escolhido. Essa plataforma, de cariz multimédia, integrou diferentes objectos e suportes (impressos e/ou digitais), adequados a diferentes necessidades e à multiplicidade de registos e intervenções previstas, individuais ou em sistemas de parcerias efectivas.

I have since come to believe that social design defines a new kind of designer. It needs to be expansively conceived beyond trained designers to include end users and social participants.

William Drenttel (2012), “Design for Social Change”, Design Observer, disponível em <changeobserver.designobserver.com/ feature/designing-for-social-change/ 33188/ >

6 9






Amanda Baeza

título   Ilhas Urbanas Dimensões   210 x 297 mm Impressão   Laser Lin k   islasurbanas.blogspot.com

7 4


Ana Borges

título   Organize Dimensões   220 x 300 mm Impressão   Laser Link   organize.anafborges.com

7 5


Ana Paiva

título   Porta Aberta Dimensões   250 x 340 mm Impressão   Inkjet, laser, serigrafia Lin k   wix.com/paivaana/rehabitalisboa#!home

7 6


Ana Pedro Henriques

título   Synergy is the Key Dimensões   240 x 290 mm Impressão   Laser Link   synergyisthekey.tumblr.com

7 7


Ana Santos Diogo Doria

título   #65 Bairro Santa Filomena Dimensões   220 x 320 mm Impressão   Laser, inkjet Lin k   cidade-mecanica.blogspot.pt

paisagem-incompleta.tumblr.com projecto65.tumblr.com

7 8


André Sousa

título   L absituation Dimensões   200 x 290 mm Impressão   Inkjet Link   labsituation.info

7 9


Beatriz Severes

título   Sobre/Viver Dimensões   280 x 370 mm Impressão   Laser Lin k   exploringhome.tumblr.com

8 0


Catarina Trindade

título   Quanto Baste Dimensões   205 x 260 mm Impressão   Laser Link   denominacaodeorigemportuguesa.wordpress.com

8 1


David Monteiro

título   UntitlEd Lives Dimensões   220 x 320 mm Impressão   Laser Lin k   oslugaresocupados.wordpress.com

8 2


Fernando Estevens

título   Memória de Cheiros Esquecidos Dimensões   400 x 700 mm Impressão   Laser, offset Link   memoriadecheirosesquecidos.blogspot.pt

8 3


Francisco Brito

título   Portugrafia Dimensões   210 x 295 mm Impressão   Inkjet Lin k   portugrafia.wordpress.com

8 4


Inês Bento

título   Memória do Presente Dimensões   210 x 280 mm Impressão   Laser Link   telaurbana.tumblr.com

8 5


Ivan Vasilev

título   Rizoma Dimensões   215 x 160 mm Impressão   Laser Lin k   rizomaconcept.tumblr.com

8 6






Joana Rosa

título   Identidade Submersa Dimensões   215 x 300 mm Impressão   Inkjet, laser Link   entreespacos.tumblr.com

doespacoaolugar.tumblr.com

9 1


Maria Pena

título   Magis Quam Dimensões   170 x 235 mm Impressão   Cera, laser Lin k   naufragio-no-restelo.blogspot.pt

9 2


Maria Vieira Lopes

título   Geração Perdida Dimensões   145 x 200 mm Impressão   Inkjet, laser Link   cheioevazio.blogspot.pt

9 3


Miguel Falcão Banhudo

título   U+()SDimensões   290 x 420 mm Impressão   Inkjet, laser Lin k   anewrow.tumblr.com

9 4


Paulo Alves

título   the way we make things Dimensões   205 x 280 mm Impressão   Laser Link   thewaywemakethings.blogspot.pt

9 5


R aquel Reis Silva

título   lugares sem nome Dimensões   170 x 245 mm Impressão   Cera, laser Lin k   aquelelugarsemnome.blogspot.pt

9 6


ricardo dias

título   Message Dimensões   210 x 295 mm Impressão   Laser Link   imagined-worlds.blogspot.pt

9 7


rita parente

título   lar território Identidade Dimensões   210 x 290 mm Impressão   Inkjet, laser Lin k   dchomeiswhere.tumblr.com

9 8


rita peres pereira

título   divercidade Dimensões   245 x 330 mm Impressão   Laser Link   weshallknowourvelocitydc.tumblr.com

9 9


tiago francez

título   I against i Dimensões   300 x 340 mm Impressão   Laser Lin k   liminallspaces.tumblr.com

10 0


Vasco Zimbarra Veloso

título   Human Act! Dimensões   160 x 220 mm Impressão   Dactilografia mecânica, inkjet, laser, tranfer Link   livinginagallery.wordpress.com

10 1


P.104 — Mono-folha Cinemateca  P.106 — Moco de pavo   P.108 — LP/ cd

Design editorial 1

De1

•       Em Design Editorial 1 abordou-se o vasto campo da edição nas suas várias tipologias e géneros. Esta é uma das áreas do design de comunicação em que o designer mais depende da qualidade do material que lhe é fornecido e da relação que cria com os seus interlocutores. Na prática editorial coexistem frequentemente vários editores: o editor de conteúdos, que fornece a estrutura e os textos, e muitas vezes as ilustrações; o editor gráfico responsável pela optimização da comunicação de conteúdos e pela sua composição formal, gráfica e tipográfica – o designer de comunicação –, e, por vezes ainda, editores fotográficos ou editores de imagem. Torna-se necessário que todos estes editores, como intervenientes do mesmo projecto, cooperem entre si, de forma a que o resultado final possa ser um objecto de comunicação coerente e bem realizado. O trabalho desenvolvido no semestre de Design Editorial 1 foi dedicado a compreender, pela prática, como projectar alguns objectos gráficos – uma folha volante, um livro e embalagens para registos sonoros (LP e CD) – na perspectiva do encontro harmonioso e cordial entre a edição de conteúdos, a edição gráfica e as características particulares de cada objecto.

10 2


Visual communications of any kind, whether persuasive or informative, from billboards to birth announcements, should be seen as the embodiment of form and function: the integration of the beautiful and the useful. Copy, art, and typography should be seen docente:  C ândida Ruivo

as a living entity; each element integrally related, in harmony with the whole, and essential to the execution of an idea. Like a juggler, the designer demonstrates his skills by manipulating these skills by manipulating these ingredients in as given space. Whether this space takes the form of advertisements, periodicals, books, printed forms, packages, industrial products, signs, or television billboards, the criteria are the same.   Paul Rand, “The Beautiful and the Useful” (1946), em Thoughts on Design, 1985

10 3


Mono -f olha Cinemate ca

PRO GR AMAÇÃO DIÁRIA

• Exercício

Criação de uma folha de sala que contenha o programa diário dos filmes da Cinemateca Portuguesa e ao mesmo tempo seja um pequeno cartaz. Composição formal e organização hierárquica de texto e imagens numa folha A3, frente e costas, impresso a uma cor e com duas dobras no acabamento. Os textos, as imagens e os objectivos editoriais são recolhidos do jornal de programação mensal da Cinemateca Portuguesa. Cada aluno utiliza a informação de um dia específico sendo obrigatórias as respectivas sinopses dos filmes e a apresentação dos temas a que pertencem, bem como as imagens que lhes correspondem, em número variável ou podendo, em alguns casos, não existir.

10 4

( Novembro 2011 )


autores 1•

ana rita domingos

2•

beatriz severes

3•

catarina trindade

4•

diogo a zevedo

5•

diogo doria

6•

henrique salgueiro

7•

ivan vasilev

8•

joana coelho

9•

joana freitas

10 •

léa wolf

11 •

marco br ás

12 •

marta barros

13 •

rita parente

14 •

rita peres pereira

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Mo co de Pavo

COLEC TÂNE A DE CONTOS INFANTIS

¡PUUUUM! Cerré la puerta (suspirando) me tumbé en la cama, me puse la almohada en la cara y…

Azzdine Bennajji, “La llave hacia otro mundo”, em Moco de Pavo, Asociación Sociocultural elpavoarcoiris, 2006

• Exercício

Reformulação de miolo e capa de um livro cujos textos integram um concurso literário infanto-juvenil aberto à participação de crianças dos 7 aos 14 anos. No livro original, publicado pela asociación sociocultural   elpavoarcoiris, escrito em castelhano, que tem como título Moco de Pavo (uma expressão idiomática que resume o conceito de ‘brincadeira’) previa-se a inclusão de um CD. Ao seu público leitor variado – crianças e adultos – implicava escolhas particulares de tipografia e organização gráfica. O formato não pode ser superior ao A5, e devem ser concretizados pelo menos três cadernos de oito páginas que contemplem casos específicos de paginação do objecto, como capa/lombada/contracapa, cólofon, índice, textos de tamanhos diversos, poesia e glossário. Os textos, as imagens e os objectivos editoriais facultados são os mesmos que deram origem à primeira edição do livro.

10 6

( Dezembro 2011 )


autores 1•

ana rita domingos

2•

beatriz severes

3•

catarina trindade

4•

diogo a zevedo

5•

diogo doria

6•

léa wolf

7•

marta barros

8•

rita peres pereira

9•

tiago afonso

2 1

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9 7

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10 7


LP / CD

EMBAL AGEM PAR A REGIS TOS SONOROS

• Exercício

Criação de duas embalagens para o mesmo registo musical, uma em vinil ( LP ) e outra em formato digital (CD), tendo presente a identidade musical dos autores.

• Uma capa original de um LP deve constituir-se como a adequação no contexto da imagem visual – a imagem sonora de uma época, da marca de uma editora, da iconografia de um movimento, da criação de um designer ou de um artista plástico. Quando a capa (LP) e o registo musical passam a ser reconhecidos como identidade, a reedição em CD levanta questões que envolvem a alteração da sua imagem visual. O que se consegue manter na transcrição do registo sonoro para formato digital, perde-se muitas vezes na redução ou truncagem da imagem visual. A manutenção dessa imagem inicial pode permitir manter o registo memorialístico, mas pode fazer perder a qualidade gráfica. Por outro lado, a criação de uma nova imagem faz, inevitavelmente, quebrar a identidade anteriormente conseguida.

10 8

( Janeiro 2012 )


autores 1•

ana rita domingos

2•

catarina trindade

3•

david monteiro

4•

diogo a zevedo

5•

henrique salgueiro

6•

joana freitas

7•

léa wolf

8•

narciso custódio

6 2

5

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7

1

10 9


P.112 — Agenda cultural de lisboa  P.116 — Fanzine

Design editorial 2

De2

•       A disciplina de Design Editorial 2 tem como objectivo proporcionar os conhecimentos fundamentais no domínio dos conceitos e das técnicas subjacentes à conceptualização e produção de objectos editoriais. Aborda-se uma área específica do design gráfico que se ocupa da organização e produção de conteúdos para a edição dos mais variados tipos, e.g. livros, brochuras, revistas, jornais diários, semanários, exposições, e reflecte-se sobre as relações de interdependência a montante do projecto, considerando a produção de conteúdos como factor matricial da construção de um programa projectual em design editorial. Tratando-se de uma disciplina essencialmente prática, os alunos são confrontados com problemas específicos de complexidade variada que lhes permitem desenvolver soluções projectuais adequadas, e para as quais é solicitada a integração de casos e de referências históricas e contemporâneas que permitam um entendimento alargado da natureza específica da edição e que proporcionem mecanismos para a construção de estratégias e de modelos editoriais.

11 0


The slogan ‘ designer as author’ has enlivened debates about the future of graphic design since to help designers to initiate content, to work in an entrepreneurial way rather than simply reacting to problems and tasks placed before them by clients. The word author suggests agency, intention, and creation, as opposed to the more passive functions of consulting, styling, and formatting. Authorship is a provocative model for rethinking the role of the graphic designer at the start of the millennium; it hinges, however, on a nostalgic ideal of the writer or artist as a singular point of origin.

Ellen Lupton (1998),

“The Designer as Producer”, em Steven Heller, The Education of a Graphic Designer, Nova Iorque: Allworth Press, p. 159

11 1

docentes:  Isabel C astro  +  Nuno vale cardoso

the early 1990s. Behind this phrase is the will


Agenda Cultural de Lisb oa

•       Este projecto editorial visa complementar ou redefinir a natureza primária de uma agenda cultural tendo como ponto de partida a Agenda Cultural de Lisboa. Teve como principais objectivos a definição de um conceito, de uma estratégia e de uma estrutura editoriais considerando a criação/ampliação de canais de comunicação, assumindo-se para o efeito uma dimensão multimédia (integradora de suportes impressos e digitais), possibilitadora de uma maior interacção com os diferentes públicos. Num momento em que os suportes digitais são muitas vezes preferidos aos suportes impressos, interessa reflectir em torno das publicações impressas e de como dotá-las de relevância. Este projecto editorial desafia os alunos a assumirem o papel do designer como editor, chamando a si as reponsabilidades inerentes à criação, selecção e apresentação de conteúdos.

11 2

( Março 2012 )



Ana Pedro henriques catarina trindade joana freitas

título   A Janela de lisboa Edição   Abril 2012 Dimensões   300 x 300 mm Impressão   Laser

Beatriz severes diogo a zevedo joana coelho

título   ad . vér . bi:o Edição   Cedo, Julho /Agosto 2011 Dimensões   174 x 250 mm Impressão   Laser

11 4


catarina palma ivan vasilev lúcia buisel

título   recantos Edição   Março 2012 Dimensões   160 x 210 mm Impressão   Laser

Diogo Doria martina sousa ricardo aço nádia barbosa

título   coração de lisboa Edição   Bairro Alto, Fevereiro 2012 Dimensões   200 x 250 mm Impressão   Laser

Ana Neto Kevin Pedron Mariana Fernandes

título   Tágide Edição   Sobre Design em Lisboa, Abril 2012 Dimensões   135 x 207 mm Impressão   Laser

11 5


Fanzine

•       O fanzine [síntese da palavra fan (adepto) e das duas últimas sílabas da palavra magazine (revista)] constitui-se como um importante veículo de afirmação e divulgação de determinadas subculturas contra os conceitos impostos pela sociedade de consumo – uma manifestação de circuitos alternativos, independentes ou até underground contra o mainstream estabelecido. A relevância do fanzine fundamenta-se em dois aspetos essenciais: na veiculação de processos de inovação estética e na promoção da publicação própria.

• Este projecto editorial desafia os alunos a apropriarem-se das características particulares do fanzine, constituindo-se esta apropriação como ponto de partida para a conceptualização e materialização de novos objectos editoriais que sigam os pressupostos de uma publicação com estas características, não perdendo de vista a necessidade de se constituírem como autores dos conteúdos apresentados. Este projecto editorial tem como objectivo a exploração de uma lógica editorial diferenciada, que persiga um discurso visual coerente com a temática definida pelo aluno.

Oozing love, thought, time and – often enough – spiritualized improvisation, self published zines, tomes and periodicals are starting to seep into mainstream culture – and on a shelf or in a specialist bookshop near you.

Matthias Hübner, Robert Klanten, Adeline Mollard (2011), Behind the Zines – Self Publishing Culture, Berlim: Gestalten

11 6

( Junho 2012 )



Ricardo aço

título   BLoom’zine Edição   30ª Edição do Portugal Fashion, n.º 1 Dimensões   215 x 300 mm Impressão   Laser

Lúcia buisel

título   desvaneios caligr áficos Edição   N.º 1, Maio 2012 Dimensões   165 x 250 mm Impressão   Laser

11 8


Ivan Vasilev

título   Lexicon: dicionário cineasta Edição   Palavra memória, n.º 1 Dimensões   200 x 270 mm Impressão   Laser

Joana freitas

título   LOcaL Edição   Paúl do mar – Ilha da Madeira, n.º 1 Dimensões   135 x 195 mm Impressão   Laser

11 9


beatriz severes

título   Memory as a storage place Edição   N.º 1, Maio /Junho 2012 Dimensões   135 x 195 mm Impressão   Laser

Ana Henriques

título   Motus continuous Edição   N.º 1, Junho 2012 Dimensões   160 x 220 mm Impressão   Laser

12 0


Diana botelho

título   OM Edição   Budismo: way of life , n.º 1 Dimensões   145 x 210 mm Impressão   Laser

catarina palma

título   Outrora Edição   Segredos da Dona Céu, n.º 1, Janeiro 2012 Dimensões   195 x 290 mm Impressão   Laser

12 1


diogo doria

título   PB Zine Edição   N.º 1, Maio 2012 Dimensões   235 x 330 mm Impressão   Laser

Catarina trindade

título   Polpa Edição   N.º 1, Junho 2012 Dimensões   200 x 250 mm Impressão   Inkjet

12 2


Joana coelho

título   Vou fazer qualquer coisa e depois volto Edição   Data de Validade, n.º 1, 2012 Dimensões   140 x 210 mm Impressão   Laser

12 3


P.126 — Cinematograma  P.128 — infografia   P.130 — Instalação/ Vídeo   P.136 — Crossmedia

audiovisuaL e multimédia 1 + 2

Only in the rarest cases, however, are we confronted with sensory stimuli of only a single modality; we perceive our world through all five senses and hence multimodally.

Sandra Naumann e Jan Thoben (2009), see-this-sound.at, disponível em <beta.see-this-sound.at/print/33>

AM 1+2

•       Ao falarmos de ‘multimédia’ e de ‘novos media’ importa primeiro ir às origens do audiovisual e recuperar este domínio no seu estado puro. As experiências cinematográficas destacam-se pela sua atenção à imagem em movimento e ao som, revelando uma estética própria. Só quando compreendermos o desenvolvimento cinematográfico, poderemos então compreender os novos media. No 1º semeste, a disciplina Audiovisual e Multimédia 1 incidiu principalmente sobre a exploração audiovisual e cinematográfica. O poder da imagem estática potenciado pelo movimento e pelo som moldou o séc. XX. Retomou-se o domínio da comunicação, explorando os princípios orientadores dos contadores de histórias e subvertendo a capacidade narrativa da imagem.

12 4


The machine like the book and the painting and the symphony and the photograph is made in our own image and it reflects it back again. The task is the same now as it has ever been, familiar, thrilling, unavoidable: we work with all our myriad talents to expand our media of    Janet Murray (2003), “Inventing The Medium”, em The New Media Reader, p.11

O advento das tecnologias digitais produziu mudanças radicais não só na arte e na comunicação, mas na própria sociedade. A forma do ser humano percepcionar o mundo e a sua visão estética transformou-se, abrindo portas a novas disciplinas. Que discursos e tendências se formaram? A multimédia impõe novos paradigmas ao design de comunicação, ao nível da exploração estética e estruturação da informação. Na arte multimédia interactiva geram-se plataformas em que o utilizador intervém activamente na obra aberta. Na sociedade de consumo, naturalizaram-se novas linguagens que mudaram o comportamento dos consumidores. A disciplina de Audiovisual e Multimédia 2 trata da investigação, análise e concepção de sistemas multimédia. Estes constituem-se ferramentas capazes de potencializar a comunicação no design, envolvendo o utilizador como participante e actor nos sistemas de comunicação. Actualmente deparamo-nos com uma vasta panóplia de tecnologias e experiências new media fruto do desenvolvimento das tecnologias da comunicação e computação. Importa questionar a exploração destas tecnologias disponíveis, do seu papel não só no design de comunicação, mas na própria sociedade e nas formas de interacção pessoal e interacção homem-máquina. 12 5

D ocente: arlete castelo

expression to the full measure of our humanity.


Cinemato grama

• Utopias/Distopias

Na tensão entre fotografia e fotograma, Philippe Dubois propõe o termo ‘cinematograma’ como unidade de construção do filme La Jetée, reconhecendo o potencial de vida e movimento que parece animar cada imagem através da duração de tempo que permanecem no ecrã: «En ce sens, sa nature matérielle, dans le dispositif singulier du film, c’est-à-dire son statut hybride d’ image qui n’est ni (simplement) photographique ni (vraiment) cinématographique, mais qui est ce que j’appelle (par inversion de la notion de photogramme – une image de film faite photo) un cinématogramme (un image photo faite film), cette nature ambivalente correspond exactement à cette donnée».

• Este projecto propõe a exploração das múltiplas dimensões de sentido nas relações audiovisuais, através da criação de um objecto de carácter experimental, que recupere o poder comunicacional da fotografia. O objecto ‘cinematograma’ deve apresentar uma narrativa baseada na justaposição de imagens estáticas e áudio, explorando de diversas formas as tensões e sinergias entre estes dois elementos. Cada cinematograma deve ser um objecto de experimentação imagética e sonora. Proposta temática

A realidade do presente remete-nos sempre para infinitos possíveis futuros. Por um lado, temos testemunhado um avanço tecnológico exponencial. Por outro lado, a situação sócio-económica que se vive a nível mundial torna este um momento de inevitáveis reflexões e inquietações sobre esta visão progressista. Não teremos que regredir 30 anos para recuperar alguma estabilidade financeira? Será que teremos que abdicar das commodities que se tornaram parte inquestionável do nosso conforto? Como será o mundo daqui a 20, 50, 100 anos? 12 6

( Novembro 2011 )


1 •

Joana coelho  • Lúcia buisel  • Ricardo dias  • Rita marcelino  título · Dur ação · Link   Dia  •  03’ 00’’  •  vimeo.com/49857205

2 •

Ana barros  • Catarina Realinho  • Fernando estevens  • Paulo alves título · Dur ação · Link   O homem do espelho  •  03’ 00’’  •

3 •

título · Dur ação · Link   Spectator  •  03’ 14’’  •  4 •

vimeo.com/49884867

Diogo a zevedo  • Maria Pena  • Nádia barbosa  • Narciso custódio

vimeo.com/31557244

Filipa ferreir a  • Joana correia  • João rodrigues  • Lena tanzer título · Dur ação · Link   What is real  •  04’ 09’’  •  vimeo.com/49869348

1

2

3

4

12 7


Inf ografia

COMUNIC AÇÃO VISUAL DE DAD OS

Information graphics should be viewed as a way to better explain, enhance and complement written stories in news coverage, as well as a viable form of storytelling independent of text-driven stories.

Jennifer George-Palilonis (2006), em A Practical Guide to Graphics Reporting, Focal Press, p.7

•        Com o desenvolvimento dos softwares de produção de televisão e das tecnologias digitais, o grafismo de informação evoluiu muito para além do formato estático, onde tinha a sua expressão máxima nos jornais impressos. A televisão e a internet permitem a evolução da imagem em movimento através do tempo, oferecem a possibilidade de conjugar simultaneamente animação, vídeo, texto e som. Mas é ao aliarem ao trabalho infográfico o poder comunicacional da narração e do contador de histórias, que tornam a mensagem mais rica e realista. No entanto, independentemente do formato, as regras básicas para criar uma infografia eficaz mantêm-se actuais. • Este projecto propôs a exploração da linguagem infográfica para a comunicação eficaz de informação e dados quantitativos, a partir de algumas temáticas pré-definidas.

12 8

( Janeiro 2011 )


1 •

henrique salgueiro título · Dur ação · Link   Desigualdade  •  01’ 30’’  •  vimeo.com/49867788

2 •

Diogo A zevedo

3 •

Filipa ferreira

4 •

Catarina Trindade

título · Dur ação · Link   maria / Joana  •  01’ 20’’  •  vimeo.com/34476405

título · Dur ação · Link   On wheels  •  01’ 10’’  •  vimeo.com/34481449

título · Dur ação · Link   Pão  •  01’ 19’’  •

4

vimeo.com/49878040

1

3

2

12 9


Ins t alação / Víde o

•        O vídeo surge num contexto de intensas mudançasculturais e num período marcado por manifestações anti-guerra, tensão política, movimentos de liberação feminista, racial e sexual. A televisão enquanto meio de comunicação de massas tinha-se banalizado ao estar presente em todas as casas. A alteração de hábitos de estar, das relações interpessoais e do conhecimento comum do resto do mundo configurou uma nova realidade. Percebendo o poder comunicacional da televisão, o vídeo liberalizou o discurso, até então institucional. Como ferramenta de comunicação, fácil, manuseável e de baixo custo, possibilitou a democratização da imagem em movimento. O vídeo tornou-se de imediato o meio perfeito para uma arte que reflectia as mudanças na sociedade.

All technologies distort. By expanding our abilities to perceive, they simultaneously diminish us. We experience the world through the senses and the act of seeing is one of giving meaning, taking stock of our environment to counterbalance chaos. Technologies that help us to see shape the way we see, and, in the end, determine how we see. These inventions have resulted from choices framed by cultural beliefs to arrive at a particular view of the world, not representing the totality of human experience but a view locked within the limits of a fluctuating history. In the way that we are born into language, we also enter an unfolding, socially defined world of visual continuum.

George Legrady, Image, Language, and Belief in Synthesis, disponível em < www.fondation-langlois.org/ legrady/e/textes/legrady.html >

13 0

( Janeiro 2011 )


Neste enquadramento, o uso do vídeo abre portas ao registo experimental da palavra falada, do discurso interior ou do discurso social e político. Sem nunca descurar o seu potencial comunicativo, procurou-se agora explorar o poder da imagem em movimento na sua vertente mais conceptual, e a manipulação temporal indissociável das artes audiovisuais, através do abrandamento, do slow-motion, da imobilização da imagem em movimento, até adquirir uma intensidade para além do seu referente original e envolver o espectador numa dimensão onírica. O experimentalismo pretendido deve ser também estético e formal. Trata-se acima de tudo de um exercício de relacionamento com o espectador. O vídeo comunica e afecta o espectador. O vídeo como expressão artística rapidamente rompeu com os limites da superfície de projecção e ganhou uma dimensão tridimensional. Nos espaços das instalações vídeo, o próprio vídeo, o som, a iluminação, os objectos físicos, a escala dos diversos elementos conjugam-se para criar forças, sinergias, dicotomias, que reforçam os conceitos explorados no vídeo.

• Propôs-se aos alunos a concepção de uma instalação vídeo – um espaço expositivo em que o vídeo é a peça central. Este exercício procurou explorar o potencial do vídeo enquanto meio de comunicação conceptual, na criação de um ambiente imersivo, capaz de envolver o espectador numa relação pessoal e íntima, oferecendo um ambiente sensorial e psicológico em que os limites do espaço e do tempo se diluem. Para o projecto, cada grupo começou por seleccionar um texto que serviu como força motriz da vídeo-instalação. O texto seleccionado definiu uma opção temática (à escolha dos alunos) e inscreveu-se num sistema de valor ou legitimação cultural. Paralelamente procedeu-se à selecção de um objecto ou conjunto de objectos, nomeadamente, materiais e suportes de projecção, como televisores ou telas, isto é, elementos físicos que na sua relação com o vídeo contribuem para a modelação de um espaço imersivo e tridimensional. Vídeo e objectos formaram uma peça de identidade única, sendo as propostas deste espaço expositivo, apresentadas através de maqueta 2D. 13 1




ana pedro henriques joana freitas maria pena

título   far closer lin k   vimeo.com/35242636

Ana rita domingos joão antónio da costa Rita parente rita peres pereira

título   the medium is the massage Lin k   vimeo.com/35118863

13 4


beatriz severes diogo a zevedo Joana Coelho Marta Barros

título   L’inquiétude Link   vimeo.com/35528375

Catarina palma ivan vasilev lúcia buisel narciso custódio vasco zimbarra veloso

título   tributo à loucura Link   vimeo.com/35243915

13 5


C amp anha Cr o ssm e dia

site  + mupi

When we expand the meaning-making conventions that make up human culture, we expand our ability to understand the world and to connect with one another.

Janet Murray (2011), Inventing the Medium: principles of interaction design as a cultural practice, Cambridge, MA: MIT Press, 2012, p.2

•        Hoje em dia, a publicidade e a comunicação em geral não se restringem a um único meio. As campanhas de divulgação são cada vez mais multiplataforma na tentativa de tornar os esforços de comunicação o mais eficazes possível. Estas cobrem grande parte do espectro dos media disponíveis para fazer chegar a mensagem ao seu público-alvo. O impacto real de uma campanha de comunicação vai muito além do seu tempo de broadcasting, não induzindo imediatamente à acção ou compra. A mensagem persiste na memória. O seu impacto é sempre a médio/longo prazo.

• Para a campanha temática crossmedia sob o corolário multiplatform storytelling, foi concebido um site de campanha, que se deveria constituir como uma experiência interactiva online verdadeiramente significativa, que perdurasse na memória do utilizador e permitisse uma partilha efectiva de conteúdos. Associado ao site de campanha, foi projectado um segundo objecto interactivo. No âmbito dos temas escolhidos, a campanha foi concebida tendo em vista uma parceria com a Amnistia Internacional e dirigido a um público-alvo escolhido.

13 6

( Maio 2011  )


1 •

Ana pedro henriques  •  título   Synergy is the key

2 •

Catarina trindade  •  título   Mundo bio

3 •

Filipa ferreir a  •  título   Swim for good

4 •

Joana freitas  •  título Consumo consciente em casa

5 •

Miguel falcão banhudo  •  título Qual é o teu ritmo?

6 •

Narciso custódio  •  título redesign the cit y

1

2

3

5

4

6

13 7


P.140 — As plantas do tempo dos dinossáurios · anima:me · Wfolio

webdesign 1 + 2

web 1+2

•       Nos nossos dias, muito mais do que um simples veículo de transmissão informativo, a World Wide Web é um fórum de inovação e criatividade que opera na fronteira entre o design e a arte digital. O webdesign assume, neste contexto, uma importância fundamental sustentada pela análise crítica do comportamento dos sistemas interactivos e pela concepção e desenvolvimento de experiências e de interfaces. O potencial simbólico gráfico e a definição facilitadora de metáforas promovem a aproximação do homem à máquina. Deste modo, o estudo de ambientes interactivos e o desenvolvimento de interfaces proporciona não só uma experiência de utilização optimizada mas também as respostas adequadas aos novos pressupostos culturais. O paradigma assenta, então, na fusão conceptual do indivíduo com a tecnologia e na necessidade de entendimento de um modelo global – constituído por fenómenos, práticas, meios e linguagens –, onde as tecnologias digitais se assumem como meios de globalização e definição de novas fronteiras, permitindo gerir a informação como memórias colectivas nos campos social, cultural e económico.

13 8


13 9

docentes: joão ferreira + sónia rafael

Pretende-se, assim, proporcionar uma compreensão aprofundada deste enquadramento e a capacidade do aluno nele intervir de forma estruturada e crítica, contextualizando a cultura digital aos domínios da arte, do design e da investigação. É também através do reconhecimento e domínio dos processos, convenções, metodologias e técnicas de desenvolvimento de objectos interactivos (nas suas várias tipologias) que se concretiza a consciência do projecto e a produção e implementação de um website, com recurso às tecnologias digitais e adequadas ferramentas de concepção.


A s Plan t as d o Te mp o d o s D in o ss áur io s A nima: m e W F o lio

•        Na disciplina de Webdesign 1 foi desenvolvido um site para a exposição “As Plantas do Tempo dos Dinossáurios” que surgiu no seguimento de uma parceria entre o Jardim Botânico e a Faculdade de Belas-Artes.

•        Na disciplina de Webdesign 2, foram desenvolvidos um exercício e um projecto. No exercício anima:me pretendeu-se a concepção de uma animação em formato motiongraphics e/ou stopmotion, onde o aluno revelasse uma visão exploratória da imagem, do ritmo, do tempo e do movimento a partir da fusão e da manipulação de elementos multimédia de várias fontes (vectoriais, bitmaps, vídeo, som, etc.). O projecto WFolio, compreendeu a construção e publicação de um website e dividiu-se em dois momentos-chave, integrados coerentemente com cada módulo de aprendizagem: construção (planificação) e percurso (interactividade).

( Novembro 2011 ) ( Março 2012 )

14 0

(  Junho – Se tembro 2012  )


1

2

3

4

autores 1•

ana henriques

2•

Ana Santos

3•

catarina palma

4•

filipa ferreira

14 1


autores 1•

ana paiva

2•

filipa ferreira

3•

joão António da Costa

4•

Lúcia Buisel

5•

virgílio peres

1

2

3

4

5

14 2


autores 1•

ana henriques

2•

filipa ferreira

3•

ivan vasilev

4•

virgílio peres

2 1

3

4

14 3



A manda

64 • Plane ta Fuller

Bae z a

74 • I l h a s U r b a n a s

A na B O RGE S

61 • N o w t h a t w e c a n d o a n y t h i n g , w h a t w i l l w e d o? 63 • P l a n e t a F u l l e r 75 • O r g a n i z e

A na C atarina

127 • O H o m e m d o E s p e l h o

Realinh o

A na Cristina

64 • Plane ta Fuller

Co sta

A na Neto

64 • Plane ta Fuller 115 • Tá g i d e­­­­­­­

21 • J a n Va n To o r n + W i m C r o u w e l A na Paiva

66 • P l a n e t a F u l l e r 76 • Po r t a A b e r t a 142 • a n i m a : m e

21 • Wo l f g a n g We i n g a r t 3 4 • Re s p o n s a b i l i d a d e S o c i a l do Design 49 • S P E C K 61 • Tr y/A n g l e s A na

64 • P l a n e t a F u l l e r

Pedro

77 • S y n e r g y i s t h e K e y

henri q ues

114 • A J a n e l a d e L i s b o a 120 • M o t u s C o n t i n u o s 134 • F a r C l o s e r 137 • S y n e r g y i s t h e K e y 141 • A s P l a n t a s d o Te m p o dos Dinossáurios 143 • W F o l i o


21 • E x p e r i m e n t a l J e t s e t 36 • I s t h e r e a n a u t h o r i n t h e h o u s e? A na

50 • Wo o d s t o c k : t h r e e d a y s o f p e a c e and music

Rita

66 • P l a n e t a F u l l e r

d o ming o s

10 5 • M o n o - f o l h a C i n e m a t e c a 107 • M o c o d e P a v o 109 • L P / C D 13 4 • T h e M e d i u m i s t h e Massage

21 • M u r i e l C o o p e r 34 • New Media Socie t y A na S anto s

56 • D U O 61 • U n i d a d e C e l u l a r 64 • Plane ta Fuller 78 • # 65 B a i r r o S a n t a F i l o m e n a 141 • A s P l a n t a s d o Te m p o dos Dinossáurios

A ndré D o ming o s

64 • Plane ta Fuller

21 • To m a t o 33 • M i x i n g M e s s a g e s – D e s i g n a n d Re f l e x i v i t y A ndré S o usa

45 • I l y a d e u x f a ç o n s d ’e n v i s a g e r la mor t 61 • T h i n k i n g i n P r o g r e s s 64 • Plane ta Fuller 79 • L a b s i t u a t i o n

21 • To m a t o x such thing 35 • T h e r e i s nx o as societ y

5 4 • E x - Po s i ç ã o 61 • Re t r a t o Beatriz Se veres

64 • Plane ta Fuller 80 • Sobre/ Viver 10 5 • M o n o - f o l h a C i n e m a t e c a 107 • M o c o d e P a v o 114 • a d .v é r. b i : o 120 • M e m o r y a s a s t o r a g e place 135 • L’ I n q u i é t u d e


Br áuli o S anto s

66 • P l a n e t a F u l l e r

28 • P l u n g e i n t o H e t e r o g e n e i t y 57 • M I R 61 • W h a t a Wo n d e r f u l Wo r l d C atarina Palma

66 • P l a n e t a F u l l e r 115 • Re c a n t o s 121 • O u t r o r a 135 • Tr i b u t o à L o u c u r a 141 • A s P l a n t a s n o Te m p o dos Dinossáurios

21 • E m i g r e 30 • On vernacular 46 • R W N B T – S a i g o n 61 • W h a t a Wo n d e r f u l Wo r l d 66 • P l a n e t a F u l l e r C atarina trindade

81 • Q u a n t o B a s t e 10 5 • M o n o - f o l h a C i n e m a t e c a 107 • M o c o d e P a v o 109 • L P/C D 114 • A J a n e l a d e L i s b o a 12 2 • Po l p a 129 • P ã o 137 • M u n d o B i o

Cristina Pinto

21 • N e v i l l e B r o d y

Ba p tista

21 • A p r i l G r e i m a n David M o nteiro

61 • T h i n k G l o b a l , A c t L o c a l 64 • Plane ta Fuller 82 • U n t i t l e d L i v e s 109 • L P/C D

D iana B otelh o

61 • T h i n k i n g i n P r o g r e s s 64 • Plane ta Fuller 121 • O M


21 • Wo l f g a n g We i n g a r t 28 • We l c o m e t o F a b u l o u s L a s Ve g a s N e v a d a 49 • S P E C K 61 • Tr y/A n g l e s D io g o A ze ved o

64 • Plane ta Fuller 10 5 • M o n o - f o l h a C i n e m a t e c a 107 • M o c o d e P a v o 109 • L P/C D 114 • a d .v é r. b i : o 127 • S p e c t a t o r 129 • M a r i a / J o a n a 135 • L’ I n q u i é t u d e

21 • D a v i d C a r s o n 56 • D U O 61 • N o w t h a t w e c a n d o a n y t h i n g , w h a t w i l l w e d o? D io g o D o ria

64 • Plane ta Fuller 78 • # 65 B a i r r o S a n t a F i l o m e n a 10 5 • M o n o - f o l h a C i n e m a t e c a 107 • M o c o d e P a v o 115 • C o r a ç ã o d e L i s b o a 12 2 • p b z i n e

21 • B r u n o M o n g u z z i 31 • C u l t o d o F e i o Fernand o E ste vens

51 • R W N B T n .º 1 61 • E a r t h , w e h a v e a p r o b l e m ! 66 • P l a n e t a F u l l e r 83 • M e m ó r i a d e C h e i r o s Esquecidos 127 • O H o m e m d o E s p e l h o

21 • J a n Va n To o r n + W i m C r o u w e l 66 • P l a n e t a F u l l e r 127 • W h a t i s Re a l ? Filipa Ferreira

129 • O n W h e e l s 137 • S w i m f o r G o o d 141 • A s P l a n t a s n o Te m p o dos Dinossáurios 142 • a n i m a : m e 143 • W F o l i o


Francesco D ’Auria

66 • P l a n e t a F u l l e r

Francisca M agalh ã es

66 • P l a n e t a F u l l e r

R amalh o

21 • Wo l f g a n g We i n g a r t  FranciscO BritO

4 4 • U B U N T U  64 • P l a n e t a F u l l e r  8 4 • Po r t u g r a f i a

Francisco L adeira

Henri q ue S algueiro

Inês Bento

21 • Wo l f g a n g We i n g a r t 44 • UBUNTU

10 5 • M o n o - f o l h a C i n e m a t e c a  109 • L P/C D 129 • D e s i g u a l d a d e

61 • T h i n k i n g i n P r o g r e s s 64 • Plane ta Fuller 84 • Memória do Presente

Inês Cunh a

66 • P l a n e t a F u l l e r

M o nteiro

29 • M i x i n g M e s s a g e s 57 • M I R 61 • W h a t a Wo n d e r f u l Wo r l d 66 • P l a n e t a F u l l e r  Ivan Vasile v

86 • Rizoma 10 5 • M o n o - f o l h a C i n e m a t e c a 115 • Re c a n t o s 119 • L e x i c o n 135 • Tr i b u t o à L o u c u r a 143 • W F o l i o


21 • To m a t o 66 • S c r e e n S p a c e 5 4 • E x - Po s i ç ã o 61 • Re t r a t o J oana co elh o

64 • Plane ta Fuller 10 5 • M o n o - f o l h a C i n e m a t e c a 114 • a d .v é r. b i : o 12 3 • Vo u F a z e r Q u a l q u e r C o i s a e D e p o i s Vo l t o 127 • D i a 135 • L’ I n q u i é t u d e

J oana Co rreia

21 • K u r t S c h w i t t e r s 64 • Plane ta Fuller 127 • W h a t i s Re a l

21 • A p r i l G r e i m a n 29 • L a s Ve g a s , t h e m e e t i n g point 49 • S P E C K  61 • Tr y/A n g l e s  J oana Freitas

6 4 • P l a n e t a F u l l e r  10 5 • M o n o - f o l h a C i n e m a t e c a 109 • L P/C D 114 • A J a n e l a d e L i s b o a 119 • L o c a l 13 4 • F a r C l o s e r 137 • C o n s u m o C o n s c i e n t e em Casa

J oana Ro sa

61 • T h i n k i n g i n P r o g r e s s 64 • Plane ta Fuller 91 • I d e n t i d a d e S u b m e r s a

21 • E m i g r e 31 • I s t h e r e a s u c h a t h i n g a s s o c i e t y? J oão A ntó ni o da Co sta

48 • E s p e c i a l M a i o 1968 61 • T h i n k G l o b a l , A c t L o c a l 66 • P l a n e t a F u l l e r 13 4 • T h e M e d i u m i s t h e Massage 142 • a n i m a : m e


J oão Balta z ar

Ke vin Pedro n

Lé a Wo lf

lena tanzer

64 • Plane ta Fuller

64 • Plane ta Fuller 115 • Tá g i d e

10 5 • M o n o - f o l h a C i n e m a t e c a 107 • M o c o d e P a v o 109 • L P/C D

21 • D a v i d C a r s o n 56 • D U O 127 • W h a t i s Re a l

21 • K u r t S c h w i t t e r s 3 0 • L e a r n i n g f r o m L a s Ve g a s 57 • M I R Lú cia

61 • W h a t a Wo n d e r f u l Wo r l d

buisel

66 • P l a n e t a F u l l e r 115 • Re c a n t o s 118 • D e v a n e i o s C a l i g r á f i c o s 127 • D i a 135 • Tr i b u t o à L o u c u r a 142 • a n i m a : m e

marco br á s

66 • P l a n e t a F u l l e r 10 5 • M o n o - f o l h a C i n e m a t e c a

21 • A p r i l G r e i m a n margarida ferreira

48 • E s p e c i a l M a i o 1968 61 • E a r t h , w e h a v e a p r o b l e m ! 66 • P l a n e t a F u l l e r

M aria bessa

21 • P l a n e t a F u l l e r


maria franco

66 • P l a n e t a F u l l e r

de s o usa

M aria M afalda

66 • P l a n e t a F u l l e r

G o mes 21 • A p r i l G r e i m a n 37 • D i g i t a l Wo n d e r l a n d 8 4 • E s p e c i a l M a i o 1968 M aria Pena

61 • E a r t h , w e h a v e a p r o b l e m 66 • P l a n e t a F u l l e r 92 • M a g i s Q u a n 127 • S p e c t a t o r 13 4 • F a r C l o s e r

M aria vieira

64 • Plane ta Fuller 93 • G e r a ç ã o Pe r d i d a

l o pes

M ariana f o nseca Fernandes

21 • E x p e r i m e n t a l J e t s e t 66 • P l a n e t a F u l l e r 115 • Tá g i d e

M ariana N o gueira

66 • P l a n e t a F u l l e r

21 • To m a t o 31 • A w o r k i n p r o g r e s s 5 4 • E x - Po s i ç ã o M arta Barro s

61 • Re t r a t o 64 • Plane ta Fuller 10 5 • M o n o - f o l h a C i n e m a t e c a 107 • M o c o d e P a v o 135 • L’ I n q u i é t u d e

M artina S o usa

115 • C o r a ç ã o d e L i s b o a


Miguel Falc ão Banhud o

61 • T h i n k G l o b a l , A c t L o c a l 66 • P l a n e t a F u l l e r 94 • U + ( ) S 137 • Q u a l é o t e u r i t m o?

21 • K u r t S c h w i t t e r s N á dia Barb o sa

44 • UBUNTU 64 • Plane ta Fuller 115 • C o r a ç ã o d e L i s b o a 127 • S p e c t a t o r 52 • Re v o l u ç ã o d o s c r a v o s 66 • P l a n e t a F u l l e r

N arcis o Custó di o

109 • L P/C D 127 • S p e c t a t o r 135 • Tr i b u t o à L o u c u r a 137 • Re d e s i g n t h e C i t y

N atá lia S arag o ç a

Nun o cabrita

6 4 • P l a n e t a F u l l e r

61 • Tr y/A n g l e s 64 • Plane ta Fuller

21 • M u r i e l C o o p e r Patrícia A delin o

55 • I n n i t 61 • U n i d a d e C e l u l a r 64 • Plane ta Fuller

21 • M u r i e l C o o p e r 37 • (i n) v i s i b l e s p a c e  Paul o A lves

55 • I n n i t 61 • U n i d a d e C e l u l a r 64 • Plane ta Fuller 95 • T h e w a y w e m a k e t h i n g s 127 • O H o m e m d o E s p e l h o

Pedro Gavina Co uto

6 4 • P l a n e t a F u l l e r   •   6 4


Pedro R .

61 • T h i n k G l o b a l , A c t L o c a l

Co laç o

66 • P l a n e t a F u l l e r

R aq uel

61 • N o w t h a t w e c a n d o a n y t h i n g ,

reis silva

w h a t w i l l w e d o? 64 • Plane ta Fuller 96 • L u g a r e s s e m n o m e

21 • K u r t S c h w i t t e r s Ricard o aç o

66 • P l a n e t a F u l l e r 115 • C o r a ç ã o d e L i s b o a 118 • B l o o m ’z i n e

21 • M u r i e l C o o p e r 32 • Wr i t i n g e x p r e s s i o n ricard o dias

55 • I n n i t 61 • U n i d a d e C e l u l a r 64 • Plane ta Fuller 97 • M e s s a g e 127 • D i a

Rita M arcelin o

21 • J a n Va n To o r n + W i m C r o u w e l 64 • Plane ta Fuller 127 • D i a

21 • E x p e r i m e n t a l J e t s e t 32 • E y e s o r e s

Rita Parente

50 • Wo o d s t o c k : t h r e e d a y s o f p e a c e and music 66 • P l a n e t a F u l l e r 98 • L a r Te r r i t ó r i o I d e n t i d a d e 10 5 • M o n o - f o l h a C i n e m a t e c a 13 4 • T h e M e d i u m i s t h e Massage


21 • E x p e r i m e n t a l J e t s e t 50 • Wo o d s t o c k : t h r e e d a y s o f p e a c e and music rita peres pereira

66 • P l a n e t a F u l l e r 99 • D i v e r C i d a d e 10 5 • M o n o - f o l h a C i n e m a t e c a 107 • M o c o d e P a v o 13 4 • T h e M e d i u m i s t h e M a s s a g e

46 • R W N B T – S a i g o n Tiag o A f o ns o

61 • E a r t h , w e h a v e a p r o b l e m ! 66 • P l a n e t a F u l l e r 107 • M o c o d e P a v o

Tiag o France z

66 • P l a n e t a F u l l e r 10 0 • I A g a i n s t I

Tiag o ribeiro

64 • Plane ta Fuller

Vasco Ne ves

Vasco Zimbarra Vel o s o

64 • Plane ta Fuller

33 • N e w Wa v e 52 • Re v o l u ç ã o d o s c r a v o s 66 • P l a n e t a F u l l e r 101 • H u m a n A c t ! 135 • Tr i b u t o à L o u c u r a

21 • J a n Va n To o r n + W i m C r o u w e l Virgíli o Peres

66 • P l a n e t a F u l l e r 142 • a n i m a : m e 143 • W F o l i o


• Amanda Baeza  •  baeza.amanda@gmail.com  •  mrspoqui.com Ana Borges  •  borgesofiaf@gmail.com  •  anafborges.com Ana Catarina Realinho  •  catarina.realinho@gmail.com  •  be.net/realinho Ana Cristina Costa  •  foradhoras@gmail.com Ana Neto  •  ana.moreira.neto@gmail.com  •  be.net/ana_mn Ana Paiva  •  paiva.a.n.a@hotmail.com Ana Pedro Henriques  •  anapedro.hh@gmail.com  •  be.net/anapedro Ana Rita Domingos  •  arteodoro27@gmail.com  •  be.net/arteodoro Ana Santos  •  anafbaul@gmail.com André Domingos  •  the.fakesign@gmail.com André Sousa  •  andresirgado@gmail.com  •  andresirgado.tumblr.com Beatriz Severes  •  beatrizseveres@gmail.com  •  be.net/beatrizseveres Bráulio Santos  •  braulio.mb.santos@gmail.com  •  be.net/braulio_s Catarina Palma  •  catarina.designfolio@gmail.com  •  be.net/catarinapalma Catarina Trindade  •  catarina.rt22@gmail.com  •  be.net/catarinatrindade Cristina Pinto Baptista  •  cristinavazdocarmo@gmail.com David Monteiro  •  davidcmonteiro@gmail.com Diana Botelho  •  dbotelhoj@gmail.com  •  be.net/dianabotelho Diogo Azevedo  •  thisisgatz@gmail.com  •  be.net/diogo Diogo Doria  •  drcdoria@gmail.com  •  be.net/_drd Fernando Estevens  •  fedesigners@gmail.com  •  fedesigners.blogspot.pt Filipa Ferreira  •  filipa.coelho.ferreira@gmail.com Francesco D’Auria  •  dauria.info@gmail.com  •  francescodomenicodauria.eu Francisca Magalhães Ramalho  •  francisca_mramalho@hotmail.com Francisco Brito  •  3fmail@gmail.com Francisco Ladeira  •  franciscomeireles7@gmail.com  •  ladeiralab.wordpress.com Henrique Salgueiro  •  h.salgueiro09@gmail.com  •  youtube.com/salgueirohenrique Inês Bento  •  inesbento2@gmail.com Inês C. Monteiro  •  inescunhamonteiro@gmail.com  •  inescunhamonteiro.wordpress.com Ivan Vasilev  •  ivan.dc09@gmail.com  •  be.net/ivan Joana Coelho  •  jrac.301@gmail.com  •  be.net/joana-coelho Joana Correia  •  joanacorreia5438@gmail.com  •  be.net/joanacorreiadc Joana Freitas  •  joanafranciscafreitas@gmail.com  •  be.net/joanafreitas Joana Rosa  •  joana.lopes.rosa@gmail.com  •  be.net/jrosa João António da Costa  •  costafernandes89@gmail.com  •  be.net/joaocosta


João Baltazar  •  joao.p.baltazar@gmail.com

Kevin Pedron  •  info@kevinpedron.com  •  kevinpedron.com Lena Tanzer  •  lenamarisatanzer@gmail.com Lucia Buisel  •  lucia.buisel@gmail.com  •  be.net /luciabuisel Marco Brás  •  marco.as.bras@gmail.com  •  be.net /marco_bras Margarida Ferreira  •  curlinni@gmail.com  •  illwearsocksinstead.tumblr.com Maria Bessa  •  maria.cp.bessa@gmail.com  •  mariacpbessa.blogspot.pt Maria Franco de Sousa  •  mariachavesfs@gmail.com Maria Mafalda Gomes  •  tam040@hotmail.com  •  be.net /muffymaria Maria Pena  •  mariapintobessapena@gmail.com  •  be.net /marieplume Maria Vieira Lopes  •  ma.vieiralopes@gmail.com Mariana Fernandes  •  m.f.fernandes91@gmail.com  •  be.net /mariana_fernandes Mariana Nogueira  •  mariana-de-almeida-nogueira@hotmail.com Marta Barros  •  martamsbarros@gmail.com  •  be.net /martabarros Martina Sousa  •  martinagsousa@hotmail.com Miguel Falcão Banhudo  •  miguelbanhudo@gmail.com Nádia Barbosa  •  nadiaclb@gmail.com  •  be.net /nadiadialma Narciso Custódio  •  narciso5211@gmail.com  •  be.net /narcisocustodio Natália Saragoça  •  talia.saragoca@gmail.com Nuno Cabrita  •  nunomfcabrita@gmail.com  •  be.net /nunocabrita Patricia Adelino  •  patriciadelino@gmail.com Paulo Alves  •  p.pauloemanuel1@gmail.com  •  be.net /paulo_alves Pedro Gavina Couto  •  psysolar@gmail.com Pedro R. Colaço  •  pedroreiscolaco@gmail.com Raquel Reis Silva  •  raquelreisilva@gmail.com  •  raquelreisilva.com Ricardo Aço  •  ricardoaco@live.com  •  be.net /ricardoaco Ricardo Dias  •  rwalter.dias@gmail.com  •  be.net /rwalter Rita Marcelino  •  ritta.marcelino@gmail.com Rita Parente  •  arrparente@gmail.com  •  be.net /ritaparente Rita Peres Pereira  •  ritaperespereira@gmail.com  •  cargocollective.com/lookwhativedone Tiago Afonso  •  tiagoliveira90@gmail.com  •  be.net /tiagoliveirafono Tiago Francez  •  francez.tiago@gmail.com  •  theemptybelly.tumblr.com Tiago Ribeiro  •  tiagoribeiro4543@gmail.com Vasco Neves  •  designerivasco@gmail.com Vasco Zimbarra Veloso  •  vz5219@gmail.com  •  issuu.com/vasco_veloso_portfolio Virgílio Peres  •  djgilperez@hotmail.com  •  dribbble.com/designbygil







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