Catálogo 02-2011 ExposicõesFBP

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Artes Visuais

02

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2011

http://exposicoesfbp.blogspot.com


Na continuidade do trabalho realizado nos últimos dois anos, apresentamos a programação expositiva do mês de Fevereiro, que será centrada sobre a questão do Feminino e do Lugar e que utiliza exclusivamenta a fotografia como modo de representação. 6 Artistas vão ocupar os espaços expositivos da Fábrica Braço de Prata, cerca de 800 m2, divididos em 6 espaços diferentes. Para esta programação, foi lançado o convite a várias artistas nacionais e internacionais, que trabalham sobre as questões de género e do lugar, utilizando com regularidade o medium da fotografia. Cada artista trabalhou separadamente, sem contacto com as outras artistas. Os diferentes trabalhos são propostas individuais, apresentadas enquanto corpo temático único. Fabrice Ziegler Todas as imagens aqui reproduzidas são propriedade exclusiva dos artistas e, em alguns casos, propriedade do espaço expositivo da Fábrica Braço de Prata. As imagens não podem ser reproduzidas sem autorização dos autores. O

conteúdo

da

informação

deste

catálogo

é

da

responsabilidade

dos

vários

autores.


M aria Lopes “Mulier” - Fotografia R oxana Popelka “El Deshaucio” - Fotografia S“Somos ofia Monteiro feitos de água” - Fotografia R eis Cancela “Losing Control, em português Tumulto” - Fotografia T eresa Huertas “Journey’s End” - Fotografia C ristina Oliveira “The white dress project” - Fotografia


Maria Lopes “Mulier” - Fotografia

smlxlxxl@gmail.com


Mulier é o registo feminino da minha família. Atravessando diferentes gerações, estes retratos procuram os traços e as expressões que se repetem no tempo. São fotografias que falam da cumplicidade da vivência do dia-a-dia, do olhar que só se lança a quem se conhece no íntimo de uma casa. São fotografias do quotidiano, dos encontros aos “domingos” mostradas como as vemos em casa. Mulier é um auto-retrato com as Mulheres da minha família.










Maria Lopes nasceu em Luanda (Angola) em 1976. Em 1981 muda-se para Portugal com a família indo viver para Malta, aldeia que pertence ao concelho de Vila do Conde. No entanto, é no Porto que frequenta o liceu, estabelecendo com a cidade uma forte relação de proximidade. Entre 1995-2000 realiza o curso de Arquitectura Paisagista na Universidade de Évora, tendo frequentado o programa Erasmus em 2000 na Universidade de Wageningen (Holanda). Em 2000 muda-se para Lisboa, onde vive e exerce a profissão como paisagista. Em 2007 inicia os seus estudos de Fotografia no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação, frequentando actualmente o 1º Ano do Curso Avançado. Entre Outubro e Dezembro 2010 participou nas exposições colectivas de fotografia «Não Fiques Assim Tão Longe - Acto I e Acto II» com o colectivo Os Suspeitos (do qual é membro), na Fábrica Braço de Prata (Lisboa). Em Janeiro de 2011 expôs «O Quarto» na Pickpocket Gallery (Lisboa).

smlxlxxl@gmail.com



Roxana Popelka “El Deshaucio” - Fotografia

http://roxanapopelka.blogspot.com

roxanapopelka@yahoo.es


El desahucio forma parte de una propuesta artística basada en la utilización de la fotografía y la performance (foto acción). El punto de partida lo constituye el tema de lo habitacional como testimonio. En este caso, las doce fotografías que componen el proyecto, se han tomado en una de las viviendas deshabitadas que fueron propiedad de una empresa ubicada en Asturias (norte España). Estas viviendas fueron abandonadas súbitamente por sus propietarios (trabajadores de la empresa) al cerrar la misma. Con esta pieza, la propia artista como personaje, documenta lo que fue parte de la casa: las habitaciones, los enseres destartalados e inservibles que fueron abandonados a su suerte. Al mismo tiempo El desahucio se sirve de un texto poético escrito por la artista que transmite el desarraigo experimentado por aquél que abandona el propio espacio habitado.



¿En este lugar? ¿con el olor? Es por el olor

Pasar aquí el resto de tu vida ¿piensas pasar aquí el resto de tu vida?

¿Qué es exactamente lo que hace a los hogares de hoy tan diferentes, tan atractivos?


A veces el olor llegaba a marearme. Por el olor, era por el olor


Las paredes desconchadas y los azulejos grasientamente siniestros, me oĂ­an. Apuesto a que los azulejos escuchaban lo que decĂ­a.


Y las moscas, miles de moscas, moscas posadas sobre las mondas de patatas, jugando con las mondas de patatas, cagando sobre las mondas de patatas.

ÂżQuĂŠ es exactamente lo que hace a los hogares de hoy tan diferentes, tan atractivos?

Y un solo aviso para el desahucio


¿Quieres que te cuente cómo se movían las paredes? Se movían las paredes


¿Cuánto tiempo llevas ahí sentada? ¿Una hora o más? ¿Llevas una hora o más con la mente perdida, flotando?


A lo lejos las fábricas, las lúgubres acerías

¿Qué es exactamente lo que hace a los hogares de hoy tan diferentes, tan atractivos


Las cosas no van a ser diferentes el a単o que viene, tampoco el otro


La memoria cada vez más frágil. El deterioro final. Es la demolición. Es mi casa deshabitada

¿Qué es exactamente lo que hace a los hogares de hoy tan diferentes, tan atractivos?


Roxana Popelka

Madrid, Spain Licenciada en Ciencias Políticas y Sociología. Doctora en Filosofía CORTOS, DOCUMENTALES Y VÍDEOS >> 2001 Un día en la playa. Vídeo performance. Alicante. 2002 Dónde está mi sitio? Vídeo performance. 2003 Souvenirs. Vídeo. Conversaciones con Sandra (Documental rodado en Gijón. Muestra la vida de una joven de Cabo Verde. Recibió una ayuda económica del Principado de Asturias. Dirigido junto a Konchi Rodríguez) 2004 Historias para un túnel (Corto de ficción rodado en Asturias. Plantea el tema de la memoria. Dirigido e interpretado junto a Konchi Rodríguez) 2005 El aparcamiento (Corto que recibió el 1er Premio Día de Asturias en Festival de Cine de Gijón. Dirigido junto a Konchi Rodríguez) 2006 La terapia (Seleccionado en Festival de Cine de Gijón, Día de Asturias. Dirigido junto a Konchi Rodríguez). 2008 38 Toneladas. Documental (en colaboración), premiado por La Comunidad de Madrid. EXPOSICIONES INDIVIDUALES >> 1996 Sala 13. Oviedo. 1997 Sala IES Bernaldo de Quirós. Mieres. Asturias. C.C. Candás. Asturias. Sala Universidad Oviedo. 1998 Galería Purgatori. Valencia. Sala Cimentada. Oviedo. 1999 C.C. La Caridad. Asturias. 2000 Galería Catarsis. Madrid. C.C. Alhadros. Ibiza. Galería Amador de los Ríos. Madrid. 2001 Sala Exposiciones Biblioteca Asturias, Oviedo. 2002 C.C. Avilés. Asturias. PERFORMANCES >> 1997 El arte del embellecimiento. Alicante. 1999 Revista Caminada. Mieres. Asturias. 5º Encuentro Performance. Pola de Lena. Asturias. 2001 Oviedo. 2002 Equilibrio/desequilibrio, en www.ajimez.com. 2004 Centro de Arte. Essen. Alemania. 1ª Jornadas Arte Acción. Facultad Bellas Artes. Pontevedra. 2005 Exposición Internacional Luarca. Festival Acción!Mad05. Círculo Bellas Artes. Madrid. Galería Centro Arte Moderno. Madrid. 2006 Festival Arte Pol Art. Siero. Asturias. La Noche Blanca. Plaza Pública. C.C. Conde Duque. Madrid. Adiós Pluto! y Love Boat. Proyecto Jamón-Kinkkua. Círculo Bellas Artes Madrid. Un largo día finlandés. Proyecto Jamón-Kinkkua. Galería Muu. Helsinki 2007 Acerca de vuelos y tormentas. Contenedores 07. Festival Arte de Acción. Sevilla. (Junto a Pepe Murciego). Flores y cosas. Día internacional de la mujer. Centro cultural de la Mercé, Girona. De lo dulce a lo salado. Galería Centro Arte Moderno. Madrid. ¡Adiós Plutón! Edita 07. Punta Umbría. Huelva . 2008 Espacio Menosuno (Madrid). La muga Caula, Girona. Centro Cultural de España en Santiago de Chile. 2009 Instituto francés, Valencia. Revista Caminada en Carabanchel, Madrid. Festival de performance en Polonia. Festival en León (España). 2010 Festival Lady Fest, Madrid. De fijo a Móvil, Madrid. AcciónMad! en Lisboa: Festival Epipiderme de performance, Lisboa. 2011 De fijo a Móvil, Madrid. PREMIOS >> 1999 Salón Internacional Artes Plásticas. Barcelona. 2001 Selección VII Mostra Unión Fenosa. La Coruña. 2002 Selección Bienal del Mar. Avilés. Asturias. 2005 1er Premio Fotografía Ayunt. Avilés. Asturias 1er Premio Día de Asturias en Festival de Cine de Gijón, con el corto El aparcamiento (dirigido junto a Konchi Rodríguez). 2008 Premio de la Comunidad de Madrid al corto documental: 38 Toneladas, sobre la desaparición de la escultura de Richard Serra.

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roxanapopelka@yahoo.es



Sofia Monteiro “Somos feitos de água” - Fotografia

www.sofiamonteiro.com

sofia@sofiamonteiro.com


Este projecto surge da vontade de experimentar uma abordagem diferente de fotografia subaquática. O desejo de explorar os sentimentos que o meio físico, que não o nosso, desperta. O corpo sente e, sem rédeas que o liguem à gravidade verticalizante, sem ar que o faça acelerar num fugidio retorno à realidade terrena, expressa a alma intimamente. Como se um sopro de eternidade socorresse o apneísta. Por breves momentos esquece-se da sua condição corporal e desata em união com o todo.




Sofia Monteiro (a fotógrafa) Licenciada em Arquitectura há 14 anos, actua profissionalmente há 8 anos no mundo do design de multimédia através da sua empresa mediaFoundry na qual exerce as funções de sócia gerente e designer. A fotografia fez parte desde sempre na sua vida e começou a concretizar-se fortemente desde há 3 anos quando começou a fotografar sob a água. O mergulho é um dos suportes principais de actuação e a fotografia subaquática é uma constante descoberta. Lulaah acompanha este projecto de corpo e alma, literalmente. É o suporte da emoção. Fotografar alguém que está na água com tanto para contar é um infinito de possibilidades. Lulaah (a modelo) Intensamente ligada ao mar, pratica mergulho em apneia desde sempre. A colaboração neste projecto de fotografia subaquática traduz o ímpeto de criação artística. Tendo a oportunidade de, como modelo, adoptar as posições, temáticas e transmissão de sentimentos que sempre procurou como artista plástica. Trabalhar com a Sofia neste projecto tem se revelado uma dádiva! Um privilégio! O seu talento inato para a composição. O seu conhecimento técnico aliado a uma coragem audaz. A sua capacidade de transformar uma simples piscina num encontro com o etéreo e, no fundo azul do mar proporcionar um momento divino. A Sofia maestria os instrumentos e a técnica partilhando a sua sensibilidade artística generosamente.

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sofia@sofiamonteiro.com



Reis Cancela

“Losing Control, em português Tumulto” - Fotografia

reis.cancela@gmail.com


Losing Control, em português Tumulto é o primeiro trabalho que Reis Cancela apresenta publicamente. É feio e é bonito e será constrangedor emitir opinião sobre o mesmo. Nele mostram-se em imagem fotográfica vestígios genéticos da Avó Celeste que levou aos limites o estado de sítio em que pôs duas casas, e ecos dos reparos do Pai Daltónico e da Mãe Coragem que sempre vaticinaram coisas menos boas se Reis Cancela persistisse na desarrumação dos espaços que ocupava. Reflecte ainda a muito posterior entrada em cena de uma nova personagem na vida de Reis Cancela – o Namorado – que tanto confirma como desconfirma os vaticínios dos 2 progenitores. Neste trabalho, Reis Cancela procura fugir para tão longe quanto possível dentro dos limites do território do ficar. Resulta que na verdade não se move o que é notório no trabalho – o movimento é consequência directa do descontrolo que resulta de alguém não se mexer. A captação das imagens aconteceu perto do momento do desarranjo no aparelho digestivo. Este trabalho será uma das consequentes diarreias.


















Reis Cancela nasceu em 1972, em Lisboa, no Hospital de Santa Maria. À nascença a perspicaz Avó Celeste topou-lhe logo a icterícia pela desagradável tonalidade da tez que inquestionavelmente desfeiava a menina, mas ao Pai, talvez por causa do Daltonismo que lhe baralhava entre outras coisas a leitura dos semáforos, escapou-se-lhe a coloração amarelada proclamando constrangedoramente em alto e bom som que o rebento era o mais lindo do berçário. Não lhe bastasse a icterícia, por esquecimento ou resolução do pessoal da enfermaria, a pequena recebeu escasso alimento nos dias que se seguiram aos do seu nascimento de tal forma que a Mãe Coragem ameaçou resolutamente fugir daquele hospital se continuassem a deixar a filha à míngua. Enfermeiras ou quem quer que seja que boicotasse o fornecimento de alimento atemorizou-se e finalmente a criatura recém-nascida vê convenientemente saciada tão primária necessidade. Claramente marcada por estes primeiros dias, Reis Cancela cresce e chega à estação adulta debatendo-se permanentemente entre as dicotomias do belo e do feio, do fugir e do ficar e do constrangimento que é existir, tornando-se ainda compensatoriamente ávida por comida, tendo especial predilecção por feijoada de qualquer tipo. Desde há pouco tempo viu-se forçada a deixar de comer tanto quanto comia por ter sofrido um desarranjo não identificado no seu aparelho digestivo. Reside e tenta passar pela vida em Lisboa

reis.cancela@gmail.com



Teresa Huertas “Journey’s End” - Fotografia

tehuertas@gmail.com


Num território limiar entre a ficção e a realidade, a memória individual e a memória colectiva, o Eu e o Outro, o privado e o público, cria-se um espaço de representação, que convoca elementos da cultura e do imaginário popular, num exercício de subversão de coordenadas e limites. Estamos em lugares silenciosos mas não anónimos, marcados por sinais da história e geografia de um país, onde, pela via da apropriação e da inscrição pessoal, uma viajante, enquanto personagem, constrói efémeras experiências do habitar. Neste processo, diluem-se as fronteiras entre o passado e o presente, o exterior e o interior, o colectivo e o individual. Criam-se novas identidades e novos lugares, onde se questionam os limites do real. A fotografia, enquanto medium, tenta assegurar o sentido da experiência e sugerir uma dimensão narrativa, que deixa em aberto. O poema sonoro de Jónas Hallgrimsson (Islândia,1807-1845),Ferdalok (Journey’s End),dito na sua língua original, é um referente cultural datado que nos poderia situar, mas a sua incompreensibilidade remete-nos para a ficção. É nesta zona intermédia, lugar incómodo, que se pode jogar o jogo da imaginação. Teresa Huertas



http://www.library.wisc.edu/etext/ jonas/Ferdalok/mm/Ferdalok-SA.au








Teresa Huertas, vive e trabalha em Lisboa. FORMAÇÂO: É licenciada em Filologia Germânica pela Universidade de Lisboa. Estudou Fotografia (AR.CO. Centro de Arte e Comunicação Visual, Universidade Aberta, Centro de Formação João Soares, em Lisboa), História de Arte (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), Pintura (AR.CO.), Desenho (S.N.B.A., Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa), Gravura (Galeria Quadrum, Lisboa), Cenografia (Escola Superior de Teatro e Cinema, Lisboa) e Artes Performativas (Forum Dança, Lisboa). Frequentou cursos e workshops de imagem, performance, dança e voz. EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS 2008 “Octiens”, Biblioteca Municipal D.Dinis, Odivelas. 2007 “H. in memoriam”, Fábrica Braço de Prata, Lisboa. 2006 “H.” , Centro de Cultura Contemporânea / Cooperativa de Comunicação e Cultura de Torres Vedras. “Rêveries”, Galeria Municipal de Abrantes EXPOSIÇÕES COLECTIVAS 2008 Concurso de Fotografia Purificación Garcia (Seleccionados), Círculo de Bellas Artes, Madrid; Centro Cultural de la Diputación de Ourense. “Iniciativa X”, Arte Contempo, Lisboa. 2007 “Poder, Ruptura, Silêncio”, Convento de Cristo, Tomar. “Iniciativa X”, Arte Contempo, Lisboa. 2006 “Caligrafias”, Casa Fernando Pessoa, Lisboa. 2005 Bienal de Fotografia da Moita. “Arte urbana para Intervenção”, Lisboa 2004 “uma forma concreta ou (re)velada”, com Manuel Luis Cochofel, Galeria 9arte, Lisboa. Festival Monsaraz Museu Aberto, Jardim da Casa da Universidade, Monsaraz. 2002 “Colectiva Fotografia”, Galeria LAG, Lisboa. “Land-to-‘scape”, KampoKelly Studio,Torres Vedras. Mostra Luso-Galaica de Arte Contemporânea, Chaves . 1996 “Luxuria”, KampoKelly Studio,Torres Vedras . 1995 “Solve et Coagula”, Festival Motivos, Casamatas, Almeida.

tehuertas@gmail.com



Cristina Oliveira “The white dress project� - Fotografia

http://www.flickr.com/photos/cristina-o/sets/

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Amniose d’il branco Uma física redoma o céu, volvido cosmos, à escala da câmara. A imensa e variada fruta está suspensa do azulnegro, os insectos maravedis voltaram ao conforto das artérias cretenses. O erotismo é um contra-tempo. Não se vincula ao pragmatismo ou à fúria da concretização. O naipe branco dos dentes morde a circunstância sem a impregenar de continuidade. Está sem programa. Não trabalha Para. Está por inteiro Com. Está. Em Olimbo. Fora dos Olimpes. Sem compe-TIR. O branco não é o palimpesesto onde prenncher. É preenchimento. O corpo é agora uma multidão. De corpos e frutas. Estende-se por toda a pradaria celeste como um Princípio veraz. Cabe no universo do espelho mirado em luxidez. Não é com as mãos que faço subir as vestes brancas de Cristina O. AA.Miranda










virtual.cristina@gmail.com



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