RIBEIRÃO PRETO CONCEPT: SPOTLIGHT Português

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THGILTOPS

EDUCAÇÃO INFANTIL RIBEIRÃO PRETO

ESCOLA CONCEPT


“AFASTE-SE UM POUCO E DEIXE ESPAÇO PARA AS CRIANÇAS APRENDEREM, OBSERVE CUIDADOSAMENTE O QUE ELAS FAZEM. SE VOCÊ ENTENDEU BEM, TALVEZ ENSINAR PASSE A SER DIFERENTE DO QUE ERA ANTES.”

LORIS MALAGUZZI



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spot light Por Katherine Stravogiannis

Spotlight. Vamos atribuir merecido foco, destacando, orgulhosamente, o Infantil, nesta primeira edição de uma Publicação que valoriza nosso compromisso com a educação e sociedade. Afinal, a Educação Infantil representa ampliação de conexões sociais, emocionais, vivenciais, cognitivas. Período sensível e base decisiva para consolidar memórias indeléveis. Memórias. Num período também incerto. Com familiares comprometidos, parceiros, que olham para esta criança com acolhimento, querendo garantir seu espaço de pertencimento. Numa educação de qualidade.

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5 Esta publicação celebra a criança que habita a Concept: curiosa, investigativa, genuína, com liberdade para ser sua melhor versão, explorar tempos, espaços e contextos.

Contextos. Tempos.

E, que tal, então, pensarmos na criança que fomos? No que esta criança perspicaz pensaria do adulto que nos tornamos hoje? Celebrar o que hoje ensinamos à nossa criança sobre valores, resiliência, convivência? Talvez menos em palavras, e mais em ações? Com tantas transformações e influências, a sociedade está construindo um jeito de ser criança, nos convocando sobre o significado da Educação Infantil, estudando intimamente as crianças, não no sentido de traçar o que elas virão a ser, mas de aceitar quem elas são, entender melhor sua identidade e relações estabelecidas. E a Escola Concept acompanha esta necessidade, articulando seus pilares, seu projeto, à visibilidade das múltiplas linguagens dessa cultura da infância, acolhida por educadores que documentam, planejam, articulam, debatem, estudam, refletem e fazem história, porque sabem que as crianças são sujeitos também históricos, e não reprodutoras de conteúdos. E eles estão vivendo uma história. Um momento único, que aqui queremos documentar.

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Escola Virtual? Sim!

Respeitando as características etárias, cada educador dedicou muitas horas a planejar propostas que possibilitassem maior independência das crianças, intervenções e materiais facilmente encontrados em casa. A manutenção do sentido, conexão com os Projetos, interdisciplinaridade, objetivos pedagógicos conectados à BNCC, ao Fieldwork Education, mas que também evidenciassem Global Goals, Pilares da escola, Hábitos da Mente tornaram a experiência desafiadora, mas repleta de aprendizado e entusiasmo. No caso da Educação Infantil, coube à escola oferecer uma oportunidade adicional de convivência, e ampliar o olhar dos responsáveis e cuidadores sobre o potencial das crianças, apoiando-os e mantendo-se como referenciais qualificados de continuidade afetiva à criança. Muito mais do que aulas em telas em horas contábeis, as relações devem ser exaltadas, os processos cognitivos mantidos, a significância e, nesse caso, a própria relação de redescoberta da própria casa, com propostas que pudessem ser facilmente mediadas. Manter uma rotina por meio de operadores prévios que davam indícios representativos da história vivida foi fundamental.


6 Mas… uma PAUSA também é importante para vivenciar processos, redescobrir o lar, para potencializar as relações presenciais e in loco, em tempos de transição, nas necessidades do infantil, que são únicas e altamente respeitadas.

Que as aprendizagens jamais cessem! Nossos olhares brilham só de pensar no reencontro com cada uma das nossas crianças. Enquanto isso, aproveite essa Publicação, o que já aconteceu, e o que está por vir.

Na Concept, tratamos o infantil com seu devido espaço e qualificação, nos tempos e particularidades, embasados nas maiores referências educativas mundiais.

Por isso, o infantil segue seu caminho diferente do Fundamental, e o Grade 1 orgulhosamente faz parte disso. Em férias? Sim, agora.

FÉRIAS, MAS NÃO RETROCESSO. FÉRIAS.

Para uma retomada com força e potência total, aproveitando cada minuto possível, com olhar intencional e planejado. Vamos redescobrir o valor do nosso grupo. Estamos juntos, e só temos a agradecer a vocês, famílias, que conferem a nós o privilégio de educar seus filhos, mesmo em tempos incertos de isolamento físico, não social. Vocês nos escolheram para educar em tempos de incerteza, e queremos ser os primeiros a acolher seus filhos quando os portões se abrirem.

Katherine Stravogiannis é a diretora do Segmento Infantil do Campus São Paulo, além disso, é líder do segmento infantil de todas as unidades Escola Concept no Brasil.


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8 Essa linha do tempo mostra as principais ações e como a escola tem se comunicado com as famílias durante o isolamento.

NOSSA Gerenciamento de

23 de março: a escola informa às famílias que`a cobrança referente a alimentação e atividades do After School serão suspensas para março e durante todo o período que a escola permanecer fechada.

20 de março: lançamento da fase 1 da escola virtual.

30 de março: lançamento da fase 2 da escola virtual.

7 de abril: primeira comunicação sobre a antecipação das férias.


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JORNADA

crise durante a COVID-19

Antes de 28 de maio: atualização do plano acadêmico para a Educação Infantil e o Primeiro ano.

24 de abril: com o foco nas necessidades de cada segmento, a educação infantil e o primeiro ano dos anos iniciais do ensino fundamental permanecem de férias até 1o de junho para maximizar o tempo presencial no campus depois. Estudantes do 2o ano dos anos iniciais do ensono fundamental até o 8o ano dos anos finais do ensino fundamental retornam às aulas virtuais.

18 de abril: Almanaque de Férias para crianças e famílias com sugestões adequadas para cada faixa etária.

13 de maio: redução de 20% na mensalidade de Julho para a Educação Infantil e Primeiro ano. Redução de 10% na mensalidade de Julho para o Ensino Fundamental.

30 de abril: lançamento da campanha de doação para os parceiros Escola Concept da rede COLLAB ou escolha por desconto em mensalidade.


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ADAPTAR

MUDAR


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Educação Infantil em tempos de TRANSIÇÃO TRANSIÇÃO Por Katherine Stravogiannis

"A emergência do Coronavírus está violando nossas maiores liberdades, como mudar ou encontrar com os outros, mas pode nos fazer recuperar uma liberdade interior que é igualmente importante. Mesmo para crianças. Vamos aprender, ou recomeçar, a viver o cotidiano.” (TEDESCHI, 2020, Reggio Emilia).

A Educação Infantil tem sua importância redimensionada ao longo sua história. Antes, assistencialista, recreacionista, hoje, em transição do caráter escolarizado, conteudista, para uma educação crítico-reflexiva - e, nós, da Escola Concept, já chegamos aqui. Tempos de transição representam um esforço de compreender e influir nos rumos que essa passagem ao desconhecido pode ou deve assumir. Antes de tudo, a criança deve ser vista como um sujeito de direitos e como pessoa competente. Papeis, exercícios, atividades repetitivas não são suficientes para educar, pois não articulam hipóteses que são ativamente construídas pelas crianças na busca por sentido. Perguntas, problemas, descobertas, tentativas e relações são bases constituidoras de uma Educação Infantil qualificada. Educa-se com o corpo todo, na vivência provocativa, experimental, e não na imposição de exercícios e repetições.

Nossas crianças podem ser pequenas, mas revelam-se capazes de desenvolver o sentido da empatia, da resolução do conflito por viver o conflito, da paz, pela valorização da convivência.

MESMO EM TEMPOS INCERTOS, VAMOS VALORIZAR: Uma Educação Infantil em que se celebra a formação para a autonomia, por meio de escolhas, debates, coparticipação! Uma Educação Infantil em que não há tias, mas educadoras qualificadas que acolhem, planejam com intencionalidade! Uma Educação participativa, não classificatória.

"a criança deve ser vista como um sujeito de direitos e como pessoa competente."


12 Não paramos no tempo em que no Infantil apenas repetem-se letras, números e cores. Tais procedimentos representam pura repetição, transmitir conhecimentos arbitrárioconvencionais acumulados pela humanidade é papel básico de qualquer instituição. Hoje, deve-se ir além e também saber agir sobre o conhecimento. Entender-se a função de um objeto de aprendizagem e qual o sentido dele para o mundo. Experimenta-se, explora-se, vivencia-se.

Aprender não é mais visto como reproduzir. Aprender é usar o que se sabe em diversas situações. Conectar-se e reconectar-se! MAS ENTÃO… COMO FICAM AS CRIANÇAS NUM CONTEXTO DE PANDEMIA, EM QUE AFASTAM-SE DE SEUS PARES, DE SEUS COLEGUINHAS? Elas devem redimensionar o espaço de seus lares, explorar novas relações, compartilhar ações de construir o cotidiano, de coresponsabilizar-se e ser parte das tarefas de casa, viver o cotidiano, desacelerar, preparar os espaços. Encorajamos a todos que possam acessar o Toolkit de Férias (LINK) com propostas articuladas a essas premissas.

As aprendizagens essenciais definidas na BNCC pelos direitos de aprendizagem e desenvolvimento: o conviver, o brincar, o participar, o explorar, o expressar, o conhecer-se, são também importantes em casa para que vivenciem desafios e construam significados sobre si, outros e o próprio mundo. Estamos sempre juntos na corresponsabilidade do desenvolvimento integral das crianças. Contem conosco, sempre! A escola deve valorizar a família e esta valorizar a escola, e, mesmo diante da incerteza, redescobrir a convivência com aqueles que mais amamos. Uma coisa, sabemos: nossos pequenos estão desenvolvendo sua melhor versão de si e desenvolvendo Hábitos da Mente à medida em que persistem, aplicam conhecimentos passados a novas situações, encontram humor, dentre outras disposições .

A escola deve valorizar a família e esta valorizar a escola, e, mesmo diante da incerteza, redescobrir a convivência com aqueles que mais amamos.


13 DESAFIAMOS AS FAMÍLIAS, NESSE TEMPO DE TRANSIÇÃO QUE FICARÁ MARCADO EM SUAS MEMÓRIAS, A PENSAREM: O que podemos aprender com as crianças no dia a dia? Como descobrir as maneiras com que elas se comunicam conosco Quais as descobertas feitas na própria casa? Como os pilares colaboração, fluência digital, empreendedorismo e sustentabilidade foram observados em iniciativas cotidianas? Quais são as descobertas ou informações preciosas que quero compartilhar no retorno às aulas?

Vamos, juntos, dar valor à fala e ao pensamento infantil, aos seus ensinamentos e teorias. As crianças precisam aprender a tomar decisões e podem aprender a organizar e a se responsabilizar pelo próprio tempo vivenciado, basta que oportunizemos boas condições em seu cotidiano para que isto ocorra. Cabe às crianças o tempo de redescoberta. Devemos nos atentar às ideias de retrocesso pedagógico e outras ansiedades que vivemos num contexto que global e compartilhado, em que cabe a escola pausar com sabedoria, para retomar com potencial qualidade.

Todos vivem um processo, e aprende-se com ele; crianças não retrocedem, reagem, observam, aprendem. E nós aprenderemos com elas, sempre!

A vocês, nossos mais profundos agradecimentos. Não existe educação sem troca, sem confiança. Confiamos em vocês, vocês confiam em nós e, juntos, confiamos no potencial de nossas crianças para enfrentar tudo o que está por vir e tornar cada experiência mais significativa.


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Insights A educadora Fernanda Ferreira, do Kindergarten, compartilha algumas sugestões e percepções para auxiliar as famílias a aproveitarem este momento inédito de conexão com seus filhos


15 MONTANDO UMA ROTINA

"[...] um cronograma proporcionará a elas uma estrutura de segurança e uma sensação de conforto informando às crianças o que virá a seguir..."

Com o aprendizado remoto agora parte de nossas vidas, uma das melhores maneiras de ajudar as crianças a se adaptarem a essa realidade é estabelecer uma rotina diária. Ter um cronograma proporcionará a elas uma estrutura de segurança e uma sensação de conforto, informando às crianças o que virá a seguir e por quanto tempo isso vai durar. Uma sugestão é criar a programação do dia juntos - as crianças mais novas podem ajudar fazendo desenhos, enquanto as mais velhas também podem ajudar escrevendo. Permita a contribuição das crianças sempre que possível, dando-lhes uma sensação de autonomia. Além disso, lembre-se da flexibilidade e considere a idade e as necessidades das crianças, pois as mais novas podem precisar de mais movimento ou recursos sensoriais.

ALGUMAS SUGESTÕES DE HISTÓRIAS: Chicka Chicka Boom Boom de Bill Martin, Jr. e John Archembault Sala na vassoura por Julia Donaldson Sua mamãe é uma lhama? de Deborah Guarino Pato no caminhão, por Jez Alborough Existe um Wocket no meu bolso, do Dr. Seuss The Gruffalo, de Julia Donaldson e Ariel Scheffle Down by the Cool of the Pool de Tony Mitton Ada Twist, cientista por Andrea Beaty

OS BENEFÍCIOS DA LEITURA PARA CRIANÇAS Ler livros e contar histórias pode ser benéfico de várias maneiras. Não apenas para desenvolve a imaginação das crianças, mas também ensina emoções e sentimentos, ajudando-as a entender o mundo ao seu redor. Durante a leitura, as crianças ampliam seu vocabulário e desenvolvem suas habilidades de linguagem. Portanto, uma dica de leitura são os livros de rimas, que podem melhorar a consciência fonológica das crianças, além de sua capacidade de reconhecer o ritmo.


16 O QUE PODEMOS FAZER PARA AJUDAR NO DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE? Nesta faixa etária uma pergunta frequente das famílias relaciona-se ao desenvolvimento da fala, pois há crianças que já falam com maior eloquência e outras que estão desenvolvendo as primeiras frases. Neste sentido, é fundamental evitar comparações, respeitar os diferentes ritmos de aprendizado e oferecer suporte para que a criança continue desenvolvendo a oralidade. Diversos elementos podem ser facilitadores neste processo. Ao narrar o que está acontecendo quando interagir com a criança, seja nas trocas de roupa, fraldas ou momentos diversos do cotidiano a criança atribui sentido a fala, tem seu corpo respeitado e oportunidade de desenvolver maior intencionalidade comunicativa.

Além disso, os hábitos de ler, cantar e brincar junto favorecem o desenvolvimento da oralidade, pois repertoriam a criança com elementos gramaticais, rimas e aspectos culturais da língua. De modo geral, o diálogo e constante conversa auxiliam e validam nossos meninos e meninas a verbalizarem opiniões, sentimentos na criação de suas brincadeiras.

"é fundamental evitar comparações, respeitar os diferentes ritmos de aprendizado e oferecer suporte para que a criança continue desenvolvendo a oralidade"

ESTAMOS DE FÉRIAS! SERÁ QUE DEVO INICIAR O DESFRALDE? O desfralde é um momento crucial e muito especial no desenvolvimento da independência das crianças, por isso é essencial observar quando ela demonstra estar pronta para o desfralde. Em geral, o início do processo ocorre quando:

A criança já verbaliza que fez ou vai fazer xixi ou cocô; Caminha com autonomia e equilíbrio; Sobe e desce escadas fazendo uso alternado dos pés; Consegue pular com os dois pés simultaneamente; Fica com a fralda seca por intervalos cada vez maiores; Mostra interesse e desejo em usar o vaso sanitário e incomoda-se com a fralda cheia.

Além disso, outros elementos podem ser facilitadores para o desfralde, tais como, conversar com a criança sobre o que vai acontecer, evitar mudanças na rotina da criança durante o processo de desfralde, convidar a criança para ir ao banheiro regularmente, orientar na hora da limpeza e sempre lembrar de lavar as mãos. A última dica é, tenha paciência quando o xixi ou cocô escaparem, pois é um processo único e individual que deve respeitar o ritmo de cada criança. (Trechos deste texto foram escritos por Diana Cianelli e Denise Koga, adaptados por Laís Pontes, educadora da Concept SP.)


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A perspectiva da educadora Ariane Mantovani faz parte de nosso time da Educação Infantil e conta como se adaptou e está aproveitando o que passou a ser o novo normal.


19 FICAR EM CASA É UMA OPORTUNIDADE PARA... conversar com a sua criança e deixar ela se expressar, dizer o que gosta e o que não gosta, conhecer, de fato, os gostos e os desejos do seu filho e ele os seus, ser ouvido e ouvir, esperar a vez porque agora a mamãe ou o papai estão em uma reunião online, enfim. Se pararmos para refletir estamos todos vivendo um momento de frustração já que não podemos ir e vir de lugares que faziam parte da nossa rotina ou até mesmo naqueles com um grande laço afetivo, como a casa dos avós e primos. Então, além de tudo isso, também está sendo uma oportunidade de aprendermos a ser mais resilientes.

O QUE EU MAIS SINTO FALTA DA ESCOLA É... como professora de Toddlers valorizo a exploração das sensações, do toque, do cheiro, a troca de olhar, o sorriso espontâneo. Sei quando as crianças estão envolvidas em uma proposta e se sentindo acolhidas pelo brilho dos seus olhos, pelas expressões de encantamento, pelas gargalhadas e pelos abraços inesperados que recebemos. Tudo isso, sem dúvida, é o que eu mais sinto falta.

ENTRE OS CONSELHOS E DICAS QUE RECEBI PARA A QUARENTENA, EU INDICO QUE VOCÊS TAMBÉM...

o melhor e maior conselho que recebi durante esses últimos meses foi para ter compaixão por mim mesma, me cobrar menos. Estamos passando por um momento único, cheio de incertezas e medo. Não precisamos colocar um peso maior ainda em toda essa situação. No final do dia precisamos nos sentir realizados pelo o que conseguimos fazer naquele dia e não focar no que não conseguimos. Se não, sempre ficaremos com aquela sensação de incompleto: “Fiz desse jeito, mas deveria ter feito…”. Respeito por você, pelas suas vontades. Enfim, acho que a palavra aqui é empatia, ter empatia por você mesmo.

PARA CRIAR UMA ROTINA EM CASA E MELHORAR O APRENDIZADO COM MOTIVAÇÃO, EU RECOMENDO ... construir juntamente com a sua criança. Alguns momentos, claro, não são opcionais, mas outros podem ser mais flexíveis e a criança pode fazer algumas escolhas já que ela vivenciará tudo aquilo. Além disso, nós, pais, podemos ensiná-los como usar aquela rotina, assim as crianças começam a ter mais autonomia e confiança. Planejar uma rotina com hora da atividade, do banho, do vídeo-game, da TV, da leitura… Ajudará a construir um ambiente de cooperação já que todos precisam se ajudar, trabalhando juntos como uma grande família.

Entendo que esse novo normal terá a família ainda mais próxima da escola. A troca do educador e dos pais ganhou uma nova esfera, um novo olhar.


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Pelo olhar de uma mĂŁe Michelle Dias Kanaan ĂŠ mĂŁe de Lauren, uma menina de 4 anos. Ela resolveu aproveitar o lado bom da crise e todos os dias tem descoberto coisas novas para fazer


21 FICAR EM CASA É UMA OPORTUNIDADE PARA… ter um olhar mais atento para nós mesmo e para nossa família. Estando confinados em casa, necessariamente, nos faz olhar para a família e analisar o que está bom e o que não está funcionando, para melhorar as relações em família.

AS QUALIDADES DE QUE MELHOR DESCREVEM MINHA FAMÍLIA SÃO… união em primeiro lugar. Respeito também é primordial. Principalmente por ela ser uma criança, sempre fazemos ela entender as consequências das nossas escolhas. Respeitamos o espaço e a forma de ser.E amor. Quando temos amor, tudo isso fica fácil: respeitar, entender e estar junto.

NOS ÚLTIMOS TEMPOS, APRENDI A… ser ainda mais paciente. Estou precisando ter muita paciência pra conseguir administrar o meu tempo e continuar trabalhando. Tivemos que nos adaptar e incluir a Lauren nas atividades para que ela não se sinta excluída, além de ensiná-la como fazer. Eu sempre fiz as coisas rapidamente e agora eu tive que reaprender a fazer no tempo dela. Notei que isso traz uma paz para ela, aceitar o tempo do outro.

"Me apego nos momentos em família, nessa convivência, para tirar proveito dessas situações e estou tentando exercitar isso. Não é fácil, mas quando a gente tenta de coração, fica mais fácil.

DESCOBRI QUE MINHA FILHA PODE....

O QUE EU MAIS SINTO FALTA DA ESCOLA É…

identificar em nós a necessidade de se aproximar e nos acalmar. Ela sente que estamos ansiosos com alguma situação e vem conversar, dizer para termos calma, é impressionante.

a escola me trouxe amigas maravilhosas. Sinto falta de encontrá-las, conversar rapidamente pelos corredores da escola. As pessoas que trabalham na escola, o que mais tenho saudade da escola são as pessoas.

A ATMOSFERA QUE ESTÁ MARCANDO ESSE PERÍODO É DE… ansiedade misturada com paz. Ansiedade de querer voltar às atividades e ao mesmo tempo paz, de saber que eu vou acordar e poder estar com a minha família, fazendo as coisas que a gente gosta, juntos e sem pressa.

ENTRE OS CONSELHOS E DICAS QUE RECEBI PARA A QUARENTENA, EU INDICO QUE VOCÊS TAMBÉM… saúde e sanidade mental. É o mais difícil, porque eu preciso das pessoas por perto. Está sendo muito difícil ficar longe dos meus pais, da minha irmã e das amigas que amo. Eu comecei a trabalhar isso internamente, de procurar os pontos positivos em tudo que estivesse acontecendo.


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Agora vamos ! s a ç n a i r c ouvir as

Lauren estĂĄ no Kindergarten e tem descoberto novas formas de passar o tempo com sua famĂ­lia.


23 FICAR EM CASA É UMA OPORTUNIDADE PARA…

montar Lego, brincar de massinha, piscina e um monte de coisinhas

NOS ÚLTIMOS TEMPOS, EU APRENDI A… não ficar nervosa. Aprendi a brincar de lego. Cozinhar com a família. Fiz torta de limão, banana e bolo de chocolate

A COMIDA QUE ESTÁ MARCANDO ESSE PERÍODO É… macarrão à bolonhesa e sorvete de morango.

O QUE EU MAIS SINTO FALTA DA ESCOLA É… a floresta e o ballet. A primeira coisa que quero fazer é montar lego, brincar de massinha, ir na Floresta e voltar para as aulas de ballet.

O LADO BOM DA QUARENTENA É… que eu gosto muito de estar com a minha família, brincar, nadar e fazer tantas coisas juntos por muitos dias.

"A primeira coisa que quero fazer é brincar na Floresta e voltar às aulas de ballet".


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The Future of Play Defining the role and value of play in the 21st century LEGOÂŽ Learning Institute, April 2013


25 Play is at the heart of emotional wellbeing and mental health. Free play in particular is critical to the balanced development of children. It supports adapting and responding to both cultural change and the sheer quantity of information to which children are exposed from an early age.

To play is to engage. When we play, we pick up objects, ideas, or themes and turn them upside down, experiment with them, often arriving at something inspiring and amazing; yet we don’t play for the outcome, but for its own sake. For humans and some animals, play is a vital part of development.

In today’s societies, many children have less time for free exploratory play as they are hurried to adapt into adult roles and prepare for their future at earlier ages (Hardy et al., 1993; Rosenfeld and Wise, 2000; Elkind, 2001). Moreover, the field of early childhood education is undergoing a change towards more measurable standards and frequent testing, specifying what young children should know and be able to do in academic areas such as science, literacy, and mathematics.

Play allows children to use their creativity while developing their imagination, dexterity and physical, cognitive, and emotional strength. Adults also play to break from conventions, to experiment, to shift from normality into a rich world of imagination or to push themselves in new ways.

As a result, children’s time is becoming increasingly structured and focused on explicit learning goals while, and time for free play is dwindling away. Without a profound understanding of its value and the ways of encouraging free play in children, we risk depriving them of the very dynamic that drives their development as learners and creatives.

Looking into the future it appears that significant societal changes in the coming decades will also affect the perception of the role and value of play globally Rapid economic development, increasing urbanisation and growing connectivity will all play their part in moving societies from culturally curtailed play towards accepted and eventually to culturally cultivated play. To read in full, click here.


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Como as famílias podem apoiar a alfabetização? texto adaptado de Silvana Augusto* publicado em Guia da Família


27 Em nossa cultura, a escola está diretamente relacionada a essa transição que inaugura para a criança um novo ciclo de vida e um novo papel social. Na escola, a criança vira estudante e assume outro status, porque aprenderá coisas que só os iniciados nessa instituição aprendem. Haverá um tempo determinado para um dos mais valorizados ensinamentos da escola: ler e escrever.

Os pais, ansiosos por um resultado, se apressam a cobrar a escola quando o assunto é alfabetização. E não é para menos! Suas expectativas se justificam; afinal, ir para a escola significa assegurar um dos mais valiosos direitos de todo cidadão: expressar-se, ler, escrever e compreender o que é dito em sua própria língua. Mas, diante dos dados alarmantes de analfabetismo no Brasil, das tensões entre educadores sobre os melhores métodos de ensino, da publicidade de determinadas concepções de aprendizagem e da concorrência entre as escolas, é de se esperar que os pais fiquem preocupados: Será que meus filhos terão dificuldade em se alfabetizar?

Será que aprenderão sem muito sofrimento, ultrapassarão os desafios dessa jornada e se tornarão bons alunos ou, infortunadamente, apenas aumentarão os índices de crianças que não se alfabetizam na idade certa?

Quando os pais cobram da escola e dos professores que se expliquem com relação às suas escolhas metodológicas e que sejam mais rigorosos, na verdade estão expressando o desejo de que tudo dê certo. Eles querem ter a certeza de que seus filhos terão sucesso no primeiro ano da escola, quando aprenderão a ler e a escrever. Não há nenhum problema nisso: os pais querem que seus filhos aprendam e a escola, a seu modo e do seu lugar, quer ensinar a todos. Mas o que, afinal, envolve aprender a ler e a escrever? Como os pais podem ajudar a escola e os próprios filhos?

O que eles precisam saber e assegurar para que as crianças tenham uma boa experiência nos primeiros anos que compreendem o ciclo de alfabetização?


28 A primeira coisa que é preciso reconhecer é que, apesar de todas as justificadas e legítimas expectativas, a criança continua sendo criança. Ela continua querendo ser amada e protegida e precisa de muito apoio para vencer mais essa etapa de sua jornada na escola – uma jornada que está apenas no início. É importante que a rotina em casa não sofra alterações radicais por causa do processo de alfabetização. Ela precisa saber que não está perdendo nada; ao contrário, ganhará novas possibilidades. Será preciso ajudá-la a organizar os momentos de estudar, de ler e eventualmente fazer propostas de casa, mas também será preciso assegurar o tempo de brincar.

Brincar é uma das principais formas de elaboração do mundo, de compreensão dos papéis sociais, dos valores e das relações entre as pessoas.

Brincando as crianças podem ter o tempo de que necessitam para elaborar seu crescimento, seu novo papel social e suas possíveis inseguranças. Nesse sentido é que dizemos que brincar é também coisa séria. Para ler na íntegra, clique aqui.


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Morning Bites

Mordida por mordida, vamos devorar bate-papos focados na Educação Infantil

Anote na agenda os dias de nossas Lives no Youtube, sempre às terças-feiras e sextas-feiras às 10h

22.5

26.5

29.5

ADRIANA RAMOS

ANGELA SALOMON

MARCELO BUENO

Como fica a convivência ética e as relações interpessoais entre pais e filhos em tempos de incerteza?

O brincas e os hábitos da mente

O renascimento da Educação Infantil

Em inglês

Escaneie o código QR para acessar o link da transmissão do Youtube.


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