Em Cartaz - Abril de 2018

Page 1

Revista da Secretaria Municipal de Cultura

Abril 2018

E d i ç ã o 116

1º Festival Internacional do Circo leva ao Centro Esportivo Tietê companhias brasileiras e internacionais

TEATRO

DANÇA

Literatura inspira espetáculos infantojuvenis no programa Biblioteca Viva

Festival Abril Para Dança faz um panorama de grupos nacionais em vários estilos emcartaz | abril 2018

1


Quer ter sua foto estampada NA EM CARTAZ? Para aproximar os leitores da revista Em Cartaz e os seguidores das redes sociais da Secretaria Municipal de Cultura, foi feita uma parceria com o perfil no Instragram São Paulo da Garoa para lançar o concurso fotográfico #clickculturasp. Toda semana, é divulgado um tema e a melhor foto é postada nas redes sociais e aqui na revista, além de ganhar diversos prêmios.

Veja OS TEMAS, as fotos e os vencedores de março: 1

2

1. Templos Religiosos da Cidade Reginaldo G. Martins 2. Oscar Murilo Oliveira 3

4

3. Dia Internacional da Mulher Maria de Sousa 4. 4 elementos do Hip-Hop Liliane Egea (grafite de Filite)

Para participar é facil! - Basta seguir o perfil no Instagram @smculturasp e curtir a nossa página no Facebook @SaoPauloCultura; - Seguir o São Paulo da Garoa no Instagram @spdagaroa e curtir sua página no Facebook @spdagaroa; - As fotos devem ser tiradas de acordo com o tema escolhido por nossa equipe; - Estas podem ser realizadas por câmeras profissionais, amadoras e celulares. O que vale é o olhar e a criatividade do fotógrafo. As fotografias são escolhidas pelo administrador da página da SP da Garoa e o resultado é publicado às terças-feiras, quando é divulgado também o tema da semana seguinte. 2

abril 2018 | emcartaz


editorial

A

bril é um mês marcado por dois eventos que têm em comum o impacto de suas programações: o 1º Festival Internacional do Circo (FIC) e o Abril Para Dança. Quem não gosta de circo? Quase todo o mundo adora. Para dar o reconhecimento que a arte circense merece, a Secretaria Municipal de Cultura realiza um megaencontro inédito na cidade: o 1º Festival Internacional do Circo. Neste mês, o Centro Esportivo Tietê transforma-se na Cidade do Circo, local onde tendas e palcos recebem trupes com suas diversas modalidades. Tudo de graça. Também com entrada franca, faremos o Abril Para Dança. Com a ideia de trazer para a cidade um panorama do amplo universo da dança em seus diversos estilos, apresentamse companhias de estados como Rio de Janeiro, Amazonas, Paraná, Minas Gerais e, naturalmente, São Paulo. Essas são algumas das atrações do mês de abril. Para saber toda nossa programação, acesse www.emcartaz.prefeitura.sp.gov.br. Boa leitura! André Sturm Secretário Municipal de Cultura

Acompanhe também nossas redes sociais /SaoPauloCultura

/smcmusical

@smculturasp

/smcsp

@smcsp

/smcsaopaulo

Às segundas-feiras, acompanhe o programa TV EmCartaz no Facebook e Youtube. emcartaz | abril 2018

3


08

4

abril 2018 | emcartaz

Cia. Paulista de dança | Suite Don Quixote

Circo Pitanga - Cordes Nuptiales | David Smith

índice

EM FOCO

04

SUA AGENDA

06

CAPA: 1º FESTIVAL INTERNACIONAL DO CIRCO

08

MÚSICA: BANDAS HURTMOLD E CORONEL PACHECO

14

DANÇA: ABRIL PARA DANÇA

16

TEATRO: LITERATURA EM PEÇAS INFANTOJUVENIS

22


Mad Science | Andre Stefano

16 25

6a FEIRA LITERÁRIA DO CCJ

26

TEATRO: MAD SCIENCE

27

MÚSICA: EDITH VEIGA NO PROJETO 70+

28

NO MAPA DA CULTURA

30

VEM AÍ

31

NOSSOS ENDEREÇOS

26

emcartaz | abril 2018

5


em foco

ESPECIAL MÊS DO HIP-HOP

BOULEVARD SÃO JOÃO

6

abril 2018 | emcartaz

da cidade, elaborou para 2018 a maior edição do Mês do HipHop já realizada no país. A programação teve início em março e se estenderá até maio, reunindo mais de 800 atrações espalhadas por regiões variadas, levando shows, workshops e pinturas de painéis de grafite que dão foco às diversas vertentes do movimento na cidade. Esta edição do evento faz uma homenagem ao legado do b.boy Banks Back Spin, nome forte do hip-hop paulistano, morto em 2017. A abertura aconteceu no dia 17 de março, no Boulevard São João. Revezaram-se no palco grandes nomes do rap nacional, entre eles DJ

Sylvia Masini

O

hip-hop surgiu na década de 1970, nos Estados Unidos, e rapidamente se tornou um dos gêneros musicais mais populares em todo o mundo. No Brasil, ocupa um lugar privilegiado, especialmente em São Paulo, cidade que foi berço nacional do movimento. No início dos anos 1980, o Largo São Bento, no centro, foi seu ponto de referência. Para valorizar e incentivar as ações dos b.boys, b.girls, DJs, MCs e grafiteiros, a Secretaria Municipal de Cultura criou, no ano passado, o Núcleo do HipHop, coordenado por Eazy Jay. O rapper, em parceria com artistas das diversas regiões

DEXTER


Semanalmente, cada uma das regiões da cidade vem recebendo programação especial. Estas são algumas das atrações confirmadas para abril: o centro traz MC Soffia, Di Função e Islão da Resistência; a zona norte, Identidade em Movimento (break), Cem Porcento Rap, DJ Vandi e HC (grafite); e a zona sul, Jayson Bandollero, Negredo, Panther e Rizka (grafite). O encerramento do Mês do Hip-Hop será no dia 5 de maio, no Vale do Anhangabaú. Veja abaixo fotos de alguns momentos da abertura do evento.

Sylvia Masini

EAZY JAY

Sylvia Masini

Sylvia Masini

Pantera, Zuruca Rosana Bronks, Dryca Rizzo, Cris SNJ, Fernandinho BeatBox, DJ Erick Jay, As Trinca e o encontro de rappers old school, Mosh. Ponto alto da programação, o grupo Sampa Crew apresentou sucessos como Não Mate a Mata. Thaíde, um dos mais conceituados rappers brasileiros, subiu ao palco com um show dançante, cheio de mensagens fortes e batidas pesadas. Em seguida, Dexter Oitavo Anjo cantou clássicos de seu repertório e músicas do mais novo disco, Flor de Lótus. O encerramento ficou por conta de Eduardo, ex-vocalista do grupo Facção Central.

THAÍDE

emcartaz | abril 2018

7


Sua Agenda O que você não pode perder neste mês! Sylvia Masini

6 Sexta 20h É a primeira das três apresentações da Missa, de Leonard Bernstein. Inédita no Brasil, a obra é regida por Roberto Minczuk, à frente da Orquestra Sinfônica Municipal, em homenagem aos 100 anos de nascimento do compositor. Participam os coros do Theatro Municipal e alunos da Escola de Música. Até R$ 80

7 Sábado 16h

7 Sábado 18h A Hora do Choro leva, ao hall do Teatro Arthur Azevedo, o bandolinista Aleh Ferreira e seu regional, formado por Andrezinho do Cavaco e Luizinho (violão 7 cordas). Em sua trajetória artística, Ferreira tocou com Nelson Cavaquinho, acompanhou a cantora Isaurinha Garcia, entre outros artistas. Grátis

7 Sábado

19h

Na Casa de Cultura de Santo Amaro, Markinhos Moura dá início à série de shows em homenagem a Adoniran Barbosa. Integrando o Circuito Municipal de Cultura, o espetáculo reúne clássicos do compositor, como Trem das 11 e Tiro ao Álvaro. Até julho, outros oito espaços receberão a apresentação. Grátis 8

abril 2018 | emcartaz

Paulo Barbuto

A Cia. do Polvo encena, no Teatro Alfredo Mesquita, o espetáculo circense Telhado de Ninguém, de Mark Bromilow, ex-diretor artístico do Cirque du Soleil. Em cena, um casal e um rato são obrigados a conviverem no telhado de uma casa submersa. Reapresentações: dias 7, às 21h, e 8, às 16h. Grátis


Gal Oppido

7 Sábado 21h O grupo Choronas faz, no Teatro Paulo Eiró, o show de lançamento de seu quarto CD, Choronas Sampa. Selecionado pelo Edital de Apoio à Criação Artística - Música, da Secretaria Municipal de Cultura, o projeto reúne chorinhos clássicos e autorais. Dia 14, às 21h, o show chega ao Arthur Azevedo. Grátis

Marcos Hermes

11 Quarta 14h Duas Casas, encontro que reúne as vozes e os violões de Nô Stopa e Bezão, chega à Biblioteca Helena Silveira. Inspirada na música folk, a dupla lançou em 2017 um álbum com obras autorais. O programa Biblioteca Viva leva o show a outras unidades. Grátis

Eder

11 Quarta 14h30 A Biblioteca Roberto Santos recebe o ator e diretor Elias Andreato em Outros Eus. Adaptação de O Marinheiro, de Fernando Pessoa, a peça percorre o pensamento do autor português quando tinha 24 anos, época em que foi escrita, e traz poemas dele. A apresentação integra o programa Biblioteca Viva. Grátis

Atro Meloni

15 Domingo 16h É a última oportunidade para se ver Histórias de Alexandre no Teatro João Caetano. Indicada ao Prêmio FEMSA em 4 categorias, incluindo Melhor Espetáculo Infantil, a peça do Grupo 59 de Teatro parte da obra de Graciliano Ramos para acompanhar as histórias de um velho contador. Sáb. e dom., 16h. R$ 16

+

Veja a programação completa no site www.emcartaz.prefeitura.sp.gov.br emcartaz | abril 2018

9


R P EÚ S B P L E I I C TO Á V E L

L U Í S A B I T T E N C O U R T

1º Festival Internacional do Circo leva atrações brasileiras e internacionais ao Centro Esportivo Tietê, na zona norte, além de outras regiões da cidade

10

abril 2018 | emcartaz


circo

O

circo como conhecemos hoje, permeado por cores, brincadeiras, apresentações de números com palhaços, acrobatas, trapezistas e outros profissionais, é uma das artes mais antigas do mundo, remontado em diferentes culturas, há séculos. As primeiras referências à prática circense podem ser encontradas no Egito Antigo, por volta do ano 3000 AC, e nas posteriores civilizações grega e romana. Até chegar à contemporaneidade, desenvolveu-se nos mais diversos formatos, adquirindo as características que conhecemos atualmente.

Dirigido pelo autor, ator e palhaço Hugo Possolo, o FIC tem na programação mais de 40 espetáculos, todos gratuitos. Além disso, ocorre uma mostra competitiva de números que incluem modalidades como trapézio, malabarismo, palhaço, acrobacia e ilusionismo. “A cidade de São Paulo é um forte centro de criação e realização circenses que, há muito tempo, merecia ganhar um festival de circo para que a população pudesse ter contato com a riqueza cultural que produz”, afirma Possolo.

Piccolo Circo / Paulo Barbuto

Pela primeira vez em São Paulo, um único festival reúne todo o universo e a magia circenses. Entre os dias 11 e 15 de abril, o Centro Esportivo Tietê recebe o 1º Festival Internacional do Circo (FIC). O evento foi idealizado pela Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com a Associação dos Amigos do Centro de Memória do Circo, para destacar a importância que essa arte lúdica sempre teve, mas nunca foi devidamente reconhecida.

emcartaz | abril 2018 11


C I A S.

Trupe baiana Fulanas do Circo apresenta Histรณrias Contadas de Cima

12

abril 2018 | emcartaz

B R A S I L E I R A S


circo

Cidade do Circo Batizado de Cidade do Circo, o Centro Esportivo Tietê receberá três lonas: Família Orfei, Família Queirolo e Família Seyseel, que servirão de palco para as principais atrações. Para Possolo, “O festival irá permitir que o público tenha um panorama da produção circense contemporânea, tanto brasileira quanto do exterior”. Além dessas lonas, haverá os palcos Dona Carola Garcia e Família Tangará, uma estrutura para apresentações de números aéreos e uma praça de alimentação, que terá barraquinhas de pipoca, algodão doce, cachorro quente, maçã do amor e até opções de comida vegetariana e vegana.

Circo Brasilis Algumas das mais importantes trupes circenses brasileiras estarão reunidas na Cidade do Circo. As baianas da Fulanas de Circo trazem Histórias Contadas de Cima, espetáculo interpretado por cinco mulheres. As peripécias de cada uma das personagens ocupam o chão, com números cômicos, e o alto, com atrações em trapézio, tecido em rede, escada giratória e cadeira aérea. De Campinas, o Circo do Só Eu, encenado pelo Barracão Teatro, mostra o palhaço Zabobrim na tentativa de fazer sozinho um espetáculo do Circo

do Sol –uma brincadeira com o Cirque du Soleil. Para isso, apresenta números de equilíbrio de pratos, hipnose, mágica e acrobacia. InversUs, da companhia sorocabana Eos, convida o espectador a experimentar uma mistura de circo e dança, com movimentos de tecido, trapézio, correntes suspensas e corda. É claro que a cidade de São Paulo não fica de fora da programação. A Cia. Abbacircus encena Acuda Benedito, espetáculo sobre um vaqueiro retirante que se muda para a capital, enfrentando grandes desafios. Na apresentação, a linguagem do teatro de mamulengo se mistura às tradicionais técnicas circenses. A Cia. Clownbaret traz Máquina de Brasilidades, atração em que sete palhaços convidam o público para acionar um caça-níqueis que sorteia um tema do imaginário brasileiro, como frevo, boi-bumbá e literatura de cordel, para ser encenado pela trupe em esquetes com muita comédia e improviso. Já SobrevoltaS, do Grupo Enxame, explora corda bamba, malabarismo e acrobacia. Ainda na programação, estão o Circo dos Sonhos, com No Mundo da Fantasia; Cia. Reprises, com Alegria no Circo; Trupe Circodança, com Vida de Circo; Trupe Lona Preta, com Circo Fubanguinho3; Parque do Circo, com Le Petit Poutpourri; e Piccolo Circo, com Teatro de Variedades. emcartaz | abril 2018 13


T R U P E S

Victor Zuniga

Da Argentina, Tato Villanueva traz Molavin Ă“pera Bufa

14

abril 2018 | emcartaz

I N T E R N A C I O N A I S


circo

Trupes Internacionais As atrações internacionais vêm tanto da Europa quanto da América Latina. Países como Bélgica, Espanha, Argentina, Chile, Equador e Uruguai trazem seus espetáculos. Um dos destaques é a Compagnia Bellavita, da Itália, com Menu del Giorno (Cardápio do Dia), apresentação com malabarismo cômico que traz ao picadeiro a atmosfera típica de uma trattoria italiana. A Espanha é representada pelos Chocobrothers com um espetáculo que leva o mesmo nome da companhia. Os artistas combinam diferentes técnicas circenses, como manipulação de chapéus, equilíbrio em parada de mão e em rola-rola (prancha sobre cilindro), malabarismos com claves e barra fixa, mescladas com grandes doses de humor. Diretamente da Bélgica, o Circo Pitanga apresenta Cordes Nuptiales (Cordas Nupciais), espetáculo que brinca com acrobacias, números aéreos e esquetes de teatro, trazendo à cena o momento mais importante na vida de um casal: o casamento.

Algumas das principais companhias da América Latina também estão na programação. O palhaço e mímico chileno Claudio Martinez incorpora o personagem Frutilla con Crema (Morango com Creme) e apresenta sua mais recente criação: Petit (Pequeno). Os Irmãos Sabatino representam o Uruguai com Can Can Volant (Can Can Voador), espetáculo circense que faz homenagem aos cabarés franceses da Belle Époque. A dança típica francesa é interpretada por homens e recheada de números de trapézio de voos e barra fixa. Referência na manipulação de bambolês, a artista Pipa Luke, do Equador, apresenta um número que tem na trilha sonora a música A Carne (Negra), cantada por Elza Soares. Por fim, o argentino Tato Villanueva encena Molavin Ópera Bufa. Na história, a personagem Maria Peligro (Maria Perigo) decide mudar seu destino no dia de seu aniversário. Para ampliar o acesso ao FIC, a programação chega também a todas as regiões da cidade, que recebem palcos volantes com divertidos espetáculos. emcartaz | abril 2018 15


hurtmold

son

Divers

Bandas Coronel Pacheco e Hurtmold se apresentam no Circuito Municipal de Cultura Luísa Bittencourt

M

isturar rock’n’roll com música latina e ritmos brasileiros, como o carimbó, por exemplo, pode parecer improvável para alguns ouvidos. Mas não para a Coronel Pacheco, banda que conseguiu unir gêneros musicais diversos, desenvolvendo uma sonoridade única e tornando-se presença constante na noite paulistana. Agora, o quarteto faz uma série de shows nas casas de cultura até o fim de julho, integrando a programação do Circuito Municipal de Cultura. Depois de anos realizando os Bailes do Coronelismo, festas de música brasileira, em 2010, Bruno Brandão, Rodrigo Passeira, Eduardo Barreto e Luiz Hygino decidiram formar a banda, que só lançou o primeiro 16

abril 2018 | emcartaz

EP, Não Parece Tão Legal Agora, em 2014. O primeiro disco, Petit Comité, veio somente em 2016, resultado de uma campanha de financiamento coletivo e que traz toda a influência do rock à guitarrada paraense, característica do grupo. “A guitarrada foi uma das referências que marcou bastante nosso disco, pois aparece em mais de uma música. Acho que isso acabou rolando porque, além de ser um ritmo que a gente gosta de ouvir, combina muito com o clima das nossas composições – no geral leves e bem humoradas”, conta Barreto, vocalista e guitarrista da banda. E toda essa mistura não poderia ser mais paulistana: “Ser de São Paulo não te coloca em nenhum contexto de estilo


música

nora

sidade

musical específico, né? Essa busca de referências, até achar e construir uma identidade, rola bastante por aqui”, comenta.

Experimentalismo Na mesma toada de fazer experimentações, misturando gêneros e buscando improvisos, o grupo Hurtmold criou um estilo único, porém absolutamente diferente, mesclando música eletrônica, jazz e rock tocados em diferentes instrumentos. Hoje, a banda se firmou como uma das mais importantes da cena independente. Neste semestre, o grupo se apresenta em casas de cultura e centros culturais, também pelo Circuito Municipal de Cultura.

Daniella Grandini

Coronel pacheco

Com seis discos lançados, a banda apresenta o repertório do último álbum, Hurtmold & Paulo Santos, uma parceria entre o grupo e o percussionista. O trabalho foi indicado como um dos 20 melhores lançamentos de 2016 pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Apesar da variedade de experimentações, o grupo não deixa de se definir como uma banda de rock. “Ou até mesmo de punk rock. Essa é a nossa raiz, e eu acho que também é um termo bem amplo, esteticamente, de como encarar outros aspectos da indústria musical. Acho que é o que mais se aplica a esses 20 anos tocando juntos”, afirma o tecladista Guilherme Granado. emcartaz | abril 2018 17


U m mês para dançar Gabriel Fabri

Programação intensa e gratuita do Abril Para Dança leva companhias de diversos estados brasileiros aos teatros municipais, centros culturais e ruas da cidade

TT

oda a criatividade, poesia e potência da dança, com seus inúmeros estilos –do contemporâneo aos mais tradicionais–, são celebradas neste mês em um grande evento: o Festival Abril Para Dança. Entre os dias 13 e 29, teatros municipais,

centros culturais e espaços urbanos recebem apresentações, gratuitas, de companhias de diversos estados. São, ao todo, 15 espetáculos, além de outras atividades, como flash mobs (performances espontâneas) e residência artística.

18

abril 2018 | emcartaz

Alex Ribeiro

G UAR DE-ME


Cláudio Robero

dança

COR , CORPO E FORMA

Br.Us

Tudo udo junto e misturado

Embora pareça uma combinação peculiar, os Entre os destaques dois universos unidos nessa coreografia têm da programação, está origens próximas: assim a estreia nacional de Br.Us no Teatro Alfredo como o samba, o tap danMesquita. O espetáculo ce tem raiz na África, uma vez que o estilo, imortalié resultado da criazado nos cinemas por asção conjunta entre a tros como Fred Astaire e coreógrafa brasileira Ginger Rogers, é influenChristiane Matallo e o ciado pelo jazz. “O sapanorte-americano Jim teado americano, além Hamilton. Ela é espedas referências europeias, cializada em tap dance (sapateado americano) teve muita contribuição e ele, conhecedor de rit- do refinamento musical mos brasileiros. A par- dos afrodescendentes”, ceria inusitada resultou explica Christiane. No palco, os dois bainessa apresentação larinos dançam clássicos que mistura a música dos dois países, unindo norte-americanos, como o sapateado ao samba, The Chicken, de Jaco Pastorius, e Midnight Voyage, bossa nova e baião, de Joey Calderazzo, e além de movimentos brasileiros, entre eles Asa derivados das danças dos orixás Iansã, Oxum, Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Iemanjá e Xangô. emcartaz | abril 2018 19


100% Brasil

Trazendo para a cena diversas danças populares brasileiras, como a lambada e o forró, o dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus e sua companhia carioca apresentam Aquarelas, no Teatro Arthur Azevedo. O nome remete ao samba Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, dançado no fim do espetáculo na versão de Gal Costa. “É uma música que toca fundo no coração de todos os brasileiros”, explica Carlinhos. “Fala de um Brasil que nos representa, que canta, dança e é feliz”. O coreógrafo espera que a apresentação, com todas as suas cores e músicas, desperte a “brasilidade” na plateia.

C ARL INHOS DE JE SU S EM AQUAREL A S

20

abril 2018 | emcartaz

Triângulo ngulo amoroso Uma das óperas mais populares e adoradas do repertório mundial, Carmen, chega ao palco do Teatro Paulo Eiró, reinventada pelas mãos do Balé Teatro Guaíra, de Curitiba. Com coreografia de Luiz Fernando Bongiovanni, o espetáculo traz a trilha do compositor russo Rodion Shchedrin, que, por sua vez, reelaborou a partitura original de Georges Bizet para um espetáculo de balé de sua mulher, a grande bailarina Maya Plisetskaya.


dança Rony Santos

CARMEN

A dança permitiu que o espetáculo contasse a história de Carmen de forma mais aberta do que no libreto da ópera. “Essa é uma linguagem que fala nas entrelinhas, e acredito que isso é uma vantagem”, afirma Bongiovanni. O fato da história já ser muito conhecida também tornou o processo mais interessante. “Todos já sabem de antemão os acontecimentos, então podemos, ao mesmo tempo em que contamos o que é tradicional, subverter elementos”, explica, sem revelar em que

sentido a dramaturgia original foi alterada. O coreógrafo diz que o espetáculo discute a força do amor, mas não apenas pelo lado positivo. “Faz-se muita besteira por amor, por todos os seus tipos”, afirma. “Será que isso não nos faz pensar um pouco a respeito do que chamamos amor? Será que esse sentimento merece tal designação?”, questiona. Embora o estilo de dança seja contemporâneo, o espetáculo usa como referência o flamenco, uma vez que a personagem principal é cigana. O corpo de baile do Guaíra se reuniu então com a bailarina Carmen Romero para uma vivência. “A ideia era pesquisar, encontrar atitudes e provocar inspirações”, conclui. emcartaz | abril 2018 21


Daniel Kersys

Festa flamenca

Em parceria com a Feira Flamenca Brasil, um dos eventos mais importantes sobre essa arte no país, a coreógrafa Ale Kalaf convidou bailarinas estrangeiras para participar do espetáculo Puro en la Mezcla, no Teatro Zanoni Ferrite. São elas a espanhola Alicia Marquez, a paraguaia Miri Galeano, a uruguaia Dayana González, além do cantor uruguaio Marcyo Bonefon. O espetáculo ocorre sobre um tablado flamenco (disposição em madeira que remete à raiz desse estilo de dança). Nesse espaço, artistas brasileiros e os internacionais trocam experiências e sentimentos. “É um convite para o espectador olhar o flamenco de cada um, que independe de geografia e tem a ver com a verdade, a capacidade de se expressar e a conexão com a música e com a sua própria terra”, explica Ale. “Não existe pureza no flamenco, é uma cultura de mesclas, de encontros entre vários povos”, pontua.

22

abril 2018 | emcartaz

PURO EN L A MEZ CL A

Reflexões sobre o corpo No Teatro João Caetano, o Corpo de Dança do Teatro Amazonas apresenta Arquitetura do Corpo. O espetáculo procura refletir sobre o corpo humano, trazendo questões como identidade, nudez, sexualidade e religião. “Não tento sensibilizar o público para a questão do corpo nu, mas do corpo em si, como ele é, despido de acessórios supérfluos”, explica o coreógrafo Josias Galindo. “O que representa


dança

E ainda tem muito mais!

essa ‘morada’ para cada um de nós? O que ela representa na nossa sociedade atual?”, indaga. Como ponto de partida, a coreografia investiga sobre o uso das roupas. “É uma segunda pele que induz uma transformação do comportamento do corpo na sociedade, e questionamos o que ela representa.”

ARQUIT ETURA DO CORPO

Thiago Menezes

UM JEITO DE CORPO

Muitas outras atrações estão na programação. O público tem a oportunidade única de ver no Auditório do Ibirapuera, gratuitamente, Um Jeito de Corpo - Balé da Cidade Dança Caetano, coreografia de Morena Nascimento sobre o compositor Caetano Veloso que estreou em março no Theatro Municipal; os flash mobs de hip-hop com o grupo Zumb.boys, nas avenidas Paulista e Faria Lima; o estilo peculiar do gumboot dance derivado do som das botas dos mineradores africanos; as apresentações da Marcia Milhazes Cia. de Dança, do Rio de Janeiro, com Guarde-me, e da Mimulus Cia. de Dança, de Belo Horizonte, com Pretérito Imperfeito; e o espetáculo infantojuvenil Ocupação Cia. Druw Corpo, Cor e Forma. Tudo isso e muito mais complementa e enriquece a programação de um mês que, mais do que qualquer outro, respira, pulsa e transpira a dança!

emcartaz | abril 2018 23


LITERA NOS PALCOS Espetáculos infantojuvenis inspirados em livros são encenados no programa Biblioteca Viva Juliana Pithon

screver uma peça para o público infantojuvenil não é tarefa fácil. Nem tão leve como para as crianças nem tão denso como para os adultos, o texto deve conter mensagens que agucem a atenção dessa plateia crítica em relação ao que é banal ou careta. Por essa razão, muitos desses trabalhos bebem na fonte da literatura. Em abril, o programa Biblioteca Viva recebe três peças inspiradas em livros infantojuvenis. Dessa forma, além de assistir a um espetáculo interessante, o público é estimulado a ler mais.

24

abril 2018 | emcartaz

Wesley Barba

E

árvore generosa


SHEL SILVERSTEIN EM TEATRO

Fábio Raphael

A bola: histórias que rolam

A FESTA

teatro

AT U R A Árvore Generosa é o texto que o Grupo Ecozóico apresenta, utilizando a linguagem do teatro de sombras para contar a história de amor e amizade entre um menino e uma árvore. Inspirada no livro homônimo de Shel Silverstein, a adaptação surge como proposta de educação ambiental. “A montagem mostra a relação do homem com a natureza. Enquanto somos crianças, nos importamos muito mais com a saúde do meio ambiente porque há uma troca de generosidade com o planeta. Já quando ficamos adultos, nos tornamos ambiciosos e deixamos de nos interessar por experiências e conhecimentos ecológicos. Resumindo, a gente cresce e esquece que a árvore vale muito mais que a sua madeira”, explica Felipe Rocha, diretor do grupo. A trilha sonora é composta por músicas eruditas, como A Truta, de Franz Schubert, Dança Norueguesa, de Edvard Grieg, e Malaguenha, de Isaac Albéniz.

emcartaz | abril 2018 25


teatro teatro

DE OSCAR WILDE A RICARDO AZEVEDO A programação conta também com duas apresentações do Grupo Arte Simples de Teatro: A Festa e A Bola: Histórias que Rolam. Inspirado nos clássicos da literatura, O Aniversário da Infanta, de Oscar Wilde, e no conto Blacamán, o Bom Vendedor de Milagres, de Gabriel García Márquez, a peça A Festa é um dos primeiros trabalhos do grupo e já foi apresentada na capital de Guiné-Bissau, na África, a convite da Rede de Crianças e Jovens Jornalistas. A trama acompanha Maria Joaquina, uma princesa mimada que, no dia de seu aniversário, faz uma única exigência: ganhar um presente impossível e inesquecível. Movimentando todos à sua volta, da rainha aos trabalhadores, a solução foi buscar algo extraordinário fora do palácio. No meio da procura, o conselheiro real descobre nas redondezas um menino muito esperto que brinca com bolinhas, na rua, e o leva a conhecer a princesa. A partir desse encontro, a vida dela toma novos rumos. “A dramaturgia é um convite para a imaginação do público, que entra em cena espontaneamente. Outro elemento fundamental é a

+

26

trilha sonora. Com violão, flauta, violino e sanfona, o maestro envolve o público com os personagens, transmitindo uma mensagem de esperança por meio da diversão, já que a peça é uma comédia”, explica Tatiana Rehder, diretora do espetáculo. A Bola: Histórias que Rolam é uma parceria entre o grupo e a Cia. do Feijão e tem apoio do Prêmio Zé Renato, da Secretaria Municipal de Cultura. Dirigida por Pedro Pires, a peça faz uma releitura do livro O Chute que a Bola Levou, de Ricardo Azevedo, e ganhou o prêmio Coca-Cola FEMSA de Melhor Texto Adaptado, em 2016. A história gira em torno das trajetórias de bolas de futebol que estão à venda em uma loja. Lá, elas sonham um dia estarem nos pés dos grandes craques. A realidade, porém, mostra-se oposta a essas expectativas ambiciosas, e o espetáculo torna-se uma grande metáfora da vida. “O público se sensibiliza ao perceber que todos os desejos são realizados, mesmo que alguns tenham ganhado novos significados. Enquanto os mais jovens se divertem durante o espetáculo, os adultos refletem ao se darem conta que precisam resgatar a leveza da vida. A grande proposta é mostrar, por meio do lado coletivo, humano e poético do futebol, que não podemos nos esquecer de sonhar”, conclui o diretor.

Veja a programação completa no site www.emcartaz.prefeitura.sp.gov.br

abril 2017 | emcartaz


literatura ópera

6ª FEIR A LITER ÁRIA DO CCJ Durante o evento, os livros podem ser adquiridos com descontos de até 50% Wes l ey M o ra i s este mês, a zona norte torna-se um ‘Paraíso’ para quem gosta de literatura. Entre os dias 6 e 8, ocorre, no bairro Vila Nova Cachoeirinha, a 6ª Feira Literária do CCJ. Com o tema Páginas do Samba, o evento do Centro Cultural da Juventude destaca a importância desse gênero musical e sua história. O grande chamariz da Feira são os descontos nos livros, que podem chegar a 50%. Paralelamente, uma programação cultural apresenta 18 atividades diversas, como contações de histórias com a Cia. Sansacroma, aulas abertas de samba de gafieira e de danças africanas Bantu, oficinas de fanzine e de confecção de instrumentos musicais para crianças, além do Calçadão do

+

Samba, tradicional show ao ar livre do CCJ que ganha uma edição especial durante a Feira. Mesas de debates e rodas de conversa recebem convidados como José Ramos Tinhorão, jornalista e crítico musical, e Eduardo Pontin, filósofo que pesquisa a vida e obra do sambista Silas de Oliveira, para falarem sobre Samba Urbano Contemporâneo. O show de Nega Duda encerra a Feira. A sambista é referência em São Paulo do samba de roda vindo do Recôncavo Baiano.

Sylvia Masini

N

Veja a programação completa no site www.emcartaz. prefeitura.sp.gov.br

emcartaz | abril 2017 27


POR TRÁS DAS CIÊNCIAS

Andre Stefano

MAD SCIENCE DESVENDA EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS PARA CRIANÇAS Cidy Dionísio

E

se em vez do teatro convencional com atores caracterizados e cenários, você encontrasse no palco um tipo de laboratório onde cientistas malucos revelassem, por exemplo, os segredos da ilusão ótica, da energia elétrica e seus impactos no meio ambiente?

É esse ambiente inusitado que o público vê em Watchatcha, espetáculo que o grupo Mad Science apresenta no dia 4 de abril, às 14h, na Biblioteca Adelpha Figueiredo. Presente em 29 países há mais de 20 anos, a Mad Science Global é uma empresa canadense que busca estimular, de forma divertida, o interesse das crianças pelas Ciências. Na história, dois cientistas malucos e seus três assistentes desvendam o mistério que há por trás de efeitos aparentemente mágicos, como fazer uma bola sobrevoar sobre a plateia, criar bolhas de sabão cheias de fumaça e apresentar a incrível

+

máquina de aprisionar sombras. As crianças já começam a tomar contato com o mundo científico a partir dos nomes dos cinco personagens: Platina, Big Bang, Láctea, Tonelada e Metálico. Dani Artel, diretor do Mad Science, comenta que a peça conquista de cara o público infantil por sua característica participativa. “Em todas nossas ações, despertamos o interesse pelo incrível mundo das Ciências. Sempre chamamos alguém para subir ao palco ou os cientistas descem”, explica o diretor. Segundo Marcus Vinícius, o Metálico, muitas crianças ficam entusiasmadas e comentam que aprendem mais com o espetáculo do que na própria escola. “Eu ensino Ciências de forma divertida, e elas me ensinam o valor de um sorriso.” Integrando o programa Biblioteca Viva, a apresentação chega a outras unidades.

Veja a programação completa no site www.emcartaz.prefeitura.sp.gov.br

28

abril 2018 | emcartaz


Meu amigo Lupicínio Apadrinhada por Lupicínio Rodrigues, no início de carreira, Edith Veiga faz show em homenagem ao compositor gaúcho G ilberto De N ichile iz o provérbio popular: “Quem é rei, nunca perde a majestade”. Se há alguém que faça jus a ele é a veterana cantora Edith Veiga. Nos anos 1980, ela foi intitula por Chacrinha como “A Rainha do Bolero” e, até hoje, soma mais de cinco décadas de carreira, sem nunca ter abandonado os palcos. Por essa razão, é convidada do projeto 70+ para levar o show Edith Veiga Canta Lupicínio a seis salas do Circuito Municipal de Cultura, com entrada franca. A primeira apresentação acontece no Teatro Martins Penna, dia 14 de abril, às 20h. “O programa complementa a homenagem que faço ao meu padrinho artístico e amigo Lupicínio Rodrigues, que morreu em 1974, aos 59 anos de idade”, diz Edith, que lançou um álbum homônimo ao show. “O repertório é praticamente só com músicas dele.”

dele, revela um lado pouco conhecido de Lupicínio: “Apesar de seu jeito simplório, era um namoradeiro de primeira. Chegou a ter sete mulheres ao mesmo tempo. Eu achava graça nos seus ‘casos’ e nas situações em que se metia, mas ele nunca deu em cima de mim, que fique bem claro. Tinha 30 anos mais que eu e me tratava com um carinho de pai para filha.” No show, Edith é acompanhada pelo tecladista Tadeu Arrais e interpreta dez canções do compositor, entre elas as conhecidas Vingança, Nervos de Aço e Nunca. “Canto ainda mais cinco músicas de meu repertório, como ‘Faz-me Rir’, que vendeu mais de 500 mil cópias”, finaliza a cantora.

A intérprete conta que o compositor gaúcho foi importante no início de sua carreira, pois a incentivou a cantar e deu músicas suas para que ela as gravasse. Muito próxima

+

Veja a programação completa no site www.emcartaz.prefeitura.sp.gov.br

Fernando Diaz

D

emcartaz | abril 2018 29


NO MAPA DA CULTURA

Sylvia Masini

Conheça Priscila Machado

30

abril 2018 | emcartaz

J

Cidy Dionísio

á imaginou a proeza que é coordenar 17 casas de cultura na cidade de São Paulo? Priscila Machado sabe bem como é. Ela é o tipo de pessoa que não para nunca: no mesmo dia ela pode ir ao Butantã, no lado oeste da cidade, e, em seguida, partir para Itaquera, na zona leste. “Às vezes, sinto que tenho que me dividir em 30 Priscilas para dar conta de tudo, mas eu dou conta do recado!”, diverte-se. Ela entrou na Secretaria Municipal de Cultura em 2015, coordenando a Casa de Cultura de São Mateus, mesmo bairro onde mora, na zona leste. Em 2017, foi convidada a assumir todas as outras casas.


Priscila entrou no mundo da durante oito anos do MIS (Museu cultura ainda menina, quando da Imagem e do Som), quando cotinha 10 anos, para frequentar nheceu André Sturm, então direseu primeiro curso de teatro. Em tor da instituição e atual secretáseguida, atuou em um curtario municipal de Cultura. Ao sair -metragem e ganhou o prêmio de lá, disseram um ao outro que de Melhor Atriz em um festival no um dia voltariam a se encontrar interior de São Paulo. profissionalmente, e o destino os O tempo passou e, após vários colocou, anos depois, lado a lado cursos de teatro e dramaturgia, no mesmo local de trabalho. “Foi resolveu dedicar-se ao mundo uma ótima surpresa reencontrar audiovisual, no qual produziu e a Priscila trabalhando na Secredirigiu mais de 20 filmes. “Dutaria quando assumi. Ela dirigia rante anos, eu juntava caixas de uma casa de cultura. Logo a som, telões, projetores e ia aos convidei para ser a coordenadora espaços não da área. Ao longo de convencionais fez um traba“Às vezes, sinto 2017, levando cinema lho extraordinário para quem não à ótima equipe que tenho que me junto tinha condições das casas. Sempre de assistir a um sorridente e entusiasdividir em filme. Fiz mais mada! Uma verdadeide 160 exibigestora. Uma das 30 Priscilas...” ra ções em ruas, melhores!”, afirma o escolas e ONGs, secretário. em todas as regiões da cidade”, Já Marília Barbour, secretária comenta. adjunta da Secretaria Municipal Capricorniana e com ascende Cultura, diz ter reconhecido dente em peixes, Priscila tem 30 seu talento logo de cara. “Não anos e diz estar em seu melhor existe tempo ruim para Priscila. momento profissional. “Eu sou É notável o tamanho do seu entumuito esforçada e dedicada. Não siasmo e do olhar certeiro que ela desisto fácil dos meus objetivos tem. Ela enxerga de longe quale estou sempre com um sorriso quer tipo de problema e consegue no rosto porque eu gosto do que dar a solução ali, na hora. Se todo faço. Eu amo cultura, eu respiro mundo tivesse um pouquinho arte, e não tem um dia que passe do que a Priscila tem, as coisas sem eu assistir a um filme. É isso seriam diferentes e teríamos um que me mantém viva”, afirma. mundo melhor”, afirma. Priscila foi funcionária Video completo da entrevista www.youtube.com/user/smcsaopaulo emcartaz | abril 2018 31


vem aĂ­

19 E 20 DE MAIO

32

abril 2017 | emcartaz


gostou da programação? Veja onde vai acontecer

Centro Cultural da Juventude | Sylvia Masini

BIBLIOTECAS PÚBLICAS Biblioteca Adelpha Figueiredo Pça. Ilo Ottani, 146, Pari. Zona Leste | tel. 2292-3439 Biblioteca Helena Silveira R. José Viriato de Castro, 78, Campo Limpo. Zona Sul | tel. 5841-1259 Biblioteca Roberto Santos R. Cisplatina, 505, Ipiranga. Zona Sul | tel. 2273-2390 e 2063-0901 CASAS DE CULTURA Casa de Cultura da Brasilândia Pça. Benedicta Cavalheiro, s/nº, Brasilândia. Zona Norte | tel. 3922-9123

Casa de Cultura de Santo Amaro Pça. Floriano Peixoto, 131, Santo Amaro. Zona Sul | tel.: 5523-6455 CENTROS CULTURAIS Centro Cultural da Juventude Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641, Vila Nova Cachoeirinha. Zona Norte | tel. 3984-2466 TEATROS Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Parque Ibirapuera (portão 3), Ibirapuera. Zona Sul | tel. 3629-1075 Teatro Alfredo Mesquita Av. Santos Dumont, 1.770, Santana. Zona Norte | tel. 2221-3657 emcartaz | abril 2018 33


Teatro João Caetano | Sylvia Masini

Teatro Arthur Azevedo Av. Paes de Barros, 955, Mooca, Zona Leste | tel. 2604-5558

Teatro Martins Penna Lgo. do Rosário, 20, Penha. Zona Leste | tel. 2295-0401

Teatro João Caetano R. Borges Lagoa, 650, Vila Clementino. Zona Sul | tel. 5573-3774 e 5549-1744

Teatro Paulo Eiró Av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro. Zona Sul | tel. 5546-0449 e 5686-8440

Teatro Martins Penna Lgo. do Rosário, 20, Penha. Zona Leste | tel. 2295-0401

Teatro Zanoni Ferrite Av. Renata, 163, Vila Formosa. Zona Leste. | tel. 2216-1520 Theatro Municipal de São Paulo Pça. Ramos de Azevedo, s/nº, Centro | tel. 3053-2090

OUTROS ESPAÇOS Centro Esportivo Tietê Av. Santos Dumont, 843, Luz (próximo da estação Armênia do metrô) Centro Esportivo Tietê | Sylvia Masini

A relação completa dos espaços culturais está no site: www.emcartaz.prefeitura.sp.gov.br

34

abril 2018 | emcartaz


expediente Secretário de Cultura André Sturm PICCOLO CIRCO TEATRO DE VARIEDADES

Secretária adjunta Marilia Barbour

Foto: PAULO BARBUTO

Chefe de Gabinete Juliana Velho

Redação

Editor-chefe Luiz Quesada Editora-assistente Giovanna Longo Redação Aryanne Valgas Carolina Bressane Cidy Dionisio (+redes sociais) Elaine Ignatti Gabriel Fabri Gilberto De Nichile Isabela Almeida (audiovisual) Luísa Bittencourt

Projeto gráfico e design Viviane Lopes Isoda Fotografia Sylvia Masini

Secretária de redação Ivani Yara dos Santos Estagiários Juliana Pithon (redação) Maria Carolina Marchi (design) Paulo Vinícius (design) Wesley Morais (redação) Impressão Gráfica Print Tiragem 50.000 exemplares Em Cartaz é uma publicação da Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo Endereço: Av. São João, 473 10º andar. São Paulo | SP CEP. 01035-000 Tel: 3397-0000 | Fax: 3224-0628 e-mail leitoremcartaz@prefeitura. sp.gov.br Sites da Secretaria Municipal de Cultura www.prefeitura.sp.gov.br/ cultura (geral) www.emcartaz.prefeitura. sp.gov.br (programação)

emcartaz | abril 2018 35


36

abril 2018 | emcartaz


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.