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22 entrevista Emílio Torrão

Ricardo Lopes Presidente do Conselho de Administração do iParque

Coimbra, capital de distrito, deve ser um motor do desenvolvimento regional. Contudo, a estrutura empresarial e industrial do concelho regista uma degradação crescente, preocupante e assume um papel perverso no distrito: no final de 2020, as receitas médias das empresas do concelho de Coimbra apresentavam-se 20% abaixo da média do distrito, os custos dos Recursos Humanos cerca de 30% acima do distrito e, pasme-se, com produtividade inferior; as empresas de Coimbra apresentam baixa rentabilidade e endividamento elevado, com cerca de 1/3 a apresentarem resultados líquidos negativos.

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Esta realidade tem impacto e consequências graves no desenvolvimento da região: quanto às receitas geradas pelas empresas, o distrito de Coimbra já está significativamente atrás de Santarém (para o alcançar teria de aumentar as receitas médias das empresas em mais de 40%) e poderá ser ultrapassado por Leiria em 2025 ou 2026.

Temos de agir e recuperar o atraso dos últimos anos. E podemos começar por aproveitar o melhor que temos: a Universidade de Coimbra (UC) com prestígio nacional e internacional, considerada como a instituição portuguesa de ensino superior mais sustentável ( 26ª a nível mundial entre 1.406 entidades) e a quarta melhor do mundo no que diz respeito à “indústria, inovação e infraestruturas” - um resultado associado ao número de spin-offs universitárias criadas e às patentes registadas (mais de 300 nacionais e internacionais ativas); os perto de 500 projetos de investigação da UC; as mais de 200 teses de doutoramento concluídas na UC; o Politécnico; e o ensino privado e profissional. Em Coimbra formamos talento, fazemos investigação e produzimos inovação. Criamos spin-offs universitárias e start-ups, mas, salvo honrosas exceções, não as vemos “dar o salto” e não rentabilizamos a inovação “made in Coimbra”. Dois indicadores que o provam: as receitas médias das empresas 20% abaixo da média do distrito; e o valor do rendimento médio anual por patente ativa da UC que rondava os 1800€ (entre 2016 e 2020 ). Todos estes dados a juntar ao senso comum da necessidade de existirem mais empresas e indústria, capazes de gerar mais e melhor emprego para acabar com o declínio da população (sobretudo jovem, entre os 25 e 29 anos, que aprende em Coimbra e aplica o conhecimento lá fora).

Coimbra tem de crescer. Tem de se unir num ecossistema comum que junte as autoridades locais, o conhecimento, as incubadoras, os parques empresariais e industriais, as empresas, e o sistema financeiro. Tem de ser capaz de incentivar e ajudar as empresas a assumir uma posição no mundo (como conseguiram a Critical Software, a Bluepharma, ou a Feedzai). Tem de ser capaz de continuar a atrair investimento de multinacionais como aconteceu recentemente com a Airbus (que veio para Coimbra porque o ecossistema se juntou a lutar por um objetivo comum).

Coimbra não pode esquecer a história e a tradição, nem pode deixar de agarrar o futuro: e o futuro é agora! Coimbra tem de crescer.

Coimbra tem de crescer

Em Coimbra formamos talento, fazemos investigação e produzimos inovação. Criamos spin-offs universitárias e startups, mas, salvo honrosas exceções, não as vemos “dar o salto” e não rentabilizamos a inovação “made in Coimbra”. Dois indicadores que o provam: as receitas médias das empresas 20% abaixo da média do distrito; e o valor do rendimento médio anual por patente ativa da UC que rondava os 1800€ (entre 2016 e 2022 )

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Luís Neves Vice-Reitor da Universidade de Coimbra

Energias renováveis e sustentabilidade: o exemplo da Universidade de Coimbra

Os combustíveis fósseis têm sido nas últimas décadas a fonte primordial da energia necessária para a humanidade. Apesar dos esforços já efetuados em muitos países no sentido de potenciar a utilização de energias renováveis, os combustíveis fósseis continuam a ser a fonte de mais de 80% da energia gerada a nível mundial. O dióxido de carbono retirado da atmosfera pela fotossíntese ao longo das últimas dezenas de milhões de anos de história da Terra e armazenado no nosso planeta em materiais geológicos como o carvão, petróleo e gás, tem vindo a ser devolvido rapidamente à atmosfera como consequência do uso intensivo destes materiais, Sendo o dióxido de carbono um gás com efeito de estufa, o aumento da sua concentração na atmosfera terrestre poderá vir a trazer consequências nefastas para a humanidade através de uma aceleração de processos naturais que ocorrem no planeta, como é o caso das alterações climáticas.

Não se esgotam no que foi referido as boas razões para reduzir ou até eliminar o uso dos combustíveis fósseis na produção de energia. De facto, os impactos ambientais globais da exploração destes recursos são muito relevantes, ao que acrescem os riscos ambientais associados ao seu transporte e uso final. O carvão, em particular, é responsável por uma elevada mortalidade nos mineiros, seja por via de acidentes, seja pela exposição a partículas inaladas. As emissões de poluentes em veículos automóveis pelos motores de combustão constituem um problema de saúde para a população em geral, com maior incidência nos centros urbanos, causando a redução da esperança de vida a milhões de pessoas em todos os continentes. E como se todos estes fatores não fossem já de si suficientes, podemos ainda acrescentar um aspeto de natureza geoestratégica que se tornou recentemente muito óbvio: os combustíveis fósseis encontram-se distribuídos de forma muito assimétrica no nosso planeta, concentrando-se estes recursos num número reduzido de países que nem sempre partilham os valores em que assentam os regimes democráticos ocidentais. A independência energética é também, neste aspeto, um imperativo.

A resposta a estes problemas tem de passar necessariamente pela incorporação da maior proporção possível de energias renováveis nas necessidades energéticas da humanidade, com a concomitante redução do uso de combustíveis fósseis. Portugal é um bom exemplo a nível mundial, contando já com uma proporção muito significativa de energia hídrica, eólica, solar e geotérmica no seu mix energético. Saliento o potencial da energia geotérmica para a produção de eletricidade, de momento restrita aos Açores, existindo, contudo, estudos efetuados no âmbito da Universidade de Coimbra que sugerem a existência de potencial para o seu uso também no território continental português. Este tipo de energia tem a enorme vantagem de não depender das condições climatéricas, pelo que, ao contrário das restantes renováveis, não tem um caráter intermitente.

A redução continuada do custo das energias renováveis levou a que atualmente representem um benefício económico, dado terem atingido custos de produção de energia inferiores aos combustíveis fósseis. Ademais, após uma fase inicial restrita à instalação de grandes centrais, a produção local de energia, em particular fotovoltaica, está neste momento ao alcance de todos, cidadãos, empresas e instituições, permitindo significativas poupanças face aos custos de aquisição de energia a partir da rede.

A Universidade de Coimbra é um testemunho desta realidade. Em 2013 iniciou a produção de energia fotovoltaica através da instalação de uma potência de 200 kW em três edifícios distintos, de acordo com o regime legal de minigeração então criado. Alguns anos mais tarde, já no âmbito do regime de autoconsumo, instalou mais 300 kW em cinco outros edifícios, totalizando 500 kW. O retorno económico destes projetos situa-se em cerca de 6 a 7 anos, pelo que dificilmente é possível identificar melhor investimento. Nem sempre as condicionantes associadas aos edifícios existentes permitem a instalação de painéis nas suas coberturas ou nas suas imediações, em particular no Polo histórico da Universidade de Coimbra, o que limitou a possibilidade de expansão destes sistemas. Por forma a ultrapassar esta limitação, a Universidade de Coimbra encontra-se a preparar novos projetos ao abrigo da mais recente legislação relativa a comunidades de energia renovável, prosseguindo por esta via o caminho para atingir uma desejada neutralidade carbónica. A Universidade de Coimbra é um testemunho desta realidade. Em 2013 iniciou a produção de energia fotovoltaica através da instalação de uma potência de 200 kW em três edifícios distintos, de acordo com o regime legal de minigeração então criado. Alguns anos mais tarde, já no âmbito do regime de autoconsumo, instalou mais 300 kW em cinco outros edifícios, totalizando 500 kW. O retorno económico destes projetos situase em cerca de 6 a 7 anos, pelo que dificilmente é possível identificar melhor investimento. Nem sempre as condicionantes associadas aos edifícios existentes permitem a instalação de painéis nas suas coberturas ou nas suas imediações, em particular no Polo histórico da Universidade de Coimbra, o que limitou a possibilidade de expansão destes sistemas.

Jorge Conde Presidente do Instituto Politécnico de Coimbra

Nunca a questão energética esteve tanto na ordem do dia como hoje. Os sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis nos últimos anos, a consciência das alterações climáticas e da necessidade de mudar o paradigma do consumo energético para além dos combustíveis fósseis, a guerra na Ucrânia e a consequente subida dos preços da energia explicam a atualidade do tema na sociedade e a preocupação crescente em todos os quadrantes.

O País tem feito o seu percurso, com um primeiro impulso dado à exploração da energia eólica, que “pintou” o território nacional com parques eólicos e, numa fase posterior, o crescimento da exploração da energia solar e um cada vez maior investimento em painéis solares por parte de empresas e de particulares.

O Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC 2030 ) é o principal instrumento de política energética e climática para a década 2021-2030, rumo a um futuro neutro em carbono e surge no âmbito das obrigações estabelecidas pelo Regulamento da Governação da União da Energia e da Ação Climática, o qual prevê que todos os estados-membros elaborem e apresentem à Comissão Europeia os seus planos integrados em matéria de energia e de clima. O PNEC 2030 estabelece metas nacionais ambiciosas nesta área, designadamente 47% de incorporação de energias renováveis até 2030.

Parece-nos evidente que o caminho é este e o Politécnico de Coimbra tem desenvolvido iniciativas para ser uma instituição cada vez mais eficiente em termos energéticos e mais sustentável.

Já em 2013, duas escolas do IPC - o ISCAC e a ESAC – deram os primeiros passos com a instalação de painéis solares. Em vários edifícios do IPC foram adotadas medidas de melhoria da eficiência energética (caixilharias, coberturas, paramentos exteriores, iluminação LED e instalações AVAC), a grande maioria mediante financiamentos POSEUR. Foram efetuadas candidaturas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que representam um investimento global de 9.244.221€, nomeadamente no que à eficiência hídrica e energética diz respeito. Deste valor, cerca de 1.080.290€ dizem respeito a projetos na área solar. As candidaturas preveem um conjunto de alterações relacionadas com ambos os recursos em vários edifícios do IPC (unidades orgânicas de ensino, de investigação e de apoio à formação, residências para estudantes, entre outros) e estimam uma poupança anual de cerca de 400 mil euros. Procedeu-se ainda à redução de iluminação pública em alguns edifícios e a uma redução de tempos e caudais de rega nos espaços ajardinados, bem

melhoria da eficiência energética no Politécnico

como a implementação de projetos de monitorização e iniciativas de reaproveitamento da água utilizada.

Finalmente, e não menos importante, temos apostado na sensibilização da comunidade interna através de campanhas no âmbito do programa +Sustentável, com vista a promover a eficiência energética e uma atitude mais consciente e responsável em relação à sustentabilidade do planeta. Medidas para combater o desperdício alimentar proveniente das cantinas e cafetarias; a disponibilização

de ecopontos em vários locais estratégicos da Instituição; a redução do consumo de plástico e a promoção do consumo de água da rede através da distribuição de garrafas de vidro; a disponibilização de carregadores para veículos elétricos, incluídos na Rede MOBI.E, nas escolas e nos Serviços Centrais do IPC, são apenas mais alguns exemplos de uma política concertada de poupança e de consciência ambiental, importante para a sustentabilidade da instituição, mas, acima de tudo, fundamental na missão de formar a nova geração do País que será responsável por garantir o futuro do Planeta.

As candidaturas preveem um conjunto de alterações relacionadas com ambos os recursos em vários edifícios do IPC (unidades orgânicas de ensino, de investigação e de apoio à formação, residências para estudantes, entre outros) e estimam uma poupança anual de cerca de 400 mil euros. Procedeuse ainda à redução de iluminação pública em alguns edifícios e a uma redução de tempos e caudais de rega nos espaços ajardinados, bem como a implementação de projetos de monitorização e iniciativas de reaproveitamento da água utilizada

José Couto CEC – Câmara de Comércio e Indústria do Centro

Estamos perto de 2050 mas as metas definidas para a descarbonização estão longe

Éinevitável que as empresas se envolvam seriamente no processo de descarbonização e na economia circular. A transição ambiental terá impactos diretos e indiretos sobre a vida das pessoas e onera e onerará os contribuintes, mas é imperativo e irreversível.

O que temos como atividade económica é incompatível com o que consideramos padrões de um contexto ambiental que contribua para a descarbonização, porque nos mantemos a produzir bens utilizando matérias primas que extraímos dos solos, que geram resíduos e acrescem emissões de carbono e outros elementos perniciosos. Nos últimos 50 anos mais do que triplicámos a extração de matérias-primas, utilizando, cada vez mais, processos sofisticados, mas não resolvendo no mesmo ritmo os problemas ambientais que resultam do processo produtivo. É necessário perceber o valor do conceito do que se considera a economia circular, o seu significado e as implicações que resultam – “Numa economia circular, o valor dos produtos, materiais e outros recursos é mantido na economia pelo máximo tempo possível, melhorando a sustentabilidade dos processos de produção e facilitando o consumo sustentável, reduzindo o impacto ambiental e minimizando a produção de resíduos e a emissão de substâncias perigosas em todas as fases do ciclo de vida.” Este é o desafio e sabemos que se o enfrentarmos com rigor e sem desvios com a implementação dos processos circulares de produção poderemos reduzir em mais de 50% as emissões de CO2 até 2050.

Vamos estabelecendo metas, introduzindo métricas e objetivos, mas temos que ser consequentes e promover uma nova cultura em todos os patamares da vida económica, ao nível de quem cria os produtos, de quem produz e de quem regula. As empresas terão um nível de responsabilidade incontornável em todo o processo, mas as instituições públicas terão que ser um exemplo de bem fazer e catalisadoras de todo este processo de descarbonização.

Para as pequenas e muitas médias empresas isto constitui um problema. As empresas não estão capacitadas para o fazer, a muitos níveis e desde logo ao nível da interpretação da legislação, nacional e dos outros estados-membros, que tem uma dimensão que vai desde as matérias primas a utilizar, até à entrega do produto no mercado e no consumidor final. É necessário que as instituições públicas possam ajudar no processo de monitorização para ajudar as empresas a avaliarem da necessidade e da forma para encetarem a transição para a economia circular. É preciso ajudar as empresas a identificarem ameaças e oportunidades e ajudar a desenhar o apoio financeiro inerente ao inevitável investimento para a circularidade, que terá não só a parte da atividade produtiva – processos e tecnologia – mas também ao nível da inovação e da integração em cadeias de investigação que possam ser updates e upgrades para o caminho da circularidade.

Não podemos deixar de introduzir este assunto no dia a dia das empresas porque muitas delas já têm que responder com muita rapidez perante exigências de auditorias por parte de clientes internacionais, que querem que a cadeia de produção seja a mais limpa possível e que os seus fornecedores contribuam para o processo de descarbonização e não sejam apanhadas numa avaliação negativa de greenwashing. Estamos perto de 2050 e andámos a dormir, as metas serão as mesmas, mas irá endurecer o caminho para as atingir no meio do século.

Vamos estabelecendo metas, introduzindo métricas e objetivos, mas temos que ser consequentes e promover uma nova cultura em todos os patamares da vida económica, ao nível de quem cria os produtos, de quem produz e de quem regula. As empresas terão um nível de responsabilidade incontornável em todo o processo, mas as instituições públicas terão que ser um exemplo de bem fazer e catalisadoras de todo este processo de descarbonização

Nuno Lopes Presidente CERC

Odesenvolvimento económico sustentável deve ser uma preocupação de todos, os recursos do planeta são finitos e temos excedido os seus limites com um forte impacto ambiental no efeito de estufa e aquecimento global.

“O conceito de desenvolvimento sustentável é, normalmente, definido como o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração actual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades”.

Devemos aproveitar o sol, a força do vento e as ondas do mar para a produção de eletricidade uma vez que são elementos presentes no nosso país de uma forma abundante e generalizada. Desta forma vamos reduzir drasticamente o nível de emissões.

Produzir cada vez mais energia renovável e abandonar as fontes convencionais é uma necessidade compartilhada por

Energias Renováveis: o caminho para o desenvolvimento económico sustentável

todos os países desenvolvidos do mundo

Tem que haver uma mudança de paradigma, neste momento temos como base um modelo de Economia Linear, assente num crescimento económico de abordagem linear: Extrair-produzirConsumir-eliminar, sacrificando o meio ambiente e sem sustentabilidade para o futuro comprometendo o bem estar das gerações vindouras. Por isso é importante alterarmos os padrões de produção e consumo, através de uma nova perspetiva denominada de Economia Circular: Reduzir-Reutilizar-Reciclar-Recuperar, reduzindo assim o desperdício e a poluição.

Os produtos produzidos devem ter uma durabilidade maior e com características que lhe permitam ser transformados em recursos para a produção de outros bens, aumentando o seu ciclo de vida.

Os fundos do PRR devem ser canalizados para as empresas melhorarem a sua eficiência energética e promoverem a inovação através da criação e implementação de novos produtos e técnicas que permitam aumentar com a sua durabilidade e reutilização aumentando a cadeia de valor.

As empresas pedem que as candidaturas aos fundos sejam menos burocráticas, que as avaliações sejam mais céleres, assim como os pagamentos.

Portugal tem empresas que estão na linha da frente nesta transição e a nossa região não é excepção como é exemplo a Indústria papeleira ou a de fabrico e/ou transformação de componentes para automóveis, entre outras.

O CERC – Conselho Empresarial da região de Coimbra está sensível para este tema e em conjunto com os seus associados procura acelerar esta transição que considera essencial para a competitividade das nossas empesas e imprescindível para a sustentabilidade do planeta.

98420 Tem que haver uma mudança de paradigma, neste momento temos como base um modelo de Economia Linear, assente num crescimento económico de abordagem linear: Extrair-produzirConsumir-eliminar, sacrificando o meio ambiente e sem sustentabilidade para o futuro comprometendo o bem estar das gerações vindouras. Por isso é importante alterarmos os padrões de produção e consumo, através de uma nova perspetiva denominada de Economia Circular: Reduzir-ReutilizarReciclar-Recuperar, reduzindo assim o desperdício e a poluição