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ANDREI SCHERMACK

Como a sua família tem sido um suporte para você durante sua carreira no patinete? Eles sempre acreditaram no seu potencial desde o início?

No começo, não foi tão fácil para minha família entender e aceitar minha escolha pelo patinete, principalmente por ser um esporte ainda novo e pouco conhecido. Porém, com o tempo, eles se tornaram meu maior apoio e acreditaram em meu potencial. Esse suporte foi fundamental para seguir em frente e alcançar meus objetivos.

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Além do esporte, é importante conhecer um pouco mais sobre você pessoalmente.

Além do patinete, quais outras atividades ou esportes você pratica para aprimorar suas habilidades e complementar seu desempenho no patinete?

Antes de me dedicar ao patinete, praticava parkour, o que contribuiu significativamente para o desenvolvimento do meu equilíbrio e habilidades físicas. De vez em quando, ainda ando de BMX com meus amigos para diversificar a prática esportiva. Qual foi o momento mais gratificante da sua carreira até agora? Existe alguma conquista em particular que você considera como um marco na sua trajetória como atleta profissional de patinete?

O momento mais gratificante até agora foi fazer parte da seleção brasileira e conquistar um patinete profissional. Esses foram marcos importantes na minha jornada como atleta, e representaram um reconhecimento do meu esforço e dedicação ao esporte. Quais são seus planos e metas futuras como atleta profissional de patinete? Existem competições específicas que você deseja participar ou conquistas que você ainda busca alcançar?

Minha principal meta é sempre buscar a evolução, aprender novas manobras e influenciar mais pessoas a praticarem esse esporte que amo. No futuro, pretendo participar de competições de alto nível e alcançar pódios em eventos importantes, incluindo o campeonato brasileiro. Como você lida com a adversidade e os obstáculos durante os treinamentos e competições? Existe alguma estratégia mental que você utiliza para se manter focado e superar os desafios?

Lidar com a adversidade faz parte do processo de crescimento como atleta. Sempre procuro manter o foco e a determinação nos treinamentos e competições. A respiração consciente é uma estratégia mental que utilizo para me acalmar e me concentrar nos momentos mais desafiadores.

Como você vê o futuro do esporte de patinete profissionalmente? Quais são as oportunidades e tendências que você enxerga para o crescimento e reconhecimento do esporte?

Ao acompanhar a evolução do esporte desde o início, vejo um futuro promissor. A cada dia, mais pessoas reconhecem o patinete como um esporte de ação, o que abre novas oportunidades para seu crescimento. A tendência é que o esporte se torne cada vez mais reconhecido e valorizado em todo o mundo.

Quais conselhos você daria para jovens aspirantes a atletas profissionais de patinete que desejam seguir seus passos? Quais são os aspectos fundamentais para se destacar nesse esporte?

Meu conselho para os jovens aspirantes é persistirem em seus sonhos e nunca desistirem, mesmo que o início seja desafiador. Foco, determinação e dedicação são fundamentais para se destacar no esporte. Além disso, é importante buscar conhecimento, aprender com outros atletas e praticar constantemente. Como você encontra o equilíbrio entre sua vida pessoal e a carreira no patinete? Como você se dedica aos treinamentos intensos, viagens e competições, ao mesmo tempo em que mantém relacionamentos saudáveis e tempo para si mesmo?

Encontrar o equilíbrio entre a carreira no patinete e a vida pessoal pode ser desafiador, mas é essencial para um bom desempenho em ambos os aspectos. Para isso, organização e planejamento são fundamentais. Procuro estabelecer uma rotina equilibrada que inclua tempo para os treinamentos, competições e também momentos de lazer com amigos e familiares. A comunicação com as pessoas próximas também é importante para que entendam minha dedicação ao esporte e me apoiem nessa jornada.

Por último, mas não menos importante, vamos falar sobre o futuro e o que está por vir.

Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta profissional de patinete? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente?

Meus planos para o futuro incluem continuar evoluindo como atleta e ampliar minha presença em competições de alto nível. Atualmente, estou trabalhando em uma vídeo parte para mostrar meu estilo e habilidades no patinete, além de continuar apoiando o crescimento do esporte no Brasil e na América do Sul.

Por fim, qual mensagem você gostaria de transmitir para seus fãs e para aqueles que se inspiram em sua jornada como atleta profissional de patinete?

A mensagem que eu gostaria de transmitir é que nunca desistam dos seus sonhos, independentemente das adversidades que possam enfrentar. Com persistência, dedicação e amor pelo que fazem, é possível alcançar grandes conquistas. Agradeço todo o apoio dos fãs e daqueles que se inspiram na minha jornada como atleta de patinete, e espero continuar incentivando mais pessoas a praticarem esse esporte que tanto amo. Obrigado a todos!

Como você começou no mundo do patinete?

Houve alguma influência especial que despertou seu interesse?

Uma vez fui com o meu pai para uma pista de skate quando tinha meus 7 anos, isso por volta de 2010, quando a cena do patinete ainda estava bem no começo, e vi um grande amigo andando de patinete freestyle, mas que na época era um desconhecido, chamado António Silva, com quem tenho amizade até hoje. Ele foi minha fonte para descobrir o esporte e também minha inspiração.

Quais foram os principais desafios que você enfrentou no início da sua jornada como atleta amador de patinete?

Acredito que tenha sido na época em que estive no Brasil, pois não andava com ninguém de patinete, já que havia poucas pessoas praticando e todas em lugares muito distantes. Então, me enturmei com a galera da BMX, pois é um esporte que tem mais praticantes e é bem parecido com o patinete. Além disso, importar peças era complicado devido às taxas e dificuldades de acesso.

Quais são os seus lugares favoritos para andar de patinete? Você pode compartilhar alguma história interessante sobre algum desses lugares?

Acredito que seja em Albufeira, Portugal, porque é a cidade onde mais passo tempo dando rolê ou onde nos encontramos para nos deslocarmos. Mas tenho um lugar específico que considero meu favorito, chamado Parque Lúdico, onde por duas vezes acertei um combo que levei muito tempo para conseguir. Quando finalmente consegui executá-lo, estava com todos os meus amigos que comemoraram junto comigo, e isso tornou o momento muito marcante.

Você já participou de competições ou eventos relacionados ao patinete? Se sim, poderia contar-nos sobre alguma experiência marcante?

No ano passado, participei da Street Jam em Lisboa. O evento em si foi bastante marcante para mim, mas houve um momento em que estávamos no último spot, e eu fiz um "bar to tailwhip" ao descer algumas escadas, o que me fez sentir na alma o calor da galera e do esporte.

Qual é a manobra mais difícil que você já realizou no patinete? Como foi a sensação de conseguir executá-la com sucesso?

Existem duas manobras e um combo que foram as mais difíceis para mim. Uma delas foi o "360 Tailwhip Barspin fakie" em quarter, e a outra foi "half cab tailwhip manual para downside heel drop". Ambas foram sensações surreais, como realizar um sonho. No entanto, o combo foi ainda mais marcante, pois foi executado na rua com a galera, e sentir todos comemorando comigo tornou esse momento muito especial.

Como você se prepara para aprender e dominar novas manobras? Você tem algum método específico que utiliza?

Não há uma preparação específica ou algo certo. O nome do esporte, Scooter Freestyle, sugere um estilo livre, e sempre há milhares de maneiras de fazer a mesma manobra. Eu muitas vezes procuro referências para aprender novas manobras, tanto em vídeos de patinete quanto em vídeos de BMX. Com a experiência que tenho ao longo dos anos, acredito que todos aprendemos uns com os outros através de tentativa e erro.

Você recebe algum tipo de apoio ou patrocínio? Se sim, como isso afeta a sua carreira como atleta amador?

Atualmente, estou trilhando minha jornada como atleta amador de patinete sem nenhum tipo de apoio ou patrocínio. Embora isso possa representar um desafio em minha carreira, não deixo que isso me desanime. A paixão que tenho pelo patinete freestyle e o apoio incondicional da minha família e amigos me impulsionam a seguir em frente.

Quais são os seus objetivos em termos de apoio e patrocínio para o futuro? Você tem algum patrocinador dos sonhos em mente?

Não tenho um objetivo específico, mas pretendo vir com um projeto, sem garantias, apenas para mostrar um pouco do meu rolê e tentar fazer algo original. No entanto, tenho o sonho de ser patrocinado pela Tilt Scooters e pela marca de roupas streetwear Mokovel. Como sua família e amigos têm apoiado sua jornada no patinete? Eles costumam acompanhar suas competições ou eventos?

Graças a Deus, minha família nunca foi contra e sempre me apoiou. Posso até dizer que o meu maior apoio sempre foi o meu pai, pois além de andar comigo na pista, ele pratica BMX e sempre gostou de me ver andando de patinete, o que me motiva bastante.

Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta amador de patinete? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente?

Meu principal objetivo no momento é treinar para a Street Jam que vai acontecer no próximo mês no Porto e, em seguida, dar continuidade nas gravações para uma vídeo part.

Por fim, que conselho você daria para outros atletas de todas as categorias de patinete que desejam seguir seus passos?

Se você realmente tem paixão pelo esporte, não desanime, por mais difícil que seja. Não há sensação melhor do que acertar uma manobra ou combo que você queria, mesmo que tenha demorado muito tempo. Ainda mais se você estiver com a sua galera te apoiando.