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PR quer chamar a atenção para os “interiores às vezes esquecidos”

CORREIO / LUSA

O Presidente da República assumiu que a “ideia fundamental” de trazer para a Régua e o Douro as comemorações do Dia de Portugal foi chamar a atenção para “os interiores às vezes esquecidos” do continente. “A ideia fundamental de trazer para o Peso da Régua, para o Douro, o Dia de Portugal foi chamar a atenção para os interiores às vezes esquecidos de Portugal continental”, afirmou o Presidente da República, numa altura em que caminhava pelas ruas da cidade a cumprimentar a população e a tirar ‘selfies’ com os muitos que o abordavam.

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Marcelo Rebelo de Sousa antecipou a chegada ao Peso da Régua, esta manhã, porque fez questão de estar presente nos ensaios do desfile militar, que vai acontecer no sábado, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portu- guesas. Como comandante supremo das Forças Armadas quis estar “à mesma chuva” dos muitos militares que se concentram na cidade do distrito de Vila Real, provenientes de vários sítios do país.

Mas, ter vindo mais cedo e estar na Régua mais tempo é também, acrescentou, uma “forma de chamar a atenção das pessoas”.

“Venham até cá se puderem, contribuam para a economia desta região, percebam os problemas desta região, percebam o que têm de riqueza, o vinho do Douro, mas também o que têm de carências, os acessos, as dificuldades de viver aqui, as desigualdades em muitos aspetos, na educação ou na saúde ou na economia”, referiu.

Questionado sobre se o 10 de Junho da Régua é também uma forma de homenagear o Douro e os viticultores, o Presidente da República respondeu: “Claro”.

“Porque o Douro é feito de deze- nas de milhares de produtores de vinho, que vão desde a Guarda e Viseu, até à fronteira em Trás-osMontes e depois os vários ‘Douros’ (…) E olhar para eles e os problemas deles, eu acho que é muito justo”, afirmou.

O Presidente da República lembrou as “grandes dificuldades” de fazer a cultura do vinho neste território, “com incertezas muito grandes, com crises às vezes grandes que atingem os produtores e depois com dificuldades de prender as pessoas ao territórios, os mais novos para que eles fiquem cá”. Marcelo disse que a interioridade vai estar presente no seu discurso do Dia de Portugal.

“É sempre, mas é evidente que aqui no Douro eu tenho que falar da lição que o Douro nos oferece, ao mesmo tempo projetando no país, porque estou a falar para o país e para o país que está espalhado no mundo”, afirmou.

Escolas secundárias públicas descem no ranking geral e aparecem apenas em 39.º lugar

CORREIO / LUSA

As escolas públicas desceram no ranking das melhores médias nos exames, surgindo em 39.º lugar a primeira pública situada numa vila do interior e a uma hora de viagem do colégio do Porto que agora lidera a tabela. Numa lista realizada pela Lusa que ordena 496 estabelecimentos de ensino por média obtida nos exames nacionais do secundário de 2022, os colégios voltam a destacar-se, sendo preci- so descer até ao 39.º lugar para encontrar a primeira escola pública.

Comparando com o ano anterior, regista-se uma descida de oito lugares, já que em 2021 a escola pública com melhor média estava em 31.º, segundo os dados disponibilizados pelo Ministério da Educação.

Os alunos de Vouzela, uma vila da Beira Alta, obtiveram a melhor nota: 13,37 valores foi a média dos 130 exames realizados na Escola Secundária de Vouzela em 2022.

Vouzela quebrou a tendência de os primeiros lugares serem, invariavelmente, ocupados por escolas públicas situados no centro das grandes cidades, em bairros de classe alta, onde quase não existem alunos carenciados.

A secundária de Vouzela surge assim em 1.º lugar, seguida de outras três já, por várias vezes, galardoadas como é o caso da D. Filipa de Lencastre, em Lisboa, a Infanta D. Maria, em Coimbra, ou a Secundária do Restelo, em Lisboa.

De acordo com aquele conselheiro das comunidades na Bélgica, Pedro Rupio - que presidiu até março passado ao Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa -, cabe à Assembleia da República legislar no sentido de aumentar o número de deputados eleitos pelos dois círculos da emigração, e que são atualmente quatro: dois pela Europa e também dois em representação dos eleitores residentes fora da Europa.

“O aumento de deputados eleitos pelos círculos da emigração é uma meta simbolicamente relevante de se alcançar tendo em conta que celebraremos meio século de democracia em 2024”, defende Pedro Rupio, que acrescenta: “Com uma hipotética reforma, baseada no sistema político atualmente em vigor, constata-se que haveria um impacto geral limitado com a eleição de oito deputados pelos círculos da emigração”.

Na análise, a que a agência Lusa teve acesso, sobre o impacto do aumento do número de deputados eleitos pelos círculos da emigração, com base no sistema político atualmente em vigor, Pedro Rupio recorda que “a ideia de ‘aumentar o número de deputados eleitos pelos círculos da emigração’ encontra as suas premissas nas reivindicações do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) aquando da sua primeira reunião ordinária de 1981”.

Presidente da República reuniu-se com o Conselho da Diáspora

CORREIO / LUSA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reuniu-se por videoconferência, com o Conselho da Diáspora Portuguesa no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, acompanhada de fotografias do encontro, lê-se que “estiveram presentes uma centena de conselheiros, a partir de 27 países, em quatro continentes”.

O Conselho da Diáspora Portuguesa é uma associação privada sem fins lucrativos constituída em dezembro de 2012 com o alto patrocínio do anterior Presidente da República, Aníbal Ca- vaco Silva, destinada a institucionalizar uma rede de contactos entre portugueses e lusodescendentes residentes no estrangeiro, com posições de destaque.

Desde 2018, organiza anualmente o Fórum Euro-África, que se tem realizado no concelho de Cascais. Este ano, o evento decorrerá em 18 e 19 de julho, em Carcavelos.

Esta associação tem como presidente honorário o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, como vice-presidente honorário o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e como presidente fundador Filipe de Botton.

O antigo primeiro-ministro português Durão Barroso preside à Mesa do Conselho da Diáspora.