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Eu não me rendo

cos”, também na Madeira, “o Povo quer é comer e beber” ou “o Povo não come Autonomia”!...

Políticos que dizem isto, seja qual a sua cor partidária, ou são embusteiros, ou são analfabetos. Em qualquer dos casos, sem Qualidade para que os nossos destinos lhes estejam entregues!

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Mal vai uma terra, onde os seus “políticos” se limitem ao imediatismo e ao facilitismo, à preguiça de se deixaram secundarizar, ao “politicamente correcto” de nos querer de novo agachados a Lisboa e a Bruxelas.

Sem a Autonomia Política, o que seria de nós, hoje?!...

Sem os nossos Direitos reconhecidos, sem os Meios Institucionais que necessitamos e Lisboa nos nega, que será do Povo Madeirense amanhã?...

“Políticos” e gente que só pensa em “comer e beber” ou em vender ou comprar votos, o que julgam que os seus filhos e netos um dia dirão deles?...

E o que é isto de chamar “política” à actividade de uns burocratas que não têm visão para além dos respectivos interesses imediatos?!...

E que ORGULHO NA AUTONOMIA CONQUISTADA, quando nos deixamos dominar, desta maneira, por uns pequeno-burgueses a viverem do Estado central e lá de Lisboa a nos imporem a injustiça?!...

Vejam os projectos de revisão constitucional dos partidos velhos e medíocres sediados em Lisboa.

Sem delimitar quais as competências do Estado central na Região Autónoma, tudo à mercê do que Lisboa quiser.

Mantendo, em proveito da arbitrariedade deles, o conceito de “Estado unitário”.

Continuando a proibição anti-democrática e inócua de “partidos regionais”.

Desafiando-nos com a continuação de um Agente da República residente e por cima dos Órgãos eleitos pelo Povo Madeirense.

Quase todos ignorando a Hierarquia do nosso Estatuto Político-Administrativo.

Sem uma organização político-administrativa territorialmente adequada ao arquipélago.

Omitindo, para futura discricionariedade e abusos, a redefinição clara e justa do Domínio Público regional.

E, cúmulo dos cúmulos, não esclarecidos adequadamente os seguintes Princípios contidos no Estatuto Político-Administrativo, então aprovado por unanimidade na Assembleia da República: Cooperação; Participação; Solidariedade; Ultraperificidade; Finanças regionais; Desenvolvimento económico; Poder tributário próprio; Fundo de coesão para as Regiões Ultraperiféricas; Projectos de interesse comum; Continuidade territorial; Centro Internacional de Negócios da Madeira.

E tudo isto sem falar, aqui, das importantes alterações que são necessárias ao Sistema Político a nível nacional. Mas que estes partidos velhos, dominados e medíocres da pequena faixa litoral ocidental da Península Hispânica, negam aos Portugueses.

Eu não me rendo.

A comunidade lusa nos Estados Unidos da América (EUA), cuja presença no território se adensou entre o primeiro quartel do séc. XIX e o último quartel do séc. XX, período em que se estima que tenham emigrado cerca de meio milhão de portugueses essencialmente oriundos dos arquipélagos da Madeira e dos Açores, destaca-se hoje pela sua perfeita integração, inegável empreendedorismo e relevante papel económico e sociopolítico na principal potência mundial.

No seio da numerosa comunidade lusa nos EUA, segundo dados dos últimos censos americanos residem no território mais de um milhão de portugueses e luso-americanos, destacam-se vários percursos de vida de compatriotas que alcançaram o sonho americano (“the American dream”).

Entre as várias trajetórias de portugueses que começaram do nada na América e ascenderam na escala social graças à capacidade de trabalho e de mérito, destaca-se o percurso inspirador e dedicado de Paul Pereira, professor de História e atual “mayor”, presidente do município de Mineola, no estado de Nova Iorque.

Natural da localidade de Veiros, concelho de Estarreja, Paulo Pereira emigrou no final da década de 1970 para a América, com 6 anos de idade, na companhia dos pais e irmãos, na esteira de milhares de patriotas em demanda de melhores condições de vida.

O sentido de esforço, trabalho e dedicação, valores coligidos no seio familiar, impulsionaram durante a adolescência o jovem estarrejense a encetar em Mineola, no estado de Nova Iorque, uma sustentada formação académica no campo da História na Adelphi

Literárias DANIEL BASTOS