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PS deixa cair voto eletrónico e defende natureza do CCP

CORREIO / LUSA

O deputado socialista Paulo Pisco anunciou que o voto eletrónico remoto foi “posto de parte” e defendeu como “absolutamente fundamental” a preservação da natureza do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), enquanto órgão consultivo do Governo.

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Pisco falava à agência Lusa após a apresentação, discussão e votação do parecer relativo ao projeto de lei do PSD que procede à segunda alteração da lei que define as competências, modo de organização e funcionamento do CCP.

O projeto social-democrata preconiza, entre outras questões, uma experiência piloto de voto eletrónico e a obrigatoriedade da consulta do CCP nas iniciativas legislativas sobre as comunidades.

O deputado socialista apresentou alguns “pontos críticos” da proposta do PSD, sublinhando que, “nesta discussão, é absolutamente fundamental preservar a natureza do CCP enquanto órgão consultivo, para não se inverter o tipo de função que exerce o conselho das comunidades e para manter o equilíbrio entre a natureza consultiva e os órgãos de soberania, nomeadamente o Governo e a Assembleia da República”.

Recordando que “a razão principal pela qual se procede agora a uma alteração tem a ver com a necessidade de haver uma adaptação da representatividade do CCP ao novo universo eleitoral”, que aumentou após o recenseamento automático, Paulo Pisco considerou esta “uma boa oportunidade para algumas afinações relativamente à sua estrutura de funcionamento”.

O PS não concorda com alguns aspetos defendidos na proposta do PSD, nomeadamente a possibilidade do voto eletrónico que, segundo Paulo Pisco, foi posta de parte devido à complexidade do processo e aos riscos de intromissão. “Da parte do PS, a questão do voto eletrónico está posta de lado, na medida em que nos recorremos da experiência em França que, embora aumentando a participação, revelou a complexidade do processo e a dimensão da ameaça de intromissão”, indicou.