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revisar leyes de la Diáspora

Os conselheiros defendem aique os cidadãos recenseados no estrangeiro devem ter acesso ao voto em mobilidade

Conselheiros das Comunidades querem equiparação de residentes no estrangeiro nas eleições

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Atualmente, a lei eleitoral apenas permite aos eleitores recenseados em território nacional deslocados no estrangeiro para votar antecipadamente nas embaixadas ou consulados

CORREIO / LUSA

Os conselheiros das Comunidades Portuguesas escreveram uma carta à secretária de Estado das Comunidades e à Assembleia da República a propor a equiparação dos residentes no estrangeiro em todos os atos eleitorais, disse à Lusa fonte das comunidades.

A proposta, elaborada pelos sete conselheiros que integram a comissão para os Assuntos Consulares, Participação Cívica e Política do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), enviada à secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, e à Assembleia da República (AR), defende a revisão das leis eleitorais em Portugal, nomeadamente a implementação do voto eletrónico remoto que preconizam desde setembro de 2016.

Sublinhando que “a lei eleitoral não é igual para os eleitores que estão fora de Portugal”, o conselheiro por Joanesburgo, Vasco Pinto de Abreu, referiu à Lusa que “nas autárquicas e nas regionais, por exemplo, os residentes no estrangeiro são impedidos de votar apesar dos investimentos que são feitos nas regiões autónomas, e nas cidades, vilas e aldeias do continente onde os portugueses que residem fora de Portugal possuem propriedades e negócios mas que não podem votar nessas eleições.”

Na proposta enviada ao Governo e à AR na sequência das recentes presidenciais, os conselheiros defendem a implementação do voto eletrónico, o melhoramento e modernização do voto postal, nomeadamente a descentralização do porte pago e a opção de envio eletrónico do boletim de voto, assim como um sistema “misto” para o voto presencial e postal.

Na carta, os conselheiros das Comunidades Portuguesas defendem ainda que os cidadãos portugueses, residentes e recenseados no estrangeiro, que se encontrem em Portugal aquando de um processo eleitoral, devem ter acesso ao voto em mobilidade.

O voto em mobilidade, referiu a mesma fonte, deverá também permitir que o eleitor recenseado no estrangeiro vote, fora de Portugal, na mesa de voto mais apropriada à localização onde se encontre, de forma temporária, aquando do processo eleitoral.

“Nós queremos equiparar todos os atos eleitorais e podermos ter a oportunidade de votar ou por via postal, ou por via presencial ou até antecipadamente, porque se eu estiver na Cidade do Cabo, por exemplo, em trabalho ou por qualquer outro motivo, no dia das eleições, porque estou recenseado em Joanesburgo não posso votar na Cidade do Cabo, enquanto que em Portugal, isso pode ser feito até por antecipação”, explicou Vasco Pinto de Abreu.

Atualmente, a lei eleitoral apenas permite aos eleitores recenseados em território nacional deslocados no estrangeiro para votar antecipadamente nas embaixadas ou consulados.

“O voto eletrónico é uma batalha que já se arrasta há vários anos e tem que ser testado nas próximas eleições para que se possa fazer o voto eletrónico em mobilidade, que é muito mais fácil porque as distâncias são enormes nos vários países”, salientou Vasco Pinto de Abreu.

“É impossível as pessoas deslocarem-se 1.500 quilómetros para irem votar, em países de grande dimensão como a África do Sul, a Austrália, os Estados Unidos ou o Brasil”, frisou o conselheiro português, salientando que “as mesas eleitorais são quatro para toda a África do Sul, um país enorme, com enormes distâncias”, que abrange “o Botsuana, Madagáscar e o Lesoto”, e onde “é complicado as pessoas deslocarem-se para ir votar”.

Na ótica do conselheiro, “as desigualdades sentemse mais fora da Europa, porque na Europa os países são mais pequenos, há mais consulados, há mais possibilidades de fazer o desdobramento de mesas”.

COMUNIDADE | 7 Associações na Diáspora são decisivas na promoção da língua

MARCO SOUSA

O português é a quinta língua mais utilizada ‘online’ e é falada globalmente por 265 milhões de pessoas. A docente da Universidade de Toronto Manuela Marujo considera que as associações e as manifestações culturais na diáspora desempenham um papel importantíssimo na promoção da “língua materna”.

Falando por ocasião do Dia da Língua Materna, a docente, 72 anos, destaca o papel das associações, no esforço de manter unidos às raízes as gerações mais novas. “Muitas pessoas criticam porque as associações não fazem isto, considero que em comunidades como a que temos em Toronto, temos a sorte de ter muitas oportunidades para ouvir e para comunicarmos em português. Seja ir a um clube para um jantar, em que há música portuguesa, com muitos convidados vindos de Portugal ou de países de expressão portuguesa”, afirmou Manuela Marujo.

A professora emérita da Universidade de Toronto, natural de Santa Vitória, está no Canadá desde 1985, lecionando português como segunda língua na instituição de ensino canadiana durante mais de três décadas.

“Há muitas forças linguistas que nos contrariam e nos metem muitos obstáculos, mas o papel das associações, da rádio, da televisão em português, não se pode deixar de valorizar porque uma palavra aqui, uma música, uma dança, tudo isso vai influenciar um dia os alunos para compreender de onde vieram”, destacou Manuela Marujo.

Na opinião da docente, pela sua experiência durante os 33 anos em que “ensinou” na universidade, só com a aprendizagem da língua “é que os lusodescendentes podem compreender certas tradições e costumas” trazidos pelos pais e avós, com “muitos alunos a procurarem uma ligação à cultura e língua portuguesa” já no ensino secundário, ou mesmo na universidade. “Tenho a experiência de muitos alunos que chegaram aos 18 anos e não sabiam uma palavra de português, mas agora querem aprender a língua, querem compreender algo que lhes falta na sua entidade”, frisou.

SEC satisfeita com consenso na necessidade de alterações à votação no estrangeiro

CORREIO / LUSA

A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas considera que é necessário encontrar outras formas de votação que facilitem a participação.

Os obstáculos na votação dos portugueses no estrangeiro são muitos. Nas presidenciais do passado dia 24 de janeiro o voto apenas pôde ser exercido de forma presencial e ‘obrigou’ a que portugueses percorressem muitos quilómetros para que pudessem ter participação ativa nas eleições do seu país natal.

No discurso de vitória, Marcelo Rebelo de Sousa apelou a alterações nas votações que decorrem no estrangeiro, palavras esta que estão a gerar consenso um pouco por todo o lado.

Em entrevista ao LusoJornal, Berta Nunes, secretária de Estados das Comunidades Portuguesas, congratulou-se pelo consenso alargado.

“Fico bastante satisfeita por ver o consenso bastante alargado de que é preciso fazer alterações à forma de votar no estrangeiro, nas nossas comunidades. É preciso encontrar outras formas de votação que facilitem a participação porque, de facto, se uma pessoa tiver que tomar um avião para ir votar, não vai votar, ou se tiver que andar 500 quilómetros ou mais”, identificou.

Manuel De Abreu: “El 2020 me devolvió la sed emprendedora que había olvidado”

Hastaloogo nace como un diferenciador entre las agencias, brindando un acercamiento humano entre cliente y creativo

OSCAR SAYAGO

Esta historia inicia en Sevilla, España, pero todo el trasfondo se remonta muchísimos años atrás, para ser más especifico, en Venezuela. La familia De Abreu es proveniente de la Isla de Madeira, pero decidieron venir a Venezuela a esparcir sus raíces y probar un nuevo estilo de vida.

No se confundan, esta sigue siendo la historia de Manuel De Abreu, el menor de cuatro hermanos que vivió gran parte de su vida en San Antonio de Los Altos. Realizó sus estudios básicos en Venezuela, aunque una vez que se graduó hizo maletas y viajó a Houston, Estados Unidos, para estudiar Artes Publicitarias. Al finalizar su carrera, vuelve una vez más a Venezuela y estudia Comunicación Visual en Prodiseño. Al terminar sus estudios y estando más establecido en el país, a mediados del 2011-2012 se casa con Mariana Guevara, y tan solo un año después reciben la noticia de que esperan a su primer hijo, Tomás.

En ese mismo año, Manuel, con la ayuda de sus socios, crearon una marca que se transformó en una fábrica de cremas untables que llevó el nombre de Onlyfit Venezuela. Esta fue una marca que se volvió exitosa en el país rápidamente, en tan solo un año ya estaban en todo el territorio nacional con más de 100 tiendas disponibles. Pero, en el transcurso de los años, Onlyfit se vio obligado a cerrar sus puertas.

En el 2015, la familia De Abreu se mudo a Panamá, dejando en Venezuela todos los frutos que fueron cosechando a lo largo de los años. En Panamá vieron una oportunidad de realizar nuevos negocios, aunque siempre la mira estuvo fijada en Europa; por esta razón, en el 2017 volvieron a aventurarse y viajaron a España. Hoy por Hoy, Manuel vive con su esposa e hijo en Sevilla, donde han logrado crear un nuevo hogar lejos de su tierra de origen.

Pese a la distancia, Manuel lleva a Venezuela y a Portugal en su ser. En varias ocasiones, él con su familia han visitado las tierras lusitanas, específicamente, Madeira. Aunque Manuel no tuvo la oportunidad de vivir en Portugal, con solo visitarla siente un nexo que lo acerca más a sus raíces. “La forma en que te transmiten sus creencias desde el que te atiende en un restaurante o la persona que te acompaña a la playa, todos piensan igual, todos son igual de nobles y buena gente”, así relata Manuel sus experiencias más cercanas.

Amor a primera vista

Una vez establecido en Sevilla, Manuel y su familia tuvieron que vivir la cuarentena en un ambiente nuevo. “Una vez que empezó la cuarentena tuvimos que aceptar que los cambios eran inminentes. No podíamos salir de la casa y la oficina donde trabajamos diariamente ya no se podía ir; estábamos parados por completo. Pero esto me dio tiempo para poder crear algo nuevo, algo que pudiera moldear por mi mismo”.

Siendo un apasionado por la Comunicación Visual, Manuel De Abreu se planteó la meta de crear un estudio creativo que estuviera enfocado a la creación de logos, apoyo comunicacional y branding. Pero, antes de empezar este nuevo proyecto surgieron diversas preguntas: ¿cómo puedo atraer nuevamente a mis clientes?, ¿cómo me podría diferenciar de los demás?, ¿cuál va a ser su nombre?

“Exploto algo en mi que desde hace tiempo tenía en mente. Me acuerdo que un día me despedí de alguien en un mercado, y me dice hastaloogo...o al menos así lo escuche yo. Luego entendí que dijo hasta luego, y entonces llegué a ese juego de palabras, donde descubrí cuál iba a ser la filosofía de Hastaloogo y su propósito. Y es que cuando uno cultiva una marca o impulsa a un cliente tenemos que buscar ese hasta luego, y no un adiós, lo importante es perdurar en el tiempo”.

Una vez definido el nombre, ahora solo quedaba buscar una forma para llegar a la mayor cantidad de personas que fuera posible. De ahí nace la idea de reutilizar las redes de Onlyfit para darles un nuevo propósito y, con esto, empieza todo el proceso creativo y de generación de contenido para llegarle a una nueva audiencia. El crecimiento fue rápido y constante, y en su primera semana logró tener su primer cliente.

“Realmente la mayoría de mis clientes son venezolanos, aunque me llega bastante gente de Europa, por esto mi forma de trabajar ha sido igual de cuando estaba en Venezuela, así puedo imprimirles esa perspectiva nueva que solo se ve cuando vives en otro país. Mi enfoque siempre se ha tratado de autenticidad y transparencia, así es como yo pienso que las marcas se deben comunicar, es probable que por eso no he sentido ese cambio cultural”.

El enfoque de Hastaloogo busca ser cada día más humano, alejándose del método arcaico y digitalizado donde no existe contacto entre el creativo y el cliente. Manuel busca romper estas barreras, brindando un apoyo que va de la mano con el emprendedor.

“En Hastaloogo quiero que las personas sientan seguridad al poner sus proyectos en mis manos. Trato de conocer los gustos y necesidades de cada cliente para así tener una idea de cómo podemos transformar su marca. Cuando llevas mucho tiempo trabajando y emprendiendo, te das cuenta que los seres humanos compran seres humanos, no productos. Así que cuando logras transmitir esa sensación o esa humanidad dentro de una marca, esta se vende sola, y a final de cuentas eso es lo que busca una marca, venderse”.

Manuel explica que sus raíces portuguesas han sido fundamentales para el desarrollo de sus emprendimientos. “Desde pequeño me enseñaron que nada te llega gratis, si tu quieres algo tienes que ganartelo. Nada nace de la noche a la mañana, todo tiene su tiempo de maduración y todos tenemos que aprender de los errores, solo así podemos usarlo como puente para construir algo positivo y no como un obstáculo. Eso me ha quedado de la comunidad”.

Manuel siente un fuerte nexo por sus raíces lusitanas

Manuel vio una oportunidad para seguir explorando nuevos terrenos y, al mismo tiempo, seguir jugando con la creatividad y crear un producto que las personas puedan tener en su hogar. De esta forma, utilizando su experiencia como diseñador, Manuel crea una línea artística en la cual cualquier persona puede formar parte.

Esta serie artística lleva el nombre de “Hasta Siempre”. Un proyecto que está en pleno desarrollo y que surge de la necesidad de crear algo tangible; un producto que las personas puedan adquirir con la marca de Hastaloogo. Con la misión de “representar los lugares más emblemáticos de varias ciudades famosas y no tan famosas”, Hastaloogo busca crear un regalo a esas personas que se vieron en la necesidad de emigrar.

“Todas aquellas personas que han emigrado se sienten atados a un sitio, un lugar donde vivieron grandes historias. Algunos se sentirán atados al Ávila, otros a la playa, al desierto o inclusive Mérida. Quiero llevar ese sentimiento o esa sensación de ese lugar en el que quisieran estar sin la necesidad de salir del país, así que me pareció brillante la idea de crear una pieza de diseño más artístico que funcional, donde las personas se puedan sentir identificadas con ese momento”.