jcb211 Dez12

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Trabalhadores da Segurança - Irmãos de ofício A segurança pública somos todos nós O que

Dezembro de 2012

Eva Gessi Ramos Droga Mata Pág. 7 Cel Sergio A. Viana Bombeiro eterno Pág. 9 Cel Nivaldo Fraga Polícia e futebol Pág. 11

Cel Hélio Mariante Patrono da APM Pág. 13

Construtores da Segurança Pública - Vidas dedicadas à defesa da sociedade

Ano XVI - nº 211 A P E S P

Ten Jane Funperacchi Das pioneiras (25 anos) Pág. 21

2º Sgt Artur Borges Hiper colorado Pág. 23

Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares Sua personalidade jurídica ... Como atuam .... E uma “Carta aberta” para eles Pág - 8

Comissário Ayres Luiz Professor e Direito Pág. 25

Aniversário de 175 anos da Brigada Militar

AP Leonardo Leirias Penitenciarista Pág. 09

Pág - 22

Cel Geraldo C. Borges História viva Pág. 15

Cel Roberto de Oliveira Abnegado e caridoso Pág. 29

Ten José Luiz Zibetti Vida pró classismo Pág. 17

Ten Luiz C. Bergenthal Jornalista Pág. 31

Sd Joana Frantz CRPO VRP/23º BPM Pág. 19

éo CNCG PM e CBM

Cap Armando Mendonça Abril - Academia Pág. 33

Aniversário de 171 anos da Polícia Civil Pág - 30

Entidades parceiras na tarefa de pesquisar

Histórias de Vidas

Sgt Ricardo Fernandes Catador da solidariedade têm mais espaço no jornal Pág. 35 A tabela dos vencimentos da PMMG em discussão - p. 32


Mural do Leitor

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Prezada direção do jcb/abc: Gostamos da divulgação das últimas notícias publicadas no Correio Brigadiano, bem como na Revista Eletrônica ABC da Segurança Pública, as quais muito tem colaborado com a difusão das atividades desenvolvidas pela abnegada Equipe do Centro Histórico Coronel Pillar. Agradecendo imensamente o seu apoio, nos colocamos a sua disposição. Atenciosamente, Maria Candida da Silveira Skrebsky Coordenadora técnica do CHCP

O PINIÃO

Quem anda em sinceridade , anda seguro; mas o que perverte os seus caminhos ficará conhecido. Provérbio 10 v.9

Correio Brigadiano “Agradeço ao Sr. Ten Cel Vanderlei Pinheiro Diretor do Jornal ABC da Segurança Pública e ao Sr. Ten Bayerlle Tenente, presidente da Apesp, pela reportagem da pág. 7 na última edição do nosso jornal. Obrigado.” Lauro Pedot - Sgt Articulista virtual

do Dep Est Carlos Gomes: A regulamentação da assistência religiosa em presídios e hospitais do Rio Grande do Sul, proposta pelo Deuputado Carlos Gomes foi aprovada, em 28/11, por 50 votos a zero, pelos deputados gaúchos. O projeto de lei 199/2011 assegura aos evangelizadores de todas as denominações religiosas o devido acesso. Está garantido o sancionamento do governador Tarso.

Os artigos publicados com assinatura nesta página não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. As cartas devem ser remetidas para a coluna Mural do Leitor, com assinatura, identificação e endereço. A Redação do JCB fica na Rua Bispo Willian Thomas, 61, CEP.: 91.720-030, Porto Alegre/RS. Por razões de clareza ou espaço, as cartas poderão ser publicadas resumidamente.

Viaturas para BM e PC solicitadas via Orçamento Participativo “OP” A tentativa de obtenção de viaturas, para o serviço de policiamento, em determinada localidade, solicitadas via Orçamento Participativo (OP), já virou fato corriqueiro na Brigada Militar. É uma prática que se inicia no ano de 1999. E muitas vezes, até, entendida como um ato positivo de estar em acordo com a política de governo. No entanto, não deve existir situação mais embaraçosa, constrangedora e fora de qualquer padrão ético, na administração pública, do que um oficial comandantante pedir aos seus subordinados, que compareçam na plenária do OP, proponham e votem pela necessidade da viatura. Foi pioneiro nessa forma de procedimento o, então TC Tarso Antônio Marcadela, quando

comandante do 19º BPM, querendo viaturas para a Cia da Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. Era o único recurso possível naquele momento, e ele, como outros, posteriormente, apelaram para a modalidade. Porém, para os que entendem, no uso do verdadeiro politicamente correto, que o policiamento do Estado, independente da sua forma, é uma função essencial da sociedade, isto fica sem cabimento. Este assunto foi trazido, agora, em razão do título de matérias, recentes, como: Governo entrega 211 viaturas adquiridas com recursos da Participação Popular, de 14 de novembro de 2012. O governador Tarso Genro entregou um total de 211 viaturas para a Secretaria da Segurança Pública, sendo 119 destinadas à Brigada Militar e 92 para a Polícia

Civil. Todas foram adquiridas com verbas do processo de Participação Popular e Cidadã. As demandas para Segurança Pública estão entre as mais votadas pela população, juntamente com Saúde e Educação. Fazer a população buscar verbas à trilogia “educação, saúde e segurança” participando desse processo é um acinte. E só receberão as migalhas. Enquanto isso estão os processos de centenas de milhões de reais, tramitando em Brasília. São as maracutais desses mesmos grupos políticos. No entanto, ainda assim, submetem a organização policial a esse vil procedimento. O “como deveria ser?” que se manifestem os economistas e especialistas em orçamento público do governo. Se não fizerem, farei....

Questões legais

Jornal “abc da Segurança Pública”

Associação Pró-Editoração à Segurança Pública Utilidade Pública Estadual e Municipal Correio Brigadiano Editora Jornalística Ltda CNPJ: 05974805/0001-50

Marlene Inês Spaniol-Cap QOEM Mestre em Ciências Criminais pela PUC/RS Doutoranda em Ciências Sociais pela PUC/RS

Presidente: Ten Claudio Medeiros Bayerle Vice-Presidente: Cel Délbio F. Vieira Tesoureiro: Ten RR Luiz Antonio R. Velasques Secretário: Maj RR Pércio Brasil Álvares

CRIMES MILITARES – PARTE IV MUDANÇAS IMPLEMENTADAS NA JME COM A EC Nº 45/2004 COMPETÊNCIA SINGULAR PARA O JULGAMENTO DOS CRIMES CONTRA CIVIS

Diretor: Vanderlei Martins Pinheiro – Ten Cel RR Registro no CRE 1.056.506 INPI nºs 824468635 e 824466934 Direção do JCB: Vanderlei Martins Pinheiro Administrativo: Franciele Rodrigues Lacerda Apoio: Estagiáro João Gabriel Amaral da Silva Relações Institucionais: Cel Délbio Ferreira Vieira e Ten Valter Disnei Comercial: Paulo Teixeira Apoio: Janaina Bertoncelo Rama Redação: TC Vanderlei Martins Pinheiro – MTb/RS nº 15.486 Colaboração: TC e Jorn Paulo César Franquilin Pereira – MTb/RS nº 9751 Web Mídia/Redator: Sgt Rogério de Freitas Haselein Fotografia: Ten RR Enídio Pereira – Fotógrafo Jornalista MTE nº12368 e arquivos de OPMs E ACS da BM/RS e Arq da ACS PC/RS.

Distribuição gratuita dirigida a: todos os servidores civis e militares, da ativa e inativos da BM, policiais da ativa e aposentados da Polícia Civil, servidores da Susepe, IGP, instituições municipais de segurança, vereadores, prefeitos e parlamentares. Tel. e Fax: Tiragem: 15.000 exemplares (51) 3354 1495 Impressão: Gráfica Correio do Povo (51) 8481 6459 correiobrigadiano@hotmail.com Informações e arquivos JCB: www.abcdaseguranca.org.br adm_jcb@hotmail.com (antigo) www.correiobrigadiano com.br

Endereço: Rua Bispo Willian Thomas, 61. CEP: 91720-030, Porto Alegre/RS Ano XVIII – nº 211 – Dezembro de 2012 – Correio Brigadiano: uma voz na Segurança Pública

Inovou a Emenda Constitucional nº 45/2004 dispondo que ao Juiz de Direito do Juízo Militar compete decidir singularmente os crimes militares praticados contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares. Em relação às ações judiciais contra atos disciplinares militares o entendimento por parte dos doutrinadores acerca do tema é pacífico, pois na maioria das vezes o Conselho é formado por oficiais de menor posto ou antiguidade (atuando como juízes), que o Comandante Militar apontado como autoridade coatora, fato que não ocorre em relação ao Juiz de Direito, protegido pelas garantias da magistratura que a Constituição Federal lhe atribui. Já em relação aos crimes militares praticados contra civis, há fortes divergências doutrinárias, por entenderem que não existem embasamentos jurídicos, técnicos ou lógicos, que justifiquem tal figura processual. Imaginese, por exemplo, que se um militar estadual, dentre as diversas hipóteses que norteiam a ocorrência de crime militar previstas no art. 9º do CPM, praticar furto, estupro, estelionato ou lesão corporal contra um civil (crime militar impróprio), o processo será instruído e julgado singularmente pelo Juiz de Direito. Porém, nos mesmos casos, se a vítima for outro militar, e só por isso, o processo será instruído e

julgado pelo Conselho de Justiça. Neste sentido manifestou-se o Juiz Ronaldo João Roth, lembrando que a expressão “crimes militares cometidos contra civil” poderia levar a conclusão de que seriam somente “aqueles cuja vítima seja civil” e não o prejudicado. Imagine-se um homicídio (artigo 205 do CPM) entre militares, cuja competência é da Justiça Castrense e, em especial, do Conselho de Justiça; tal fato sofreria insegurança se considerarmos a família da vítima (civil) havendo, nesse raciocínio, um aparente conflito de competência entre o juiz singular e o juízo colegiado castrense. Com a mudança constitucional, quis o legislador deixar à competência do juiz de direito singularmente, e não ao Conselho de Justiça, os delitos militares que objetivamente atingem o bem jurídico da vítima primária, o civil, como ocorre nos crimes contra a pessoa e contra o patrimônio. Mas, não é somente isso. O civil pode ser vítima primária de crime militar nos delitos: contra a pessoa (homicídio, lesão corporal, ameaça, etc), e contra o patrimônio (furto, roubo, apropriação indébita, etc), tipos penais esses que serão processados e julgados perante o juiz de direito, e ser vítima secundária de crime militar nos delitos contra a Administração Pública, tipos penais estes últimos que deverão merecer apreciação pelo Conselho de

Justiça e não pelo juiz de direito. Assim, há delitos militares em que o civil pode ser vítima primária, isso equivale dizer que ela é titular do bem jurídico tutelado pela Lei Penal Militar (vida, liberdade, honra, patrimônio, etc), no entanto, nos crimes contra a Administração Pública, o sujeito passivo em primeiro plano é o Estado ou a Administração Pública, como é o caso do peculato, da concussão e da corrupção passiva, podendo eventualmente o civil ser sujeito passivo secundário. Estas questões, segundo Jorge Cesar de Assis, impõem uma reflexão sobre a importância do bem jurídico tutelado para determinar o órgão julgador da Justiça Militar estadual que deverá atuar no processo e no julgamento da matéria, concluindo que, realmente, o melhor critério para definir a competência interna do Juízo Castrense de Primeira Instância singularmente ao juiz de direito, quando a vítima é civil, não deve alcançar os delitos em que eventualmente e de modo secundário o civil possa ser sujeito passivo daqueles crimes, devendo a interpretação para tal respeitar o bem jurídico tutelado e a classificação do crime, dele decorrente, e não o critério sui generis da vítima civil.

(continua na próxima edição)


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A R Q U I V O H I S T Ó R I C O JCB/abc

Correio Brigadiano

E S PA Ç O Férias, trocar de carro, reformar a casa da praia ou da cidade, combina com fim de ano. Sicredi Mil Financia Veículos novos e usados

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Sicredi Mil Consórcio de Imóveis

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Pedro e Paulo Mirins , na rua da Praia, do início da década de 70. Trabalho do entrão Ten Dias e Sgt Eroníno, no 9º BPM

Você em boas mãos


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C h e f i a da PM

Correio Brigadiano

Subcomandante da BM recebe medalha da Polícia Civil gaúcha

Legião Altivada da BM faz sua prestação de contas do ano de 2012

Policiais da Província de Entre Rios - Argentina, no QCG/BM nesta Caplital

Troca a direção do Presídio Central de Porto Alegre. Assume TC Rogério Maciel

Destacado o trabalho de inclusão realizado pela BM no Campo da Tuca

No auditório Cícero Amaral Viana, no Palácio da Polícia, em Porto Alegre, o subcomandante da BM, coronel Altair de Freitas Cunha recebeu das mãos do sub-chefe da Polícia Civil, delegado Ênio Gomes de Oliveira, a Medalha Tiradentes. A medalha é considerada a mais alta distinção da Polícia Civil.

O comandante da Legião Altiva, coronel Jerônimo Carlos Santos Braga, fez a prestação de contas anual aos legionários. Após a prestação de contas, ocorreu um almoço no CTG dos cabos e soldados da Brigada Militar. O evento foi prestigiado por autoridades da BM e com a entrega de diplomas aos “Legionários”.

Em visita ao Quartel do Comando-geral, em Porto Alegre, no dia 11 de dezembro, comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Roberto de Abreu, recebeu um quadro escrito “Pela colaboração contínua entre os pares com a mesma vocação” da Comitiva da Policia de Entre Rios - Argentina.

Foi realizada a passagem de comando, da direção do Presídio Central de Porto Alegre (PCPA), no dia 11 de dezembro. Na ocasião, o então diretor, tenente-coronel Leandro Santini Santiago, passou o encargo daquele comando ao tenente-coronel Rogério Maciel da Silva.

O Mutirão Social realizado no Campo da Tuca, pela Brigada Militar, foi destacado pelo governador do Estado, Tarso Genro. O evento contou com a participação do governador e, também, do secretário da Segurança Pública do RS, Airton Michels, além, do comandante-geral da Brigada Militar.

Viaturas aos órgãos policiais na gestão e participação cidadã

“abc/jcb” a opção informativa dos integrantes e instituições da segurança pública PALAVRA DO CHEFE DE POLÍCIA Ranolfo Vieira Junior – Delegado de Polícia Chefe da Polícia Civil RS

As pastas da SSP do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã vão acompanhar as entregas de viaturas adquiridas com recursos da Participação Cidadã. A entrega de viaturas prevê atividades de prestação de contas e visitações a obras em 14 municípios, ao longo de seis dias, a bordo de um ônibus.

Serão percorridos mais de 1,7 mil quilômetros pelo interior do Estado. Na região da Serra serão, dez viaturas: cinco para BM e cinco para PC. Já nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí, Norte, Nordeste, Médio Alto Uruguai, Rio da Várzea e Produção, serão 17 aos comandos da BM e PC e na Região Central, 16 viaturas .

Jornalista Lasier Martins Governador do Estado Tarso recebe a medalha da BM Genro, inaugura o CEPAE, Estrela de Reconhecimento na Fazenda de Filipson da BM

Em 5 de dezembro, no QCG/BM, foi realizada a entrega de medalhas de Estrela de Reconhecimento, Serviços Relevantes à Ordem Pública, Cruz de Ferro e de Serviços Distintos para autoridades públicas, imprensa e a oficialidade da BM. A medalha Estrela de Reconhecimento foi entregue para o jornalista Lasier Martins, medalha de Serviços Relevantes à Ordem Pública para o delegado Jader Ribeiro Duarte e para o juiz de direito, Marcos La Porta da Silva.

Obra fruto da aspiração e do planejamento conjuntos do Comando Regional de Polícia Ostensiva Central e do 1º Regimento de Polícia Montada, foi criado o Centro de Produção e Adestramento de Equinos de Polícia Montada (CEPAE), junto a Fazenda Filipson em Itaára O CEPAE trará a possibilidade de capacitar nossos servidores nas áreas de auxiliares de Medicina Veterinária, casqueamento e ferrageamento de eqüinos, cursos de doma racional além de cursos básicos de Policiamento Montado.

Governador Tarso entrega o Helicóptero da PC

Na última quarta-feira, dia 28/11/2012, no Anfiteatro Pôr-do-Sol, na Capital, o Governador do Estado Tarso Genro entregou a chave do Helicóptero adquirido pela Polícia Civil Gaúcha com recursos da Secretaria Nacional de Segurança Pública e do Estado. Todos os departamentos operacionais da Polícia Judiciária Gaúcha passarão a contar com essa ferramenta moderna e ágil para desenvolver com maior intensidade as suas ações, nas suas respectivas especialidades, como no combate ao tráfico de drogas, através do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico - DENARC; aos homicídios, latrocínios, seqüestros e roubo de cargas, através do Departamento Estadual de Investigações

Criminais - DEIC; no combate ao crime em áreas metropolitanas, através do Departamento de Polícia Metropolitana - DPM; e, no combate ao crime verificado em áreas do interior do Estado, através do Departamento de Polícia do interior – DPI. A aeronave será utilizada no Serviço de Apoio Aéreo, incrementando as atividades da Policia Civil e facilitando o deslocamento de equipes especializadas, tornando-as mais efetivas na investigação de crimes ocorridos em qualquer ponto do Estado. A Polícia Civil conta ainda com o Grupamento de Operações Aéreas composto por 16 tripulantes operacionais subordinados ao Grupamento de Operações Especiais GOE/DPM. A eficiência do emprego do helicóptero na Polícia Civil é inegável para o enfrentamento

ao crime, pois atua como plataforma de observação aérea, permitindo racionalizar e diminuir a quantidade de meios materiais e de pessoal em uma mesma ação policial, tornando-se decisivo na solução rápida e sem violência de determinada ocorrência.


C o m a n d o da BM

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Correio Brigadiano

Delegada da Dipe/Denarc Indices na resolução da força-tarefa no combate aos com atuação preventiva na Lomba do Pinheiro homicídios é de 1º mundo

PC de Santiago presente na 2ª Feira do Agronegócio da cidade de Maçambará

Turma de Alunos Sds da BM visita Denarc e recebe uma palestra sobre drogas

A ação policial que fez a estréia do Helicóptero da Polícia Civil no Estado

A equipe da Divisão de Prevenção e Educação (Dipe) do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) realizou, em 05/12, trabalho preventivo no bairro Lomba do Pinheiro, durante as atividades sociais no RS na PAZ - Comunidade. Segundo a Del Sônia Dall’Igna, da Dipe, o Programa RS na PAZ reúne a comunidade e aproxima a PC dos bairros que necessitam atenção, reduzindo os índices de violência quanto as droga.

A Polícia Civil de Santiago e Itaqui participou da 2ª Feira do Agronegócio de Maçambará, realizada de 07 a 09 de dezembro. Equipes de servidores policiais mantiveram um plantão policial no local através da Delegacia Móvel. A Polícia Civil, além de contribuir com a segurança dos visitantes, foi encarregada de acompanhar o cortejo da chegada do Papai-Noel na cidade. O município de Maçambará pertence a 21ª Região Policial com sede em Santiago.

Turma de 29 PMs, em curso coordenado pelo capitão Adriano Santos da Silva, visitou o Denarc e assistiu palestra, recebendo informações sobre os malefícios que as drogas causam ao organismo humano, bem como o tráfico se articula e procura burlar os órgãos de segurança pública. Os alunos também visualizaram um quadro de amostras de drogas, para que no futuro possam reconhecer estas substâncias em seus trabalhos.

Agentes da 1ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (DIN), coordenados pelo Del Mário Souza, deflagraram, em 10/12, a Operação PAX, na Lomba do Pinheiro, Território da Paz, em Porto Alegre. A ação, que contou com 600 policiais do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), cumpriu 40 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão, expedidos pela Justiça. A ação do novo equipamento de apoio foi efetiva.

Segundo o chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior, o escopo da ação é dar uma pronta resposta à sociedade com a elucidação dos crimes ocorridos. O chefe de Polícia ressalta, ainda, a importância da punição do indivíduo pelo Estado, angariando elementos de autoria e materialidade para a condenação do cidadão infrator, atendendo, assim, à precípua da Polícia Civil: investigação criminal qualificada.

PALAVRAS DO COMANDANTE

Mutirão Social no Campo da Tuca realizado pela Polícia Civil

Sérgio Roberto de Abreu– Coronel QOEM Comandante Geral da Brigada Militar RS

175 ANOS DA BRIGADA MILITAR Os brigadianos e brigadianas deste imenso Rio Grande do Sul construíram a história da Brigada Militar ao longo destes 175 anos, são tantos que destacarei apenas dois vultos de nossa Instituição: o coronel Afonso Emílio Massot, nosso patrono e o coronel Aparício Gonçalves Borges, cujas trajetórias formaram um excelente exemplo de dedicação à defesa de nosso Estado. Chegamos aos 175 anos mais complexos do que quando fomos criados no dia 18 de novembro de 1837, em plena Revolução Farroupilha, com a

missão de defender a população de Porto Alegre e depois ampliando sua atuação, vindo a atingir todos os municípios gaúchos. O policiamento é uma das faces da Brigada, dividindo-se em diversas especialidades: ambiental, rodoviário, fazendário, montado, aéreo e outros tantos, além de termos o complexo trabalho de bombeiros e defesa civil, passando pela atividade de guarda em estabelecimentos penais, além de todo o trabalho preventivo desenvolvido pelos projetos sociais. Uma grande máquina administrativa composta pelos diversos Departamentos, destacando-se Patrimônio e Logística, Ensino, Informática, Administrativo, faz a base de apoio para as atividades de enfrentamento ao crime e seus desdobramentos. E todo o trabalho de policiamento é feito pelos diversos Comandos, desenvolvendo as atividades diretas com a população, atendendo toda a sorte de demandas, são prisões, encaminhamentos, esclarecimentos, prevenções,

salvamentos, além de partos, com diversas vidas salvas pelas mãos dos brigadianos e brigadianas. Somos grandes e estamos em todos os pontos deste imenso Rio Grande do Sul, servimos a tantas comunidades e todas as suas festas, procissões e eventos, prestando a segurança para que tudo ocorra dentro da normalidade. Não posso esquecer do trabalho daqueles que instruem e orientam todos os novos integrantes da Instituição, bem como atualizam e capacitam os policiais, os quais entendem a magnitude do trabalho policial e a importância de bem conduzir as atividades do ensino policial. Parabéns à Brigada Militar pelos 175 anos e a todos brigadianos e brigadianas que construíram nossa história, as vezes, dita confundida, com a do Rio Grande do Sul.

Com a presença do Governador do Estado do RS, Tarso Genro, do Secretário da Segurança Pública do RS, Airton Michels, do Chefe de Polícia do RS, Ranolfo Vieira Júnior e autoridades locais, os agentes e as delegadas de polícia representando as Delegacias para a Mulher/DEAM, 11ª DP e o Departamento Estadual da Criança e do Adolescente-DECA, participaram no sábado, 08 de dezembro, no

Mutirão Social/Torneio Bola na Comunidade, no Campo da Tuca, bairro Partenon, na capital. Na ocasião, foram distribuídos material informativo sobre os encaminhamentos necessários às vítimas de violência e orientações sobre os disque denúncias (Deca/urgente 0800642644, disque 100, disque 180, disque 181-SSP/RS e Escuta Lilás 08005410803-SPM/RS ).

PC dá continuidade a Ciclo de Palestras preventivas na Região de Gramado

Operação Fronteira Segura 2012/2013 da Polícia Civil com reforço de 21 policiais

No dia 06/12, a equipe da Divisão de Prevenção e Educação (DIPE), do Denarc, realizou palestra preventiva na Escola Municipal de Ensino Fundamental Moisés Bezzi, em Gramado. A palestra “Prevenção às Drogas Responsabilidade de Todos” foi proferida pelas escrivãs Jaqueline Macedo e Raquel Mazzucco, para um público de aproximadamente 150 alunos de 6.º ano a 8.ª série do ensino fundamental daquela escola

Foi iniciada em 08/12, em Sant’Ana do Livramento, a Operação Fronteira Segura 2012/2013, com objetivo no combate aos crimes transfronteiriços, bem como de dar maior segurança aos turistas que utilizam como entrada para o Brasil as regiões de fronteira com o Uruguai e Argentina. Coordenada pelo Del Eduardo Sant’Anna Finn, 21 agentes foram recebidos na 12ª DPR e permanecerão durante o mês de dezembro atuando junto aos Postos.


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E S PA Ç O Sonho de Natal reúne milhares de crianças na APM O Sonho de Natal 2012 reuniu milhares de crianças no sábado, 1º de dezembro, na Academia de Polícia da Brigada Militar (BM), em Porto Alegre. Estimativa da organização do evento indica que cerca de 3,5 mil pessoas participaram da já tradicional festa de fim de ano para filhos de policiais da BM. A criançada comeu algodão-doce, pipoca, picolé, churros, balas, tomou água e refrigerante.Tudo foi distribuído gratuitamente. Os mascotes Ibcmzito, Ibcmzita, Mosqueteiro (grêmio), Saci (Inter) e seus amigos animaram a tarde. Alunos da Academia de Polícia supervisionaram o local enquanto os menino e meninas pulavam na cama elástica, andavam nos caminhões dos bombeiros, em viaturas do policiamento ostensivo, em cavalos do Regimento de Polícia Montada (RPMon), observavam os cães do Batalhão de Operações Especiais (BOE) e aprendiam nas escolinhas ambiental, do Comando Ambiental, e de trânsito, do Comando Rodoviário (CRBM).

Multidão acompanhou chegada do Papai Noel

O relógio marcava 17h30min quando um helicóptero da BM aterrissou trazendo o Papai Noel e emocionando crianças e adultos. O velhinho, acompanhado de uma multidão, foi levado até a barraca montada especialmente para espera-lo. Lá, observou uma longa fila de pequenos se formar. Cada um dos meninos e meninas foi atendido, fez um pedido e ouviu um conselho do personagem principal da festa. A meta da direção da IBCM, organizadora da atividade, foi cumprida: nenhuma criança voltou para casa sem presente. Os brinquedos foram doados pela Receita Federal ou comprados com o dinheiro de brechós realizados durante o ano. A edição teve o apoio de 55 empresas e entidades.

Todos os Álvaras da IBCM foram “Certificados” após reformas das instalções A IBCM fecha o ano de 2012 com o resultado positivo das análises realizadas por órgãos de vigilância. “Recebemos todos os alvarás referentes à prestação de serviços em atividades médicas”, comemorou o presidente Daniel Lopes dos Santos. O documento que ainda faltava era o que certifica os exames radiológicos. A instituição fez uma reforma no setor em que fica o equipamento de raio-x, adequando-o à chegada de um aparelho de última geração para a realização de mamografias, o MamNovo equipamento exigiu reforma no setor de raio-x momat 3000 Siemens. Reformas estruturais realizadas em setores da IBCM e novas e exigências de órgãos governamentais como a Agência Nacional de Saúde e a Vigilância Sanitária fizeram com que a instituição realizasse adequações para a obtenção de permissões que certificassem a prestação de serviços. “A obtenção de todos os alvarás é mais uma garantia da qualidade dos serviços prestados pela IBCM ao associado”, avaliou Daniel.

F & F na Internet

Correio Brigadiano

Fatos & Fotos do Facebook

Acontecimentos do período importantes a nós da segurança


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H I S T Ó R I A DE V I D A

Correio Brigadiano

“Droga Mata” é ONG e Gessy sua representante no Sul

Pessoa bastante vinculada à família brigadiana, em suas ações, criou paraceria com a Brigada Militar

Com sua vida dedicada, exclusivamente, ao combate às drogas e buscando na Brigada Militar, uma simbiose de mútuo apoio, essa é Eva Gessi Ramos, mais conhecida com a “Embaixadora da campanha Droga Mata, para o Estado. Nasceu em 16 de junho de 1969, na cidade de Sobradinho, filha de Rosalina da Silva Ramos e Alfredo José Ramos. Mas define que teve por pais adotivos o casal de oficiais da Brigada Militar Cel da reserva Paulo Rocha e da Capitã Enfermeira Elaine Renz da Rocha. Gessi, por ocasião da perda de seus pais biológicos, especificamente, sua mãe,teve um stress muito grande e no dia das mães, daquele ano, um tanto deprimida, ao ser cumprimentada pela Capitã Elaine, ela Gessi fez-lhe o pedido dessa adoção simbólica. O marido da Cap Elaine, o Cel Rocha diz sobre isso: “ É verdadeiro, temos muito carinho por ela e procuramos ofertar-lhe carinho, respeito,

solidariedade e amor... Ela enfrenta problemas de saúde e socorre-se do HBM/PA.” Gessi tem três filhos: Henrique, Cassandro e José Willian; o primeiro de 17 anos estagia no Mac Donalds; o segundo de 14 anos estagia no Banrisul; e o terceiro tem nove anos; todos estão estudando regularmente em correspondentes anos escolares. Ela veio com 16 anos de idade para Porto Alegre, em princípio para uma visita em uma tia, em Sapucaia do Sul. Mas, o passeio pela Estação Rodoviária de Porto Alegre fez uma guinada de rumo em sua vida. Iniciava ali, uma relação que persiste, dando a Rodoviária da Capital, a expressão de Portal de sua vida. Na lancheria Hermano Bar, que existe a esquerda da entrada, ela no dia seguinte já estava contratada trabalhando. Uma relação de mais de 20 anos. Foi ali que estudou, se formou em auxiliar de enfer-

magem e chegou a trabalhar, na atividade, por um tempo, mas retornou. Seus filhos, filhos de policial militar, o primeiro de uma relação, mas os outros dois de um casamento que não deu certo, cujo ex-marido é um tenente da corporação. Seus filhos sua riqueza patrimonial que aplica todo o conhecimento dos problemas sociais e os protege ferozmente. Ela permaneceu um ano, na casa de sua tia Genésia, que viera visitar por uns dias, em Sapucaia do Sul. Dali saiu para morar no bairro Jardim Leopoldina, na casa de uma amiga de trabalho, onde permaneceu por uns 4 ou 5 anos. Após, foi morar, agora como a locatária do imóvel, no bairro Passo Dorneles, sublocando para outras moças, como aprendera quando esteve no imóvel anteriror. Nessa época, em uma Escola da Rua Annes Dias, no centro de Porto Alegre, frequentou o curso de Técnica de Enfermagem. Fez estágio no hospital da

PUC. Ela que havia se afastado do serviço na Rodoviária, após o curso, faz seu retorno para a sua lancheria Hermano. Foi nessa época que conheceu o Sgt BM do CEIB, com quem casou em 1998 e com quem teve dois filhos. Foi em razão do acometimento de uma doença, pela qual necessitou de internação longa, sendo que de seu retorno ao lar, ela fora substituída por outra. Em razão desse fato, enfrentou a violência doméstica grave, pegou seus filhos e fez valer seus direitos. Começava uma nova fase da vida de Gessi e, nessa, seu encontro com o hospital da Brigada Militar, onde se socorreu da moléstia que se prolongava. Lá reconheceu policiais militares aos quais atendia e muitas vezes acolia na Rodováira. Ela tinha uma imensa relação com policiais militares, de ambos os sexos. Ela estava muito integranda à Brigada Militar, mais que o próprio casamento houvera representado

Seu círculo de amizades com brigadianos lhe criara um espaço especial, que agora lhe retribuia, mais que afetivamente, com uma participação efetiva como integrante da família brigadiana. Gessi tinha amigos que lhe auxiliavam. Há pouco mais de um ano foi convidada a participar de uma ONG paulista de combate ao uso de drogas, criada e dirigida pelo ex-deputado federal daquele Estado, Mauro Borges, hoje um comunicador. Endereço na Internet é: www. drogamata.com.br/ O trabalho da ONG em São Paulo é midiático, atuando em eventos ou em shows feitos por artistas comprometidos com a causa, distiribuindo camisetas contra as drogas. Aqui no Estado Gessi atua em paralelo às ações as ações do Proerd, com eventos próprios, mas também integrando as ações dos órgãs da SSP. São constantes suas fotos com autoridades púlbicas de todos os níveis.

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Carta Aberta ao presidente do CNCG de PM e CBM 1ªparte O Conselho Nacional de Comandantes Gerais: origem, existência jurídica, estrutura e legitimidade

Grande parte de minha geração (entrei na década de 60 e me inativei na década de 90) sonhava com a existência de um órgão nacional que congregasse as nossas ânsias de integrantes das polícias militares e dos Corpos de Bombeiros Militares. Sonhávamos com a construção de um ideal profissional consolidado para a sociedade e que nos desse unidade de procedimentos, padrão de qualidade e dimensão nacional. A grande maioria dos militares estaduais não tinha, como ainda não têm a devida consciência de que o Decreto 317 (março/67), substituído posteriormente, pelo Dec 669, de 2 de julho de 1967, nos retirou o

que já estava ganho no Congresso através da Lei Ulisses Guimarães. Em 30 de março de 1964, a Lei Básica das Polícias Militares, (conhecida à época como Lei Ulisses Guimarães), recebeu todas as aprovações necessárias, tanto da Câmara dos Deputados como do Senado Federal. Foi repousar no birô do gabinete do Presidente da República, João Goulart. Estava aguardando a sansão presidencial, que não haveria ,de porque não ocorrer. O saudoso Cel João Aldo Danesi, como Capitão, estava à disposição, em Brasília e acompanhava a tramitação desse processo legislativo. Também esteve quando foi consolidado no 5º Congresso Nacional da PMs, realizado em São Paulo, pela então Força Pública de São Paulo, em 1962. Pois o Cap Danesi ao final da tarde daquela data (30mar64), estava com o presidente, João Goularte e o viu sentar-se,

por os dois pés sobre o birô de seu gabinete, onde encontrava-se, entre outros, em uma pilha de processos legislativos, a nossa Lei Básica e dizer: “...despacho amanhã”. Jango podia ter assinado a lei de nossa aspiração e creio que os militares federais da revolução, teriam respeitado a sansão presidencial. Foi assim que os militares procederam com os demais processos na mesma situação, mas assinados. Os sancionados tiveram respeitada a decisão exercida pelo presidente. Havíamos perdido o trem da história após muitos anos de discussão legislativa. A Lei Ulisses Guimarães tramitou por muito tempo no Congresso. Dois anos após o 31 de março de 1964 foi apresentado um texto substituto à Lei Ulisses Guimarães como decreto federal. Em realidade o Dec 667 é de autoria de um deputado federal oriundo do Exército, cujo texto, foi proposto como substitutivo e perdeu no Congresso para

a nossa Lei Básica. A maior diferença entre os dois textos fica por conta do órgão nacional controlador das PMs. Na Lei Básica que nos foi concedida pelas Casas Legislativas, anterior a 64, era uma Supervisão Policial Militar situada no Ministério da Justiça; pelo decreto federal 667, no pós 64, O que é o CNCG-PM/CBM? O CNCG é um colegiado composto por todos os Comandantes-Gerais de Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados e do Distrito Federal, existindo desde 12 de fevereiro de 1993 e com sede na Capital do Estado-Membro de seu Presidente, estando atualmente situada na Praça Coronel Fernando Prestes, 115, Bom Retiro, São Paulo/SP, CEP 01124-060, sede do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

surge a Inspetoria Geral das Polícias Militares, muito conhecida pela sua sigla IGPM , e situada no, então, Ministério do Exército. Porquê a esquerda brasileira nunca se refere a esse fato histórica e verdadeiro? E por que o CNCG não o usou? Vimos a história vamos avaliar outras questões enunciadas. Os brigadianos no CNCG Oficiais da Brigada Militar, além do Comandante Geral, que fazem parte do CNCG com respectivas funções no Grupos de Trabalho: Assuntos parlamentares – titular TC João Diniz Prates Godoi; Assuntos estratégicos – suplente Maj Jefferson de Barros Jacques; Ações integradas – suplente Maj Marcus Vinicius Gonçalves de Oliveira; CBM – Defesa Civil e Desenvolvimento técnico-operacional - suplente Maj Daniel José Minuzi; Proerd – nenhum.


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O bombeiro mais idealista - um Cel da Brigada Militar

O Cel Sérgio Aringhieri Viana não viu a separação, mas acredita que ainda possa vir a autonomia

Um semblante tranquilo, o olhar profundo e as mãos crispadas e trêmulas. Sem tensão mas, ha de se contrair, com o tema de sua maior predileção: a autonomia plena do Corpo de Bombeiros em relação à Brigada Militar. Esse é o coronel Sérgio Aringhieri Viana, na reserva há mais de 10 anos e que atuou na SSP em 1999/2000, quando houve um movimento do governo petista pela independência do CB. Mas, a tudo, resume ele em uma frase: “O meu tempo já passou”. Apesar dessa curta e definidora frase, aí está dispersado um dos melhores cérebro do conhecimento, do pensamento e visão estratégica do bombeiro da Brigada Militar contemporânea. A manifestação de afastamento do Cel Viana tende a demonstrar, não desinteresse pela causa de independência do Corpo de Bombeiros, apenas a resignação de alguém que chegou perto de ver o sonho realizado. Mas

quando o projeto foi engavetado na SSP no ano 2000, não teve outra alternativa, a não ser pedir sua transferência para a reserva. Este posicionamento do Cel Viana não obteve primeiras páginas dos jornais, por sua discreção. Outro sem a sua formação teria aproveitado para um trabalho político pessoal. Este não foi o primeiro foco forte e visionário de sua carreira. Ele foi o primeiro gestor de uma área agrária, em posse de sem terras. Ele administrou por um ano e três meses o acampamento da Coxilha Negra em Bagé. Eram 1,2 mil colonos sem terra (homens, mulheres e crianças) que ele buscou para assentar. Estavam no Parque da Expointer e o governo do Estado necessitava do espaço para a festa anual do parque. Os colonos estavam a quase oito meses no local. Fez o deslocamento com os colonos para a gleba em Bagé. Eles eram oriundos de prefeituras diversas onde

A esq na frente, em palestra do seu tempo de SS|P

Momento de descontração com este seu amigo

pediam terra e ficavam nas entradas de prédios públicos. Eram recolhidos pelas prefeituras e negociados com o governo do Estado. Tendo sido recolhidos para o Parque da Expointer.O homem que já fora Bombeiro Viana tornou o assentamento um modelo nacional. Produtivo e com serviços das necessidades básicas daquelas pessoas como escola, posto de saúde e outros. Destaca o apoio da prefeitura de Bagé e do 8º Batalhão Logístico do Exército Brasileiro. E só saiu de lá (Chefia administrativa do assentamento), depois de muito insistir. No final de seu período, lá no acampamento, estava “no ar”, como se diz na função pública, pois após a troca de governo, não queriam que ele saisse, mas ninguém queria ser o chefe dele. Finalmente, ficou vinculado à Secretaria da Fazenda. Foi um trabalho modelar com repercussão até internacional e com grande reconhecimento, das autoridades públicas da época. O Cel Viana fora designado para essa missão quando prestava serviços na Secretária da Segurança Pública. Mais adiante, faremos a rememoração de seu caminho até chegar como

oficial à disposição da SSP. Sérgio Aringhieri Viana nasceu em 9 de fevereiro de 1946 e incluiu na Brigada Militar em 1º de março de 1965, para frequentar o Curso de Formação de Oficiais (CFO). Concluiu o CFO em 20 de setembro de 1968, se formando Aspirante a Oficial e sendo classificado, no 3º RPMon em Passo Fundo. Ao sair 2º Ten em 21 de abril de 1969; foi classificado e transferido para o então RBG, atual 4º RPMon, em Porto Alegre. Pouco depois foi solicitado para exercer a função de secretário do Chefe do Estado Maior da Brigada Militar, substituindo o Cap Weis, que fora estagiar nos Estados Unidos. Após a troca de comando pediu para voltar ao seu 3º RPMon, onde saiu 1º Ten em 29 de junho de 1974, repetindo o caminho de ir para o 4º RPMon, onde vai permanecer por uns 4 ou 5 anos. Ele estava de serviço no 4ºRPMon quando do incêndio das Lojas Renner em 1976. Ele compôs com toda urgência um pelotão e deslocou para o evento. Sua atuação foi elogiada

No lar com todo um conhecimento desperdiçado

e ele foi indicado para fazer o Curso Especial de Bombeiros (CEBO) em 1977. Saiu caplitão em 20 de setembro de 1977, ainda servindo no 4º RPMon até 1981. Vai rodar pela BM administrativa, por algum tempo,até chegar na Defesa Civil que era na SSP, no tempo do secretario Moura Jardim. É quando vai ser desgnado para a missão de administrador dos sem terras. Sai major em 20 de setembro de 1968, por merecimento. Quando saiu Cel foi estruturar o 2º GCI em São Leopoldo, até a troca de comando da Brigada Militar, quando assumiu o Cel Roberto Ludwig (1999-2000), que o chamou para Diretor do Departamento Administrativo da Brigada Militar. Nesse cargo foi convidado pelo Secretário Paulo Bisol, para ser o encarregado da transição do Bombeiro da Brigada Militar, para um Corpo de Bombeiro Militar Independente no Estado do Rio Grande do Sul. Expôs-se mas não conseguiu ver seu sonho ser realizado. Matéria completa em HISTÓRIA DE VIDA no submenu: 1. Brigadianos www.abcdaseguranca.org.br/

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APM, em Porto Alegre, sedia o V Congresso da Umergs

Em17 e 18 de novembro o auditório da APM, sediou o Congresso e Cultos dos Militares evangélicos

No Auditório da Academia de Policia Militar (APM) realizou-se o V CONGRESSO ESTADUAL DA UMERGS, com a participação de Militares Evangélicos do Estado do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, de soldados a coronéis, das Forças Armadas, Forças Auxiliares, Bombeiros Militares e Policiais Civis, das mais diversas vertentes evangélicas. Em paralelo ao congresso ocorreu a

Assembleia Geral Ordinária, onde foram tratados a aprovação das Prestação de Contas da Umergs 2011/12; A reeleição da Diretoria para o Biênio 2013/14, sendo reconduzida, toda a diretoria atual No assunto Eleição da Diretoria, não houve Chapa concorrente, portanto, a atual Diretoria foi aclamada e reconduzida por mais uma gestão 2013-2014, ficando assim composta a Diretoria Presidente – Cel RR Ev Salomão Pereira Fortes, cuja relação de seus diretores está completa no site. O item “Providências Administrativas” referente a Sede Própria da UMERGS foi um assunto de destaque do Congresso, pois está gerando uma expectativa muito grande nos militares evangélicos em poderem se reunir brevemente, no prédio que será edificado, na Avenida Ipiranga, próximo ao Zafari Ipiranga. Às 17 hs teve início o Sargento EB

Ev. Jonas Santim, do 6º BCOM EX da Cidade de Bento Gonçalves, trouxe uma Mensagem da Bíblia Sagrada, em que conduziu os militares presentes a meditarem sobre o tema proposto, que se encontra no Livro do Profeta Oséias 6. E versículo 3, que diz: “Conheçamos e Prossigamos em conhecer o Senhor”. As 19 hs foi realizado o Culto de Abertura do V congresso, que contou com a presença de diversas autoridades Eclesiásticas, Militares, do Executivo Municipal, Legislativo Municipal e Judiciário, o Preletor da noite o Capitão EB Pastor Domingos

Floreni Lamberty, conduziu todos a meditar a mensagem da Bíblia Sagrada, que se encontra no Capitulo 13 de Juízes, que trata da Servidão dos Israelitas sob os Filisteus e o nascimento de Sansão. No dia 18, ocorreu o Culto de Encerramento do V Congresso, a Posse da Diretoria eleita e a “Ministração da Santa Ceia”. O preletor foi o Capelão do 5º COMAR – 1º Tenente Daniel Alves da Costa, que trouxe a mensagem da Bíblia Sagrada, do Capitulo 6. versos 9 a 10 do Profeta Isaias. O Pastor Presidente da CIEPADERGS Ubiratan Batista job, ministrou a Santa Ceia que foi servida pelos Capelães Militares Evangélicos Voluntários da UMERGS, os Louvores tiveram a participação do Coral e Orquestra Ao Pé da Cruz da IEAD Bairro Camaquã, do Coral Vozes de Gratidão da IEAD Matriz, do Grupo Eterno Louvor de Militares Evangélicos da Reserva Remunerada, do Jogral

de Militares Evangélicos da UMERGS, do Grupo de Louvor de Militares Evangélicos do 3º RCG do Exército Brasileiro e de Cantores Militares Evangélicos da UMERGS. Participaram 24 Coordenadorias de Militares Evangélicos de OM, OPM e BM associadas a UMERGS. Segundo o Cel Salomão “O V Congresso Estadual da UMERGS, alcançou plenamente seus objetivos, em reunir os Militares Evangélicos do Estado do Rio Grande do Sul, em um só pensamento, em Oração e Intercessão a Deus”. Também enfatizou “ a necessidade dos evangélicos apoiarem as Autoridades Constituídas”. Falou ainda da presença dos Irmãos Militares de São Paulo, de Santa Catarina, do Paraná, pela Liderança da UMCEB, bem como, dos demais Estados do Brasil, para que Deus através de seu Filho Amado Jesus Cristo, derrame as suas Graças e Misericórdias abençoando a todos os Militares do Brasil.


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Cel Nivaldo Fraga Pereira fez a “desobdiêcia Legal”

Contrapondo a vontade das maiores autoridades, fez cumprir a lei e autuar os assassinos do PM Valdeci

O Coronel Nivaldo Fraga Pereira, afora sua conduta profissional técnica e ilibada, foi protagonista do caso de maior repercussão política e, até internacional, da segurança púbica gaúcha, no séuclo passado, quando integrantes do Movimento de Sem Terras do Rio grande do Sul, degolaram, em plena esquina democrática, o Sd Valdeci Antunes. Estava na Praça da Matriz, chegara às 8:15hs, onde ocorreria o desfecho de desocupação daquele espaço público. Na hora do fato ouviu pela rádio, a informação de deslcoamento de uma parte para o Pronto Socorro, vítimia de ação na esquina democrática. Minutos após, confirmado e elucidado ,tratar-se de um policial militar deslocou-se para a rua da Praia. Lá chegando averiguo e soube que os matadores do soldado Valdeci haviam se deslocado para o prédio da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Eram 170 colonos que se incorporaram aos 8 matadores, fazendo-lhes uma escolta. E com essa massa foram ao encontro do prefeito, adentrando a Prefeitura. Exercia o cargo Olívio Dutra, era seu viceprefeito, o atual governador. E era chefe de gabinete do Olívio, o atual prefeito de Porto Alegre, José Fortunati. O Cel Fraga, então major, no exercício da função de Sub Comandante do 9º BPM, já que o titular seu colega de turma o major Arlindo Bonete, que estava formalmente dispensado do cargo. Fraga era o major P/4 e acumulou a subcomandância. De pleno tentou fazer contato com o prefeito e foi obstaculizado. Tentou então, com o vice-prefeito e também, não foi recebido. Não teve outra opção a não ser a de mandar cercar com sua tropa a Prefeitura Municipal, até que lhe fossem entregues os criminosos. Nesse interim recebeu reforços de outras unidades do Comando de Policiamento da Capital (CPC) e também do Comando (CPC). Estabelecido e reforçado o cerco, antes mesmo que tentasse empreender ações de solicitação de outras autoridades, já estava Fraga sendo acionado, pelo subcomandante da Brigada, Cel Elói Castro Cajal, sobre a desnecessidade da medida por ele adotada. De pronto o major informou ao Cel Cajal que só estava cumprindo a lei. O subcomandante da BM, falava com ele, truncadamente, pareceu-lhe, que não existindo ainda telefonia celular, o Cel Cajal falvar com ele em uma

linha fixa da prefeitura e em, outra linha fixa, deveria estar falando com o comandante-geral Cel Walter Stocker. Por isso ficava truncada a conversa. Mas o Cel Cajal foi taxativo em afirmar que o “comandante-geral, por orientação do governador, estava determinando que fosse retirado o cerco”. Dessa situação surge uma expressão que Fraga, diz não lembrar de ter dito, mas para quem o conhece e sabendo da pressão, teria realmente dito: “Nem o Collor me tira daqui”. Ele no entanto, garante que ao Cel Cajal foi taxativo em afirmar dois aspectos de sua decisão: “O governador assinou minha nomeação para o cargo no 9º BPM. Ele pode me exonerar, expedir outra portaria e aí, manda esse outro oficial me substituir aqui. Não ha problemas de mimha parte em me retirar, mas, só nestas condições; e em segundo que “não vou cumprir essa ordem, pois estou cumprindo um procedimento legal.” Ele, se rebelou a pseuda ordem de Pedro Simom, goverandor do Estado, e manteve o cerco. Nesse momento, já estavam chegando ao local um Delegado da PC, para apoiar no acesso aos assassinos e um promotor de justiça das varas criminais. E os acoitadores dos matadores do Sd Valdeci, consultaram algum bom criminalista presente e tomaram as providencias de quadrilheiros. Os 170 colonos tomaram banho, rasparam as barbas, cortaram os cabelos e trocaram de roupas. Reestabeleceu-se a ordem júridica e eles

sairam em fila para os sete ônibus, atrás da prefeitura, devidamente escoltados e foram levarados para o “manjamento”, junto ao SET, área de treinamento esportivo do Estado, na Av Perimentral. E de lá tirados para o devido flagrante e recolhimento ao presídio os culpados. Anos mais tarde, quando voltou ao 9º BPM, agora como TC comandante, sofreu a retaliação da prefeitura, agora com então vice daquele momento como Prefeito. Aconselhado por seu EM, compareceu com todos oficiais, em visita de cortesia ao prefeito, ocasião em que entregou-lhe o pedido para que o prédio, do Xalé da praça XV, recebesse a instalação da 1ª Cia do 9º BPM. Fato que só ocorreu, bem mais tarde, quando ele deixou o comando. A vida do Cel Nivaldo Fraga Pereira será

narrada em outra edição do abc da segurança. Seu trabalho na linha de frente, merece um destaque especial, para estudos futuros da corporação. Principalmente sua conduta no caso do assassinato do Sd Valdeci Antunes. Sua atuação policial vinculada ao império da lei, ainda hoje é contrastada com o servilismo que se subordinam os comandos. Se o comandante da unidade não mexe na ocorrência do soldado, no patrulhamento, porque o governador poderia? Esse é o servilismo a ser extirpado pelos comandos.

Sd PM VALDECI DE ABREU LOPES

Site do 9º BPM

Nascimento: 11 Ago 62 - Natural de VIAMÃO/RS Data de inclusão na BM: 07 Abr 83 No dia 08 Ago 90, encerrava-se de forma trágica sua carreira Policial Militar, quando no atendimento de uma ocorrência envolvendo colonos integrantes do MST (Movimento dos Sem Terra) no cruzamento das Av Borges de Medeiros com Rua dos Andradas, conhecida como “Esquina Democrática”. O Sd VALDECI, que estava sozinho em seu posto de serviço, foi cercado por vários integrantes do movimento e atingido por um golpe de foice desferido por um dos colonos que lhe atingiu o pescoço, tendo sido socorrido pelo Sr. DANIEL TAVARES e levado ao Hospital de Pronto Socorro, onde veio a falecer. Seus agressores buscaram refúgio no interior do prédio da Prefeitura Municipal, local onde foram presos e, após processados, foram condenados. O Sd VALDECI foi homenageado sendo destinado seu nome ao largo compreendido pelo cruzamento das Av Ipiranga com Av Silva Só, local onde foi erguido um monumento em sua memória.

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A Cia do 1ºBPM, no bairro Tristeza, na visão acadêmica

Uma abordagem jornalística de acadêmicos da PUC/RS operando informações da base da pirâmide

Segurança e comprometimento: Sds da BM falam de seu dia-a-dia na Cia “ Um trabalho elaborado pelos alunos de comunicação da PUC: Muriell Custodio Krolikowski, Luiza Dalmas e Daniela Flores, em maio de 2012, ainda existente na Internet. “ Transcrição literal: A 4ª companhia da Brigada Militar, situada no bairro Tristeza e responsável pela segurança de mais de dez bairros da Zona Sul, conta com 3 viaturas e de 2 a 3 brigadianos fazendo a ronda pelas ruas. Segundo os próprios funcionários, a área é vasta e dificulta os flagras, por isso contam especialmente com muitas denúncias anônimas.

“Nós vamos auxiliar a população, e não agredi-la. Somos um serviço público” declara o Soldado Pedro, também estudante de Direito. Em concordância, Soldado Juliano relata também os motivos mais recorrentes que tratam os boletins recebidos pelo departamento, que são em média de 30 a 80 dependendo do dia da semana. Podem chegar de tráfico de drogas, porte ilegal de armas, roubo de veículo, acidentes de trânsito a brigas domésticas. Por ser uma polícia preventiva, a Brigada Militar atua em emergências controlando inicialmente a situação até a Policia Militar agir de fato sobre o incidente. Como é o caso do fato recente do assalto a banco que aconteceu no bairro Azenha, o qual

coube aos soldados da brigada a responsabilidade do cerco inicial. Numa Sexta-feira, eu e Muriell Custódio saímos em busca de nossa matéria para o laboratório de jornalismo. Ao chegarmos na Brigada Militar, fomos apresentadas aos Soldados Pedro e Juliano. A primeira reação quando falamos que éramos estudantes de jornalismo foi de estranhamento e reclusa, mas logo depois de uma curta introdução eles foram se soltando. Comentaram suas vidas, como Pedro, que é estudante de direito na UniRitter e sobre o estabelecimento. Não precisaram de muitas perguntas para entenderem o que queríamos; Juliano foi o que ficou mais a vontade. Sempre que a Muriell ia tirar alguma

foto, o soldado Pedro parava de falar e sorria para câmera envergonhado. Houve estranhamento ao perguntarmos seus nomes e se recusaram a dar seus sobrenomes. Ao poucos a conversa foi chegando ao fim e, apesar de algumas desconfianças, os dados que coletamos foram suficientes para escrever a matéria acima. Segurança e comprometimento Soldados da Brigada Militar falam como é o seu dia-a-dia na companhia. A 4ª companhia da Brigada Militar, situada no bairro Tristeza e responsável pela segurança de mais de dez bairros da Zona Sul, conta com 3 viaturas e de 2 a 3 brigadianos fazendo a ronda pelas ruas. Segundo os próprios [...] (Transcrito do site)


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Patrono da APM é uma legenda viva da Brigada Militar Cel Hélio Moro Mariante imortalizou a BM no seu livro “Crônica da Brigada Militar Gaúcha”

Texto produzido pelo major Aroldo Medina, escsritor, jornalista e confrade do Cel Mariante, especialmente, para o abc/JCB. Uma pessoa que contribuiu muito a formação de centenas de oficiais PMs foi o coronel Hélio Moro Mariante (1915-2005). Conheci o velho coronel quando cadete da BM, segundo anista. Fui convidado para fazer o jornal dos cadetes. Antes de fundar “O Espadim”, em 1987, visitei o coronel Mariante, na reserva altiva da BM, no seu apartamento, na rua Jerônimo Coelho, nº 95, no centro de Porto Alegre, logo depois de descobrir que ele foi diretor literário da SACFO (Sociedade Acadêmica do Curso de Formação de Oficiais), como cadete, em 1941.

Queria ouvir suas histórias, como editor do jornal da sua época. Fui muito bem recebido. Enquanto conversava com o coronel Mariante, na biblioteca do seu apartamento, dona Silésia, sua gentil esposa, nos serviu um gostoso chá, com biscoitos. Uma delícia! Sinto saudades do coronel. Frequentei sua residência durante anos, na Jerônimo Coelho e depois quando foi morar num lar geriátrico, no bairro Ipanema, em Porto Alegre: Residencial Pedra Redonda, nos anos 90. Sempre sorridente, o coronel transpirava bondade e simpatia, ao lado de uma simplicidade envolvente. Escreveu inúmeras obras, entre as quais destaco “Crônica da Brigada Militar”, editada em 1972. Um grande livro onde conta a história da BM. Até hoje me esforço para seguir seus passos como aprendiz, junto com outro mestre, Osório Santana Figueiredo, historiador, natural de São Gabriel. Mariante e Osório, homens de saber e valor notório. Humanitários de caráter robusto. Às vezes me pego pensando por que os

governantes não costumam chamar homens com o perfil do coronel Mariante, do seu Osório ou de tantos outros historiadores, para terem assento nos Palácios ou mesmo nas Assembléias, para deles se aconselharem sobre as coisas do Estado. Helio Moro Mariante nasceu em 21 de dezembro de 1915, em Caxias do Sul (RS), cidade do amigo Germano Rigotto. Seu pai era professor e guarda livros. Sua mãe era uma prenda do lar que apreciava muito a música clássica. Também tinha apurado gosto pelas artes. Seu pai tinha o dom da oratória. Lia de tudo e gostava de comentar óperas. Não é difícil compreender os dons literários do coronel Mariante e seu gosto pelo estudo da história. Sua vida intelectual começou na infância. Sem computador, celular e outros eletrônicos famosos de hoje, em 1925, o menino Hélio se divertia andando a cavalo e depois de largar as rédeas, pegava sempre um livro. Gostava muito de ler. “Papai estimulava a leitura e dava muito

exemplo, promovendo em casa, seminários com os filhos, onde nós debatíamos o que havíamos lido e interpretado. Nós líamos de tudo. Eu gostava muito da coleção Tesouros da Juventude. Era bem ilustrada”. Transcrito da Revista Unidade nº 28, edição de outubro de 1996, página 71. Mariante morou em Caxias até completar seus 14 anos, onde cursou o primário no Colégio Estadual Elementar, vindo a estudar depois no Nossa Senhora do Carmo. Já em Porto Alegre, em 1929 frequentou o Curso de Técnicas Rurais, na Escola de Agronomia da UFRGS. Durante sua formação escolar tinha preferência pelo português, história e geografia. A matemática lhe causava “arrepios”. Ingressou na BM, em 1933, por necessidade, conforme palavras do próprio coronel Mariante, publicadas na página 70, da Revista Unidade nº 28, edição de outubro de 1996: “Eu tinha 17 anos e procurava emprego. Sempre era solicitada a carteira de reservista. Naquele

tempo a Brigada formava reservistas. Resolvi assentar praça e já no primeiro ano tirei o curso de cabo, no 1º Batalhão de Infantaria, localizado na Chácara das Bananeiras (Porto Alegre). No ano seguinte fiz o curso de sargento, no Centro de Instrução Militar que ficava no bairro Cristal. Fui gostando e na perspectiva de chegar ao oficialato, continuei envergando a farda da briosa”. Mariante exerceu todas as funções inerentes a carreira de praça e oficial da BM. Entre estas funções, destaco: professor de história na Academia de Polícia Militar; ajudante de ordens Matéria completa em HISTÓRIA DE VIDA no submenu: 1. Brigadianos www.abcdaseguranca.org.br/

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LITERATURA

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Um pouco da história do Enart

Texto elaborado pelo Ten Alves, premiado nesta edição 2012, como em outras do Enarts

MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização – Na década de 70, este movimento empenhava-se em combater o alto nível de analfabetismo no país. No Rio Grande do Sul, além de alfabetizar, também almejava divulgar a cultura como forma de elevar a auto-estima da população e oportunizar o surgimento de novos valores artísticos. O professor e advogado Praxedes da Silva Machado, responsável cultural pelo Mobral na época, buscou a parceria do Movimento Tradicionalista Gaúcho e, com

a participação do IGTF – Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore criaram o Festival Estadual de Arte Popular e Folclore, que se popularizou como Festival Estadual do Mobral. O evento foi idealizado para ser itinerante, isto é, cada ano em uma cidade diferente. A primeira edição deste festival foi no ano de 1977, cuja fase final realizada na cidade de Bento Gonçalves. A 2ª em 1978 - Porto Alegre, a 3ª em 1979 - Lajeado, a 4ª em 1980 - Cachoeira do Sul, a 5ª em 1981 - Lagoa Vermelha, a 6ª em 1982 - Canguçu, a 7ª em 1983 - Soledade

e a 8ª em 1984 - Farroupilha. Em 1985, a 9ª edição seria em Rio Pardo, como as autoridades do município desistiram, Farroupilha sediou novamente. Decidiu-se então não mais alternar o local, uma vez que Farroupilha se propunha em continuar realizando anualmente a final. A partir de 1986, o evento passa a ser promovido pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho e muda de nome: FEGART – Festival Gaúcho de Arte e Tradição, sempre no último final de semana de outubro, permanecendo em Farroupilha da 1ª à 11ª edições, portanto até o

ano de 1996. Tendo em vista o crescimento do festival, em 1997 (12ª edição) transferiu-se para Santa Cruz do Sul e por questões judiciais, muda de nome em 1999: ENART – Encontro de Artes e Tradição Gaúcha, que note ano de 2010 realizou-se a 25ª edição do ENART (bodas de prata) e 34ª edição desde o festival originário (MOBRAL). Dos dias 16 de novembro ao dia 18 ocorreu o maior festival de arte amadora da América Latina. A 27ª edição do ENART começou com a solenidade de abertura quando peões e prendas trouxeram as bandeiras de cada região sendo entregue aos respectivos coordenadores que as colocaram no palco onde permaneceu até o final de domingo. Foram mais de 1000 peões e prendas do Estado mostrando sua arte. Um espetáculo mais lindo que outro. Após o ano todo se preparando

para o evento, as apresentações, tanto individuais ou em grupo ficou com gostinho de quero mais. O ENART deste ano trouxe como lema “Amizade, o dom divino da paz”. E o evento é isso mesmo, pois é um local onde se encontra velhos amigos e se faz novas amizades. Foram três dias de muita disputa, choro, alegria e ansiedade para saber quem ficaria com os troféus este ano, uma vez que cada prenda e peão mostraram o que fazem de melhor. O Ten poderá escrever mais sobre este assunto.


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Correio Brigadiano

Cel Geraldo Coimbra Borges o filho de Apparício Borges A história miliciana da família, se inicia por seu avô Horácio Borges deputado e Cel da Guarda Nacional

A foto do Herói Apparício Borges, e a capa do livro que narra o combate de Bri ondelele tombou

Especial significado tem a história da família BORGES na Brigada Militar. Para entender melhor essa importância , o Cel Apparício, pai do Cel Geraldo Coimbra Borges, era primo em segundo grau do presidente do Estado, Borges de Medeiros. Um trabalho desenvolvido por seu primo o médico, João Horácio Broges, residente em Restinga Seca, berço deste ramo da família, Há uns três anos, promoveu encontro e elaborou o cadastramento da genealogia e redistribui a todos. Assim, alguém que tenha a ascestrali-

dade em “Borges” e queira saber se pertence à família, é só contatar com o Cel Borges, tanto através da AsofBM, onde a gestão atual leva seu nome, quanto na Funperachi, onde é presidente do conselho Fiscal. Vamos pincelar os parentes, mais diretos do Cel Geraldo. A genealogia miliciana se inicia com seu avô Cel da Guarda Nacional e deputado estadual, com a sede familiar, na fazenda em Restinga Seca, que em sua primeira núpcia tevem os descendentes a seguir. Esposa Amélia e filhos, sem a ordem de idade: Armando,

Olmira, Cel Apparício Borges, Odila e Olímpia. Esta última casado com Terèncio que criou os seis filhos do Apparício após sua morte. O Cel Apparício Gonçalves Borges casou com Antonieta Coimbra Borges, falecida, antes de ele embarcar para o combate de Buri, em São Paulo. Tiveram seis filhos, na ordem de idade: Oralda a mais velha, com 92 anos de idade; Norma falecida aos 22 anos de idade; Regina, também, já falecida que foi casada com o Cel Hermano Aquino, colega de turma do seu irmão objeto desta matéria; a seguir o próprio Cel Geraldo, que estava com 5 anos quando perdeu a mãe, de quem tem uma vaga lembrança, como também do pai; Astur, que é dos restantes, ainda vivos, o mais moço; e Horácio, o mais moço, mas já falecido. O Cel Geraldo Coimbra Borges casou com sua prima Maria Boges de Borges, como o próprio nome de casada o explica. Ela faleceu

há pouco tempo. Mas quando jovens, ele com 22 anos, Aspirante a Oficial e ela com 18 anos, com toda aprovação familiar para a união, pactaram de que se os exames de compatibilidade apresentassem alguma possibilidade de problemas para a sucessão não teriam filhos. Em não havendo, tiveram três filhos. como segue abixo na sequência das idades. Maria Luiza Coimbra Borges; Eliane Coimbra Borges; e o caçula, em homenagem ao avô, com o nome de Apparício Borges Neto, observe-se que a grafia com dois “pês” em Apparício, como o avô. A Maria, falecida esposa do Cel Geraldo era filha do seu tio paterno Armando, casado com Maria Luiza. O Cel Geraldo tinha o casal de tios como, também, sogro e sogra. O próprio Cel declara que “por ocasião da revolução de 1932, meu pai era viúvo. Havia perdido sua esposa Antonieta há oito meses, com quem tivera seis vilhos que vairavam entre as idades de doze a dois anos. Ao partir para o front, os deixou com seus cunhados Oscar Pantaleao Silveira e Eva dos Santos Silveira, irmão de Antonieta, minha falecida mãe. Pediu a Oscar e Eva, nossos tios, e mais tarde tutores, que nos criassem como filhos e não nos separassem, caso ele não retornasse.” É uma história longa mas com lições importantes para a história das pessoas, mas

principalmente, para a contrução da corporação Brigada Militar. Lições da convivência com policiais mliitares, válidas para todas as épocas. O Cel Geraldo, junto com seus cinco irmãos, tem uma vaga lembrança da despedida a seu pai, na estação ferroviária, quando ele tinha 4 ou 5 anos de idade. Ele é enfático da pouca idade de seu pai, que morreu aos 32 anos de idade. Seu tio e tutor Oscar criou todos os seis filhos de Apparício Broges. Matéria completa em HISTÓRIA DE VIDA no submenu: 1. Brigadianos www.abcdaseguranca.org.br/

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LITERATURA

Pássaros de Ocasião

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Publicado na Antologia da Casa do Poeta Riograndese, em 2012, pelo poeta (e Cel) Joaquim Moncks

Moncks quando major constituinte estadual de 1989

Moncks na capa de sua pánina no Facebook

O torvelinho dos dias soma sessenta e seis anos e é quase nada para o espiritual. O corpo sofre dores no torpor imensurável de se saber envelhecendo. O aniversario mostra a sua face impura, imperfeita – como se algo no viver fosse perfeito ou pudesse conter certa perfectibilidade... Saio à rua num dia em que o sol convida a olhar o azul do céu. Uma claridade adentra aos olhos lentamente, flor dentro nas retinas. Caminho, e vejo ao lado os

Moncks, em solenidade no QCG/BM, quando propôs e lançou sua ideia de Academia - Abracel

parceiros de estrada. Estamos todos buscando o dia seguinte com menos dores, músculos distendidos segundo a pressa. Aquieta-se o coração a curtos passos, respirando o azul, estupefato em direção ao objetivo à frente: a estrada de asfalto, que mais parece um rio de negras águas. Mergulhando no aparente nada, o corredor longo de arvores é um indicio de que estamos no caminho de buscas e possíveis descobertas. E as idéias morrem no mesmo monologo de

lembranças. Sempre há um amanhã quando ainda bebemos ou podemos beber os próprios sonhos e o das parcerias de estado ou de ocasião. À volta, os pássaros no azul celeste, ao rés-do-chão os anjos vigilantes bebericam nas poças de água. Iluminam-se ao sol dos dias e suas cores têm o barro das vivências como delimitação do amanhã. O sal dentro das veias cumpre sua função energética. O açúcar alimenta a musculação. O espiritual dá-nos ânsias de viver

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num sopro continuado. E o silêncio contamina a voz junto ao ninho próximo ao leito da estrada. É nua e crua a reflexão, sem arrebatamentos. Descrevo-me rumo aos dias entre e sob a sombra dos ciprestes do amanhã. O desafio é que os digitais de palavras atos congeminem assombros e esperanças, alados tal os pássaros, porem sem demasiada pressa. Uma carreira passa ao alcance dos olhos, gemendo sua

vagarosa natureza. Nela está inscrito um coração em vermelho, e dentro, fixado em verde esperança, a palavra “Felicidade”. A todo o tempo temos algo a dizer. Somos pássaros de ocasião sempre que a palavra conforma-se no gesto gráfico. Tal como agora, em que o sopro da Onipotência cochicha algo que me aparece providencial e lúcido. Feliz Aniversario!


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Correio Brigadiano

Ten Zibetti - DNA: militar, brigadiano, social e político IBCM/PF e ASSTM/PF, fuzileiro naval, mas cepa brigadiana e o mais votado PM a vereador em 2012

Formatura de Sargento

Títnulo de Cidadão honorário David Cnabarro

Resumo autobiográfico José Luiz Zibetti, tenente da reserva da Brigada Militar é filho de Evilésio Zibetti (caminhoneiro) e Elvira Perondi Zibetti (do lar), nascido em 18/03/1952 em Passo Fundo. Tem 5 irmãos, sendo uma irmã inspetora da Polícia Civil (Maria Lúcia Zibetti). Viveu toda sua infância em Passo Fundo, onde cursou o ensino básico na Escola Protásio Alves. Em sua época, as brincadeiras que mais lhe agradavam eram teatrinho, casa da árvore e jogar bola. Começou a trabalhar muito cedo. Com apenas 7 anos vendia pastéis feitos pela sua mãe nas ruas para ajudar no sustento da família. Aos 11 já trabalhava numa padaria realizando entrega de pães em uma bicicleta adaptada para este fim. Na adolescência ia a reuniões dançantes e pescarias. Aos 17 anos sentiu-se atraído pela carreira militar, realizando concurso público e

CAS na ESFAS em Santa Maria. É casado com Rosângela Angèlica Martins Zibetti, natural do Rio de Janeiro, tem dois filhos: Andréia Zibetti (bancária) e Jorge Luis Martins Zibetti (Soldado Policial Militar) que serve no Pelotão de Constantina. Tem um neto de 12 anos, Eduardo Zibetti Berton que é o seu orgulho. Realizou diversos cursos durante sua carreira militar, como primeiros-socorros, direção defensiva, transporte de cargas perigosas e outros. Paralelamente, exerce, desde o ano de 2001 a Chefia da Policlínica IBCM em Passo Fundo, tendo participado das negociações da vinda da Clínica para esta cidade. Também, é Diretor Presidente da Regional da ASSTBM, cumprindo seu 5º mandato Matéria completa em HISTÓRIA DE VIDA no submenu: 1. Brigadianos www.abcdaseguranca.org.br/

Seu gabinete na ASSTBM/PF

obtendo aprovação, incluindo na Marinha do Brasil como Soldado do Corpo de Fuzileiros Navais. Serviu no Grupamento de Fuzileiros Navais na Ilha das Cobras, no Comando de Reforço da Força de Fuzileiros da Esquadra na Ilha das Flores, no Batalhão Humaitá na Ilha do Governador, todos no Estado do Rio de Janeiro. Em 1974 prestou concurso para a Brigada Militar tendo sido aprovado e por falta de autorização da Marinha do Brasil não pode assumir, tendo que aguardar alguns anos para iniciar sua carreira. Em 1978 serviu como soldado no 3º RPMon em Passo Fundo.

Única foto do período da infância

m 1979 fez curso de Formação de Cabos indo servir no 13º BPM, onde participou da prisão do maníaco Luis Baú, conhecido como o “Monstro de Erexim”, o qual matava meninos, causando horror naquela cidade. Recebeu, por este feito, elogio por Ato de Bravura. Em 1980 fez curso de Formação de Sargentos na ESFAS em Santa Maria tendo sido destacado para servir no 9º BPM em POA. No ano seguinte, retornou ao 3º RPMon, onde trabalhou no policiamento urbano de onde saiu para assumir o comando do GPMon de David Canabarro, onde permaneceu por 7 anos, tendo recebido daquele município o título

Momento da Marinha do Brasil

de Cidadão Honorário, por relevantes serviços prestados a comunidade. Em 1990 foi transferido para o Batalhão de Polícia Rodoviária junto a Cia em Passo Fundo e logo após foi destacado para assumir o GPRv de Erexim. No final de 1994 foi trabalhar na Casa Militar junto ao Gabinete do Governador, assumindo a função de Chefe de Equipe da Segurança Pessoal do Governador. Posteriormente, a Chefia da Segurança Pessoal da Primeira-Dama. Em 1996 voltou a Passo Fundo para servir junto ao CPA-3, atual CRPO-P, de onde saiu para a Reserva Remunerada após realizar o

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Consultório Veterinário e Pet Shop


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TC Cyntiane Maria Santos a 1ª Cmt de tropa de Choque Única mulher entre 42 homens, onde vinte abandonaram, ela não. Uma TC PM exemplo às policiais

Cynthiane raspou o cabelo e passou cinco meses com um grupo de homens na mata, enfrentando dificuldades impostas por um dos mais rigorosos cursos de ações táticas e operações especiais do país, que prepara policiais de tropas de elite para atuar em situações complexas como sequestros e distúrbios em presídios. No dia 19 de outubro, a hoje tenente-coronel Cynthiane Maria Santos, de 40 anos, foi nomeada pela Polícia Militar a primeira mulher a comandar uma tropa de elite no Brasil:

o Batalhão de Choque do Distrito Federal. Rastejar na lama, buscar criminosos na mata e suportar frio, longas caminhadas, noites sem dormir, racionamento de comida e horas seguidas de aulas de tiro garantiram a Cynthiane a farda com uma caveira, símbolo das melhores tropas de elite do mundo. Ela é uma das poucas brasileiras a concluir um curso da elite da polícia. Formada em 1999 no treinamento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Distrito Federal, foi a única mulher em meio a 42 homens. Vinte abandonaram. Ela, não. “Ainda há preconceito. Ouço comentários de que não acreditam que eu concluí o curso, que não sou capaz. Mas os homens me respeitam, nunca tive caso de insubordinação. Ainda quero mais. Todo mundo sabe que meu sonho é comandar o Batalhão de Operações Especiais”,

diz a tenente-coronel. Ela garante que não teve qualquer regalia ou diferencial em relação aos demais colegas. Nos treinamentos na mata, tinha que procurar “uma moita” mais longe quando precisava ir ao banheiro. “No curso, a pressão é tanta que você fica assexuado. Não tive nenhum problema”. ‘Pede pra sair’ As dificuldades do curso fizeram Cynthiane pensar em desistir. “Eu falava ‘vou pedir para ir embora, não aguento mais’, e meus colegas

do curso me incentivavam a fazer isso. Eles respondiam ‘pede, pede para sair mesmo, porque daí eu posso sair também’. Não desistiam porque eu ainda estava lá”, relembra. “Mas daí eu pensava: daqui eu não saio, daqui ninguém me tira”. Além do Distrito Federal, nove estados possuem Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Em nenhum deles, no entanto, uma mulher completou o curso de formação. Em Roraima, uma sargento passou nos testes físicos e psicológicos, conseguiu ingressar no treinamento que dura 7 meses, mas foi cortada depois de 80 dias. Segundo o major Elias Santana, comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais de Roraima, ela não suportou as adversidades do curso. No Bope do Rio de Janeiro, famoso pelo filme “Tropa de Elite”, nenhuma mulher foi for-

mada desde que a unidade foi criada, em 1978. Em São Paulo, tanto as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) quanto o Comandos e Operações Especiais (COE), tropas usadas na repressão contra grupos armados em situações de alto risco, não permitem mulheres em seus grupos operacionais. Os cursos de Comandos, do Exército, Matéria completa em HISTÓRIA DE VIDA no submenu: 3. Outras Org Pol www.abcdaseguranca.org.br/


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Sd Joana: do 23ºBPM a princesa da Octoberfest de 2012

Seus pais estão satisfeitos. Joana é a primeira pessoa da família a pertencer as fileiras da brigadianas

A soldado PM Joana Frantz é filha de Lotario Rubem Frantz e de Lianete Maria Frantz. Veio para a Brigada Militar sem possuir nenhum parente que faz parte da corporação, porém sempre morou, em frente ao modulo da 2º Cia do 23º Batalhão, que foi construído por iniciativa dos moradores do bairro Ana Nery, e seu pai foi um dos grandes incentivadores de trazer o policiamento para o bairro. Nasceu em Santa Cruz do Sul, em 20 de fevereiro de 1989, mas morava na entrada de Rio Pardinho, onde viveu os meus primeiros meses de vida. Iniciou suas atividades escolares no Colégio Luiz Dourado, e na segunda serie do ensino fundamental, frequentou as aulas na Escola Polivalente, onde ficou até completar o ensino fundamental. cursou o ensino médio no colégio Marista São Luiz, onde viveu experiên-

cias e aprendizados maravilhosos, segundo informa. Iniciou suas atividades profissionais na prefeitura da cidade, como monitora de uma biblioteca virtual, onde estagiou por um ano. Depois foi trabalhar durante três anos na empresa dos seus pais, uma loja de autopeças. Começou, nesse período, a se preparar para prestar o concurso para soldado da Brigada Militar. Como sempre morou em frente a 2º Cia, acompanhava diretamente o trabalho e a atividade policial. Foi assim que nasceu o interesse pela profissão. Quando soube que possivelmente abriria concurso para o cargo, iniciou sozinha seus estudos preparatórios - estudava em torno de 3 horas diárias e frequentava um cursinho durante todo o dia nos sábados. Exclama ela: “Felizmente passei no concurso bem classificada, e pude escolher o local mais

próximo de casa para frequentar o curso básico de formação policial militar.” Incluiu e frequentou o curso básico de formação policial no 2º Batalhão de policia militar do Comando Regional de Policia Ostensiva co Vale do Rio Pardo (CRPO VRP), em Rio Pardo, que teve a duração de 6 meses. A data de inclusão na corporação é 8 de outubro de 2009, e teve concluído o curso, no dia 23 de abril de 2010. Após a conclusão do curso, com a classificação em 12º lugar, pode escolher a sua cidade de origem para trabalhar - Santa Cruz do Sul. Onde a PM Joana trabalha até hoje. Começou com atividades no policiamento ostensivo, como motorista e patrulheiro de viaturas policiasi, porém, em função das atividades da oktoberfest, foi necessário ser transferida para o setor de Termo Circunstanciado, onde atua, no momento. Joana ainda não constitui uma família, morando com os meus pais, e minha irmã. Tem a pretensão de se casar no próximo ano.

“É um desejo muito grande e de meu namorado Rafael Mealho.” Somente servi no 23º BPM/ CRPO VRP, na 2ª Cia desde a conclusão do curso de formação, até o período que antecedeu a Oktoberfest, e agora exerço a função de Aux. da SSPO. Após a conclusão do Curso Básico de formação, iniciou a faculdade de Direito. No momento curso o 5º Semestre, e sem dúvida nenhuma, não só para ela na profissão, mas para também para sua vida, será de grande valia. Cada aprendizado adquirido no curso, na faculdade, trata dos direitos e deveres de cada cidadão, conhecimento que deveria ser fundamental a cada um, porém não é a realidade. Pretende concluir o curso de direito até o ano de 2016, e após prestar concurso para oficial da BM. “A Segurança pública é a área em que escolhi, e pretendo seguir sempre nela” diz Joana. Hoje em dia é apenas um hobby, mas entre os meus 16 e 20 anos cantava em “Pubs” da cidade, em dupla com um grande amigo e

profissional. Depois fez parte de uma banda como cantora durante 1 ano e meio. Ela também gosta de ler livros relacionados a animais, sendo que recomenda: “quatro vidas de um cachorro”. Quanta à música, se julga bem eclética, mas depende da situação. Durante a sua infância, participou de muitos concursos de beleza, onde foi titulada como “panterinha Baby” do clube Aliança no ano de 1997, quando tinha 8 anos; “Broto simpatia de Santa Cruz do Sul” em 1997; “Broto Infantil” da escola polivalente em 1999, quando tinha 10 anos; “panterinha mirim” do clube aliança no ano de 2000, quando tinha 11 anos; “Miss Santa Cruz do Sul”, 2000, quando tinha 11 anos; Matéria completa em HISTÓRIA DE VIDA no submenu: 1. Brigadianos www.abcdaseguranca.org.br/

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As frágeis conquistas: Cel NelsonPafiadache da Rocha

Cel Nelson Pafiadache da Rocha Ex Comandante-Geral da Brigada Militar Nestes tempos de vale tudo, salve-se quem puder, descaracterização da carreira policial militar, vulgarização de postos e outras perplexidades, fui acometido a mais uma viagem no tempo, aportando na Academia de Polícia Militar, cujo nome primeiro que ouvia do pai e dos irmão era o CIM, o que me deixava atônito de tudo quanto ouvia, em especial

as exigências do Cursos de Sargentos (CFS) e de Oficiais (CFO), para mim um quimera e ponto, mas que me maravilhava já na tenra idade, isso não posso esconder nem de mim mesmo. Segue o curso da vida e lá me fui, submetido a um processo seletivo rigoroso e tudo o mais que a nossa gente conhece: quedas, deserções, acidentes, mortes, desligamentos, expulsões e sempre vigendo a máxima de que os covardes não tentam, os fracos desistem só os fortes vencem. Levei um tempo para absorver o primeiro dito, só quando vim a ouvir de muitas pessoas de que gostariam de ter ido para o CFO, mas achavam que não iriam resistir aos rigores e ficar quatro anos de cabelo raspado, tirando serviço na madrugada e em fins de semana, com férias limitadas, pernoites e prontidões, afora as árduas manobras, a puxada educação física e dez aulas por dia. Concebi assim o conceito, tanto quanto vi alguma fraqueza em alguns desistentes em contraste com a livre e honesta opção dos primeiros. Fui, vi e venci, diria um ufano e vitorioso concludente, mas é certo que mais se ouviu dos

Oficiais um eterno reconhecimento da superação, pois lograr-se concluir o CFO impunha requisitos marcantes e bem caracterizados no adágio popular de que precisava contar com os olhos da águia, a força de um elefante, a garra de um leão e o saco do Papai Noel. Essa figura bem representativa, mesmo que possa parecer chula, carrega muita verdade, mas o que jamais pode ser esquecido é que a formação do contingente de alunos-oficiais da Academia decorria de um processo seletivo liso e democrático, despido de apadrinhamento de qualquer natureza. Tal processo recepcionava todas as raças, cores, etnias e descendências; não se discriminava posição social, filiação política, viés ideológico; apenas uma diferenciação de idade entre os jovens civis das praças militares, 23 e 27 anos a máxima e culminavam as turmas de ingresso contando com esse espectro humano diversificado de aprovados na seleção intelectual, médica, física e na avaliação psicotécnica. É certo que em alguns anos se aumentaram as vagas depois do edital, talvez pela disponibilidade de assentos na sala de aula,

refeitórios e condições favoráveis de alojamento. Confesso que não foi fácil nem para nós civis de origem, chamados de picolés, e nem para os veteranos Sargentos, Cabos e Soldados da Corporação, dignos e lutadores homens que muito exemplo nos deram; que a despeito da idade um pouco acima da nossa, impunham-nos esforços para que os acompanhassem, como também nos estudos, pois o então Sargento Valdir, egresso do 1º BPM, classificou-se em primeiro lugar e carrega no peito a Medalha Gen Osório. Falaria do Cabo Collins, que atuou em nossa turma sempre respondendo pelo exemplo, camaradagem, abnegação e com muita voluntariedade. Apenas a citação dessa mostra para que não nos desapeguemos da bela história brigadiana não tão distante, mas que serve como referência e demonstração de que o Oficialato é uma conquista árdua e que o homem, a mais bela criação de Deus, tem a missão terrena de se desenvolver espiritual e materialmente, sem desprezar jamais o espírito de luta, de renúncia e atuar sempre em processo de conquista sadia, postando-se altivo. Fora disso,

estamos diante da negação da sua essência, pois as manobras vis, a desbordagem das dificuldades, os atalhos e posturas de pedintes só esmaecem o colorido da vida e tornam fracos os postulantes de favores. Para finalizar, apenas digo que sempre propugnei o acesso dos subalternos nos labores e profissões, e exemplos de superação e luta são fartos e servem de modelo ao jovem no nosso país, que mesmo bombardeado por maus exemplos, requisita posturas altivas e denodadas. Entendo que o pleito de alguns servidores, no intuito de auferirem vantagens por caminhos facilitados, desonra e desqualifica nossos nobres colegas de farda e enfraquece o valor e o moral institucional. Repudie-se, pois argumentos falaciosos e que o nosso topo da carreira trate de dar as respostas devidas, especialmente pelo exemplo, evitando atos que possam repassar a ideia de locupletamento ou de indiferença a tão enganador pleito, que por certo, apresenta-se respaldado por um mau político, irresponsável e despido de postura cívica.


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Ten Jane: expressão da mulher brigadiana na política

Recentemente transferida para reserva após 25 anos de serviço, foi candidata a vereador na Capital

Resumo autobiográfico Filha de João Soares Filho, Ten. RR da Brigada Militar e Maria Delia Melo Soares somos cinco irmãos, quatro mulheres e um homem, seu irmão, Sd PM Neto, serve no 2º Regimento/ Alegrete e suas irmãs Saionara, Miriam e Sandra trabalham na área da saúde. Seu pai serviu no Esquadrão Abas Largas e sempre contou suas histórias, as quais eu e meus irmãos ouviamos com atenção e admiração, o que mais tarde a influenciou ingressar nas fileiras da Brigada Militar. Nasceu em casa, com auxilio de uma parteira, na época moravam na olaria da Brigada Militar, em Gravataí. Seu pai era o 1º Sargento Adjunto, portanto nasceu literalmente em um quartel da Brigada. Cresceu brincando entre gado, coelhos, frangos e todo o tipo de animal que existia na granja e no ambiente que, pensa ela, toda a criança desejaria ter crescido, com espaço enorme, árvores para subir, animais peçonhentos para apreender a ter cuidados

e as brincadeiras se tornavam aventuras. Aos cinco anos foi matriculada na primeira série do ensino fundamental, na época 1º grau, no Grupo Escolar Irmã Clécia, em Gravataí, escola que só tinha até a quarta série do ensino fundamental. Aos nove anos mudou-se para Porto Alegre, na quinta série foi estudar no Colégio Candido Portinari, ali fez o restante do 1º grau. Na Escola Presidente Roosevelt, aos 16 anos, terminou o segundo grau. Tentou o vestibular, algumas vezes na URGS, sem sucesso. Logo que completou dezoito anos abriram-se as inscrições para o concurso de Sargento Feminino, primeira turma de Policiais Militares Femininos no RS. Seu desejo de ser militar poderia ser realizado, bastava estudar. Sabia que era aquilo que queria como profissão. Fez o concurso e ficou em décimo oitavo lugar, eram somente dezesseis vagas. Não foi daquela vez, mas não desistiu. E quando abriram as inscrições para a primeira turma de soldado feminino, correu

novamente para fazer o concurso, dessa vez ingressou. Em 04 de março de 1987, ingressou na Brigada Militar e em fevereiro daquele ano, seu pai passou para a reserva. O curso de formação foi na Escola de Formação e Especialização de Cabos e Soldados - EsFECS, do dia da apresentação, ela lembr bem “a carinha de cada uma com olhos de apreensão, sem saber ao certo o que nos aguardava”. A formação foi tranqüila, e deixou muitas histórias para lembrar. Ela expressa: que delicia quando ainda sentamos juntas a relembrar nossas histórias do curso, da primeira turma de soldado da Brigada Militar, As Pioneiras da BM. Terminou o curso em sexto lugar e por isto

recebou as funções de Cabo PM. Formava-se a 1ª Cia Fem, era 25 de setembro de 1987. Compunha-se de oito Oficiais, dezesseis sargentos e cinqüenta e nove soldados, sob o Comando do Capitão, hoje Coronel da Reserva, Otomar Köning. “Ficamos alojadas no nono batalhão, diz Jane. Em 1990 fez o curso de sargento (CFSPM), na ESFAS, em Santa Maria, mais histórias, porque eram as primeiras a fazer o curso em Santa Maria, “Meu Deus, éramos seres de outro mundo, tínhamos quase três anos de Brigada e não podíamos usar farda, era um cuidado extremo, o que muitas vezes incomodava, mas fomos, entre lágrimas e sorrisos levamos o curso até o fim, uma pena a Ledinara desistiu, ficamos bem tristes, mas na época foi o melhor para ela. Muitas sentiam a falta de seus maridos, filhos, pais, irmãos, amigos, cachorro, etc., só podíamos sair de Santa Maria uma vez por mês, mesmo que estivesse fora da escala, até que

tinham razão. Em uma liberada quatro colegas sofreram um acidente, quase perderam o curso, mas graças ao Bom Deus, retornaram a tempo de formarem-se”, desabafa Jnae. Formaram-se em 21 de dezembro daquele ano e no retorno a Porto Alegre, foi classificada na 1ª Cia Fem, já Comandada pela Cap Janete. Em novembro de 1991 foi transferida para o Centro de Operações Policiais Militares (COPOM), antigo 190, onde serviu por dez anos. Sempres citas seus Comandantes que foram, Cel José Roberto Rodrigues, Cel Marco Antonio Coelho, Cel Antonio Cezar da Cunha Chaves, Cel Mauro Carvalho Osório, Cel Arlindo Matéria completa em HISTÓRIA DE VIDA no submenu: 1. Brigadianos www.abcdaseguranca.org.br/

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Brigada Miltar festeja seus 175 anos de serviços prestados Diversos produtos da mídia projetos sociais marcaram a importante data brigadiana no Estado

Extenso foi o calendário de eventos do aniversário de 175 anos da Brigada Militar. Formaturas de todos os níveis, participação das maiores autoridades do Estado. Mas está, na ação da Comunicação Social, bem apoiada e apoiando os projetos sociais da Brigada Militar a estrutura de Marketing da

corporação. São as Assessorias de Comunicação Social, chefiada pelo TC Ronaldo e Assessoria de Direitos Humanos, chefiada pelo TC Franquilin, as colunas da atual estrutura de visibilidade da corporação policial militar gaúcha. Para estes dois técnicos, assessores do comandante-geral da BM, Cel Sérgio Abreu, se tributem a realização dos trabalhos (mídia e projetos sociasi) exaustivos no relato do trabalho operacional dos comandos Regionais e seus OPMs, quer nas atividades de policiamento ostensivo, de bombeiros ou Especializadas. O que está promovido na mídia é consequência da produção da atividade de linha, seja na Comunicação Social (PM5); ou todo o trabalho de Projetos Sociais (Proerds e Brigadas Mirins) que são executados pelos OPMs, sob coordenação da Assessoria de Direitos Humanos (DH). Mesmo a boa repercussão do trabalho desenvolvido por todos órgãos da Brigada Militar, em suas atividades específicas, marcará este 175 anos de existência da BM, nos eventos, ocorridos na semana, de 12 a 18 de

novembro de 2012, dois produtos de mídia: A revista e o vídeo institucional. A Revista da Brigada Militar - Há 175 anos protegendo os gaúchos, uma publicação comemorativa ao aniversário da Corporação, recebeu o nº 3, ano II, novemebro de 2012. Impressa em tamanho tablete, papel couché, toda em impreessão policrômica. Trabalha questões históricas, mas também a atualidade das atividades institucionais. Ela teve tiragem de 5.000 exemplares, impressos na Corag, produzidos pela: Área Com Publicidade e com o patrocínio das Forjas Taurus. O Vídeo Institucional/2012, depositado no Youtube.com, com 13min/5seg. Tem como descrição naquele portal: “Uma instituição com quase dois séculos, reconhecida pela excelência do seu desempenho, comprometida com a melhoria da qualidade de vida da população na busca incessante da melhor prestação do seu serviço e com compromisso social. É um trabalho profissional planejado e produzido por brigadianos, que também, deve ser exaltado. Foi produzida pelos Sgt Wilson Cardoso Texto Sgt Renato Vieira e só foi possível realizar este projeto porque a CWR Produções deu apoio completo na elaboração e edição.


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“Um eu eternamente, brigadiano e colorado”: Sgt Borges

O 2º Sgt Artur Roberto Borges, em sua carreira na Brigada Militar, teve muitos momentos importantes, mas quatro momentos são destacados e podem ser considerados os principais, pelo menos os que lhe deram, maior visibilidade. Nas licitações do DLP, como motorista do Diretor do DLP, como Chefe da Segurança do Inter e a transferência para Lavras do Sul que até hoje não sabe por que foi. O primeiro, não só por atuar, mas por ter estruturado o sistema de compras do Departamento de Logísitca e Patrimônio da Brigada Militar (DLP), informatizando e gerando as rotinas necessárias para o melhor andamento dos processos com dinamismo e transparência, possibilitando toda a responsabilização necessária. Foi o momento em que a corporação

passou a efetivar as compras para a gestão de todas as instituições da SSP. O segundo na visão da oficialidade dos OPMs da BM, do Menino Deus, que almoçavam no CSM Int, na década de 80 e prestavam a atenção naquele motorista, sempre muito bem fardado e com gestual muito elegante, em relação a tudo que fazia para seu diretor. Alguns no refeitório diziam lá vem o “Bossa”, como era carinhosamente tratado o então soldado, Borges. O terceiro momento no Internacional. Borges sempre foi uma pessoa que procurou trabalhar com a tecnologia de ponta. E a história começa quando na mais tenra idade, foi se inscrever para o curso de violão e terminou cursando datilografia. Artur Roberto Rocha nasceu em 11 de fevereiro de 1960, na cidade de Porto Alegre. Filho de Arthur Iolando Borges e de Aramy Borges. Tem o irmão José Renato que mora em Santa Catarina (Floripa) e não teve nenhum parente de sangue na Brigada Militar.

O pai que era da segurança privada, em determinada fase da vida o encaminhou a para a empresa de segurança que trabalhava, onde Borges, também, foi trabalhar. Mas foi através do sogro, o Sub Ten (ST) Nilo Sales Moreira, hoje provavelmente, tenente e que com dois irmãos também STs, de quem recebeu o convite para vir para a Brigada. Rejeitou pois a época , ganhava muito bem na PUC, Logo adiante, desempregado, com a sua esposa Neusa grávida, foi morar em Guaíba, com o sogro. E, em uma vinda a Porto Alegre foi ao Cresa, fez as provas de seleção para a BM e foi aceito. O ST Jardim, tio da sua mulher, foi quem o atendeu e , 4 dias após, o próprio ST Jardim, seu tio político, já estava na reserva. Começava a vida Brigadiana do menino Artur Roberto Borges, do nenê nascido em 1º de fevereiro de 1960, na Capital do Estado gaúcho e semascendentes nas instituições da SSP. Cursou seu primeiro grau no Colégio Estadual Otávio Rocha, na rua Guilherme

Alves em Porto Alegre, dos 7 aos 12 anos antes dessa escola se transferir para a curva em “S” mais acima daquela rua. Terminou seu 2º grau na Escola Estadual Padre Rambo, na Avenida Bento Gonçalves, aos 16 anos. E, aí, ao final do 2º grau, viveu uma fase onde sua atividade era só de namorar e jogar futebol. Jogava escondido do seu pai na escolinha do Inter. Seu pai trabalhava na segurança de transporte de valores na empresa Prossegur. Começa o ciclo produtivo de Borges foi trabalhar como Off Boy na Transforte Sul, com a interferência do pai, posteriormente, no Joaquim Oliveira do Grupo Kastelão e, finalmente, na PUC, onde se estabiliza. Mas na Trasnforte Sul, como não tinha a idade para portar arma, foi para a administração. Lá em razão de ser datilógrafo, ter um excelente senso de organização e vontade de produzir, pôs em ordem o setor de lançamento de vantagens, que estava com um atraso de três anos nos lançamentos de vantagens do

Borges em Dubai, com Fernandão, e acima, em montagem, a filha do ST Moreira, sua esposa Neusa, que lhe deu sustenção à caarreira

O Chefe da Segurança da Delegação do Sport Clube Internacional na conquista do mundial em Dubai

pessoal. Por isso foi convidado para chefiar um setor da Prossegur. Em razão disso, foi fazer um curso sobre sistemas informatizados por cartões perfurados na Cobra do do Brasil. Quando de seu retorno da implantação do sistema, a empresa não cumpriu tudo que havia sido estabelecido para ele assumir aquela função no tocante a remuneração. Apesar do bom salário invocou a “palavra empenhada” que não Matéria completa em HISTÓRIA DE VIDA no submenu: 1. Brigadianos www.abcdaseguranca.org.br/

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Homenagem aos 30 anos de formatura da 1ª Turma do CT Os formandos de 1982, também, os ex-alunos, diretores, professores, servidores civis e militares

No dia 04 de dezembro, no auditório da Academia de Policia Militar, foram homenageados os formandos de 1982, em decorrência também os ex-alunos, diretores, professores, servidores civis e militares. O Sr Cmt Geral, Cel QOEM Sérgio Roberto de Abreu, e o Sr Diretor do Departamento de Ensino Cel QOEM Uilson Miguel Miranda do Amaral, e outros oficiais da Brigada Militar e autoridades civis, abrilhantaram a solenidade. Na ocasião, foram feitas as homenagens, ao Comandante do Colégio Tiradentes, Ten

Cel QOEM Cristine Rasbold, onde recebeu flores dos formandos de 1982, como agradecimento, por ter proporcionado o reencontro da turma entre eles civis e militares. Ainda foram entregues Comendas do Colégio Tiradentes, em homenagem aos precursores que colaboraram na construção da história e credibilidade do Colégio Tiradentes, onde passadas três décadas, ainda é motivo de orgulho e respeito para a corporação. No decorrer do evento, foi plantada uma muda de carvalho no interior do Colégio Tira-

dentes, em memória ao Padre João Peters e outros já falecidos. O Colégio Tiradentes da Brigada Militar, foi idealizado pelo Cel Osvaldo Oliveira da Silva, na época Comandante da Academia de Polícia Militar da Brigada Militar, e criado através de um decreto, publicado em DOE, em 25jan80, com a denominação de Escola Estadual de 2.º grau da Brigada Militar. O propósito inicial foi de realizar a preparação dos adolescentes para seguir carreira militar, como oficiais da corporação.

Sendo estruturado aos moldes do curso de formação de oficiais e com alunos apenas do sexo masculino, abrindo suas portas para o sexo feminino, somente a partir do ano de 1989. Atualmente o Colégio Tiradentes de Porto Alegre, conta com 367 alunos e os prepara para o ingresso no meio acadêmico e carreiras militares, sendo enaltecido pela comunidade gaúcha, como referência na formação do Ensino Médio. Reconhecido pela Secretaria de Educação em Olimpíadas Curriculares, além

de oferecer ao educando o desenvolvimento de suas potencialidades, preparando-o para o exercício consciente da cidadania. Destaca-se sua função social, na medida em que proporciona aos dependentes dos militares estaduais e comunidade em geral, um ensino médio de qualidade.


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Comissário Ayres: a melhor técnica vem do conhecimento Um resumo autobiográfico que retrata a instituição policial civil gaúcha e a temperança de seus quadros

Delegado Adalberto; Comissário. Ayres e Delegado Enio;

Eram os idos de 1982, Ayres Luiz Ferreira da Silva, estudante de comunicação social na UNISINOS entrava pelo portão da Escola de Polícia ali na AZENHA, onde hoje é o Departamento de Identificação, para iniciar o Curso de Formação de Inspetores e Escrivães de Polícia. Matriculado na Turma 1 . Foram meses de formação, saudosas aulas de Direito Penal, Processo Penal, Armamento e Tiro, Defesa Pessoal, Educação Física, Informação, Cerimonial e Protocolo, Redação Policial, Datilografia, Direção Defensiva, Pronto Socorrismo, Transito , Medicina Legal, Tecnica de Investigação Criminal e Criminalistica. Concluída a Formação fui mandado estagiar na 4ª Delegacia de Polícia, ali na Av. Pereira Franco; ainda morava em Canoas, vinha de moto para o estágio, onde conheci a experiência do Com. Paulo Maciel, a camaradagem do Escrivão Ariosto a solidariedade da colega de estágio Esc. Malvina, o carinho e os ensina-

Insp. Márcia, Com. Ayres - Insp. Yolanda - a outra parte da equipe da Assesp/DPI

mentos do Del. Vitor Cravo Teixeira, e amizade até hoje cultivada da Investigadora Gisa – nome que a identifica até hoje- grande amiga. O dinheiro era pouco, recebíamos neste tempo, ainda a bolsa da Escola, pois ainda não havíamos sido nomeados, assim o estágio na quarta DP durou enquanto o dinheiro durou; quando acabou eu pedi mudança do local do estagio para Canoas, mais perto de onde eu morava. Atendido, fui estagiar na 3ª DP de Canoas. Recém inaugurada, a Delegacia tinha tudo no lugar; fui colocado no plantão, pois não podia tomar depoimentos e nem possuía arma e insígnia, era só para atender as partes. O tempo foi passando, quando me dei conta estava na escala de plantão, 24/72, sem arma e sem insigna era só a vontade de servir e atender quem nos procurava. Finalmente fui nomeado. Primeira lotação, Nova Prata. Cidade encantada aluguei casa, levei a família, me instalei. Escrivão de Polícia,

Cerimônia de homenagem aos 30 anos- Medalha Plinio Brasil Milano -

fui logo colocado num cartório, senti que era essa mesma a minha vocação, não era coisa de carteira apenas. Meu primeiro chefe foi o Del. Genésio Fernandes Monteiro, jovem Delegado de Polícia, conduzia bem os trabalhos daquela Delegacia, lá fui logo lecionar a noite, primeiro em Nova Bassano, depois em Nova Prata; ali surgia a segunda base de toda a minha vida, o amor pela arte de ensinar, coisa que faço até hoje. Colegas importantes nesta passagem, Escrivão de Polícia Aldo Ferri, Investigador de Polícia, hoje Inspetor de Polícia, Heloes Marchetti, Inspetor Licks, Inspetor Couto; Mais tarde, veio trabalhar conosco um “novo centurion” o Inspetor Antonio Adair Pereira Abadi, cheio de vontade de aprender e trabalhar, era um menino que já se sabia, tinha tudo para fazer carreira. Nesta delegacia estive por três anos, os últimos meses, morando no alojamento que improvisáramos na própria Delegacia de Polícia. Nesta época estreitaram-se os laços de amizade

Del. Leonidas Jr, Comissário Ayres, Inspetor Carlos Nunes, Insp. Antonio Carlos Meireles;

com o Delegado Adalberto que era o titular da DP de Nova Bassano e hoje é o Direitor do DAP. Grande amigo. Minha filha teve um problema de saúde e, depois de muita luta administrativa, fui removido para a 1ª DP de Novo Hamburgo; um outro mundo, se comparada à Nova Prata. O Delegado Nauro Osório Marques, dirigia com expediência aquele órgão policial que a época deveria ter quase 40 servidores, vale lembrar que possuíamos apenas 2 Delegacias de Polícia em Novo Hamburgo, a 1ª e a 3ª; Em Novo Hamburgo conheci bom amigos, Esc. Kaiser, Insp. Nelson da Secretaria da DP, Escrivão Rosalino, hoje Delegado Rosalino Constante Seara, e muitos colegas que faziam daquele órgão policial um lugar marcante naquela comunidade, principalmente, por que a Polícia é a única instituição pública que nunca fecha as portas, e nunca está lotado e que nunca está com sua capacidade de atendimento superada, estamos

Comissário Ayres com a medalha Plinio Brasil Milano

sempre de portas abertas e não cobramos por nossa prestação de serviço; muitas vezes até por telefone.Mas isso é outra história. Fiquei em Novo Hamburgo por três anos, mais ou menos, Fui Chefe de Cartório da então inaugurada 2ª DP de Novo Hamburgo, ficava no meio da Vila Santo Afonso, junto com o Delegado João Bancollini, Inspetor João Renato, hoje Comissário de Polícia, levamos os serviços policiais àquela comunidade; é claro que tinham outros policiais, Insp. Liçante, Insp. Luiz Alberto, mas me perdoem, faz muito tempo, e o tempo, as vezes nos prega peças na memória e as lembranças brincam de esconde –esconde com o presente . Da 2ª DP de Novo Hamburgo, fui removido para o Serviço de Relações Públicas do Gabinete da Chefia de Polícia. Estava formado em Matéria completa em HISTÓRIA DE VIDA no submenu: 4. Policiais Civis www.abcdaseguranca.org.br/

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Surge no bairro Bom Fim, em Poa, um Super Herói Um blog procura explicar o que seja essa figura que se auto denomina Capitão BONFA

Até o fechamento desta edição aguardamos uma manifestaçãodo 9º BPM, OPM com circunscrição policial militar sobre o bairro de atuação do pseudo super herói, mas não hove manifestação

Quando falamos de Super-herói, logo nos vem a cabeça o Batman, Superman ou algo parecido. Também pensamos em super poderes e outras coisas mais que caracterizam um Super-herói nos quadrinhos. Aqui o caso é um pouquinho diferente, mas não menos interessante. Recentemente pelas ruas de Bom Fim, em Porto Alegre, um cara mascarado conhecido pelo nome de “Capitão Bonfa” (em homenagem a Bom Fim) age como um verdadeiro Superherói, ajudando a todos que precisarem de auxilio no momento. Os tipos de ações vão desde ajudar uma idosa a atravessar a rua, à limpar as sujeiras deixadas pelos animais.

“A ideia surgiu faz algum tempo. Adoro super-heróis e já vi pessoas fora do Brasil começando com esta iniciativa. Comecei a experimentar, desenhar a roupa. Até que resolvi colocar em prática e ajudar as pessoas que precisam” - explica o herói. O profissional da área de vendas de 26 anos não divulga sua identidade verdadeira para todo mundo. Apenas alguns familiares mais próximos sabem quem ele realmente é. A ideia é bem aprovada pelos moradores da região, que ganham um apito para chamar o Super-herói na hora em que precisarem. Quando precisar

dele, basta soar o apito 3 vezes durante a ronda do herói, para que ele venha ajudá-lo no que precisar. “Eu distribuo apitos para as pessoas me chamarem. Ajudo umas seis pessoas por dia, em média. Levo coisas pesadas, ajudo a atravessar a rua…”. A força de vontade desse cara deve ser levada a sério, uma vez que ele não faz questão de ficar famoso por causa de sua roupa e sim de ajudar tudo e todos nas coisas mais pequenas e que muitas das vezes julgamos ser de pouca importância. O Capitão Bonfa faz a diferença.

O que diz o Blog do Cap Bonfa MINHA TELEVISÃO Desligo a TV, saio da sala para aliviar a cabeça, foi tanta morte, aqui e acolá, correu tanto sangue nos jornais televisionados de hoje, que senti o cheiro e calor dos corpos sendo recolhidos, ou expostos a céu aberto. Sim este é o cenário diário da nossa mídia, depois das mazelas locais, atravessam o oceano em busca de mais. Às vezes me pergunto:- Será que precisamos ver isto diariamente? Claro, pois, dentro dessa ótica, vendem espaços e os órgãos criam mecanismos, para serem os donos da verdade e mais plugados. “Vendem creditibildade”. A imprensa deve ser livre, mas poderia selecionar melhor suas matérias. Merecemos um pouco mais. A nós cabe o direito de escolher o que queremos ver e ler, embora nem todo o façam. O bicho homem gosta de tragédias, ver fogo, fumaça, devastação,

tiros e guerras, podridão e urubus em busca de carniças. As noticias são requentadas, e, continuamente repetidas. O trágico sempre imperou nos corações vingativos e cheios de ódio, o homem é cruel consigo mesmo. Bandidos anônimos adoram ver seus estragos comentados, que chocaram. Tornam-se heróis no mundo do crime. Sei lá, cada um na sua, eu na minha.


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O ensino: formação e atualização na expansão da ESP

Dedicou sua vida à busca do aperfeiçoamento no ensino penitenciário em caráter profissionalizante

O Sistema Penitenciário gaúcho, a partir do professor Leonardo Leiria da Rocha, tem a qualificação profissional definida como uma era da qual não se poderá retroceder. O Filho de Fitizalã Saldanha da Rocha e de Honorina Leiria da Rocha, nascido em 24 de setembro do ano de 1953, na cidade de Porto Alegre, no bairro IAPI, aproveitou sua sólida formação militar no Exército Brasileiro para acelerar o processo educacional de sua corporação penitenciária. Estudou o primário, da época, no Instituto de Educação Gen Flores da Cunha; seu curso ginasial ocorreu no Colégio Estadual Júlio de Castilhos; seu curso seguinte dividiu-se em, Científico, no Colégio das Dores, optando depois, pelo curso Clássico, concluindo esse ciclo, através de um curso de madureza, como eram chamados, ou cursos 99. Em 1973 foi servir no Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva do Exército (CPOR), na arma de Infantária. Como oficial R2 o jovem

Leonardo serviu por 7 anos, 8 meses e 21 dias. Tempo que vai se agregar em sua grade da Susepe. Lembra ele e salienta, que seu parente brigadiano, conhecido como “capitão Caraguatá’, o Cel Mello Leiria, sempre repetia e ele , guri guardou a expressâo: “Eu como advogado já defendi mais da metade da Brigada Militar.” Sua vida como oficial R2, ele diz que foi além de gostar: “gostar, não. Eu adorei.” diz o professor Leonardo. Serviu como 2º Ten por 3,5 anos no 18ºBIMtz, na Cia de Cmdo da 6ª DE, até 1982. Em 14 de Janeiro de 1982 foi excluído por ter atingido o tempo limite previsto no Exército. Nesse mesmo ano formou-se em licenciatura - História, na Faculdade Portoalegrense. Ainda, no ano de 82, passou no concurso de Monitor penitenciário e também, iniciou uma pós graduação em História da literatura gaúcha. Seu curso de formação na Escola Penitenciária durou quatro meses. A carreira era de nível médio, mas a maioria dos que entraram na sua turma eram, como ele, graduados. Ele diz que o curso foi de muita qualidade com excelentes professores. Era coordenadora de seu curso a professora Maria Costa Alves. Após conclusão do curso e em razão de seus conhecimento de telecomunicações, que aprendera no Exército, o prof. Leonardo foi lotado na área de comunicações da Susepe. O

secretário de justiça da época era o Celestino Goulart. Leonardo foi designado para o recém criado Serviços de Telecomunicações do Sistmea Penitenciário (SETESPE), ali permanecendo por 2,5 anos. Assume a secretária da justiça, Jarbas Lima, escolhe oito, entre agentes e monitores, para estruturar uma Inspetoria Penitenciária, para o sistema, que vai atuar sobre todos os presídios do Estado. Entre os oito está o prof. Leonardo que aí, trabalha durante 12 anos. As viagens de inspeção às casas prisionais ocorrem com a presença do Juiz, do Pormotor local, promovendo quando necessário sindicâncias. Hoje corresponde ao serviço da Susepe chamado de Corregedoria. Na gestão na Susepe do promotor de justiça Luiz Alberto Rocha (falecido) foi indicado para assumir a direção administrativa do IPF. Por um ano frequentou o curso de Gestão em Políticas Públicas, em nível de pós-gradução, na Escola Superior de Administração Pública,

em conveniamento com a Fundação de Desenvolvimento para os Recursos lHumanso (FDRH), em regime de dedicação exclusiva. Diz Leonardo que foi o melhor corpo de professores que encontrou na sua vida. Um curso para ser administrador ou consultor da Susepe. Em consequência foi convidado para ser o diretor do DEP, o maior departamento do sistema, onde atuou por dois anos na gestão do secretário da Justiça e Segurança, Fernando Eichemberg. Assumiu a Susepe o delegado da polícia federal, Djalma Gautério, que o convidou para assumir a Escola do Serviço Penitenciário - ESP. Foi o início de uma realização profissional, da produtividade de cursos e obras publicadas com parcerias sem ônus ao Estado. Mas também vai provar o fel do sistema ao ter de retornar, pela simples troca de ideologia governamental, indo trabalhar por quatro anos como plantonista de galeria, no presídio de Gravataí. Com a troca de governo, assumindo o Rigotto, o prof. Leiria retorna à Escola dos Serviços Peniteciário - ESP, para voltar a imprimir a sua meta de vida de compromisso com o conhecimento. Mas já no começo do governo Yeda ele é mandado para o setor de Transporte da Susepe em 2010, quando então pede sua aposentadoria. Dentre suas indignações o prof. Leiria

questiona se relamente querem alguns governos fazer o melhor para a sociedade, ou se os compromissos de campanha, são na verdade os gestores do Estado. “Como vai se constituir um instituição de seriedade com este tipo de tratamento aos seus quadros Superiores.” Por sua formação castrense o prof. Leiria não admite que um tenente ou capitão volte a ser soldado, em uma instituição saudável. O radialista Leolnardo leiria tem no Youtube um exemplo de sua dedicação. Uma dieta que Matéria completa em HISTÓRIA DE VIDA no submenu: 5. Serv da Susepe www.abcdaseguranca.org.br/

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LITERATURA Capitão Oscar Bessi Filho

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Conto: O Rio Grande sem a Brigada

Colunista dominical do Correio do Povo com temas do cotidiano policial

que é gaúcho, não diz policial militar, é brigadiano - e nada. Grita, ameaça, vai acabar com a carreira dos soldados. Eles nem dão bola. Todo infrator diz a mesma coisa. Só que o sujeito é milionário e financia um projeto para viajar no tempo. Que dá certo. E ele volta aonde? Ahm? Em 18 de novembro de 1837. O início de tudo. Bom de lábia e chimarrão, convence o Presidente da O capitão Bessi serve no 27º BPM Província de São Pedro, Antonio Elzeário – que Cena de um filme de ficção científica. chama de compadre Tonho, na maior intimidade Sujeito é pego em blitz numa rodovia estadual, feriadão, velocidade no dobro do permitido. - a não assinar a Lei Provincial nº 07. A Força Policial não é criada e não vai virar Brigada Risco à vida dele? Dos outros? Não quer saber. Militar. Nunca. Missão cumprida. Faceiro, ele Fica fulo com a multa e dá carteiraço. Em vão. volta ao futuro e os brigadianos não existem. As Tenta subornar os brigadianos – que gaúcho,

®

estradas estão liberadas e ele corre à vontade. É aí que olha ao redor e se apavora. O país está na miséria. Não uma miséria parcial e disfarçada, mas total. Sem a Brigada, o Rio Grande do Sul nem se mexeu para uma revolução em 30 e Getúlio nunca chegou ao poder. A política do café com leite só derramou o leite e seguiu depredando o país, sem ser importunada. Deu no que deu. O obelisco não conheceu nossos cavalos. Nem os trabalhadores do Brasil viram CLT, salário mínimo, férias remuneradas, décimo terceiro e etc. Legalidade? Sem a BM? Necas. Brizola teve que sair antes e a ditadura veio mais cedo, em 61, matando e torturando ainda mais do que se deixasse para 64. Isto, em dois capítulos da História. Só por não haver Brigada Militar. E tinha mais. Ele se apavorou. As praias, sem os salva-vidas e a Operação Golfinho, eram terras proibidas. Temidas. Desertas. O pampa ago-

nizava. A natureza exuberante, sem Batalhão Ambiental, virou lixão. Bancos eram explodidos todos os dias sem reação. Traficantes vendiam drogas, bandidos achacavam velhos e crianças, mulheres eram agredidas sem socorro. As estradas viraram uma carnificina só, sem o Batalhão Rodoviário para fiscalizar. E ninguém ligava para o 190. Porque não tinha 190. Não havia quem chamar, nem para onde correr. Apavorado, ele embarcou na sua máquina do tempo. Voltou ao 18 de novembro, 175 anos antes. “Tonho, Tonho!”, gritou, esbaforido, já alcançando a pena para que o Presidente da Província assinasse a lei de uma vez por todas. Sem pestanejar. “Bah, sem a Brigada não dá”, resmungou. E pediu cuidado para não borrar o papel. “Dá pra botar só mais um item aí, dando um aumentinho pra eles? Mas baixando minhas multas, tá? Pode ser?”. O autor tem 09 livros publicados, colunista O

Na última feira do livro, autografando (a esquerda) de com Juremir Machado

O autor tem nove livros publicados, colunista dominical do Correio do Povo, colunista diário do Jornal Ibiá e colaborador semanal da Folha de São Borja. Cinco vezes premiado no Habitasul Revelação literária. Seu conto “Carmas de nossas carnes” recebeu o troféu “Palavra de autor” em 2005, e a peça “Três Vezes Amor e Morte”, que teve base neste texto e mais outros dois contos, venceu o Habitasul Desmontagem Cênica em 2006. Foi duas vezes diretor da Associação Gaúcha de Escritores (AGEs).


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Cel Francisco Roberto de Oliveira, simplesmente “Becão”

Um dos decanos do ensino na Brigada Militar. Todas as gerações de oficiais 70,80 e 90 foram seus alunos

O Cel Roberto é uma referência moral aos integrantes da corporação brigadiana e recebe, publicamente, o apreço e reconhecimento daqueles que foram seus alunos, em mais de três décadas. O coronel Francisco Roberto de Oliveira ,mesmo na reserva, continuou tendo uma vida muito participativa nas questões brigadianas e em atividades sociais que há décadas realiza. A história de sua chegada a Brigada Militar não muito conhecida e sobre ela vamos focar. Ele nasceu na cidade de Vacaria, no dia 25 de maio de 1940. O filho da dona Isabel com poucas condições frequentou o curso primário na Escola Isolada da Flória, nome do bairro que dá origem ao Clube de Futebol vacariense. Já seu ginásio foi cursado na Escola Normal Rural Murialdo, em Ana Rech, distrito de Caxias do Sul, que o fez com bolsa de estudos.

Chegou a idade do serviço militar e ele foi servir na cidade de Vacaria, no 3º Btl Rdv, do Exército Brasileiro, em janeiro de 1959. O prédio do aquartelamento onde ele foi recruta, hoje pertence e é a sede do 10º BPM, da Brigada Militar. Nos primeiros cinco meses de seu serviço militar, Roberto já havia conseguido fazer os cursos de Soldado, Cabo e Sargento. Em razão disso foi classificado na 1ª Cia de Construção, sediada em Nova Prata, na estrada saída para Veranópolis. Era seu comandante de Cia o então capitão EB Fernando Lopes, com quem estreitou boas relações. O capitão Fernando verificando o interesse e permanente devotamento ao estudo do jovem Roberto, orientou-lhe a se inscrever para o a seleção da Escola Preparatória das Armas (EPA). Ao analisar os conteúdos Roberto encontrou dificuldades em línguas estrangeiras. Exigia inglês e francês e ele não tinha domínio de nenhuma das duas. Foi quando tomou conhecimento do ingresso para o Curso de Formação de Oficiais da Brigada Militar (CFO)onde a exigência era só de inglês. Ele começou, então, a estudar inglês sozinho, momento esse que já havia dado baixa do Exército, mas o Cap Fernando havia lhe recomendado um amigo que ele tinha na Brigada Militar, de nome capitão Jaques da Mota Rocha. O jovem Roberto, que tinha facilidade em

matemática, foi aprovado no concurso do CFO. incluíu na BM, em 2 de março de 1960 e para sua surpresa, o comandante da 1ª Cia de Alunos do CFO ,era o Cap amigo de seu ex-comandante no Exército, o Cap Fernando ao qual tinha uma carta de apresentação. Se tornou o mensageiro de correspondências entre os dois. Forma-se Aspirante a Oficial em 16 de novembro de 1963. Sua turma optou por não ter paraninfo, o que por si, já era uma questão polêmica para o comando. Haviam vivido toda o Movimento da Legalidade, de forma concreta, com aquelas histórias de possíveis enfrentamentos aos tanques do Exército, com simples barricadas no entorno da Academia de Polícia Militar (APM), na época chamada de Centro de Instrução Militar (CIM). Nesse período, além do Palácio Piratini e dos Quartéis Generais da BM e EB, também seria o CIM um ponto militar estratégico. Também, pertence ao período de formação da turma 63, além das questões da Legalidade, a campanha contra o “parlamentarismo” com

o plebiscito de acirradas discussões políticas. Fervilhava a política e era o primeiro ano do governo de Ildo Meneguetti. Foi classificado no 3º RPMon, em Passo Fundo e, lá, em breve, foi instalado o governo do Estado, com a ida do governador Meneguetti, lá permanecendo por três dias. As comunicações naquela época eram precárias e o Aspirante Roberto foi encarregado de tomar conta do telefone a manivela, único existente. Ninguém tinha acesso ao telefone sem a presença dele. Ele assiste as ligações feitas e é o portador de recados ou de chamar essas autoridades pelas ligações recebidas. O jovem oficial Roberto se insere na comunidade das autoridades estaduais e dos assuntos sobre a situação política daquele momento. O Cel Roberto, como oficial subalterno, faz parte da Cia que é organizada para escoltar o retorno do governador Meneguetti para Porto Alegre. Em Pantano Grande faz junção com duas grandes OMs do EB. E ele é o comandante do 3º Pel da Cia da BM.

Estamos em plena Revolução de 64 e ele retorna da missão para Passo Fundo sendo designado para o destacamento de Vacaria. Dali de onde é originário e conhece todo o mundo e, incluisve, casou e já se encontrava cursando a faculdade de Economia, cujo primeiro ano letivo, perdeu em função das questões de 64. Foi indicado para frequentar estágios nos Estados Unidos, tendo sido seu companheiro de viagem, o hoje, Cel Délbio, que devido as especializações buscadas por ambos, tiveram de separar, no úlimo módulo. Admite o Cel Roberto que estes cursos foram um diferencial muito importante de sua carreira. Foi promovido a 2º tenente em 29/06/64 e a 1º Ten em 20/09/1966. Volta ainda para sua unidade de origem em Passo Fundo, onde permanece por mais dois anos, já formado em Ciências Política e Economia. É transferido para a APM, como oficial do corpo de alunos e instrutor dos cursos daquela casa de ensino. Sai capitão em 20 de setembro de 1973, por merecimento. Vai ser promovido a major em 31 de março de 1979. Sua condição de instrutor vai além de seu tempo de serviço na APM e na própria BM. O Cel Roberto exerceu o magistério militar

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abc/JCB nº 211 de Dezembro de 2012

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Correio Brigadiano

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A Polícia Civil festeja seus 171 anos de existência

A organização policial civil gaúcha passa por uma sólida transformação institucional

Vice-governador abre seminário da Polícia Civil

Governo do Estado promove 1074 policiais civis No dia em que a Polícia Civil comemora 171 anos, o governador do Estado Tarso Genro promove 1074 policiais civis, por critérios de antiguidade e merecimento, sendo 56 Delegados de Polícia, 269 Comissários de Polícia, 406 Escrivães de Polícia, 342 Inspetores de Polícia e um Investigador de Polícia. A promoção de hoje, é a segunda ocorrida neste ano, a outra ocorreu em abril, onde foram promovidos 769 policiais civis. Foram criados ainda, no mês de agosto de 2011, 1541 vagas, o que possibilitaram as promoções ocorridas no ano de 2012. No mês de setembro foram nomeados 772 novos inspetores e escrivães e chamados 47 delegados, da 45ª turma. Os futuros Delegados estão fazendo o curso de capacitação na Academia de Polícia e deverão entrar em atividade em 2013.

O Governador, também anunciou na Aula Magna do curso de Delegados de Polícia, ocorrido no dia 26-11, a abertura de novo concurso público para 700 vagas de inspetor e escrivão de polícia, a ser efetivado no decorrer de 2013 A lista com os nomes dos servidores públicos pode ser acessada no Diário Oficial do Estado (www.corag.com.br) desta segunda-feira (03-12) ou no DOE impresso ou na página eletrônica do Diário Oficial ( http://bit.ly/UBHP1n )

História da Polícia Civil

A organização policial, de fato e autônoma, no Brasil, foi oficializada através da Lei nº 261, de 03 de dezembro de 1841, assinada pelo Imperador Dom Pedro II. A data marca a criação da Polícia Civil gaúcha, da então Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, determinando os cargos de Chefe de Polícia, Delegado de Polícia e Subdelegado de Polícia.

O vice-governador do Estado, Beto Grill, abriu, às 14h desta quinta-feira (6/12), o Seminário Estadual da Polícia Civil: A Instituição em Preto e Branco. A mesa de abertura contou ainda com as presenças do secretário da Segurança, Airton Michels, do chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior, do subprocuradorgeral de Justiça para Assuntos Institucionais, Dr. Marcelo Lemos Dornelles, representando o procurador-geral de Justiça, Dr. Eduardo de Lima Veiga, da subdefensoria público-geral, Dra. Luciana Kelrn, representando o defen-

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sor público-geral, Dr. Nilton Leonel Arnecke Maria, Dr. Jeférson Cardoso, representando o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Dr. Cláudio Lamachia. Com o objetivo de discutir novos rumos da Instituição, o evento reúne, hoje e amanhã, 350 servidores policiais no Novotel Três Figueiras, em Porto Alegre. O seminário traz palestrantes renomados do cenário político e jurídico estadual e nacional. Temas como profissionalização do ensino policial, as reformas legislativas do Código Penal e Código de Processo Penal, a investigação policial e o direito à informação, e o papel da Polícia Civil nos territórios da paz serão discutidos. O encontro ocorreui até o dia 7/12, marcando o fim das comemorações alusivas ao aniversário da Polícia Civil que ocorrerão durante a primeira semana de dezembro.


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H I S T Ó R I A DE V I D A

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Ten Luiz Carlos Bergenthal a voz classista em São Gabriel Desenvolveu uma mídia em defesa dos interesses policiais militares e da Segurança Pública gaúcha

DEPOIMENTO Sou descendente da Áustria, cidade de Lins, minha família BERGENTHAL, possui um brasão, anexo. Meu Pai João Alfredo Bergenthal, Policial Militar, da primeira leva do curso de formação de sargentos do 1º R P Mon, 1957, Policia Rural Montada, que tinha como seu comandante o Cel Max Alberto Hanck, que trouxe da Real Policia Montada do Canadá, os modelos de fardamentos. Minha Mãe, Marieta da Silva, dona de Casa, profunda defensora da soldadama. Meu avô Paterno morava em Sta Cruz do Sul, era mascate, conhecido pelo nome de Luiz Faz tudo, arrumava relógio, dava remédios caseiros, arrumava guarda chuvas, Minha Avó Antonieta Kinebler Bergenthal, dona de casa, requintada só falava o alemão. Meus avos maternos, avós ten da Brigada Militar, José Luiz, tinha feito parte do Corpo Provisório da Brigada Militar, minha avó Universinda, dona de Casa. Comecei meus estudos na localidade

de Tiarajú, interior de São Gabriel, onde meu pai era sargento destacado e subdelegado de Polícia, muitas vezes era levado a cavalo pelo Sd Pedro Figueiredo Barboza, tio Pedro como nós o chamávamos. Não tenho muita lembrança de minha vida de adolescência, pois ajudava minha mãe nos afazeres domésticos, trabalhava na horta e cuidava a criação de galinha. Ensino Fundamental foi na Escola Rural Isolada Marechal Hermes da Fonseca em Santa Margarida, distrito de São Gabriel, hoje Município. O ensino Médio, Escola Estadual XV de Novembro na cidade de São Gabriel, vindo a cursar Escola Técnica do Comercio, São Gabriel. Aos dezoito anos inclui nas fileiras do Exército Brasileiro como Soldado, 9ºRegimento de cavalaria Blindado, 1971, ano que casei com dona Gleci, logo tivemos o primeiro filho Glecarlos. 1972, ingressaram na Brigada Militar logrando êxito com aprovação no curso de Sargento Combatente, em Sta Maria, ESFAG.

Quando já fazia três meses de curso, inclusão como civil, veio uma determinação do Chefe do EM-BM, para que o curso funcionasse, somente com 45 alunos, nós éramos 50. Que abacaxi, para o Cmt da Escola na época, Cel Oritz Morari Abiz, homem justo. Chamou os civis de menos idade e determinou vocês ficaram na Brigada e no curso, mais cinco ao final do ano receberão a divisa de Cabo. Bah, que situação, eu era um dos que tinha menos idade, mais quatro meses de curso e recebo as divisas de cabo, com direito a rematricula, nada, tivemos que prestar exames novamente, dos cinco quatro passaram, incluindo eu, que no final de 1973, ESFAS, fui promovido a 3º Sargento, classificado no Quartel do Comando Geral, Serviço de Identificação no qual trabalhei por três anos. Em 1974, fui aprovado nos exames da Academia de Policia Militar ao curso de oficial, havia omitido minha situação civil, quando descobriram, fui desligado e punido. Neste mesmo ano prestei vestibular

na PUC, Jornalismo, no quarto semestre não pude mais sustentar meus estudos, cancelando minha faculdade. Em 1997, promovido a segundo Sargento, fui classificado no 6º R P Mon, com sede em Lavras do Sul, destacado em Dom Preto, onde servi por um ano. Por falta de interessados fui convocado a fazer o CAS, Curso de Aperfeiçoamento de sargentos, ao término deste, fui novamente classificado no 3º Pelotão do 2º Esquadrão do 6º RPMon, na cidade de Dom Pedrito. Várias ocorrências de abigeato, nesta cidade, junto com contrabando, descaminho, enfim muitas coisas vividas. Em 1998, comprei um Terreno na cidade de Lavras do Sul, onde construi minha casa. E, aí já tinha três filhos, Glecarlos, Simone e Claudia Andréia, vindo a nascer em 1994 o caçula, o Luiz Carlos. Eu era da 3ª Seção do EMR, encarregado da seção de instrução, formando soldados PM que eram destacados na área de ação de RT. Em 1986, convidado pelo Major Mamedes,

fui para o 14º BPM, São Luiz Gonzaga, para formar duas turmas de soldados e com a missão de unir os sargentos do Batalhão. Foi neste ano que juntamente com vários colegas a Associação dos Sub Ten e Sargentos de São Luiz Gonzaga, meu nome e foto consta da galeria de Presidente, Fundador na Sede da Associação em São Luiz Gonzaga. 1988 consegui voltar para a Sede do Regimento em Lavras do Sul, formando mais uma turma de Soldado, logo depois de transferido para São Gabriel aqui permanecendo até minha transferência para a reserva altiva. Tenho a satisfação de meu nome constar na galeria dos ex comandantes do Esquadrão de Policia de São Gabriel. Também, da ocorrência, em 1997, quando da invasão da fazenda Santa Maria interior de Bagé, ficar 29 Matéria completa em HISTÓRIA DE VIDA no submenu: 1. Brigadianos www.abcdaseguranca.org.br/

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pág 32 - Dezembro de 2012 P O L Í C I A M I L I T A R DO

ESTADO

DE

MINAS

GERAIS -

A biblioteca da Acadepol PC/RS - Mensagem institucional

PMMG

REAJUSTE SALRIAL PROGRESSIVO ATÉ ABRIL DE 2015 Porto

Piso Inicial Outubro 2011 Outubro 2012 Outubro 2013 Julho 2014 Dezembro 2014 Abril 2015 Sem QQ 10% Sem QQ 12% Sem QQ 10% Sem QQ 15% Sem QQ 12% Sem QQ 15% Graduação Sem QQ

Abril 2015 com 6 QQ +Trin

Cel PM

7.859,41

8645,35

9682,79

10.651,07

12.248,73

Ten Cel PM

7.089,28

7798,21

8733,99

9.607,39

11.048,50

12.374,32

14.230,47

24.191,80

Maj PM

6.318,91

6950,80

7784,90

8.563,39

9.847,89

11.029,64

12.684,09

21.562,95 19.959,67

13.718,58

15.776,37

26.819,81

Cap PM

5.849,08

6433,99

7206,07

7.926,67

9.115,67

10.209,56

11.740,99

1º Ten PM

5.023,71

5526,08

6189,21

6.808,13

7.829,35

8.768,87

10.084,20

17.143,14

2º Ten PM

4.421,13

4863,24

5446,83

5.991,52

6.890,24

7.717,07

8.874,63

15.086,87

Sub Ten PM

3.971,39

4368,53

4892,75

5.382,03

6.189,33

6.932,05

7.971,86

13.552,14

1º Sgt PM

3.529,45

3882,40

4348,28

4.783,11

5.500,58

6.160,65

7.084,74

12.078,18 10.543,47

2º Sgt PM

3.089,71

3398,68

3806,52

4.187,17

4.815,25

5.393,08

6.202,04

3º Sgt PM

2.726,35

2998,99

3358,86

3.694,75

4.248,96

4.758,84

5.472,66

9.303,52

Cb PM

2.363,01

2599,31

2911,23

3.202,35

3.682,70

4.124,63

4.743,32

8.063,64

Sd PM

2.041,74

2245,91

2515,42

2.766,97

3.182,01

3.563,85

4.098,43

6.967,33

A partir do Blog do Cabo Fernando da PMMG, (que pode ser checado) fazemos um comparativo da postagem, atual, com uma de um ano e meio atrás. Atual: O Governador Antonio Anastasia acaba de anunciar a política de reajuste salarial para área de segurança pública, que irá vigorar no período de 2011 a 2015, cuja proposta será remetida à Assembléia Legislativa. A proposta em questão aumenta o valor do salário na PMMG, de forma linear, em 97% (NOVENTA E SETE POR CENTO), atingindo ativos, inativos, pensionistas e funcionários civis, o que elevará o piso salarial do Soldado com 00 quinquênio de R$2.041,73 para R$4.022,24, ao final do período. Anônimo de10 de junho de 2011 02:17 - Vergonha... com esse aumento vergonhoso dito pelo governo do estado, ainda exigem curso superior para ingressar na PM. Fanfarrões!!. A tabela acima, que está circulando na Internet e foi transcrita de uma idêntica postada no Blog do Esteves, Bombeiro Militar de Minas Gerais.

A Biblioteca da ACADEPOL foi criada através do Decreto nº 6.880, de 7/12/1937. Em 6 de julho de 1966 foi denominada Biblioteca Delegado Plínio Brasil Milano para homenageá-lo pelos serviços prestados à Polícia Civil e pela sua dedicação na reorganização da mesma. No início de suas atividades a Biblioteca tinha como funcionários somente policiais. A partir do ano de 1973 passou a contar com o trabalho da Bibliotecária Marilda Diederichs que organizou tecnicamente o acervo. Na época era a única profissional concursada na área da Biblioteconomia e lotada na Polícia Civil. O acervo era obtido através de doações e foi sendo ampliado também através de campanhas junto aos policiais. Em 1992 outro concurso público designou mais uma Bibliotecária para a Academia de Polícia Civil. Com duas profissionais melhorou o atendimento ao público, a rapidez no processamento técnico e maior divulgação dos serviços. Nessa ocasião foram feitas várias campanhas junto às editoras. Títulos importantes enviados pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) e materiais adquiridos pela Polícia Civil através de projetos, resultaram numa ampliação e qualificação do acervo. É composto de 7.000 títulos entre livros, periódicos, monografias, dissertações, teses, artigos científicos e material audiovisual voltados para a área de Segurança Pública. Para pesquisá-lo acesse http://phl.pop3web.com.br/index.php ou www.pc.rs.gov.br ( Institucional Departamentos – Acadepol – Biblioteca – Consultar ao acervo). A Biblioteca localiza-se no térreo da sede da Academia. Atende de 2ª à 6ª feiras alunos, professores, policiais, servidores públicos, e pesquisadores. Pretende incrementar a divulgação da produção científica de servidores e pesquisadores da área de Segurança Pública, dando continuidade a política de recebimento de doações como forma de ampliar o acervo. Atualmente a equipe é composta pelas Bibliotecárias Maria Bernadete Tachini Machado e Nilse Terezinha Pires de Oliveira Biblioteca Delegado Plínio Brasil Milarno, Rua Comendador Tavares, 360 - Poa. CEP 90.230-020 Fone: 051 32889315 - Email: acadepol-biblioteca@pc.rs.gov.br


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Cap Mendonça um Sd oriundo da Polícia Rural Montada Autor de diversas livros e um CD - com diversos projetos, é o gerador de uma linhagem brigadiana

O capitão em seu gabinete de trabalho em sua residência

Resumo autobiográfico do oficial Armando Pereira Mendonça, filho de Hodócia Pereira Mendonça e de João Mendonça Dias,agricultores,nasceu em 29 de julho de 1936,na localidade de Chiniquá,São Pedro do Sul-RS,aos 07 anos foi alfabetizado em casa pelas irmãs,Edith,Nedi,Elisa e pela madrinha Dolvina.Dos 08 aos 10 anos estudou até a terceira série primária na Escola Municipal na Igreja Santa Rita da localidade.Dos 10 aos 21 anos foi trabalhador agropastoril”Rural” e agricultor e, aos 21 anos de idade ingressou na BM, no Primeiro “Regimento Cel Pillar,”como Soldado,voltou a estudar além das disciplinas do “NPPR,Núcleo de Preparação do Policial Rural”.Estudou com a Professora Maria Dulcina Optiz Burger na admissão ao ginásio,1961, estudou na Escola São Francisco de Assis em Santa Maria,até a segunda série ginasial, dirigida pela Professora Maria Pavani.Com a

Chapéu com que o Cap recebeu em 1958, também tem as botas.

conclusão do Curso de Soldado foi destacado para Áurea,Itatiba do Sul,no combate aos abigeatários nas fronteiras com Argentina, Uruguai: Livramento,Jaguarão,Bagé, Lavras do Sul à Santa Vitória do Palmar. Sob o Comando do então Capitão Iriovaldo Maciel de Vargas;Carregava junto na mochila,seu livro com matérias básicas para o Curso de Formação de Sargentos,e um caderno de anotações. Em 10/06/1960,casou-se com Teresa Dellani Mendonça e geraram,Tania de Fátima,Salete e Worney.Em 1960/61,atuou na segurança dos conflitos do MST em Nonoai e Planalto.Voltou ao combate aos abigeatárias em Bagé.Regressou ao Primeiro Regimento para trabalhar na sala das ordens, mimeografista dos boletins e de distribuição dos documentos.Em 29/12/62,formouse Sargento PM do Primeiro Regimento.Em 07/04/63,assumiu o controle da segurança nas invasões do MST na Fazenda Santo Antonio em

Uma estrutura familiar tradicional e brigadiana. Tem o filho e o genro nessa sucessão.

Os diversos livros produzidos, pelo capitão, inclusives infantis e um CD musical

Além de uma vasta biblioteca, as fotos de construção da sua vida e premiações

Tapes e no Interior de Camaquã,em Tapes ficou no comando do Pelotão até agosto de 1964, na seqüência comandou Arroio dos Ratos,concluiu os Cursos de Especialização operacionais Internas e externas,Curso de Especialização de Comandantes de Destacamento Policial,1967. Ministrou Cursos Operacionais, Relações Públicas, Educação Física, Anatomia Humana e Primeiros Socorros nas Subunidades, Destacamentos e, nas escolas como voluntárias, até 1972. Comandou: São Jerônimo, Butiá, Triunfo, Guaíba e Barra do Ribeiro. Em 1973,formou-se no Curso de Aperfeiçoamento (CAS), desempenhou missões administrativas no Comando de Area-2 em Santa Maria. Continuou os Estudos dos Problemas brasileiros,sociologia,Administração de Empresas,Organização e Métodos;Legislações civis e Militares,Contabilidade Públi-

ca e Aplicada,Estatística;História administrativa;Educação Moral e Civismo, Literatura brasileira, Noções da Língua espanhola e inglesa. Em 10/06/1980,Formou-se Oficial QOA na APM-POA.Exerceu as funções administrativas de seus postos, no HBM/SM, no Terceiro BPM em Novo Hamburgo e no Primeiro Regimento em Santa Maria. Em 1984 concluiu 32 anos de serviço,aposentou-se no posto de Capitão PM.Foi Agraciado pelo Governo do Estado com a Medalha de serviço Policial Militar de Prata pelos Serviços Prestados à Brigada Militar nas condições exigidas em leis. Em 10/11/2000,foi lhe conferido pelo conselho da Ordem dos ABAS-LARGAS do Primeiro Regimento Cel Pillar: O Título Honorífico de “ABAS-LARGAS”,pelos Serviços Prestados ao Primeiro Regimento Cel Pillar.

No mesmo ano de 1984 iniciou estudos de Direito Imobiliário pela Sec-RS, Formouse Corretor de Imóveis.Nos últimos anos passou doenças graves mas,” Só não parou,para não parar”. - Cursou no Senac, Noções de Registros civil e Público;Neurolinguistica e dicção e Oratória;Especialização em Avaliação de Imóveis e leis do Inquilinato.Foi membro da 13 Região Tradicionalista na gesta 1982-83, membro e sócio do Lions Clube de Santa MariaDores 1978-81. Além do convívio com sua família e amigos,razão de suas lutas.Diverte-se lendo bons livros e escrevendo crônicas, contos e poemas,publicando alguns em colaboração nos Jornais da Região Central, em 1992 colaborou com o Jornal Cidadão de São Pedro Matéria completa em HISTÓRIA DE VIDA no submenu: 1. Brigadianos www.abcdaseguranca.org.br/

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O Museu da BM, na Capital, tem atuação no Estado/RS

A administração do OPM Museu é responsável por todo processo da memória institucional brigadiana

O Museu da Brigada Militar é responsável pela coleta, preservação, conservação, pesquisa e divulgação da memória institucional, por meio de exposições permanentes e mostras temporárias, que trazem de volta fatos que antes estavam distantes, a partir de objetos de outras épocas, ligando o passado ao presente.. Criado em 1985, possui um acervo de aproximadamente 3 mil peças. São indumentárias, insígnias, armas, material de campanha, equipamento de bombeiros, medalhas, premiações esportivas, mobiliário, viaturas e fotografias. Lanças do período farroupilha, uma das

escrivanhas que pertenceu ao general Bento Gonçalves e um canhão Whitworth (modelo 1863), utilizado na Revolução Federalista, são as peças mais antigas encontradas no Museu. No arquivo do Museu da Brigada Militar podem ser encontrados livros manuscritos de detalhes do comando-geral e assentamentos de oficiais e praças da Corporação (1866 a 1957), Boletins Gerais e documentos dos séculos XIX e XX. Seu acervo literário reúne 3 mil títulos, incluindo a coleção completa das Revistas do Globo, com 1.100 edições impressas no período compreendido entre 1929 e 1967.

O Museu da Brigada Militar é um espaço de trocas e de preservação, que só possui sentido se tiver um uso social. Assim, desenvolve ações educativas com o intuito de promover a inclusão social, a discussão, a reflexão e o desenvolvimento crítico, conscientizando sobre a importância da preservação do patrimônio cultural, fundamental para a reconstituição do passado, compreensão do presente e indicação de referenciais a serem utilizados na construção do futuro. No ano de 2011, o Museu teve destacada participação nos eventos alusivos ao cinquen-

tenário da Campanha da Legalidade. Realizou uma exposição de longa duração, que mostrou a participação da Brigada Militar no Movimento, com imagens, documentos, uma partitura do Hino da Legalidade, exemplares de todo o armamento utilizado na época e a submetralhadora INA usada por Leonel Brizola, que faz parte de seu acervo. O Museu realizou, ainda, uma mostra itinerante sobre a Legalidade, que percorreu diversas cidades do interior do Estado, entre os meses de março e dezembro de 2011, atingindo um público de 40 mil pessoas, aproximadamente.

Atualmente, o Museu traz uma exposição que mostra as diversas atividades realizadas pela Corporação, desde a sua criação até os nossos dias. Visitas podem ser agendadas pelo correio eletrônico ou por contato telefônico. Endereço: Rua dos Andradas, 498, Centro Histórico, Porto Alegre – RS Tel.: (51) 3288-2940 e E-mail: mbm@brigadamilitar.rs.gov.br; Horário de funcionamento: • De terça a sexta-feira, das 09h às 18h• Segunda-feira e domingo, das 13h às 18h (Texto elaborado pela Maj Najara - Diretora do Museu)


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Sgt Reformado é o maior doador privado às calamidades 3º Sgt Ricardo Fernandes arrecada e distribui, por ano, há mais de 15 naos, de 8 a 10 Toneladas no RS

Uma vida dedicada ao trabalha duro, tentando fazer o que for possivel, para minorar o sofrimento “do próximo”, pessoas na maioria, que ele nem cohece. Mas só agindo assim, ele obtem benefícios para sua saúde pessoal. Esta é missão, a saga, ou sina, do 3º Sgt Ricardo Fernandes. Ele foi reformado, por uma deficiência mental, que se ativa quando ele fica sob stress profundo. A falta de atividade e finalidade é um dos maiores fatores para sua geração de stress. A outra é a pressão que sofre por alguma coação a sua vontade. Exemplo típico, até porquê segundo o próprio Sgt Ricardo, as ações policiais da Brigada estão na origem de todo o problema e reacende sua fobia quando é submetido a revistas ou outras ações, se queixa ele, as vezes, fora das orientações dos comandos. Mas porque se dá esse tipo de problema com o Sgt? É simples e as fotos ilustram bem a situação. O Sgt Ricardo é “carrinheiro”, isso já há 15 anos, rcolhendo donativos, materiais inserviveis para recuperação. Após recolher ou receber - o que vem acontencendo bastante,

de pessoas que entregam em sua casa, as doações, ele classifica, toma as providências de limpeza ou lavagem, passa, costura, prega botões, se roupas, se for móveis toma, também, as providências de recuperação. Se bem que móveis ele sempre recebe , já remetendo para o destino que o necessita, o que ele tem cadastrado. Ele evita receber móveis para armazenar devido as questões de espaço. O Sgt Ricardo Fernandes mora na Morada do Vale III, em Gravataí. São quatro pequenos prédios (chalés) dois deles interligados em uma área de dois terrenos juntos. Ele mora no prédio da frente, ao lado e a casa de sua mães com mais de 89 anos, aos fundo do prédio dela tem outro do mesmo tamanho e, ao lado dele, nos fundos da casa do Sgt, interligada à casa dele outro chalé. Na realidade tirando a casa de sua mãe, as outras três, incluindo aquele mora, são depósitos de materias, afora o avarandado da frente, da casa principal e os avanços (puxados com brasilit) nas laterais das outras duas casas, para receber os materiais recolhidos.

Em duas das casas os materiais se encontram ensacados e classificados pro espécie, prontos para embarque. Ele gerencia a doação de uma média de 8 a 12 toneladas/ano de roupas, cobertas e colchões. Quando ocorre uma catástrofe ele é contatado e agiliza a burocracia para essas remessas. Busca na Secretaria da Fazenda a Nota Avulsa de remessa de mercadorias, que preenche, carimba no órgão competente, tornando a carga, legal. E com esse processo a prefeitura ou ONG, mas normalmente as prefeituras podem pagar o carreto. Foi seu primeiro grande evento aquele vendaval ou tornado que atingiu Viamão há alguns anos atrás. Ele fez entrega ali, de dois caminhões “toco” de roupas, alimentos e material de cama.

O Sgt Ricardo já foi muitas vezes capa do jornal “Diário Gaúcho”, notícias na Zero Hora, mas principalmente nas mídias locais dos municípios que ele ajuda. Dez (10) paredes de salas de suas casas estão repletas de diplomas de prefeituras e legislativos municipais agradecendo e prestando homenagens ao Sgt. É grande a sua galeria de troféus. Já recebeu algum prestígio institucional, mas muito localizado. Lá tem a foto do, hoje Juiz Militar, então Cel Paulo Roberto Mendes. As mágoas do Sgt não se fixam nesta questão de reconhecimento. A queixa dele é que por ter uma aparência, na maioria dos dias, não condizente com algum padrão do ser policial militar (existente na cabeça dos PMs), sempre dá problema, para identificá-lo ele, já até, prefere ir para a parede, a ter que dar explicações para jovens mal educados e prepotentes por estarem envergando a farda da Brigada Miltar. E isso o ataca, a tal ponto, que seu stress começa a ter liberação e impulsionálo, incontinenti, à violência, também. E nessas situções está gerada a ocorrência.

Por essas questões, além de espezinhado e maltratado, ele escuta os PMs desconsiderálo verbalmente e, expressarem que ele os envergonha. E é, nessas crises, ou crises pós stress desses fatos, que ele tem rememorado os fatos que o levaram a reforma. Ele não nega que gostaria de ter continuado trabalhando. E, seu trabalho demostra a sua capacidade física, sua credibilidade social, e a capaciade de representatividade instituicional, que não é percebida por PMs. Mesmo assim, ele faz questão de se apresentar e dizer que é brigadiano. Se não usar o medicamento Rivotril fica propenso às crises. E é, nesses moementos que seu stress pós traumático, de alguma relação mal gerenciada, com seus colegas PMs, aflora, e ele fica agitado , podendo até ser violento. Apesar do lauda psiquiátrico atribuir um problema de relação paterna, por morte, ele conta uma históra de perseguição ocorrida com maus tratos por colegas na Brigada Militar. Matéria completa em HISTÓRIA DE VIDA no submenu: 1. Brigadianos www.abcdaseguranca.org.br/

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E S PA Ç O MBM promove campanha de sustentabilidade Lançada há três meses, a campanha de sustentabilidade do MBM Seguro de Pessoas já registrou economia de 35,32% na conta de energia elétrica do prédio sede, que fica no Centro de Porto Alegre, além do engajamento de seus mais de 170 colaboradores. Na filial de Santa Catarina, a economia depois do lançamento da campanha foi de 50%. O projeto prevê premiação aos colaboradores que mais economizarem em energia elétrica, água, telefone e material de expediente, destinarem corretamente os resíduos, entre outras ações simples.

Na última sexta-feira, 7 de dezembro, quem trabalha no 2º, 3º e 5º andares da sede recebeu o prêmio: um café da manhã especial. Eles obtiveram empate nos índices de economia e participaram da confraternização. “O tema é moderno e gera resultados positivos para a empresa e para o meio ambiente”, comenta a coordenadora administrativa e uma das idealizadoras do projeto, Vanessa Brum.

MBM Previdência Privada - Entidade Aberta de Previdência Complementar / MBM Seguradora S.A Matriz: Rua dos Andradas, 772 - 90020-004 - Porto Alegre - RS - Centro (51) 3216.2500 - 0800.541.2555

F & F na Internet

Correio Brigadiano

Fatos & Fotos do Facebook

Acontecimentos do período importantes a nós da segurança


pág 37 - Dezembro de 2012

Proerds e Brigadas Mirins

Correio Brigadiano

- Proerd - Proerd - Proerd - Proerd - Proerd - Proerd -

O maior programa de prevenção policial da América Latina - sob responsabilidade do CNCG PM e CBM

COLUNA CAP MORAES Cristiano Luís de Oliveira Moraes - Cap QOEM

CIS - MANAUS

Prezados leitores escrevo a coluna desta edição com a intenção de dividir com nosso público as informações colhidas no Estado do Amazonas na Cidade de Manaus onde recentemente estivemos com o fim de participar de quatro eventos, quais sejam: CONGRESSO INTERNACIONAL DE SEGURANÇA PARA GRANDES EVENTOS, V Simpósio Nacional de Oficiais de Material Bélico das Polícias Militares, III Seminário de Instrutores de Tiro das Polícias Militares e, I Workshop de Segurança e Tecnologia. Neste evento foram trocadas diversas informações com outras Polícias Militares e, no meu caso, em especial com o foco direcionado para a área referente ao Tiro Policial e ao Material Bélico. Estavam presentes os representantes de diversas Indústrias Nacionais e Internacionais, propiciando assim contato com o que há de mais moderno em termos de tecnologias referentes à nossa área de atuação.

TERE

Especialista em Segurança Pública - UFRGS - 2007 Instrutor de Tiro da Brigada Militar - 2009 Instr. de Operações Não-Letais -CONDOR Brasil - 2008 Instrutor TASER - 2009 Serve na 1ª Cia de Operações Especiais do 1º BOE – POA E-mail: cristiano-moraes@brigadamilitar.rs.gov.br Mestrando em Ciências Criminais na PUC/RS Servindo na Corregedoria da BM

A delegação era formada pelo Ten Cel Giusti (Gab Cmt-Geral), Maj Érico (Ch CMB), Maj Polita (DLP), Maj Macarthur (Btl Aviação), Cap Keller (CMB), Cap Moraes (Corregedoria-Geral). Durante nossa permanência em Manaus nossa delegação foi recebida pelo Exército Brasileiro na sede do Comando Militar da Amazônia pelo seu Comandante (gaúcho) General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas e, em seguida, tivemos a oportunidade de fazer uma visitação ao mundialmente conhecido Centro de Instrução de Guerra na Selva - CIGS do Exército Brasileiro (Centro de Instrução Coronel Jorge Teixeira) onde são formados nossos Guerreiros de Selva e, é claro, não podíamos deixar de tirar uma foto com a onça, símbolo maior do Guerreiro de Selva. Nos dias finais de nosso evento começaram as tratativas para que a Brigada Militar fosse sede do próximo Congresso a ser realizado em 2013. Depois de algumas conver-

sas e, da autorização de nosso ComandanteGeral, recebemos a confirmação de que o a Brigada Militar sediará o próximo evento e que ele será realizado na Capital Gaúcha no ano de 2013. Certamente esse próximo evento enaltecerá ainda mais a nossa corporação e contribuirá para a evolução constante do Tiro Policial e das técnicas e tecnologias utilizadas no seu aprimoramento. Desejo a todos um feliz natal e um próspero 2013, que possamos estar juntos com toda força e vigor no ano vindouro. Para a despedida deste ano, em homenagem aos irmãos do Exército Brasileiro que tão bem nos receberam, encerro esta coluna com o brado que aprendemos na selva amazônica, qual seja: “SELVA!!!!!”. Com saudações de atirador, um excelente final de ano bons tiros!!!!!!!!!!!!!


pág 38 - Dezembro de 2012

Últimas das últimas

Últimas das últimas

Correio Brigadiano

http://abcdaseguranca.org.br/abc/ Articulistas abc on-line do Correio Brigadiano DH do TC Franquilim Paulo Cézar Franquilim Pereira – TC QOEM Assessor de Direitos Humanos do Cmt-Ger Título das publicações: - A tristeza no fim de um estádio (visite as colunas anteriores de TC Franquilim) http://abcdaseguranca.org.br/abc/ (pesquise Colunistas)

Cristo no combate às drogas Joel Vieira Lopes – Sd PM CRPO Litoral Pastor e Missionário Evangélico - A Escravidão Interior – Marcos 5.1-13 - Aonde está o nosso coração? - Acreditando na Recuperação – Romanos 1.18-20 (visite as colunas anteriores do Sd Joel) http://abcdaseguranca.org.br/abc/ (pesquise Articulistas)

A Arte de Somar José Luiz Zibetti - Ten O Brigadiano para Passo Fundo... Estreante - Política: arte de somar - Parlamentos (primeira coluna do Ten Zibetti no abc) http://abcdaseguranca.org.br/abc/ (pesquise Articulistas)

Sobre o policiamento Interiorano... Carlos Roberto Borges Romerinho – 1º Sgt CVMI Consultor em Relações Comunitárias Interioranas

Programas de Prevenção às Drogas da PC e da BM

- Acende aqui, acende aqui? Acendi jegueiro... (visite as colunas anteriores do Sgt Borges) http://abcdaseguranca.org.br/abc/ (pesquise Articulistas)

Questões de Trânsito A Polícia Civil atua com programas de prevenção às drogas através do Denarc. Este, além de sua competência legal repressiva, também faz essa atuação preventiva. O site do Denarc está dentro do Portal da Polícia Civil - www.pc.rs. gov.br/denarc/index.php -, onde inicia fazendo a pergunta “Você quer deixar de usar drogas? Denarc - Ajuda clique aqui:”).

A BM atua através da Assessoria de Direitos Humanos do Comando, no QCG/BM, tendo a Central de Controle Proerd mantida no prédio à entrada da APM. Houve regulação estadual e federal do programa, melhorando a administração de sua existência orgânica nos OPMs de policiamento e facilitando sua execução. O site do Proerd na internet é www.brigadamilitar.rs.gov.br/proerd/index.html.

Carlos Pedot – Sgt do 1º BRBM Consultor em Trânsito - Novas regras para motoristas profissionais - Uso do cinto de segurança (para a revista da Polícia Nacional da Angola - Dez/2010) (visite as colunas anteriores do Sgt Pedot) http://abcdaseguranca.org.br/abc/ pesquise Articulistas


No mundo do Facebook local

Fatos & Fotos do Facebook

Acontecimentos deste período importantes à segurança

Ten Bayerle & Blog’s way... Claudio Medeiros Bayerle – Tenente Presidente da Apesp Tesoureiro da Abril Membro da ICP Associassão Internacional de Polícia

A guiza de balanço do ano ‘O homem é ele e suas circuntâncias.’ Ortega y Gasset

Mais um ano chegando ao seu final, compras de presentes, festas natalícias e resoluções para o ano vindouro. Nada mais normal na vida de milhões de pessoas do mundo inteiro. O que antes hoje se materializava por meio de árvores, presépios e cartões de homenagens, hoje está plenamente massificado nas redes sociais por meio de internautas das mais diversas interfaces, links e compartilhamentos virtuais. Entretanto, nota-se uma certa ‘pobreza’ na criatividade e inventividade de internautas à medida que mais procuram endossar determinados bordões e adá-

gios, quase nunca atribuídos aos verdadeiros criadores, bem como, sistematicamente, “roubartilham’ (SIC) gravuras e artigos, quase sempre de autorias “desconhecidas”, ignorando assim regras básicas da legislação pertinente e das relações de mídia. Ora, se por um lado nunca fomos tão impactados com os mais diversos meios de comunicação, também é verdade que tamanha gama de informações quase nunca produz conhecimento, eis que para tanto há de se ter a necessário bagagem prévia possibilitando o estranhamento na intertextualidade que nos instiga à compreensão, à reflexão e à crítica acadêmica, gerando, por sua vez uma nova releitura e uma nova práxis funcional.

O articulista agradece à direção do jornal CORREIO BRIGADIANO a oportunidade de poder interagir com colegas e amigos ao logo de todo ano, bem como anela a todos e todas um 2013 pleno de conquistas e realizações pessoais. FELICIDADES!

Brasão do 9º BPM OPM do colunista

Coletivos policiais

Últimos acontecimentos


Correio Brigadiano

pág 40 - Dezembro de 2012 JCB nº 211 Dezembro de 2012

Instituições integradas na Segurança Pública

Coluna do Chefe da PC/RS Governo dota PC com um Helicóptero

Pág - 4

Coluna do Comandante da BM 175 anos da Brigada Militar

LITERATURA Um pouco do Enart - Ten Alves Pág. 14 Pássaros de ocasião - Cel Moncks Pág. 16 O Rio Grande sem a Brigada - Cap Bessi Pág. 28 CONSIDERAÇÕES - Um Cia na visão do jornalismo acadêmico p. 12

Pág - 5

- A APM sediou o V Congresso Estadual da Umergs p. 10 - A atuação estadual do Museu da Brigada Militar p. 34

Diversidade Uma mulher TC PM assume um Btl de Choque - p. 18 O Super Herói “Cap Bonfa” de Porto Alegre - p. 26 1ª Turma do CT festeja 30 anos de formatura - p. 24 Frágeis conquistas (artigo) - Cel Pafiacache - p. 20


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