Encarte Catálogo Ardidos&Sede

Page 1

A proposição de uma experiência de alargamento dos espaços para a arte na cidade pouco deve assumir o contexto do acesso à arte para a população, mas de um contato das pessoas com as proposições em arte em lugares inusuais, o que ganha contornos e sentidos inesperados.

uma série de contradições da urbe que muitas vezes têm reflexo no próprio processo do fazer artístico. Evidenciar essas contradições pode ser, inclusive, a proposta: a complexidade e riqueza da própria negociação no local como vetores dos comentários artísticos.

Embora um objeto/ação não reconhecido como obra de arte possa ser excluído de uma ordem axiológica, também pode assumir sua própria natureza, com capacidade para mobilizar quadros mentais e fronteiras de percepção calejados. Portanto, um dispositivo artístico desviado das conexões de valores contínuos pode assumir, talvez, um estatuto ontológico.

Sem pesquisa e entendimento da complexidade, a intervenção pode ser engolida pela cidade e perder sua potência de realização para além das formas e localizações imediatas. A complexidade da cidade exige novas articulações, e a percepção de novos dispositivos. Há um alargamento do espectro habitual do que é arte e do que é artista que deve corresponder às complexidades urbanas. E, de certo, essas situações em arte criam todo um repertório e um acervo de novas soluções.

Torna-se instigante para o ArtePraia trazer para lugares privilegiados da cidade de Natal, RN, Brasil – as praias – dispositivos que busquem ampliar o diálogo entre arte e sociedade, visando facilitar a relação de cada um com a “paisagem”. A tentativa aqui é provocar novos resíduos do projeto realizado entre dezembro de 2010 e maio de 2012 e não objetiva ser um registro, mas uma outra forma de abordagem do que foi desenvolvido, residuais do processo, como são as fotografias, o vídeo, os diálogos, o “isso não é uma exposição”, os ardidos e a sede. As estratégias assumidas pelo ArtePraia e suas opções artísticas possuem a intencionalidade em provocar, em situações cotidianas da população – como o ir à praia – interferências ao repertório habitual, facilitando o questionamento da paisagem e evidenciando possibilidades de outras atmosferas de percepção. Estes são pontos de aposta. Dispositivos e modos de ocupação dos espaços ditos informais iluminam situações aparentemente “naturais”, mas que provocam agenciamentos inusitados do que não estava sendo visto. Em espaços não institucionalizados onde não se espera ver arte, despontam algumas situações de tensão e embate. Algo que mais dificilmente ocorreria numa sala de exposições ou em um museu, por exemplo, lugares que produzem uma diversidade de sentidos e afetos e que subordinam o Fazer Arte e Apreciar Arte a um conjunto de apropriações institucionais e corporativas. Talvez as experiências mais desapegadas de pré-sentidos ou legitimações possam criar novas oportunidades de ativação. A própria negociação para a inserção da intervenção do artista no lugar proposto repercute com efeitos bem distintos daquela feita em um lugar esperado. As intervenções na cidade engendram uma dinâmica que possibilita a alteração do próprio espaço em uma ocorrência cotidiana. Elas permitem, inclusive, perceber com mais clareza a complexidade das situações urbanas, uma vez que se relacionam com inúmeros atores e situações, como num jogo. Ao criar as condições para se desenvolver ações que envolvem arte em ambientes não esperados, descortina-se

É imprescindível, pois, para o ArtePraia, adotar intervenções artísticas que possam facilitar a percepção da “paisagem” ou provocar incertezas no aprendizado da realidade. Como afirma Cauquelin: ...para nós, em nossa própria cultura, temos grande dificuldade em imaginar que nossa relação com o mundo (com a realidade, diga-se) possa depender de um tecido tal que as propriedades atribuídas ao campo espacial por um artifício de expressão – qualquer que seja ele – condicionem a percepção do real. E ainda criar estratégias para desestabilizar as certezas e elaborar pequenas panes no sistema de regulação que nutre nossas crenças e valores. Afinal, o artifício de evidenciar um conjunto de valores ordenados em uma visão, uma “paisagem”, potencializaria desconstruções críticas? Também é propósito do ArtePraia refletir sobre o próprio Fazer Arte enquanto área de atuação dependente de uma rede de articulações submetidas às relações econômicas e de poder que subordinam a produção. Há um colapso das experiências individuais e dos procedimentos de percepção, e nesse quadro as pequenas transgressões das funções convencionais elaboradas pelas operações artísticas podem ser retomadas de espanto. Em outra ponta, na praia, semidesnudo de legitimações e de pré-conceitos – inclusive consigo – talvez o sujeito possa experimentar um contato mais autêntico e suspenda, nele mesmo, suas convicções; talvez ele possa, como comenta Dally Schwarz, “remover sentidos dos lugares demasiadamente saturados de sentidos, deixar relaxar, distensionar e fascinar sem fins lucrativos”. Gustavo Wanderley


ARTE PRAIA O ArtePraia, em sua primeira edição, funcionou a partir de convocação pública, através de Edital, para que artistas do Rio Grande do Norte elaborassem propostas de intervenções em uma das quatro praias urbanas da cidade do Natal, RN, Brasil, escolhidas pelo projeto: Praia do Meio, Redinha, Praia do Forte e Ponta Negra. As propostas apresentadas deveriam cumprir as pertinências do eixo curatorial com as tags: Arte Efêmera. Praia. Convivência. Experiência. As intervenções deveriam também utilizar materiais e produtos biodegradáveis ou recicláveis e que, sob nenhuma hipótese, pudessem degradar o meio ambiente ou interferir na cronobiologia de espécies vegetais e animais. A proposta também deveria considerar a conservação dos equipamentos urbanos e seu entorno. O Edital acomodava até cinco propostas selecionadas. Cada uma delas receberia um prêmio em dinheiro para a realização das ações e remuneração dos artistas. As ocupações/situações deveriam ocorrer nos dias 09, 10 e 11 dezembro de 2011 em uma das praias escolhidas ou indicadas pela curadoria. Cada artista deveria permanecer presencialmente no local por no mínimo quatro horas diárias. Ao todo foram inscritas 40 propostas, e selecionadas seis intervenções, uma a mais do previsto, além de um artista convidado pelo curador. Foram selecionados dois coletivos artísticos e três artistas: Chrystine Silva, Coletivo Lamparina, Coletivo PotiguART, Jean Sartief e Sofia Bauchwitz. Sofia com duas ações selecionadas devido a complexidade envolvida em uma das propostas, que só poderia ser realizada em um único dia (no caso a ação Ao mar o que é do mar). Além desses, o artista Álvaro Paraguai foi selecionado com a pesquisa original que deu origem a sua proposta para o edital. Cada artista contou com um assistente-artista educando da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Acordados os territórios das intervenções entre artistas e curadoria, foram sendo previstas as soluções adequadas caso a caso. As intervenções traziam contextos muito distintos uns dos outros, o que possibilitou uma diversidade de experiências, tanto no sentido de uso de materiais e tecnologias quanto das abordagens e apostas.

Interfaces tecnológicas e interativas Objetos Ações performáticas Forma Mobilidade Exaustão Poesia Especulação imobiliária Gentrificação Esgotamento ambiental Ocupação do espaço público pelos interesses privados Acesso Movimento As seis intervenções ocorreram nos dias previstos. A cada dia eram produzidos materiais, como os comentários, que eram levados à sala de arte contemporânea da Casa da Ribeira, pelos artistas e pelos assistentes-artistas no que resolvemos chamar de isso não é uma exposição. Uma equipe de artistas fotógrafos e artistas em vídeo foram contratados para produzir resíduos do processo, algo que estivesse além do registro, pois eram permeados pelos olhares e pesquisas próprios de cada um deles. Ao todo seis artistas realizaram o transbordamento do projeto em vídeo e fotografias. O resultado pode ser visto no www.casadaribeira.com.br A primeira edição do ArtePraia contou também com a artista convidada Lúcia Koch, que trouxe para Natal a proposta Externa-dia-Praia realizada entre os dias 09 e 11 de março de 2012. Os residuais da intervenção também habitaram a sala de arte contemporânea da Casa da Ribeira no isso não é um exposição.


ISSO NÃO É UMA EXPOSIÇÃO O isso não é uma exposição funcionou como outro território do ArtePraia para a reflexão da ação, com o propósito de elaborar resíduos das ações nas praias. Mais uma vez a ocupação da sala de exposições da Casa da Ribeira não objetivava o registro das atividades, mas novas formas de percepção dos artistas e dos assistentes-artistas sobre a intervenção ao final de cada dia de trabalho. isso não é uma exposição ocupou a sala da Casa da Ribeira entre os dias 09 de dezembro de 2011 e 23 de fevereiro de 2012 e entre 06 de março e 29 de abril de 2012.


ÁLVARO PARAGUAI Artista potiguar, bailarino e pesquisador das artes corporais, iniciou sua pesquisa em 2003 na Cia de Dança dos Meninos-UFRN, com direção de Edson Claro. Possui experiências nas seguintes linguagens técnicas do corpo: danças populares, clássica, contemporânea, Butoh, de Salão, teatro físico, mimese corpórea, dança teatro, técnicas corporais para atuação teatral e musical. Na linguagem estética de sua arte, pensa o corpo como meio de expressão das culturas. Todo exercício para amplitude de consciências do corpo é um fazer artístico. E, essas consciências, ganham maior lucidez na socialização, na celebração da coletividade.

COLETIVO LAMPARINA

CHRYSTINE SILVA É bailarina e performer integrante do Coletivo ES3, graduada em Teatro pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e aluna do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da mesma instituição. Desenvolve pesquisas sobre os limiares entre dança e performance dedicando-se a processos de criação solo. Em 2008 iniciou seus estudos sobre Arte da Performance tendo fundado o grupo Projeto Disfunctorium de Intervenções Artísticas.

O Lamparina foi criado como forma de reedificação do individual para o coletivo, para discutir os problemas a partir desta diretriz, e desenvolver uma linguagem dinâmica, que se materializa em ações e atitudes, não se prendendo a uma postura unilateral nem pré-estabelecida. Os artistas trabalham de maneira coletiva, sem, contudo, podar o processo criativo individual. A diversidade das linguagens não é formação principal, mas enriquece na soma, multiplica e todos dividem os resultados – todos ganham. Joto Gomo: Potiguar, é artista visual e pesquisador. Estudou nas instituições de arte Solar Bela Vista (Natal-RN), Guaíra (Curitiba -PR), Arte Educação na Universidade Bennett (Rio de Janeiro-RJ), Escola de Artes Visuais Parque Lage – Arte Contemporânea (Rio de Janeiro-RJ), MAM (Rio de Janeiro-RJ) e Fundação Capitania das Artes (Natal-RN). Marly Melo: Paraense, é artista visual e arte-educadora, com formação em Artes Visuais pela UNP (Natal-RN). Pesquisa materiais diversos da região amazônica, tem exposição e cursos nas instituições: Casa de Cultura (Mossoró-RN), e em Natal-RN na Fundação José Augusto, Biblioteca Câmara Cascudo, Fundação Capitania das Artes, Solar Bela Vista e Secretaria de Educação do Município. Ramon Ribeiro: Paraense, é estudante de Comunicação Social na UFRN e um dos editores da Revista Eletrônica Catorze, voltada para o segmento artístico. Atualmente, além da Catorze, realiza experiências no campo das Artes Visuais e da Literatura.


COLETIVO POTIGUART Francisco de Paula Barretto: desenvolve o Mestrado em Arte & Tecnologia no Programa de Pós Graduação em Arte na Universidade de Brasília, trabalhando o tema do artista programador e as aplicações de IA no processo composicional. Seus estudos estão relacionados, sobretudo, a Computação Musical, Composição Algorítmica e Inteligência Artificial. Participou como analista e desenvolvedor do projeto “Visão Computacional para CyberTV” (consorciado do projeto WIKINARUA), co-autor dos projetos CIURBI, SOM-Id e Geopartitura além de ser bolsista de apoio técnico do CNPq. Gustavo Soares Vieira: trabalha com a plataforma Android e sua interação com outros dipositivos. É graduado em Ciência da Computação e especialista em desenvolvimento para dispositivos móveis e sistemas embarcados. Marcílio Amorim: é jornalista, artista, produtor cultural e DJ. Atualmente escreve três revistas, integra o Conselho Municipal de Cultura, discoteca em festas e assina a direção geral do casting publicitário Elenco Mosh.

JEAN SARTIEF Já rodou grande parte do Brasil trocando mensagens entre pessoas que não se conhecem. Participou de diversas exposições e residências artísticas, tem cinco livros de poesia e ganhou diversos prêmios em artes visuais e literatura. Acredita na arte como um movimento da vida e acredita na vida como um movimento da arte. Você pode descobrir mais no site: www.wix.com/sartief/home .

LUCIA KOCH Gaúcha, residente em São Paulo, é artista multimídia, escultora e fotógrafa. Doutora em poéticas visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), atualmente ministra aulas no curso de artes plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Em 2013 participa da 11ª Bienal de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos. Foi uma das vencedoras do Prêmio Marcantonio Vilaça para as artes plásticas (2006). Participou da exposição “Panorama da arte brasileira” no Museu de Arte Moderna de São Paulo em 2001. Participou, ao lado de Mônica Nador e Fernando Limberger, do JAMAC (Jardim Miriam Arte Clube), que realizava projetos de arte em comunidades da periferia de São Paulo. Sua pesquisa tem como cerne uma investigação sobre a luz. Por consequência também as cores, sombras e os fenômenos de refração e projeção. Em seus trabalhos, a luz é vista como matéria que interfere no modo como percebemos e interagimos com o mundo.

SOFIA BAUCHWITZ Mestranda em Investigação em Artes e Criação na Universidade Complutense de Madrid. O corpo, em constante diálogo com as paisagens, possíveis e impossíveis, e os elementos que as compõem são o que dão forma às suas divagações e brincadeiras. Começou a desenvolver seu trabalho em 2008, quando iniciou os estudos em Artes Visuais na UFRN. De lá para cá, o exercício poético visitou meios e possibilidades diferentes, prevalecendo o desejo de inventar narrativas, reinterpretar vivências de espaços afetivos e memórias do cotidiano. O diálogo com a literatura sempre foi muito presente e em 2011 teve uma obra, da série Lacunas Machadianas, selecionada para o I Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea.


#MORRODOCARECA O Morro do Careca na praia de Ponta Negra é um dos principais ícones da cidade. Desde 1994 o morro está interditado à subida para garantir sua preservação. O Coletivo PotiguART elaborou uma intervenção utilizando projeção em interface computacional com o Twitter. As pessoas puderam utilizar a plataforma da rede social na web para projetar mensagens e imagens no morro com uso da hashtag #morrodocareca. Ainda, com o recurso de uma composição algorítmica, eram produzidos sons também ativados por essa interação através do Twitter. O resultado foi formando uma paisagem audiovisual. O transbordamento do projeto se deu principalmente pela ativação da memória da população. Subir no Morro do Careca, ver o outro lado e descer em grandes saltos, eram práticas de muitos de nós, crianças, que vivíamos em Natal. Nas páginas 8, 26 e 30 algumas imagens e hashtags.

AO MAR O QUE É DO MAR Manipulação sutil de maneira redundante na paisagem. Uma tonelada de sal devolvida ao mar pelo esforço da artista Sofia Bauchwitz. A cada saco de sal esvaziado e a cada gesto acabado vimos Sofia se exaurindo. Um esforço inútil e poético que mobilizou voluntários. Carrinhos de picolé fizeram vez de carrinhos de mão facilitando o trabalho da artista. Pessoas que pararam para ajudar. Uma troca afetiva nos acontecimentos. Como traduzir aqui o vivido na espera do avanço do mar para que ele pudesse “recuperar” o que um dia o pertenceu. As imagens podem ser vistas nas páginas 14, 15, 16, 17 e 18.

COMPRE SEU ESPAÇO NA PRAIA A proposta de Chrystinne Silva tratava de duas questões bem ligadas ao contexto das praias urbanas: sobre a ocupação do espaço público pelos interesses privados e a especulação imobiliária que vive a área urbana das cidades brasileiras com a gentrificação da população. Com um megafone Chrystine vendia um espaço na areia da praia por ciquenta centavos. O espaço comprado não poderia ultrapassar os limites do próprio corpo do comprador. Ao aceitar a proposta o comprador deitava na areia, o que provocava as marcas do contorno do seu corpo. A artista reforçava esses limites com tinta guache atóxica verde ou azul, possibilitando que os corpos dos participantes ganhassem destaque. Ao finalizar o serviço uma placa foi colocada com o nome do proprietário. De certo, o contrato efêmero tinha o exato tempo do avanço do mar sobre o território comprado. O trabalho repercutiu também nos vendedores ambulantes que percebiam a venda e apontavam para seus colegas que agora estavam “vendendo espaço na praia”. Não havia alguma informação que aquilo era um trabalho de arte o que potencializou a ação. Foram comercializados vários pedaços de terra. O total do dinheiro arrecadado com a venda ficou todo com a artista. Veja as imagens desta ação nas páginas: 20, 21, 22, 23, 24 e 25.

EXTERNA–DIA–PRAIA Convidada pela Casa da Ribeira, Lúcia Koch trouxe para Natal um set de filmagens que, montado nas praias urbanas da cidade, investigou as possibilidades de percepções e sensações diferentes nos espaços ocupados. Em especial através das cores, que é o principal objeto de pesquisa da artista, podemos nos dar conta de como a forma que percebemos o mundo é alterada de acordo com a iluminação que incide sobre ele. Externa –dia – Praia abordou as relações dos indivíduos com a luz e a significação que atribuímos a ela ao longo do dia. De forma bem simples e, de certa maneira subjetiva, somos levados a provar da experiência de outras luzes, de sombras com outras cores, para podermos reconhecer de maneira mais efetiva e também afetiva – mesmo que de uma forma bastante sutil – os significados que atribuímos às horas do dia em função da presença ou ausência da luz. Imagens nas páginas 31 a 38.


INVIABILIDADE O projeto do Coletivo Lamparina potencializava a ausência de equipamentos para o acesso à areia e ao mar em alguns pontos das praias urbanas. São poucas as escadas e rampas para o acesso da população, e a maioria em abandono absoluto. A opção do coletivo então foi construir acessos inviáveis: escadas e rampas feitas com areia. A instabilidade do material e a dimensão real dos objetos eram características interessantes da proposta. Os artistas tiveram que trabalhar muito para conseguir solucionar as formas projetadas. Fôrmas, mais água, menos água, novos moldes e novas formas de fazer, trouxeram um repertório de novas soluções para o coletivo. Os objetos ganharam, enfim, contornos muito próximos daqueles objetos reais que poderiam estar ali para facilitar o acesso. Alguns pedestres se confundiram e tentaram utilizar os objetos de areia em sua possível inviabilidade. Imagens do trabalho nas páginas: 4, 5, 6 e 7.

MENSAGEM PRA VOCÊ Garrafas com mensagens lançadas ao mar. Imagens frequentes no nosso imaginário. Jean Sartief utiliza esse imagético, mas dessa vez com trocas de mensagens feitas através de papéis dentro de garrafas dispostas na areia da praia. Longos percursos elaborados com uma centena de garrafas. Mensagens oriundas de intervenções anteriores do artista em outras cidades. Muitas pessoas interessadas em também deixar sua mensagem, que poderiam ser escritas ali ou enviadas por meio de correio eletrônico. Muitas interessadas no próprio objeto. Imagens marcantes de pescadores abraçados com suas garrafas do mar. Imagens do trabalho nas páginas 9, 10, 11 e 12.

NÃO ESTOU LÁ A convite da curadoria o artista Álvaro Paraguai realizou a intervenção Não estou lá que foi apresentada como a pesquisa original do projeto apresentado ao ArtePraia. A não espetacularidade, o acaso, a relação com os objetos e situações e as repercussões no momento eram apostas relativas ao projeto, o que impulsionou o convite. Stills do vídeo apresentado no ato da inscrição nas páginas 3 e 19.

VENTEMOS! Tecidos amarrados ao corpo. Corpos conectados ao vento. Corpo em uma paisagem. Criação de paisagem com o corpo. Corpos que formam o próprio espaço e a própria paisagem. Proposta da artista Sofia Bauchwitz. Imagens nas páginas 27 e 28.


Um projeto Casa da Ribeira educação & cultura

ARTISTAS/COLETIVOS SELECIONADOS

Chrystine Silva

isso não é uma exposição ARQUITETURA EXPOGRÁFICA E PRODUÇÃO EXECUTIVA

Edson Silva

Coletivo Lamparina

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO E MONTAGEM

Coletivo PotiguART

Mariana Hardi

Jean Sartief Sofia Bauchwitz

DESIGN GRÁFICO

Dillo Tenório CONVIDADO CURADORIA

Álvaro Paraguai

MARCENARIA

Adriano Soares ARTISTA CONVIDADA

Lúcia Koch

VIDEOARTE

Gabriel Souto CURADORIA

Gustavo Wanderley

ILUMINAÇÃO

Thaennia Ferreira Costa COORDENAÇÃO GERAL

Gustavo Wanderley e Edson Silva

FACILITADOR

Daniel Bender PRODUÇÃO

Mariana Hardi

Catálogo Ardidos & Sede

GERÊNCIA ADMINISTRATIVA

CONCEPÇÃO

Jeane Ataíde

Edson Silva e Gustavo Wanderley

ASSISTENTES-ARTISTAS

DESIGN GRÁFICO

Artur Souza

Dimetrius Ferreira

Ednalda Soares Gerson de Macedo Dantas

TEXTO

Leíze Sá

Gustavo Wanderley

João Pedro Tavares Patrícia Sousa Philipe Soares Filme Pixel Agogo FOTOGRAFIA

Ideia Haus ASSESSORIA DE IMPRENSA

Letra A

REVISÃO DE TEXTO

Joanisa Prates FOTOGRAFIAS

Todas as fotos são de Ideia Haus exceto: Pág 31,32,33 – Lúcia Koch Pág 34,35,36,37,38 – Edson Silva IMPRESSÃO

Unigráfica AGRADECIMENTOS

Gráfica RN Econômico, Departamento de Artes da UFRN, Professor Everardo Ramos, Paula Pires e Rochelle Costi.

Todos os textos podem ser reproduzidos desde que citada a fonte. Casa da Ribeira 2013. ISBN 978-85-64380-10-3

9 788564 380103


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.