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UATI completa 18 anos promovendo a longevidade

Uma faculdade que não tem ano de conclusão. O aluno, no caso alunas, pois as mulheres são sempre mais dispostas, frequentam ano a ano, com direito a evento de encerramento anual e uma série de atividades que visam mantê-las mentalmente saudáveis e inclusas no campo educacional. É assim que a UATI – Universidade Aberta da Terceira Idade – funciona e atende alunos com aulas duas vezes por semana nas dependências do Colégio Santo Antonio, que, como a UNIFIO, faz parte da Fundação Educacional Miguel Mofarrej (FEMM). Ao completar 18 anos de atividades, a UATI prova que a atenção e o espaço concedidos a pessoas que vivem a longevidade são não apenas muito bem aproveitados, mas necessários.

Líder nata – A história da UATI começou pela iniciativa de quatro senhoras que fomentaram a ideia junto à direção da UNIFIO, onde o presidente, Roque Quagliato, não só foi receptivo à introdução de um curso para pessoas que já pararam há tempos de estudar sem a meta de investir numa nova profissão. Além de criar o curso, ele acompanha de perto os eventos e está sempre pronto a aplaudir os resultados conquistados pelas alunas. Com um grade de aulas que inclui literatura, inglês, ginástica, música, dança, jogos lúdicos, psicologia e atividades da memória, divididos em duas tardes semanais, as alunas são recebidas com um lanche nos intervalos e eventos mensais. Pequenas viagens também fazem parte da programação que inclui um evento de encerramento anual digno de ser visto. Todos os anos, as alunas compõem textos temáticos que resultam num livro e participam de apresentações de ginástica, canto, dança e teatro. Na plateia, além da diretoria da UNIFIO, familiares entusiasmados com a dinâmica e a vitalidade das alunas.

Líder nata – À frente desse trabalho que soma 18 anos, está a paulistana Gerda Kewitz, que já tinha trabalhado com pessoas longevas, mas nunca à frente de um curso universitário. Além das aulas de memória, ela dirige a UATI com uma dedicação fora de série, representando de maneira efetiva a disposição da entidade para manter o curso com alta frequência das alunas. De uma vitalidade admirável, Gerda, que também vive a longevidade, é não apenas inventiva, determinada e zelosa. É também aberta a superar qualquer desafio para manter as alunas em sala de aula. Um de seus feitos nesse sentido aconteceu durante a pan- demia, quando conseguiu estruturar a UATI para atendimento remoto, o que durou dois anos meio. Ela também está sempre à frente dos eventos e das viagens, inclusive para Santa Cruz, cidade vizinha onde já houve um grupo de senhoras que por anos frequentou a UATI, e onde as alunas se encontram com as antigas colegas em atividades programas em parceria com o Centro Cultural Special Dog (CCSD), que mantém um grupo de vivência para a terceira idade.

Celebração lúdica – Será com a presença dos colegas do CCSD e das mentoras que tomaram a iniciativa de propor sua implantação, que as alunas, professores e diretores da UATI pretendem celebrar seus 18 anos, no dia 27 de abril. A programação será realizada no campus da UNIFIO e inclui atividades lúdicas, visitas às dependências da universidade, música e, claro, o tradicional lache para senhoras. É com esse espírito leve e de bem com a vida que será festejada a maioridade da UATI, um marco e uma conquista que merecem aplausos e uma vida tão longa quanto a de suas alunas, entre as quais há as que comparecem as aulas desde o primeiro ano, um recorde de frequência escolar.

* Em sentido horário: apresentação de coral em evento de conclusão de ano; as alunas de 2023 em sala de aula, o livro publicado em 2016; a professora e diretora Gerda Kewitz, com a aluna que está desde o início na UATI, Jecy Vivant; Gerda com a professora de música, Daniele Montuleze*