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Todo primeiro domingo do mês Batista do Bacacheri | (CNPJ: 76.042.126/0001-90) de comprovante: dizimoeoferta@ibb.org.br para 41 99118-7058 das 3363-0327 Prodócimo, 845 – Almirante às 8h45 às 18h45 de - Oração de Oração
Estamos celebrando os 63 anos da IBB! Celebrando o legado deixado por muitos irmãos que, nesses anos todos, dedicaram suas vidas ao Senhor Jesus. Qual foi o combustível que impulsionou a dedicação destas pessoas e o que atraiu tantos outros para que hoje nós passássemos de 4.000 membros?
Creio que a resposta está na obediência do novo mandamento dado por Jesus registrado em João 13.33-35. Jesus, logo após se comportar como o menor dos escravos e humildemente servir os discípulos lavando seus pés (João 13.1-17) , trouxe um novo patamar para o amor. Todos conheciam o resumo da Lei e dos Profetas. Jesus mesmo já havia respondido os peritos da Lei sobre isso, declarando que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Mateus 22:35-40) . Entretanto, logo após lavar os pés dos discípulos e falar que Ele iria para Cruz para nossa salvação, Jesus elevou o patamar do amor, do nível do amor próprio, para um amor igual ao dEle, ou seja para um amor sacrificial.
Hoje, após recebermos tão importante legado, que não vem somente destes 63 anos de IBB, mas vem de Jesus, nós entendemos que esse amor sacrificial se revela em três dimensões, as quais refletem um estilo de Vida Discipular de uma igreja discipular.
A primeira delas é a dimensão
relacional. Cremos que amar como Jesus amou implica relacionamentos significativos. Existe dentro de nós um anseio por relacionamentos e principalmente por um relacionamento com Deus. Como disse Blaise Pascal, “há no homem um buraco da forma de Deus” . Um relacionamento com Deus por meio de Jesus nos capacita a ter relacionamentos significativos com as pessoas. É por isso que, como igreja, incentivamos tanto uma vida diária de oração, leitura da Palavra e louvor, para crescermos no relacionamento com Deus. É por isso que, como igreja, incentivamos tanto que as pessoas participem de Pequenos Grupos Multiplicadores, pois é nestes pequenos grupos que ajudamos uns aos outros a crescer no relacionamento com Deus e com o próximo.
A outra dimensão da igreja que nos ajuda a amar como Jesus amou é a dimensão formacional. O estilo de Vida Discipular de Jesus ia além de relacionamentos. Os relacionamentos produziam crescimento. Max Lucado traduziu isso em uma frase emblemática: “Deus o ama tal como você é, mas se recusa a deixá-lo assim. Ele quer que você seja simplesmente como Jesus” (conf. Romanos 8.29; Efésios 4.22-24). Não queremos ser uma igreja de eventos, mas queremos ser uma igreja de ensino-aprendizagem, assim como Jesus viveu o estilo de
vida discipular com seus discípulos. Por isso, nosso Pequenos Grupos são incentivados a irem juntos para Escola Bíblica, incentivamos o discipulado em grupo e um a um, incentivamos jovens a estudarem juntos a Bíblia, além de tantas outras formas de aprendizado mútuo e coletivo. Amar como Jesus implica em educar como Jesus.
A última dimensão é a dimensão de tornar vivo o que relacionamos e aprendemos. É a dimensão missional Nessa dimensão, a igreja imita Jesus no ato da bacia e da toalha. No ato de humildemente ser sal e luz na sociedade, servindo e sendo voz profética. É nessa dimensão que concretizamos o que diz nossa missão como igreja: A IBB é uma igreja acolhedora, discipuladora e multiplicadora, que na dependência de Deus promove a transformação integral de pessoas, sociedades e povos. Aqui aprendemos a acolher as pessoas independente de suas histórias e a servir com o evangelho todo, para a pessoa toda, que promove transformação integral de pessoas, sociedades e povos. É na dimensão missional que entendemos que, além de sermos sal servindo as pessoas, também devemos lançar luz sobre as estruturas de iniquidade de nossa sociedade, sobre os pecados estruturais com os quais muitas vezes somos coniventes, sobre estruturas de iniquidade que se revelam no machismo, no abortismo, na ideologia de gênero impregnada nos sistemas educacionais, no racismo, na violência armamentista, na corrupção e em tantas outras formas.
Somos gratos a todos nossos irmãos e irmãs que trouxeram esse legado para nós, para que hoje pudéssemos continuar levando esse legado de amar como Jesus para as próximas gerações, até que Ele volte.
Meu convite para você é: viva o estilo de Vida Discipular de Jesus através da IBB, busque relacionamento íntimo com Deus pela Sua Palavra e oração e relacionamento significativo com outros irmãos que lhe gerem crescimento. Busque uma formação bíblica através dos cursos que Deus tem usado mestres e líderes para ministrar. Busque servir como Jesus com compaixão e justiça, anunciando que a salvação está somente em Nele e sendo voz profética em um mundo cada dia tão distante de Deus. Vamos celebrar e viver uma igreja que ama como Jesus!
por Pr. Marcos Paulo
SOU PASTOR. TENHO O DIREITO DE ME MANIFESTAR POLITICAMENTE?
Há pastores que apreciam deixar bem claro suas opções políticas. Alguns se apegam a uma ideologia, um partido, um político, e os defendem com afinco. São militantes. Tem eles esse direito? Sim. São pastores, mas também cidadãos brasileiros. Os seus direitos políticos não são cassados pela função que exercem.
A questão que se coloca é: como nós pastores e líderes devemos exercer esse direito constitucional?
Sempre é importante relembrar que um dos princípios batistas é a separação entre a Igreja e o Estado. Cada vez que o Estado e a Igreja se misturam, a Igreja ganha espaço político e perde espaço no plano espiritual. Sua responsabilidade profética é enfraquecida. Ela corre o risco de renunciar o seu dever de anunciar aos que estão no poder, que existem princípios éticos a serem seguidos visando o bem comum. Cada vez estou mais convicto de que uma igreja cristã, como instituição, deve se afastar do Estado. A política partidária é traiçoeira. Os riscos são
enormes. Esse tipo de envolvimento enfraquece a nossa capacidade de alcançar a todos com a mensagem do Evangelho.
Por outro lado, é importante enfatizar que servos de Deus, como indivíduos e cidadãos, tem todo direito de se envolver com a política partidária e sendo eleitos, trabalhar a partir de suas convicções.
É necessário estimular a participação de irmãos de fé, reconhecidos como pessoas íntegras, que demonstrem consciência social e capacitação para exercer funções públicas. Entretanto, não é prudente e sábio que uma igreja ou denominação se posicione incondicionalmente ao lado de um candidato que faz parte de sua membresia ou tenha laços com ela. Esse alinhamento automático compromete o testemunho da igreja, afasta pessoas que ela poderia alcançar e causa cisões desnecessárias.
Creio que cada pastor batista tem o direito de se manifestar politicamente, mas, sempre que falar, que fale em
seu próprio nome, como cidadão brasileiro e jamais como representante de sua igreja ou denominação. Nós pastores, líderes e membros das igrejas batistas, não passamos uma procuração e jamais concedemos autorização para que qualquer pastor ou líder se pronuncie publicamente nos representando no que se refere a apoio político a este ou aquele candidato. Este princípio geral é válido para qualquer um de nós, independentemente de nossas convicções político partidárias. É lícito para um pastor fazer explicitamente campanha política de um candidato ou partido dentro de um templo, nas redes sociais da sua igreja ou denominação, ser apresentado como um líder denominacional em uma reunião política e posicionar-se claramente a favor desse ou daquele candidato, sem fazer a ressalva que não é representante de um grupo religioso? De forma alguma! Posso, como pastor, usar o meu Instagram pessoal, participar de uma reunião política e declarar o meu voto e explicar as razões de minha opção político partidária? Sim. Porém, devo sempre deixar bem claro que falo somente em meu próprio nome. Eu, Marcos Vieira Monteiro, como pastor e cidadão, nesta eleição, tenho aberto mão do meu direito de me posicionar politicamente. Isso não significa que não tenho uma opinião política. Simplesmente renuncio a este direito de expressar minhas opções político partidárias por razões de foro íntimo e porque entendo, no meu caso, essa postura pode contribuir para o fortalecimento da unidade do rebanho que Deus me confiou. Porém, respeito os colegas que explicitam suas preferências.
Espero que os colegas que assim como eu, preferem não se posicionar por esse
ou aquele partido ou candidato, sejam igualmente respeitados.
Sou consciente que nesse contexto de polarização política, mesmo quando não nos manifestamos explicitamente, estamos comunicando algo. A total neutralidade não existe. O silêncio também fala.
Espero ainda, que os colegas que têm se manifestado explicitamente a favor desse ou daquele candidato, o façam com sabedoria, não atacando os adversários políticos com palavras agressivas, jamais se utilizando da mentira, deixando sempre bem claro que falam em seu nome e não em nome de uma comunidade de fé ou de um grupo de igrejas, e que usem os canais de comunicação pessoais para expressar suas preferências partidárias.
O que todos podemos e devemos fazer é orar para que, de alguma forma, Deus tenha misericórdia da nação brasileira e nos ilumine nas escolhas que faremos. Que os eleitos para os cargos púbicos cumpram os seus mandatos, fiéis à constituição brasileira, sensíveis aos valores da Palavra de Deus e exercendo o poder de forma a contribuir para o bem comum de todos e não somente para segmentos específicos da sociedade.
por Marcos Vieira Monteiro
